O Céu Está em Todo Lugar

O Céu Está em Todo Lugar Jandy Nelson




Resenhas - O Céu Está em Todo Lugar


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Mariana Melo 02/04/2012

"Ele tem razão. É exatamente isso, sou loucamente triste e, em algum lugar lá no fundo, tudo o que quero é voar." O céu está em todo lugar, pág. 112
Qualquer pessoa que folhear este livro em uma livraria saberá que se ele é bastante diferente do que temos por aí. Ele é recheado de páginas com poesias ilustradas que tem uma ligação muito forte com a história e com a forma com que experimentamos a leitura. Estas poesias aparecem para o leitor como se tivessem sido encontradas por alguém, sempre com uma observação de onde eles estavam. Assim, temos a sensação de ter encontrado as poesias por acaso, como se fizéssemos parte da vida da personagem. Estas poesias nos ensinam sobre o relacionamento que a protagonista Lennie e sua falecida irmã Bailey tinham. Ao nos inserir no cotidiano de Lennie, suas poesias nos fazem entender a forma como ela está lidando com tudo que vem acontecendo à sua volta.

O livro é cheio de metáforas deliciosas que descrevem os sentimentos de perda, medo, superação e amadurecimento que a protagonista vive. Particularmente, adoro esse recurso, já que muitas vezes uma descrição abstrata explica mais os sentimentos do que qualquer outra mais realista. Assim, o livro é capaz de tratar sobre temas muito fortes, como família, autoaceitação e superar a morte de uma pessoa amada, porém em momento nenhum ele fica pesado. Para além disto, eu diria que a história de O Céu Está em Todo Lugar é cheia de amor, seja romântico, familiar, irmãs ou por você mesmo - e este é seu aspecto mais bacana.

Em alguns momentos, a falta de autocontrole da protagonista dos dá nos nervos. Por outro lado, acredito que sua impulsividade seja completamente compreensível dados os últimos acontecimentos na vida dela. Afinal, cada um tem uma forma de lidar com a dor, certo? A minha é comendo, a dela é pegando geral - hahaha.

A história cita vários livros clássicos, de Jane Austen ao já desgastado "O Morro dos Ventos Uivantes" e, sinceramente, pra mim as citações desse último já deram o que tinham que dar. Está na hora dos autores serem mais criativos na hora de homenagearem clássicos em seus livros, porque essa exaustão de Heathcliff e Catherine deve estar irritando todo mundo.

Mas não deixem minha azedice desanimá-los. Os defeitos que citei são detalhes bobos que podem ser facilmente ignorados perante a leitura como um todo - esta, muito prazerosa, imersiva e bonita, em sua delicadeza.
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Leitora Viciada 02/04/2012

Um livro apaixonante. Do tipo que se fechá-lo para um intervalo, as personagens irão lhe acompanhar impacientemente até retornar a leitura.
Um livro que emociona. Quem já perdeu um ente querido muito próximo corre o risco de chorar ao perceber que muitos pensamentos ou frases da protagonista são seus também. Mesmo quem não tenha passado por essa dura provação da vida irá se sensibilizar com o sofrimento de Lennie.

No começo estranhei a narrativa da autora, ou a tradução, não sei bem. Algumas comparações, expressões ou referências pareciam não se encaixar nas primeiras páginas. Porém, como que num passo de mágica, mergulhei totalmente no mundo de O Céu Está Em Todo Lugar e o livro é que parecia estar em todo lugar. Principalmente em meu coração pois perdi minha mãe e depois meu pai quando adolescente.
A narrativa é em primeira pessoa e contada por Lennie, uma moça de dezessete anos que perdeu a irmã há um mês e está perdida na tristeza, depressão e dificuldade de seguir a vida.

