A Vida em Tons de Cinza

A Vida em Tons de Cinza Ruta Sepetys




Resenhas - A Vida em Tons de Cinza


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Patty 29/06/2020

Cinzas Na Neve

"Era a primeira vez que eu via os outros passageiros. Havia milhares de pessoas. Será que o nosso aspecto era tão lamentável quanto o deles? Uma horda de lituanos com malas rotas e bolsas estufadas foi sendo despejada no vale, pessoas sujas, com roupas imundas, que pareciam ter passado anos dentro de um esgoto. Todos se moviam em câmera lenta, alguns fracos demais até para carregar seus pertences." ( Lina Vilkas).

O livro conta a história da opressão, do terror inimaginável causada por Stalin na Lituânia. É narrado por Lina Vilkas, que mostra a trajetória de sua família, na luta pela sobrevivência, durante esse período tão devastador. O livro é impactante, incrívelmente maravilhoso, profundo, devastadoramente triste, o sofrimento é tão palpável, que necessitei parar por diversas vezes, chorei copiosamente, não é um livro fácil, de se digerir, mas é necessário para que possamos evoluir como seres humanos, para que possamos sermos mais empáticos.

Cinzas na neve é realista, doloroso, sensível, despedaça em cada virar de páginas, com maestria a autora nos transporta para fria, solitária e angustiante Sibéria. Presenciamos Lina amadurecer, diante dos terrores, das dores, o que torna a leitura um tanto quanto dura. A dilacerante realidade dos campos de trabalho forçados, as pessoas morrendo, tudo com uma riqueza de detalhes impressionantes.

A sensação que ficou... Um nó gigantesco na garganta, um vazio imenso no peito, reviver tantas injustiças, tão grande crueldade, ocasionada pelo egoísmo do homem. Confesso que senti tanta repulsa de Stalin.

Os personagens são bem construídos, marcantes,os secundários são impecáveis, são tal reais, com um brilho inesquecível.

Cinzas na Neve na minha humilde opinião, foi um dos melhores livros históricos que já li. Com uma história impecávelmente linda comovente, inesquecível...

A sua escrita fluída, não se torna em nenhum momento massante, um livro importante e bastante necessário, para não esquecermos um dos momento mais sombrios da Segunda Guerra. Um livro que nos faz sermos mais gratos, pelo o dom da vida, pelo o alimento em nossas mesas, que nos faz valorizar o valor inigualável da liberdade e do amor.

Não recomendo, para quem se encontra muito sensível nesse momento tão atípico.
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Fabi | @ps.leitura 26/02/2018

{resenha feita no blog PS Amo Leitura}
1941. Uma história quase nunca contada. Quando abordamos o tema guerra sempre lembramos da segunda guerra mundial, não é mesmo? Mas antes de Hitler assumir o poder, muita coisa já estava acontecendo em outros lugares, como foi o caso da Lituânia. "A vida em tons de cinza" vai nos mostrar uma guerra vista com outros olhos, mas, acima de tudo, repleta de esperança.

Lina Vilkas é a nossa personagem principal da história. Ela tem 15 anos e possui grandes sonhos e um deles é ser uma artista. Ela possui um talento incrível para essas coisas e têm olhos que conseguem enxergar além do que a pessoa expressa. Ela está preparada para começar a sua vida de estudos na capital quando tudo começa a desmoronar.

Em 14 de junho de 1941 a vida de Lina e de todos os lituanos começou a mudar; começariam a ter um rumo completamente diferente do que haviam sonhado. Foi quando a polícia soviética invadiu suas casas e começaram a deportar todos os lituanos, mesmo aqueles que estavam em hospitais e recém-nascidos. Para eles, todos eram ameaças.

Lina, sua mãe e seu irmão de apenas 10 anos são jogados em um trem. Não sabem qual o destino, mas permanecem juntos para qualquer obstáculo que tenham que enfrentar no decorrer do caminho. A sua maior preocupação é onde seu pai está. Ele havia saído para trabalhar e quando os soviéticos chegaram ele não estava com eles. Além do sofrimento, esse medo permanece junto com Lina.

