O rei de Havana

O rei de Havana Pedro Juan Gutiérrez




Resenhas - O Rei de Havana


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Raphael 22/09/2022

Não existe beleza na miséria.
A intenção do autor foi apenas chocar. Poderia ter causado reflexão através da crítica social, mas optou apenas por sexo repulsivo.
Cristiane 22/09/2022minha estante
Sim... Um fim trágico e muito sexo sem sentido.




V_______ 07/06/2022

O rei de Havana
O autor cubano Pedro Juan Gutiérrez, criou aqui uma obra suja, seja no linguajar, carregado de palavras chulas e palavrões, na obscenidade das ações e nos próprios personagens, e a sujeira propriamente dita em suas ambientações, mostra uma Havana extremamente imunda, cruel e nua, e esse é certamente o trunfo aqui.
Reinaldo é um jovem vivendo, sobrevivendo, na capital cubana nos anos 90, vai para o reformatório após uma série de infortúnios bizarros beirando o cômico, pois quando a desgraça é tamanha a única opção que resta é rir. Após alguns anos Reinando consegue fugir e passa a perambular pelas ruas da cidades, convivendo com a mais baixa esfera social, mendigos, prostitutas e viciados, se tornado o Rei de Havana.
Gutiérrez não poupa os leituras de estômago fraco, aqui vai ter uma história visceral, asquerosa e cruel, o mais impactante é que não se trata de um livro de terror e que essa forma animalesca de vida que os personagens levam, são bem reais nas camadas esquecidas da sociedade, as que costumam ser ignoradas por conveniência para que continuemos acreditando em contos de fadas enquanto levamos nossas vidas de convenções. Adorei a experiência, lembrar o quanto certas irrelevâncias diárias são artigos de luxo é um desses socos no estômago.
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fev 30/04/2022

Incômodo, sujo e aflitivo
É um livro muito bem escrito e frenético. Mas ainda fico sem ter certeza qual era a intenção do autor com a obra. Denúncia? Reflexão? O texto não deixa claro. Há alguns pensamentos críticos ao longo do enredo. O certo é o que o livro mexeu comigo e me incomodou de várias maneiras. Inclusive algumas cenas presentes no final da história. Talvez tenha passado dos limites. Se bem que o exagero perpassa inúmeras situações descritas. Agora me resta refletir mais sobre tudo isso.
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desejoumlivro 08/04/2022

Foi escrito para chocar!
Com muita facilidade, consegue te causar nojo, indignação e um incômodo realmente significativo, ao mesmo tempo que te prende na curiosidade de saber aonde aquela loucura vai dar.

Logo depois que li a última página, confesso que fiquei em dúvida se tinha gostado, pois me senti desconfortável por algum tempo.
Daí, parei para refletir e me dei conta de que o autor atingiu com maestria o seu objetivo. Toda a narrativa repleta de palavras chulas, sexo, promiscuidade, drogas e violência reflete, com profundidade e realismo, a vida de uma parcela da população de Cuba nos anos 90.

Não é aquela leitura que você termina feliz, mas te faz refletir bastante sobre o comportamento de pessoas que nascem e vivem em situação de miséria extrema, hostilidade e ausência de perspectiva de um futuro digno.
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Joe 17/03/2022

as últimas 10 páginas são simplesmente bizarras. o protagonista ser condicionado a extrema pobreza, violência e exploração desde criança não me impediu de sentir repulsa (ou raiva) da maioria das suas ações.
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O resenheiro 16/03/2022

Uma literatura suja regada a muito sexo
Se você é daquele tipo puritano que quando ouve um palavrão sente um arrepio de incômodo, por favor, nem chegue perto deste livro. Por outro lado, se você é daquele tipo puritano da boca pra fora, mas que gosta de uma sacanagem, enfim, um hipócrita, então este livro é pra você. Também tem aquele terceiro tipo, curioso pra tudo, que quer ler todo tipo de estilo. Então esta história também é pra você.