Lennie sempre foi extremamente dependente da irmã mais velha, Bailey. Uma o oposto da outra. Bailey nunca teve vergonha de se soltar e ser quem gostaria de ser, sempre modificando o ar com a sua presença. Soltava os cachos selvagens enquanto Lennie sempre os escondeu num rabo de cavalo - e nessa comparação simples podemos resumir as diferenças entre as irmãs Walker. Bailey a empolgada, apaixonada e extrovertida, enquanto Lennie sempre foi a discreta e reservada.

As melhores amigas do mundo.
Além do quarto cor de laranja, elas dividiam confidências, sonhos e receios. A união forte das duas em parte se dá pela falta da mãe, que as abandonou ainda bebês e sumiu completamente.
A vovó, que se perde em tintas e telas com mulheres pintadas de verde ou rosas e jardins floridos não fala muito sobre a filha, na verdade nada. Então as irmãs criam um mundo próprio de fantasia, imaginando noite após noite as aventuras que a mãe exploradora estaria vivendo ao redor do mundo.

Lennie toca clarinete, Bailey é atriz de teatro. E de repente morre num ensaio do papel para Julieta, com um problema no coração. E a história começa. O drama de uma família, o drama de uma adolescente que sofre em vários aspectos. Tudo descrito com muito sensibilidade, doçura e um toque de bom humor.

Triste: como uma pessoa que se ama tanto pode simplesmente sumir de sua vida? Sua irmã, sorridente, animada, feliz, jovem... como de uma hora Lennie não vê mais a irmã deitada na cama lendo, atravessando o jardim sorrindo, brincando com o namorado, boiando no rio com o rosto pro sol, ensaiando para o teatro em frente ao espelho? A dor não sai do peito de Lennie, que entra em depressão abraçando e vestindo as roupas da irmã falecida.


Perdida: Lennie não sofre apenas pela perda da irmã e amiga. Perde sua referência, pois sua irmã era seu espelho. Embora fosse um reflexo bem diferente do seu, Lennie dependia dele para poder sustentar sua própria imagem. Precisava dos conselhos, das conversas e palavras de estímulo da irmã para fazer qualquer coisa. Mas agora, não existe mais nada além das lembranças e das coisas que ela não consegue guardar nas malditas caixas que a avó trouxe para o quarto.
Ela está perdida, e observei que a perda da irmã gerou a "descoberta" do abandono que sofreram pela mãe. Bailey morreu e nem conheceu a mãe. Uma mãe que nem imagina e nem se importa que uma das filhas se foi e que a outra está sofrendo. Finalmente Lennie despenca num poço de realidade e o mundo de aventuras da mãe inventada desmorona juntamente com o falecimento da irmã, co-criadora dessa fantasia.


Confusa: sentir necessidade de estar com o namorado da irmã é normal? Alguém que compreende sua dor e que quer compartilhá-la com você. Toby sabe e sente. Porém Lennie não deveria beijá-lo, deveria? Toby, uma mistura de cowboy e skatista caladão não para de ir atrás dela. Lennie não deveria sentir dependência psicológica, os dois não deveriam ser arrebatados por uma atração física e desenfreada. Toby, o namorado de Bailey, sua irmã - pensa em vão a todo instante.

Culpada: se agarrar o Toby, quem deveria ser seu cunhado já traz culpa suficiente para Lennie, coisa pior acontece. Joe, o músico metade francês e completamente charmoso começa a se mostrar muito apaixonado por ela. E ela por ele. Deveria ser natural, mas não é. Lennie está de luto, Joe nunca conheceu sua irmã e não sente a mesma dor. Simplesmente Lennie acha que não pode, não deve, de forma alguma se apaixonar e ser feliz. Não quando Bailey acabou de falecer. Não parece certo, é egoísta. E a idiota da Rachel, sua rival, começa a dar em cima de Joe. O que fazer? Deixar seu clarinete tocar tranquilamente um dueto com o violão de Joe?