Momentos terríveis enfrentados junto com sua família e outras pessoas que dividem o trem, mas com uma grande esperança e com seu dom artístico, Lina consegue se distrair e distrair todos presentes em alguns momentos. Mas a história poderá tomar um rumo ainda mais inesperado quando Hitler assumiu o poder da Alemanha. O que acontecerá com todas essas pessoas?

“A vida em tons de cinza” foi um grande impacto na minha vida. Esse livro mostrou, realmente, o outro lado da história que quase nunca é contado e os momentos completamente difíceis que o povo da Estônia, Letônia e Lituânia viveram. Eles perderam tudo, mas a única coisa que permaneceu intacta com eles foram a dignidade e a esperança. Isso foi o que tornou a leitura ainda mais intensa.

A personagem Lina tem uma esperança incrível! Mesmo vivendo momentos terríveis, ela permanece com sua fé e acreditando que voltará para a sua vida como era antes, irá estudar artes e terá a vida que sempre sonhou. Ela se sentia na obrigação de lutar por esses sonhos e transmitir essa esperança para todos, principalmente para sua mãe e seu irmão.

Histórias de guerras sempre me cativam. Apesar do sofrimento dos personagens, gosto de saber mais sobre essas histórias e pensar em que às vezes vivemos alguns momentos complicados, mas nada comparados à essas pessoas. Às vezes perdemos esperanças de coisas pequenas, mas vejo que essas pessoas sofreram muito mais e ainda assim permaneciam com a esperança inabalada. Por que reclamos de tão pouco? Isso é uma das reflexões que tenho sempre que finalizo um livro impactante como este.

Tenho esse livro desde 2016 na minha estante e hoje me pergunto: por que demorei tanto para ler? É uma história completamente intensa, emocionante e impactante, sem dúvidas! Uma história que te fará refletir mais sobre a sua vida, sobre as pequenas coisas, a ter mais esperança e a conhecer uma história quase nunca abordada – mas esteja preparado para fortes emoções!

site: http://psamoleitura.blogspot.com.br/2018/02/resenha-vida-em-tons-de-cinza.html
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Amanda 01/09/2021

Eu adorei esse livro, teve varias cenas que eu fiquem com do, eu so queria mais do final...


É um livro um pouco forte, quem gosta da temática vai adora o livro
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Leitora Viciada 04/04/2019

Resenha para o blog Leitora Viciada www.leitoraviciada.com
Publicado pela Editora Arqueiro originalmente como A Vida em Tons de Cinzas, foi adaptado para o cinema em 2018 e, agora ganha nova edição e capa sob o título Cinzas na Neve. Venceu o prêmio Golden Kite e foi escrito pela autora de ficção histórica Ruta Sepetys, uma estadounidense filha de um refugiado lituano. Seu avô paterno foi oficial militar e fugiu com a família da Lituânia para campos de refugiados na Alemanha. Muitos de seus parentes foram deportados e presos, enquanto viam a nação ser destruída e queimada, incluindo igrejas, teatros, hospitais e bibliotecas. A escritora viajou mais de uma vez para a Lituânia para entrevistar sobreviventes e suas famílias e para pesquisar sobre o período, incluindo conversas com especialistas como historiadores e psicólogos peritos em traumas e comportamentos relacionados a guerras. Portanto, muitos acontecimentos e situações do livro são baseados em histórias reais e experiências compartilhadas por muitos deportados espalhados pela Sibéria. Com o respeito à sua família e ascendência, aliado a uma pesquisa extensiva e profunda, a autora tece uma trama histórica dramática sobre um genocídio pouco comentado mas extremamente doloroso. Um romance marcante e inquietante narrado por uma adolescente que é obrigada a amadurecer em um campo de trabalho forçado.

