72 Horas Para Morrer

72 Horas Para Morrer Ricardo Ragazzo




Resenhas - 72 Horas Para Morrer


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Pablo Arcáry 21/11/2011

Resenha: 72 horas para morrer - Ricardo Ragazzo
Em 72 horas para morrer conhecemos Julio, um delegado que ao longo da profissão conseguiu juntar um bom número de inimigos. Laura (sua filha) é uma garota jovem, bonita e com uma personalidade um tanto forte. Todo o terror começa quando Julio encontra o carro da sua namorada Aghata abandonado em uma loja de conveniências. Aparentemente um sequestro. Depois de encontrar um bilhete muito estranho na cena do crime ele decide investigar para descobrir o paradeiro de sua namorada. Todas as pistas levam Julio a uma casa "abandonada". Com certo receio ele invade a casa em busca de Aghata e dos seus sequestradores. Julio encontra Aghata morta de uma maneira brutal. Justo quando seu pior inimigo, Miguel acaba de sair da cadeia. Julio se encontra no meio de uma organização estritamente voltada para fazê-lo sofrer. Muitas mortes direcionadas a pessoas próximas (ou não tão próximas) de Julio começam a acontecer. Com a ajuda da filha e de alguns "amigos" Julio tenta solucionar esses crimes misteriosos e deter esse psicopata antes que mais alguém saia ferido.

Pior do que conhecer um Serial Killer, é um Serial Killer conhecer você!

Essa foi uma resenha muito difícil de fazer, porque o livro é cheio de detalhes e eu tentei dar o mínimo de Spoiler possível. A capa é linda, muito mas bonita no livro físico. O autor consegue criar uma atmosfera aterrorizante. As descrições dos crimes são chocantes. Super bem escrito e totalmente diferente de algo que eu já tenha lido. Cada cenário é tão bem descrito que você consegue visualizar perfeitamente o local. O livro te surpreende muitas vezes durante a leitura. Quando você tem certeza de quem é o Serial Killer o autor muda o rumo da história e você percebe que estava errado. Mais uma vez eu digo que fiquei de boca aberta com os crimes cometidos, são muito chocantes. O único ponto "negativo" que achei foi no final. Parece que o autor se perdeu um pouco. Mas fora isso o livro é Muito Assustador. Eu Indico a leitura. Vale à pena.
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Kyanja 13/10/2011

"Suspense e Tensão para Ninguém botar Defeito"
Se há algo que o apreciador de um bom thriller sabe reconhecer é quando está diante de uma trama convincente, que o envolva desde as primeiras linhas. Assim é “72 Horas para Morrer”, que mantém o leitor preso às páginas, fazendo-o se esquecer das horas, de compromissos, do mundo à sua volta. Preso ao drama de Julio Fontana, delegado da pacata cidade de Novo Salto, que, de súbito, se vê enredado numa conspiração contra a sua própria sanidade, ao ter pessoas próximas brutalmente assassinadas. Para piorar mais ainda a sua situação, o próximo alvo do serial killer em ação é sua filha adolescente, com quem tem um relacionamento estremecido, desde a morte da esposa. E para alucinar mesmo o delegado mais frio do mundo, ele tem apenas 72 horas para se safar ou descobrir quem é o serial killer que o ameaça.

O autor, Ricardo Ragazzo, conhece as técnicas para obter tensão máxima de uma cena, judiando de seu leitor, confesso masoquista. Sim, pois apenas um masoquista para querer deliberadamente ler eventos dramáticos, cuja tônica são a imprevisibilidade e incerteza com que se deparará nas páginas seguintes. Nesse ponto, Ragazzo é generoso com seu leitor. Prepare-se para sustos sucessivos, como se numa sessão de filme de terror.

Não é um gênero fácil de dominar, embora Aristóteles já o defendesse como importante construção literária. Deve ser um mix de impacto pelos perigos que o protagonista sofre; mais a incerteza de se tudo acabará bem; somada à esperança de que haja um desfecho favorável ao protagonista, para o leitor, então, relaxar dos efeitos da tensão narrativa. Ufa! Nesse ponto, Ragazzo não faz feio aos melhores mestres de suspense.

Vale a pena conferir este livro de um dos mais proeminentes expoentes da boa literatura nacional, independente de rótulos ou gêneros.

Kyanja Lee (13/10/11)
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juliorocha 04/10/2011

Para quem é fã de Jogos Mortais
Muito bom o livro de Ricardo Ragazzo. Em um ritmo alucinante, somos apresentados a uma série de eventos violentos e surpreendentes. Muito bem escrito e estruturado. Parabéns, Ricardo! Que venham os próximos.
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Carlos Eduardo 18/08/2011

Sensacional
Cara, novamente parabéns, o livro ficou muito bom. Agora fiquei preocupado, será que algúém quer se vingar de mim e não sei, tomara que seja mais tranquila. rs

Durante a leitura fiquei imaginando cada cena na tela e como seria legal assistir esse thriller inteligente e surpreendente no cinema. Tem projetos para isso? (leitor exigente já) rs

Abraços
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Susy Ramone 10/08/2011

Quem degusta o primeiro parágrafo de 72 horas para morrer, já não consegue mais largá-lo.