Lennie não sabe mais quem é nem o que faz. A única coisa que ela sabe é que a dor da perda não diminui. Ela afasta a amiga Sarah, e não consegue mais se abrir com a avó.
Sentindo-se triste, perdida, confusa e culpada, Lennie começa a desabafar em poemas e textos escritos em qualquer papel, embalagem, madeira, parede... deixados em todo lugar. O livro possui dezenas de belas páginas com esses pensamentos e lembranças escritos por Lennie. Eles surgem em qualquer momento, vem do fundo do coração. Essas páginas nos emocionam e deixam o livro com um visual único e lindo.

Mesmo sofrendo, Lennie se apaixona e surge um romance incomum. Ela precisa aceitar seu sofrimento e perceber que a irmã morreu, mas ela está viva; que a mãe foi embora, mas ela tem uma avó e tio carinhosos; e que a dor e culpa devem dar espaço para o amor e a paixão, ainda mais com um rapaz como Joe estando ao seu lado, ajudando-a a vencer a si mesma. Se conseguir colocar as coisas no lugar, incluindo Toby e todos os pertences que a irmã deixou.


Uma história sobre perda, amor, companheirismo e superação.


Trechos:
"As coisas estão confusas: o garoto que devia me beijar age como um irmão, e o garoto que devia agir como um irmão não para de me beijar."

"O irmão dele se aproxima, apoia a mão descuidadamente no ombro de Joe e instantaneamente o transforma em um irmão mais novo. O corte em meu coração é afiado e repentino. Não sou mais a irmã mais nova. Não sou mais irmã."

"Uma vez ouvi esta máxima: 'Toda vez que alguém morre, uma biblioteca se incendeia'. Estou vendo uma ser queimada diante de mim."

"Minha irmã vai morrer todos os dias, pelo resto da minha vida. A dor dura para sempre. Não desaparece nunca; torna-se parte de nós, a cada passo, a cada suspiro."
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RUDY 31/03/2012

RESUMO SINÓPTICO:
Lennie na verdade é Lennon (homenagem feita a John Lennon) mora com a avó, considerada excêntrica que cuida de plantas, além de ter 1,80m e com o tio Big. A mãe desapareceu enquanto era criança e agora enfrenta a morte de Bailey, sua irmã mais velha, a quem tinha como ídolo. Escreve poesia, é clarinetista e gosta de ler, mas está totalmente perdida, sem saber o que fazer da vida.
Toby era o namorado de Bailey e acaba confundindo e transferindo para Lennie o sentimento que tinha pela irmã e por ambos amarem muito a falecida, acabam envolvendo-se de forma incontrolável, mesmo sabendo que era errado...
Joe Fontaine é novo na escola e toca na mesma banda de Lennie na escola. Extremamente feliz e com sorriso irresistível, faz que Lennie sinta-se ‘viva’ e acaba por conquistá-la cada vez mais; com Joe ela descobre o que é o amor... Porém, por fazer tudo de forma errada em sua concepção, acaba por perdê-lo e descobre-se desesperada por poder conquistá-lo novamente...

Para ler a resenha completa, análise e avaliação, visite e comente nos blogs:

BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2012/03/resenha-20-o-ceu-esta-em-todo-lugar.html

BLOG CRL: http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/2012/03/o-ceu-esta-em-todo-lugar-jandy-nelson.html
Juliana Soares 06/04/2012minha estante
É uma bela historia, daquelas que temos vontade de ler em poucas horas, sem parar pra nada.
Gosto das tuas resenhas por isso.
Minha filha, que ama ler, já está louquinha pra "devorar" o livro.
obrigada, Juliana Soares


Michelle 15/02/2023minha estante
história lindaaaa




Jéssica 31/03/2012

Um livro inesquecível.


O que eu chorei lendo esse livro não foi brincadeira.Cada palavra fazia eu ficar mais melancólica.


Bem, o livro conta a história de Lennie, ou melhor Lennon (POR CAUSA DE JOHN LENNON) , que morava com sua avó , irmã e um tio.Sua mãe foi embora quando ela e sua irmã eram pequenas.