"Seja com Hitler ou com Stalin, esta guerra vai acabar com todos nós. A Lituânia está presa no meio da briga."

Para ler toda a resenha acesse o Leitora Viciada. -> www.leitoraviciada.com
Faço isso para me proteger de plágios, pois lá o texto não pode ser copiado devido a proteção no script. Obrigada pela compreensão.

site: http://www.leitoraviciada.com/2019/04/cinzas-na-neve.html
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Lidi 03/06/2019

Um livro dolorido, mas necessário...
Quando vi a sinopse deste livro a primeira vez eu já sabia que seria um livrão. E ele não me decepcionou.
Este livro tem como pano de fundo um dos temas que eu mais gosto de ler, estudar e assistir, que é a Segunda Guerra Mundial.

Quando se fala em Segunda Guerra Mundial todo mundo já pensa nos mais de 6 milhões de judeus que foram mortos no holocausto sob comando de Adolf Hitler. Mas o que pouco se fala é nos mais de 20 milhões de baltos (pessoas nascidas na Estônia, Letôania e Lituânia) que foram exterminadas durante o governo de Josef Stalin.

1941, a chamada Segunda Guerra Mundial já acontece há dois anos. O povo Báltico está sendo deportado pela polícia secreta soviética.

?Nós estávamos no fundo do oceano, mas ainda assim tentávamos alcançar o céu.?

Na noite de 14 de junho, Lina, com apenas 15 anos vê todos os seus sonhos serem brutalmente arrancados dela quando sua casa é invadida por três agentes da NKVD. Ela, seu irmão mais novo e sua mãe são obrigados a entrarem em um vagão de carga sem nem ao menos saberem qual seria o destino.

Daí em diante a vida de Lina e sua família só piora. Eles são levados para campos de trabalho forçados. Trabalham horas a fio para terem em troca cerca de 300 gramas de ração cada.

Lina encontra em seu amor pela arte uma forma de deixar gravado para o mundo as crueldades que ela e aquelas outras pessoas estavam sofrendo. Em pequenos pedaços de papel ela retrata em seus desenhos a realidade daqueles 12 anos em que ficou presa.

Um livro dolorido, que machuca e faz chorar. É horrível imaginar que essas coisas aconteceram mesmo, que milhares de ?Linas? sofreram naqueles 6 anos de guerra.
Uma leitura avassaladora, mas importante para vermos o quanto o amor é importante, o quanto o amor fortalece e nos ajuda, até nos momentos mais difíceis da vida.

Uma leitura obrigatória para quem, assim como eu, ama História.
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Priscila 01/09/2011

Excelente é pouco!
Com certeza Lina Vilkas é uma personagem forte e sua descrição do que se passa a sua volta é de deixar qualquer um a beira da tristeza.
Ruta soube contar uma das histórias mais tristes do mundo neste romance que mostra toda uma realidade, apesar da ficção.
Emocionante, triste e uma história de esperança e luta pela vida.
Adorei.
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naniedias 15/09/2011

A Vida em Tons de Cinza, de Ruta Sepetys
Lina é apenas uma garota de 15 anos. Mas tem um talento incrível - ela desenha como ninguém. Está prestes a entrar para uma famosa escola de artes na capital da Lituânia - país onde vive com seus pais e seu irmão de 10 anos. Mas a sua vida será completamente mudada na noite de 14 de junho de 1941, onde juntamente com a mãe e o irmão ela será deportada para campos de trabalho forçado pela polícia soviética, a NKVD.
Vários outros compatriotas dividem esse fardo com Lina e sua família. E apenas a vontade de viver e ajuda dos amigos conseguirão ajudar essa menina durante a grande provação pela qual ela passará.
"É preciso defender o que é certo sem esperar gratidão nem recompensa."