Se quer saber um pouco mais sobre Cuba, sobre a pobreza que choca e assola o país, sim leia, pois a descrição dos prédios luxuosos com escadas de mármore mas agora em ruínas e dormitório de prostitutas, homossexuais e mendigos vai massagear um pouco o seu ego. Mas uma ressalva que neste caso, a constância da descrição de sexos exacerbados, voyeers a espreita se masturbando em cenas hediondos vão sim deixá-los chocados senão petrificados.

Enfim, tudo isso é regado não só a sexo, mas a muito rum, acompanhado de maconha e cigarro, um incentivo para os viciados que não estão com a mínima vontade de parar. Tudo isso retratando um cenário muitas vezes alegre, onde o personagem principal, Reinaldo, ou apenas Rei, apelidado por algumas de suas companheiras de aventura como o Rei de Havana, um jovem adolescente desgastado pela miséria e com aparência de trinta anos, vive a vida minuto a minuto, sem pensar em nada além do presente.

Enganando a fome quando possível, vivendo com o mínimo sem querer mais nada de nada, Rei muitas vezes parece mais um animal do que um ser humano neste mundo onde alguns de nós nunca jamais conseguiriam imaginar como seria nascer em um ambiente como esse.

Só lendo mesmo para se ter uma ideia, e foi por isso que nem me importei quando me deparei com a quantidade de descrições impróprias, palavras chulas e relações homossexuais, pois não é isso que importa, mas entender que este outro mundo existe sim, ali do seu lado, cheirando forte, exalando suor e nos fazendo sentir tudo isso durante a leitura!
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Letícia 01/02/2022

Visceral, indigesto, cru, cruel
Mal tenho palavras para descrever o socão no estômago que é esse livro. Meu primeiro contato com a obra do Pedro Juan Gutiérrez e como a realidade é cruel. O ser humano consegue viver numa situação muito mais degradante do que muitos animais. Essa sensação de falta de esperança é sufocante. Afinal, a pessoa que cresceu atolada na merda, é difícil uma perspectiva para além disso... A escrita é incomparável, mas se eu pudesse dar uma referência, parece uma mistura de Bukowski com Jorge Amado. Pela crueza e pela crueldade da realidade. É massacrante e sufocante. Precisamos mesmo viver assim? Como desafogar de toda essa merda? Onde existe esperança? Existem formas de ao menos olhar para o que está acontecendo? Olhar e agir contra toda decadência humana. A gente tem a obrigação moral para uns com os outros de sermos maiores que isso. Afinal, pra que viver? Se é pra permitir que isso aconteça, viver não faz sentido!
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Isabella 22/12/2021

Escassez
Um livro marcado pela escassez. Rei e Magda, casal protagonista da história, compartilham histórias marcadas pela pobreza, sujeira, abandono e fome, muita fome.

Difícil não ficar embrulhada durante alguns trechos do livro, em que o autor, descreve uma verdade nua e crua, narrando as necessidades mais básicas e instintivas dos seres humanos. Uma realidade palpável, mas difícil de alcançar.
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Thais645 30/11/2021

Chocantemente humano
Recomendação de um amigo. Um livro que se passa em Cuba na década de 90, depois do colapso da URSS, quando o país entrou em crise econômica. Uma ficção baseada na realidade do povo cubano, a história é visceral, com a fome, a sujeira, a violência e a sexualidade, constantes ao longo da narrativa. Um livro incômodo, que traz reflexão com a realidade de fome e miséria atual do Brasil. Recomendo!
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Lis 09/11/2021