Ela tinha uma vida feliz ao lado de sua família,mas quando sua irmã Bailey morre , Lennie se vê diante de uma tristeza profunda.As duas tinham uma aproximadade muito grande, e tão faz com que Lennie passe a viver em seu próprio mundo de sofrimento.Ela parar de enxergar ao redor , e só fica numa bolha escura.O sofrimento dela é tão grande que faz com os leitores sintam a tristeza dela.

Lennie começa a escrever (conversas,poesias,momentos) que passou com Bailey.Ela escrevia em todo canto, em papeis de guardanapos,copos descartáveis,papel de bala,árvores,jornais,etc.Então depois ela os enterrava ou escondia.


Toby, namorado de Bailey, passa a ser o conforto de Lennie.Os dois estão passando pela mesma dor, então, encontram apoio um do outro para superar isso.

Toby e Lennie navegam em um mar proibido,cheio de dor,medo,confusão.E terão que escolher seguir em frente ou permanecer no passado.Mas nisso tudo tem o Joe(sexy,encantador,alegre),garoto novo na cidade, que faz com todas as meninas suspirem por ele,inclusive Lennie.E Joe vai jogar a vida de Lennie para o alto , as mudanças na vida dela por causa dele é transmitida de forma hilária.Nos apaixonamos , nos encantamos com tal envolvimento.Ele é uma cara exemplar, daquele que todas querem e desejam.O amor que ele transmite é sincero e honesto.E é tão bom ler isso.


Para lerem a continuação acessem: http://www.vivendolivros.com.br/2012/02/resenha-o-ceu-esta-em-todo-lugar-jandy.html
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Erica Carla 29/03/2012

Trechinhos marcante (pra mim)
♥ → {...} ; pergunto-me por que as pessoas enlutadas se preocupam em usar roupas pretas, uma vez que a própria dor nos fornece um ármario inconfundível.


♥ → {...} _ Ah, se eu tivesse rodas no traseiro, seria um carrinho de passeio -
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juliana 25/03/2012

Recomendo!
Achei o livro muito diferente, a forma de narrar, os personagens, é tudo simples, mas ao mesmo tempo especial e inovador. Gostei muito do jogo de palavras que a autora usou para construir determinados cenários e personagens (a exemplo da mãe de Lennie e Bailey, sendo ‘caracterizada’ pela pintura da “Mãe pela metade”). Gostei também de como a Jandy equilibrou drama, humor e romance, tudo na medida certa. A leitura é muito gostosa, quando você menos espera, já está chegando às páginas finais e fica aquela sensação de “está tão bom, não quero que o livro acabe!” (e quando terminei fiquei com vontade de ler de novo!)


A editora Novo Conceito fez um ótimo trabalho com esse livro, a edição é simplesmente linda! Sem falar que em cada capítulo tem umas páginas de notas da personagem Lennie, os poemas que ela escreve em embalagem de bombom, copo descartável, papel rascunho, livro de música, o que deu um ar muito fiel à estória.
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Gíh Santos 21/03/2012

Resenha do Livros Lovers
O céu esta em todo lugar entrou para minha lista de desejados assim que lançou, e quando finalmente tive a oportunidade de lelo, é claro que ele foi para lista dos preferidos.

A capa é toda singela e simples o que a torna tão especial. O livro em si é lindo, o projeto gráfico ficou maravilhoso, diferente e inusitado, fonte em letra azul o que deu um toque mais do que especial, o livro é cheio de imagens, o material é perfeito, a primeiro momento o livro parece ser de capa dura, ele tem uma textura, enfim é muito fofo, parabéns a Novo Conceito!

Neste livro conhecemos Lennie Walker, apaixonada por livros, músicas, e pela vida perfeita que vivia a sombra de sua irmã mais velha Bailey, irmã, amiga e confidente. Quando esta morre de forma abrupta, Lennie se vê largada ao mundo, perdida.