O que eu achei do livro:
Triste, emocionante, inacreditavelmente lindo!
Quanto nós conhecemos da história do mundo em que vivemos? Não é novidade que apenas os vencedores contam a sua história. Portanto, quantos derrotados nunca puderam contar sua versão dos fatos? O que realmente conhecemos e o que apenas julgamos conhecer?
Há muito que ainda não sabemos por aí.
A Vida em Tons de Cinza é uma história fictícia que tenta contar uma parte da história praticamente esquecida. Quando Estônia, Lituânia e Letônia foram anexadas, em 1941, à União Soviética, o mundo estava mais preocupado com os nazistas do que com os soviéticos. E a URSS se aproveitou desse momento para explorar esses três países. Um terço da população dessas nações foi extirpado por motivos torpes. Foram pensadores, professores, cientistas, médicos - pessoas como eu e você que lutavam pela sua liberdade - tirados de suas casas e forçados a trabalhar em troca de quase nada. E muitos não resistiram às terríveis situações a que foram submetidos.
A cada linha que eu lia, não podia evitar o pensamento "como eu nunca ouvi falar disso?". Não sou formada em História, mas sempre gostei muito de conhecer o passado. E ainda me surpreendo com as atrocidades que o ser humano foi (e ainda é) capaz de cometer contra seus próprios irmãos. E me surpreendo ainda mais com o quão pouco nós sabemos, o quão pouco conhecemos. Nunca havia ouvido falar das situações que a NKVD (agência de Administração Central da Segurança do Estado - responsável pelo policiamento, controle de tráfego, guarda de fronteiras, controle da economia e serviço secreto durante os primeiros anos da URSS. Também foi a NKVD que estabeleceu o Gulag, órgão responsável pelo sistema de campos de trabalho) criava para os estrangeiros que pudessem causar problemas. Hoje em dia nós já ouvimos falar muitas atrocidades do regime comunista, que nem de longe chegou aos pés do que Marx havia sonhado. Esse livro, entretanto, vai ainda além. Os prisioneiros - porque eles são exatamente isso, uma vez que são privados de sua liberdade e dignidade - vivem de maneira quase desumana.
Ruta Sepetys trata de um assunto tão importante, e ao mesmo tempo tão delicado, com uma linguagem simples e fluída. A leitura desse livro é impressionante, embora seja muito prazerosa. É possível sentir toda a pesquisa que a autora fez presente nas páginas do livro. Os sentimentos de toda uma nação, e de seus descendentes, nas palavras, sabiamente escolhidas, que lemos.
É um livro marcante, tocante, obrigatório. Precisamos conhecer mais de nós mesmo, conhecendo melhor o nosso passado.

PS1: Ruta Sepetys é americana, mas seu pai é um refugiado lituano. Felizmente não passou pelas situações cruéis descritas no livro, entretanto, parentes próximos passaram. A autora empreendeu duas viagens à Lituânia para embasar suas pesquisas, talvez por isso o livro seja tão realista. Os fatos citados no livro são todos fictícios, mas são baseados em fatos reais - narrados por sobreviventes.

PS2: Estima-se que Stalin (líder da URSS) tenha matado mais de 20 milhões de pessoas durante o seu reinado. Ainda assim, quando Estônia, Lituânia e Letônia conseguiram sua liberdade, em 1991, a independência ocorreu com paz e dignidade.

Nota: 10
Dificuldade de Leitura: 6

Leia mais resenhas em http://naniedias.blogspot.com
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Michelle 14/06/2021