A brutalidade pode ser um grito de socorro
Nas primeiras páginas senti um desconforto com as descrições sexuais do personagem, um machismo encarnado, uma má educação. Mas logo meu ?véu de maia? caiu - me perdoem os religiosos pelo uso do termo. E passei a me interessar por esses elementos do protagonista, o escárnio gera uma provocação necessária, de algum modo a história passou a causar em mim sensações físicas. Me vi no menino, na sua jornada de anti-herói, perdoei sua imoralidade para perdoar também a minha. Vi as personagens femininas tão encaixotados no lugar de seres sexuais de um sistema esmagador e senti mais uma vez o quão brutal é ser mulher, não dá para julgar os meios para resistir em suas próprias histórias.
O grande lance de o ?O rei de Havana? é o incômodo, de alguma forma ele nos tapeia para desacostumarmos com a literatura do alfabeto ou melhor da cartilha da ?escola? , em que tudo é explicado e até as críticas precisam vim acompanhadas de notas para não darem margem há uma interpretação desagradável , queremos ler um manifesto, mas sabemos que não é esse o papel da literatura. Não é preciso sentir leveza e assinar embaixo em tudo, há outras sensações reveladoras e políticas: enjoou, dúvida, raiva, nojo, repulsa, desalento, e esses sentimentos precisam ser provocados para não esquecermos o humano em nós, este humano que se revolta com a miséria absurda, que compadece vendo um menino torna-se homem em meio à violência e aos abusos. Percebemos que são esses homens fabricamos socialmente, essas crianças que prendemos como menores infratores, essa pobreza que vemos no jornal retratada como ao lado do aumento da violência.
Mas e o ser? O indivíduo por trás do trauma, ele que por não conhecer outras realidades até ?aprecia suas violências? por que simplesmente as desconhecem como tal.
No mais, curiosa para ler mais desse cubano, Pedro Juan Gutiérrez.

Ps: Um destaque especial para uma personagem travestir, que esbanja uma certa didática na narrativa que é sofisticada ao ponto de não ser forçada e apelativa, apenas irreverente e contrastante com a vulgaridade do protagonista Reinaldo. (Vulgaridade? Não sei se seria esse o termo a adequada, algo me leva a crê que melhor seria chamar de pornografia pois tem haver com o que não toleramos enquanto exposição efetiva dentro da ordem moral)
Margô 10/12/2021minha estante
Sua resenha despertou mil curiosidades! Não dá spoiler, mas atrai pelo comentário tão intimista, que permite conhecer a sensibilidade da leitora...????




Bruno.Villas 27/10/2021

Sexo e brutalidade
O personagem é um bruto, desalentado, voraz sexualmente, ferrado psicologicamente. Vive como um bicho, em meio a outros bichos (humanos), na indigencia, marginalizado, excluido.
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Cristiane 28/09/2021

O rei de Havana
É difícil eu considerar um livro ruim, mas este conseguiu. Esta é a história de Rei, um adolescente muito pobre de Havana. Perde a família num acidente estúpido. Vai para um reformatório... Foge e você se gabando de seus dotes sexuais. O autor poderia ter abordado a pobreza e o vazio da vida deste e dos outros personagens, mas optou pela questão sexual. Detestei.
priscyla.bellini2023 09/03/2023minha estante
Concordo plenamente!




Lucas.Macedo 31/05/2021

Espetacular!
Foi o primeiro contato que tive com a literatura cubana e do autor e a experiência foi extraordinária.

O livro me causou diversas sensações: raiva, agonia, nojo, dúvidas, curiosidade. Há uma aura de sujeira que conduz o livro e que, ao mesmo tempo que me deixou desconfortável, me fascinou do ponto de vista literário.

Fiquei completamente imerso no universo de Havana e ansioso para saber mais da história de Rei.

Já quero ler outras obras do autor. Recomendo muito para quem quer uma história cativante e que nos tira da zona de conforto literária.
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Maria Júlia Comin 25/05/2021

?
Haja estômago pra ler esse livro!
A história se passa em Cuba, nos anos 90, e retrata a miséria da época através de Rei, um adolescente que foge de um reformatório e passa a viver nas ruas de Havana.
Foi difícil terminar o livro, apesar das poucas páginas. Os detalhes acerca da pobreza e da prostituição são marcantes. De qualquer forma, prendeu minha atenção! Gostei!
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