Neste momento de luto profundo, ela conhece Joe Fontaine, o apaixonante colega de escola, este que também mantém uma paixão por música. Ele passa a encantar Lennie de uma maneira que ela não esperava ser possivel, porem sente-se culpada, pois este não é o momento de estar se apaixonando. Joe lhe faz um par perfeito, fazendo-lhe sorrir sem esforço algum, trazendo alegria em seu coração em Luto.

"Anos atrás, estava deitada no jardim da vovó e Big perguntou o que eu estava fazendo. Disse-lhe que olhava para o céu. Ele respondeu - Essa é uma concepção errada, Lennie, o céu está em todo lugar, começa aqui, aos nossos pés. Beijando Joe, acredito nisso, pela primeira vez na vida."

Porem ela esta muito confusa, a morte de Bailey a faz pensar no que viveram e o que não poderiam mais viver, milhares de coisas para ser vividas e sua irmã não poderia mais desfrutar.

Pessoal este é realmente o ponto que mais me tocou no livro, pois penso que a morte é justamente isso, você vive, e vive porem sempre havera coisas, sensações, momentos para ser vividos. Porem a morte vem e acaba com sua chance de aproveitar tudo o que a vida ainda tem para lhe oferecer.

E nesta mesma frustação encontra-se Toby o namorado de Bailey, e juntos Lennie descobre que um supera a dor do outro e momentos inexplicáveis passam a acontecer entre eles.

"Eu, como uma pequena concha com a solidão de um oceano inteiro que grita de forma invisível por dentro, grito como se minha alma fosse rasgada ao meio. E ela foi."

Este livro é regado a lindas frases, e eu me apaixonei pelo fato de Lennie ser “viciada” em escrever em tudo! Literalmente tudo, papelzinho de bala, troncos de arvores, bancos da praça, copos descartaveis, qualquer coisa, e o livro nos tras tudo isso ilustrado. É perfeito!

CONFIRA A RESENHA COMPLETA NO LIVROS LOVERS -> http://livroslovers.blogspot.com.br/2012/03/resenha-o-ceu-esta-em-todo-lugar.html

;)
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Renata 21/03/2012

Tentar se acostumar com a saudade!
A morte rápida e inesperada não é algo comum nas nossas vidas, mas fazer o que?
As vezes a tristeza repentina possa nunca cessar, pode ser que a dor perdure para sempre! Mas em todo nosso coração permanecerá a alegria e a saudade!!



“ Minha irmã vai morrer todos os dias, pelo resto da minha vida. A dor dura para sempre. Não desaparece nunca; torna-se parte de nós, a cada passo, a cada suspiro. Nunca vai parar de doer, Bailey, porque nunca vou deixar de gostar muito de você. É assim que é. A dor e o amor caminham juntos, um não existe sem o outro. Tudo o que posso fazer é adorá-la e amar o mundo, imitar seus passos ao viver com ousadia e força e alegria. ”


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Biah @garotapaidegua 18/03/2012

Lindo!
Eu gostaria de poder fazer uma resenha tão perfeita, tão apaixonada, que pudesse fazer todos que a lerem saírem correndo para comprar este livro e ler. É tão, tão bonito,e tão, tão triste! Mas não vou conseguir colocar todos os meus sentimentos em palavras, me desculpem =/



Logo que comecei a leitura escorreram algumas lágrimas...é impossível não chorar. Eu me coloquei no lugar de Lennie, perdendo uma irmã , me deu um aperto enorme no peito e pude imaginar a tristeza que ela sente.

Lennie sempre viveu à sombra de sua irmã Bailey, a mais entusiasmada, mais extasiante, mais alegre, mais impulsiva, e estava confortável assim, feliz em ser guiada pela vida. Porém quando sua irmã morre, Lennie se vê sem uma sombra onde se esconder, e precisa assumir as rédeas de sua vida.



Lennie vive um conflito muito grande! Ao mesmo tempo em que morre por dentro de tantas saudades da irmã, lembrando a toda hora que ela não está lá para ver as novas flores, nem para conhecer os novos vizinhos, ela se vê feliz por ter a atenção das pessoas pelo menos dessa vez, e morre de culpa por se sentir assim, afundando ainda mais na depressão.