Cinzas na Neve
Lina é como qualquer outra menina lituana de 15 anos de 1941. Ela pinta, desenha, tem uma queda por meninos. Até uma noite quando oficiais soviéticos invadem sua casa, arrancando sua família da vida confortável que eles conheceram. Separada de seu pai, forçada a subir em um vagão de trem lotado e sujo, Lina, sua mãe e seu irmão mais novo caminham lentamente para o norte, cruzando o Círculo Polar Ártico, para um campo de trabalho na região mais fria da Sibéria. Aqui, eles são forçados, sob as ordens de Stalin, a cavar para obter beterrabas e lutar por suas vidas nas mais cruéis das condições. Lina encontra consolo em sua arte; meticulosamente - e com grande risco - documentando eventos por meio de desenhos, esperando que essas mensagens cheguem ao campo de prisioneiros de seu pai para que ele saiba que ainda estão vivos. É uma jornada longa e angustiante, que abrange anos e cobre 6.500 milhas, mas é por meio de uma incrível força, amor e esperança que Lina finalmente sobrevive.
É um romance que vai roubar seu fôlego e capturar seu coração.
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Poesia na Alma 15/12/2012

A vida em tons de cinza
Creio que o livro mais intenso e visceral que li em 2012, A vida em tons de cinza Ruta Sepetys, Editora Arqueiro, 240 páginas. Uma parte da história pouco falada, escondida, bem como muitos outros fatos que envolvem os lideres históricos. Entre Hitler, Stalin e Vargas a única diferença é a certidão de nascimento e o espaço geográfico.
Os fanáticos buscam o poder e para tal não importa quantos terão que morrer. A vida humana, mostra a história, é banalizada em prol de uma necessidade capitalista e mesmo que esta esteja maquiada de comunismo, socialismo ou coisa parecida, pessoas inocentes pagam para que um imbecil tenha seu nome perpetuado na história!
O pior é que tais atrocidades não fazem parte do passado, até podem continuar no anonimato, mas ainda é viva e presente. Ainda existe trabalho escravo, prostituição infantil, neonazistas, medo, fome, miséria e guerras, mulheres violentadas e agredidas... às vezes, confesso, chego a desacreditar no amor.
A vida em tons de cinza me rançou muitas lágrimas, ainda consigo visualizar as cenas descritas no livro com tanta propriedade. A extinta União Soviética para existir precisou exterminar culturas, povos, amores, famílias... e, diga-se de passagem, um nascimento não justificado.
Sinopse >>> 1941. A União Soviética anexa os países bálticos. Desde então, a história de horror vivida por aqueles povos raras vezes foi contada. Aos 15 anos, Lina Vilkas vê seu sonho de estudar artes e sua liberdade serem brutalmente ceifados. Filha de um professor universitário lituano, ela é deportada com a mãe e o irmão para um campo de trabalho forçado na Sibéria. Lá, passam fome, enfrentam doenças, são humilhados e violentados. Mas a família de Lina se mostra mais forte do que tudo isso. Sua mãe, que sabe falar russo, se revela uma grande líder, sempre demonstrando uma infinita compaixão por todos e conseguindo fazer com que as pessoas trabalhem em equipe. No entanto, aquele ainda não seria seu destino final. Mais tarde, Lina e sua família, assim como muitas outras pessoas com quem estabeleceram laços estreitos, são mandadas, literalmente, para o fim do mundo: um lugar perdido no Círculo Polar Ártico, onde o frio é implacável, a noite dura 180 dias e o amor e a esperança talvez não sejam suficientes para mantê-los vivos. A vida em tons de cinza conta, a partir da visão de poucos personagens, a dura realidade enfrentada por milhões de pessoas durante o domínio de Stalin. Ruta Sepetys revela a história de um povo que foi anulado e que, por 50 anos, teve que se manter em silêncio, sob a ameaça de terríveis represálias.

Lina, nossa protagonista, é uma jovem de 15 anos que tem um talento ímpar para a arte. Contudo vê seu sonho ser destruído quando a Europa entra em guerra e a Rússia cria a União Soviética. Na noite de 14 de Julho de 1941, Lina sua mãe e seu irmão são levados por saldados da NKVD. Seu pai, professor universitário é separado deles e encaminhado para uma prisão. A Lituânia, bem como outros pequenos países, fora extintos do mapa dando lugar a União Soviética. Os povos que foram retirados de seus lares, por intermédio da força, são enviados para campos de concentração e terão que lutar até o último segundo por suas vidas.
Não muito diferente do que aconteceu com os escravos africanos e com os Judeus, Lina irá narrar uma história permeada de dor, sofrimento e, por vezes, amor e afeto. A fé e a esperança são as únicas ferramentas que sobrou para os Lituanos. Foram 20 milhões de pessoas, que forçadas a darem lugar a loucura de um líder fanático, tiveram sonhos, amores e famílias destruídas.
Esse livro só foi possível por conta da coragem de muitos que deixaram cartas, bilhetes e histórias enterradas nos campos de concentração. A autora pede que essa história perpetue mundo a fora para que todos tenham conhecimento do que aconteceu. Lina, para suportar a dor canaliza o sofrimento em arte e o livro traz uma forte intertextualidade com a arte. O Grito, muito bem citado na obra, perpetuou nas minhas lágrimas, pois além de visceral, o livro é poético.
Ainda estou perplexa com tudo o li e vi, ainda não consigo iniciar uma nova leitura, as imagens estão vivas na minha memória. Imagine para quem viveu tudo isso? A vida em tons de cinza é uma obra-prima. Se um dia a autora ler isso, informo que usarei trechos do livro na sala de aula. Espalharei essa informação com o mesmo amor que divulgo a literatura!

Lilian Farias
http://lilianpoesiablogs.blogspot.com.br/
Juci 16/01/2013minha estante
Esse livro também me emocionou muito... tem tudo para virar um clássico...e os clássicos precisam ser lidos! :)


Poesia na Alma 17/01/2013minha estante
Pois é, menina!

Um obra magnífica!




Blog Vida de Le 15/09/2012

Taí mais um livro cuja capa não tinha me chamado atenção, mas a história me surpreendeu completamente. Mais uma vez eu percebi que não devemos julgar o livro pela capa (apesar de ser um pouco difícil para mim).

Esse livro é baseado em fatos verídicos, não exatamente os personagens e a história principal, mas boa parte do que é vivido por eles no livro foi baseado em situações vivenciadas por pessoas reais, quando os países da Estônia, Letônia e Lituânia foram invadidos pela União Soviética, em plena Segunda Guerra Mundial. Confesso que eu não conhecia essa parte da história mas, pelo que é explicado pela autora, apenas recentemente essas atrocidades vieram a público.

No livro acompanhamos a história de Lina, uma adolescente de quinze anos que sonha em ser uma artista plástica, mas vê sua vida mudar drasticamente quando na noite de quatorze de junho de 1941, ela, sua mãe e seu irmão são arrancados de sua casa, no meio da noite, com alguns poucos pertences que conseguiram juntar. Jogados, juntos com outras centenas de lituanos, em vagões de trem imundos, Lina e sua família são obrigados a viajar durante meses em condições sub-humanas, vendo vários de seus conterrâneos morrerem pelo caminho, vítimas de doença, fome e da diversão dos soldados soviéticos, até chegarem ao seu novo destino em uma área rural na Sibéria. Mas, uma vez lá, Lina descobrirá que seu inferno está apenas começando.

Como explicado pela autora, o intuito do livro não é apenas mostrar ao mundo os horrores vividos por esses povos, tão semelhante e terrível quanto o que foi vivido pelos judeus nas mãos dos alemães, mas também mostrar a fé, a solidariedade e a união desses povos com relação a seus semelhantes e, às vezes, até mesmo em relação a seus inimigos. Que buscaram manter viva suas tradições mesmo quando a esperança de sobrevivência parecia inexistente.

É impossível ler uma história como essa sem sentir revolta e se perguntar como pode os seres humanos tratarem seus semelhantes de forma tão cruel e desumana. Assim como é impossível não deixar de admirar aquelas pessoas que passam por cima de si mesmas para ajudar aqueles que precisam. A mãe de Lina é um exemplo disso, sempre estendendo a mão e buscando ter uma palavra de esperança para todos aqueles que se entregavam ao desespero.