(...) Tenho um pensamento horrível: ele me acha bonita, acha que sou demais, porque nunca conheceu Bailey, seguido de um pensamento ainda mais horrível: estou feliz por não tê-la conhecido. Balanço a cabeça, tento apagar minha mente, como uma tela mágica. (...)

E aí ela conhece Joe Fontaine, o rapaz com um sorriso grande e constante no rosto, que a tira da tristeza, que a faz voar e atingir o céu.

(...)Quando Joe toca seu trompete eu caio da minha cadeira de joelhos

quando ele toca todas as flores trocam de cor e anos e décadas e séculos de chuva voltam para o céu (...)

Mas também há Toby, o único capaz de entender completamente essa dor e consolá-la.

(...) Quando estou com ele,

há alguém comigo,

em minha casa de tristeza,

alguém que conhece

sua arquitetura como eu, que pode caminhar comigo,

pesaroso, de comodo em comodo,

fazendo com que toda a estrutura sinuosa

de vento e de vazio

não seja tão assustadora, tão solitária, como antes. (...)

Como diz a sinopse 'O romance é uma celebração do amor, também um retrato da perda'. É lindo ver o crescimento e amadurecimento de Lennie através da dor e do amor. Eu recomendo a leitura desse livro a todos, jovens e velhos. Eu, que tenho tanto cuidado e ciúme dos meus livros, estou pronta para emprestá-lo aos meus amigos e espalhar essa história por mais e mais corações.

" Lembra-se de como foi quando nos beijamos?
Quantidades e quantidades de luz lançadas diretamente sobre nós.
Uma corda pendendo do céu.
Como a palavra amor e a palavra vida conseguem caber na boca? "

Resenhas, novidades e promoções em www.garotapaidegua.com
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Bruna 12/03/2012

O livro é perfeito esteticamente, mas a história demorou a me convencer, o livro demora muito para desenrolar fica batendo o tempo todo no mesmo assunto. Esperava mais pelos comentários.
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Regiane 06/03/2012

Poético e fascinante

“ Minha irmã vai morrer todos os dias, pelo resto da minha vida. A dor dura para sempre. Não desaparece nunca; torna-se parte de nós, a cada passo, a cada suspiro. Nunca vai parar de doer, Bailey, porque nunca vou deixar de gostar muito de você. É assim que é. A dor e o amor caminham juntos, um não existe sem o outro. Tudo o que posso fazer é adorá-la e amar o mundo, imitar seus passos ao viver com ousadia e força e alegria. ”


Hoje eu trago a resenha de um livro singelo, tocante e ao mesmo tempo, repleto de humor, que me agradou completamente. Antes de dar uma opinião mais precisa - como de costume - farei um apanhado geral da história.

Lennie Walker, aos seus dezessete anos, levava uma vida calma e feliz, acompanhada por sua paixão pela música e pelos seus inseparáveis livros de romance. A garota nutria uma admiração sem igual pela irmã mais velha - Bailey. Tudo seguia perfeitamente bem, até o dia que a tragédia resolveu bater a porta da família Walker. Por uma fatalidade do destino, a querida Bailey, veio a falecer.

“ Às 16h48 de uma sexta-feira de abril, minha irmã estava ensaiando para o papel de Julieta, e menos de um minuto depois, estava morta. ”


A partir desse triste episódio, a única forma que Lennie encontra para tentar amenizar e driblar um pouco a dor pela perda da irmã, é seguindo em frente, mas só ela sabe o quanto é difícil e complicado lidar com a situação, pois Bailey significava e significa tudo para ela.

Felizmente, Lennie não é uma garota que desiste fácil das coisas. Ao lembrar-se do quanto a irmã amava viver, ela é motivada a continuar, e é nesse momento que dois garotos surgem em seu caminho. Um deles parece entender exatamente o que ela está sentindo, e o outro consegue deixar seu coração um pouco mais alegre e leve. Diante de um turbilhão de emoções e sentimentos confusos, ela terá que encontrar o equilíbrio em meio a tudo que está vivendo.

Primeiramente eu devo elogiar o capricho que a Novo Conceito teve com a diagramação desse livro. Além de encher os olhos, todos os detalhes são impecáveis. Adorei a fonte na cor azul, e fiquei deslumbrada com as diversas ilustrações e imagens contidas - com vários poemas e recadinhos da protagonista - entre um capítulo e outro.

A narração do livro é em primeira pessoa, mas em nenhum momento, deixou a desejar. Aos olhos de Lennie, tive uma visão ampla de tudo que acontecia ao redor. A história é conduzida de uma forma totalmente poética. Apesar da escrita da autora ser simples, ela é bem agradável e gostosa. A leitura fluiu tão rapidamente, que terminei em pouquíssimas horas.

Alguns personagens são bem curiosos, principalmente quando se trata do Tio Big e da Vovó. Eles são carismáticos, mas ao mesmo tempo, são bem peculiares. Não gostei muito de Toby, achei-o meio apagado e até mesmo bobão. Joe é uma graça em todos os sentidos. É impossível não se render a ele. A sua sensibilidade aos sentimentos alheios, faz dele um personagem muito especial. Lennie é uma protagonista bem completa. Ela está longe de ser perfeita - algo que adorei - e dessa forma, a autora deu um ar real a personagem. Outra coisa que gostei muito na Len, foi que mesmo diante da situação triste que se encontrava, ela conseguia ter um senso de humor incrível. Ri horrores com as suas atrapalhadas. Sem contar a quantidade exagerada de vezes que ela leu O Morro dos Ventos Uivantes, que sem dúvidas, achei hilariante.

“ Sarah e Joe também me encaram. Sarah com uma expressão de preocupação e Joe com um sorriso do tamanho de um continente. Será que ele olha assim para todo mundo? Será que ele é maluco? Seja lá o que ele for, é contagioso. Antes que eu me dê conta, estou imitando seu sorriso do tamanho dos Estados Unidos, unindo-os ao Havaí e Porto Rico. Devo estar parecendo a "enlutada alegre". ”


O Céu Está em Todo Lugar traz à tona muitos sentimentos. Raiva, decepção, compaixão, compreensão, tristeza, alegria, etc. Enfim, é incontável tudo aquilo que se pode sentir ao ler essa obra. Jandy Nelson criou um romance que retrata perfeitamente a dor diante da perda, a descoberta do amor e a luta pela felicidade. É um livro que deve ser apreciado por todos aqueles que adoram uma história sensível e poética. Recomendo!
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Camila Ramos 23/02/2012

Um livro emocionante e lindo. O Céu está em todo Lugar é um daqueles que você termina de ler e continua pensando nele por dias.
Confesso, comprei pela capa. Quer dizer, pelo livro em si porque ele todo completamente lindo. Comprei e ele ficou lá na estante por um tempo; Tempo demais. Quando peguei pra ler, terminei no mesmo dia.

A Lennie acaba de perder a irmã dela. Ela ainda está num estado de “não caiu à ficha ainda”. Parece que ela não sabe se estruturar sem a irmã. A mãe dela sumiu desde que ela é pequena. Então ela mora com a avó e um tio. Os dois são ótimos. Mas as coisas não são mais as mesmas depois da morte da irmã. Tem o Toby, o cara que foi namorado da irmã dela. Os dois estão passando por um momento muito ruim, eles perderam uma pessoa muito amada, eles precisam de algum conforto. E vão procurar isso um no outro.

A Lennie conhece um garoto na escola, o Joe, e se apaixona por ele. No decorrer do livro, cada capítulo tem uma página com uma foto de um bilhetinho. Tipo, alguma coisa escrita num copo, num tronco de árvore e tal. Isso tem um papel importante na estória que no fim nós entendemos.