Lina é uma personagem digna de admiração, corajosa, autêntica e com uma grande vontade de viver, que buscava documentar tudo com seus desenhos, feitos em qualquer pedaço de papel que conseguisse encontrar. Seu maior objetivo era encontrar seu pai que estava preso em algum outro lugar e ela acreditava que seus desenhos, de alguma forma, chegariam até ele, ajudando-o a descobrir onde eles estavam. Como Lina, muitas pessoas também buscaram documentar tudo aquilo pelo que passaram, além de algumas de suas tradições, de forma codificada, escondendo esses documentos onde conseguissem para que, um dia, alguém os descobrissem e pudesse passar adiante essas histórias.

Essa é uma história linda e comovente, algo que precisa ser divulgado para que os erros e as atrocidades cometidas no passado não voltem a acontecer. Todos conhecem os horrores que os judeus sofreram no holocausto de Hittler, mas poucos conhecem o holocausto cometido por Stalin e seu regime de terror. Esse é o objetivo da autora Ruta Sepetys com esse livro.

Com relação à capa, após ter concluído a leitura, achei que ela transmitia exatamente a mensagem do livro. Eu a interpretei como a vida nascendo em um território inóspito e desolado ou até mesmo, como uma forma de mostra que na adversidade ainda nasce a esperança. Essa foi a mensagem que a história me passou, o ser humano é capaz de ter esperança e lutar por sua sobrevivência mesmo quando tudo que o cerca é tristeza e dor e é nesses momentos que percebemos o que realmente é solidariedade.

Não preciso nem dizer que é leitura recomendadissíma para todos.
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Vicky 07/12/2012

A Vida em tons de cinza de Ruta Sepetys.
Logo que comecei a ler esse livro, percebi que ele se tornaria um de meus favoritos e estava certa.A história é emocionante e envolvente, te prende do começo ao fim e passa uma grande lição de vida. A autora realmente mostrou um outro lado da história, que pelo menos para mim, era totalmente desconhecido.

O livro conta a história da família Vilkas, que vive na Lituânia, e o contexto histórico é o anos 40 quando a União Soviética governada por Stalin, estava anexando os países Bálticos.
A protagonista e narradora da história é Lina Vilkas, uma jovem de 15 anos com um enorme talento para as artes. Porém todos seus sonhos e sua liberdade são destruídos quando sua família é deportada para a Sibéria. Lá eles são submetidos ao trabalho forçado sob condições desumanas, porém sempre mantêm a esperança de um dia retornar para casa.

Conforme o desenvolvimento da história, percebemos o quanto a união, o amor e a esperança são importantes e como em meio a escuridão podemos encontrar uma luz no final. Essa é uma história que nunca foi contada antes, mas que todos devem conhecer.

" Nós estávamos no fundo do oceano, mas ainda assim tentávamos alcançar o céu. Percebi que, se erguêssemos uns aos outros, talvez conseguíssemos chegar mais perto."

Capítulo 77
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Francieli.Baldin 24/05/2021

Esperança e solidariedade
Fazia tempo que eu não pegava um livro e devorava como fiz com esse.
Baseado em fatos reais o livro inicia em 14 de junho de 1941 quando os países Estônia, Letônia e Lituânia foram ocupados pelos soviéticos

Lina e sua família foram deportados, sob o comanda de Stalin. Com base em uma lista muitos lituanos foram feitos prisioneiros, tratados da pior forma que podemos imaginar. Trabalhavam feito escravos 12 horas por dia em troca de 200 gramas de ração de pão.
Durante esse tempo ainda foi possível perceber a existência de emoções que não se perderam pela brutalidade que sofreram. A esperança o amor e a solidariedade foram seu oxigênio nessa luta.