A narrativa é muito boa. Quem narra é a Lennie. Nós sofremos com ela. Esse é um livro tão profundo que eu consegui sentir tudo que ela sentia como se estivesse acontecendo comigo.

O livro fala sobre perda, como seguir em frente. Fala sobre amor, tem um romance muito lindo. É impossível não se apaixonar por essa estória. O Toby é um cara mais na dele, calmo e misterioso. Mas é muito sincero, e dá pra perceber o quanto ele sofre com a morte da namorada. O Joe... é um cara legal. Bom, dá pra ver que eu gostei mais do Toby né, mas enfim, as coisas nem sempre são como a gente quer... xD

Quando terminei ainda passei dias lembrando da estória. E adoro quando um livro faz isso comigo.

Recomendo MUITO esse livro. Se você quer uma estória emocionante e linda, esse livro tem isso e muito mais. LEIA!
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Pollyanna Reis 20/02/2012

O Céu Está em Todo Lugar
Estava muito ansiosa para ler este livro, li tantas resenhas positivas sobre ele que despertou totalmente minha curiosidade. Mais confesso que no início da leitura não gostei muito, e acabei me decepcionando. A leitura não fluía, e pensei em desistir por vários momentos. Mas ao contrário disso, continuei a leitura, e aos poucos fui gostando cada vez mais da história.

Lennie acabou de perder sua irmã mais velha, e sua vida simplesmente desaba em sua cabeça. Ela se sente perdida, confusa e totalmente sozinha. A menina que vivia em seu casulo, sempre às sombras de sua irmã, agora se ver em um palco... o palco da vida. A confusão na vida de Lennie piora quando ela e Tobby, namorado da sua irmã ficam muitos próximos por causa da dor e da falta de Bailey. Eles se envolvem além do limite e acabam se culpando por isso, tornando tudo mais difícil. E para acabar de vez, Lennie conhece Joe, e sua vida que já estava de cabeça para baixo, agora está de cabeça para baixo rodando. (Risos)
São tantas dúvidas, raiva, dor, perda... tudo ao mesmo tempo, deixando não só Lennie, mais todos a sua volta perdidos. São dois sentimentos diferentes, e pensamentos que antes ela não tinha. O que fazer? Bem, Lennie desabafa escrevendo em pedaços de papéis, copos descartáveis, árvores e tudo mais, tudo aquilo que sente e pensa. São seus segredos soltos ao vento.
Como Lennie vai sobreviver sem Bailey? Como vai resolver seus problemas e finalmente entender tudo que está acontecendo. A vida não vem com manual de instruções, nem poupa ninguém. Ela simplesmente acontece, você estando preparado ou não. E é exatamente isso que acontece com Lennie.
"O Céu Está em Todo Lugar" consegue ser leve e tenso ao mesmo tempo, pois aborda um tema muito complicado: "A morte." Pelo menos pra mim é um tema super-mega-complicado. Um romance que envolve sentimentos, dúvidas, fraquezas e tudo mais que você imaginar. A vida de Lennie não está fácil, está a ponto de Explodi e destruir tudo... mas um sinal pode mudar absolutamente tudo... Não vai apagar o que passou, mais dará uma nova chance para o espetáculo da vida continuar.

O livro em si é lindo,a editora fez um trabalho belíssimo em relação a estrutura.
[ Recomendo.]

"Quis dizer que pressinto como a morte está por perto. Como nos espreita. E quem quer saber disso? Quem quer ter o conhecimento de que estamos a apenas um suspiro despreocupado da morte? Quem quer saber que a pessoa que você mais ama e de quem precisa pode simplesmente desaparecer para sempre?


"Anos atrás, estava deitada no jardim da vovó e Big perguntou o que estava fazendo. Disse-lhe que olhava para o céu. Ele respondeu — Essa é uma concepção errada, Lennie, o céu está em todo lugar, começa aqui, aos nossos pés."
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