Lina lutou pela própria sobrevivência e dos seus, priorizando manter suas culturas e esperança de voltar para sua terra querida. Nos natais se reunião em suas cabanas e compartilhavam com seus espíritos natalinos e de esperança.
Poucos conseguiram retornar após essa barbárie de até 15 anos na Sibéria e os que conseguiram tiveram que se calar, e continuaram sendo vigiados, sendo impedidos de relatar os acontecimentos. Assim, muitos passaram a enterrar diários e outras informações para que um dia esta história de horror fosse descoberta. Após 50 anos os três países conseguiram sua independência

A autora em sua nota final pede para que espalhem esta história e pesquisem sobre a ocupação dos países Bálticos, pois há quem (russos) neguem as deportações. Uma história que tentam ocultar.
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Tayná Coelho 21/11/2014

Incrível!
Essa foi mais uma incrível indicação da minha amiga Juliana (aliás, o livro nas fotos é dela – preciso comprar um pra mim urgente). A história de Lina, sua família e de um pequeno grupo de pessoas que são deportados da Lituânia por motivos diversos. Eles são jogados como lixo em um trem de carga sem água, sem comida, sem banheiro, sem esperança…

"- É melhor ele se acostumar – disse o rapaz.
Acostumar-se com o quê, com a sensação de raiva descontrolada? Ou com uma tristeza tão profunda que era como se a sua própria alma tivesse sido arrancada de dentro de você e forçada de volta goela abaixo, como aquela ração saída de um balde imundo?"

No meio de um campo de trabalhos forçados e frente a tantas dificuldades, essa história nos ensina sobre amor, sobre compaixão, sobre amizade e nos conta o quanto sofreram os países bálticos com a loucura de Stalin. Ouvimos tanto sobre o quanto Hitler fez e nunca é mencionado o tanto de pessoas (mais de 20 milhões) que Stalin matou, fora aqueles que foram torturados, perderam seus parentes, sua casa, sua pátria.

"É preciso defender o que é certo sem esperar gratidão nem recompensa."

Essa é uma história que todos deveriam ao menos conhecer.

Imagens, links e mais informações em:

site: http://olhandoporai.com/2014/11/16/resenha-a-vida-em-tons-de-cinza-ruta-sepetys/
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Guilherme Dehon 14/06/2021

Arrebatador...
Ótimo! Uma ficção histórica arrebatadora. A autora explora com maestria, toda a obra.. Um verdadeiro coquetel molotov de emoções.
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Line 29/04/2021

O título pode remeter à bombardeios na neve, mas não foi o que me transpareceu. Ao se aproximar da fase final, o interpretei como uma releitura de um dos quadros do artista favorito da personagem.

Foi inevitável conter as lágrimas, principalmente nos últimos capítulos, embora o enredo seja de ficção, este relatou a realidade desumana que muitos viveram durante a ocupação das repúblicas bálticas na segunda guerra mundial.

O livro inicia em 14 de junho de 1941 quando os países Estônia, Letônia e Lituânia foram ocupados pelos soviéticos

Lina e sua família foram deportados, sob o comanda de Stalin. Sem notícias do pai, ela e seu irmão foram feitos prisioneiros , tratados da pior forma que podemos imaginar.
Durante esse tempo ainda foi possível perceber a existência de emoções que não se perderam pela brutalidade que sofreram. A esperança e o amor foram seu oxigênio nessa luta.

Lina lutou pela própria sobrevivência e dos seus, priorizando manter suas culturas e esperança de voltar para sua terra querida. Poucos conseguiram retornar após essa barbárie de até 15 anos na Sibéria e os que conseguiram tiveram que se calar, e continuaram sendo vigiados, sendo impedidos de relatar os acontecimentos. Assim, muitos passaram a enterrar diários e outras informações para que um dia esta história de horror fosse descoberta. Após 50 anos os três países conseguiram sua independência

A autora em sua nota final pede para que espalhem esta história e pesquisem sobre a ocupação dos países Bálticos, pois há quem (russos) neguem as deportações. Uma história que tentam ocultar.

Não devemos perder a esperança em meio ao caos
Recomendo a leitura
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