O terror psicológico predomina no enredo que é repleto de surpresas a cada página virada.

Acontecimentos deliciosamente imprevisíveis cumprem a promessa de prender o leitor do início ao fim.

Esta obra de Ricardo Ragazzo me remeteu a algumas características semelhantes de funções de personagens de Dean Koontz. A narrativa frenética, os tipos de assassinatos, os bilhetes deixados pelo serial killer e sempre um elemento surpresa de tirar o fôlego me levou a fazer tal comparação.

Sem dúvida, uma trama muito bem elaborada que vale muito a pena ler.

Muito me alegra encontrar livros de qualidade como este entre a literatura nacional. Porém, devo dizer que 72 horas para morrer tem um sério defeito. Ao começar a sua leitura, meu caro, esqueça de todo o resto. Você não desgrudará do livro enquanto não terminá-lo e os seus afazeres, mesmo que sejam importantes, ficarão em segundo plano.
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ricardo_22 09/08/2011

Resenha - Blog OverShock
72 Horas para Morrer, Ricardo Ragazzo, 1ª Edição, São Paulo: Novo Século, 2011, 254 páginas

O paulista Ricardo Ragazzo lançou no último mês, pela nossa parceira, Editora Novo Século, o seu thriller de estreia, e sem dúvidas, os amantes desse estilo literário irão se surpreender com a escrita empolgante de um dos fundadores da República dos Escritores, e mais, irão guardar esse nome por um bom tempo e esperar por outros livros do autor, afinal, ele tem capacidade para continuar surpreendendo seus leitores.

O livro 72 Horas para Morrer já começa de uma maneira arrasadora, quando logo nas primeiras páginas conhecemos Júlio Fontana, delegado da cidade de Novo Salto. A vida de Júlio poderia estar normal, porém diversos acontecimentos passariam a atormenta-lo e fariam com que ele tivesse uma verdadeira luta contra o relógio, onde o objetivo seria continuar vivo. Para começar, Miguel, um homem que Júlio não suporta, deixa a prisão, e dias depois disso acontecer, uma morte abala o delegado emocionalmente. A situação piora, pois a pessoa por trás disso deixa recados, e ao seguir as mensagens deixadas nos mesmos, Júlio passa a ter surpresas desagradáveis. Logo o delegado percebe que o assassino quer atingi-lo, e para isso, as pessoas que têm alguma relação com ele acabam sendo as envolvidas e correm risco de vida. O principal medo de Júlio, é que sua filha Laura seja uma das vítimas, e por isso a luta frenética contra os assassinos ganha uma importância ainda maior.

Como o próprio nome já diz, o livro é contado em apenas 72 horas, sendo elas de muita emoção, reviravoltas e principalmente assassinatos bárbaros, o que pode muitas vezes desagradar aos não fãs desse estilo de leitura, porém os fãs, irão se deliciar e devorar as 254 páginas em questões de horas, afinal, a forma com que Ricardo conduz a sua estória, faz com que o leitor não queira mais desgrudar do livro. A vida de cada uma das personagens é muito bem retratada e acontecem fatos reais, porém que nunca imaginaríamos acontecer no inicio da leitura.

Conforme o livro vai chegando ao seu final, temos quase certeza de como toda essa aventura vivida por Júlio chegará ao fim, e é aí que Ricardo Ragazzo nos surpreende com um final que confesso que nunca passou pela minha cabeça, sendo esse o motivo de Ricardo ter entrado para a lista dos autores nacionais que espero continuar lendo por um bom tempo. Apesar de saber desde o inicio, que tudo não passa de vingança, o final é o único que pela surpresa causada, chega a desagradas, mais nada que tire o brilhantismo que encontramos nessa obra. "-A vingança move, alimenta, energiza. É água no deserto. Uma amargura doce que dá sentido à vida. O ódio, diferente do amor, permanece conosco. Para sempre. Enquanto o amor é efêmero, o ódio enraíza na alma, modifica, transforma. Odiar, meus amigos, é a essência da vida!" (pág. 229).

O que mais me chamou a atenção em 72 Horas para Morrer, além das aventuras e a história que os personagens viveram até que chegasse o dia, foi a forma que o livro é contada, temos algumas partes contadas me primeira pessoa, pelo delegado, e em determinadas páginas, contada em terceira pessoa, fazendo que ao mesmo tempo possamos saber os sentimentos de Júlio e o que está acontecendo em outros lugares, sendo importantíssimos no decorrer do livro.

Enfim, quem, assim como eu, gosta de aventuras, mistérios, mortes sinistras e uma pitada de sobrenatural, não pode deixar de ler 72 Horas para Morrer, pois o que Ricardo Ragazzo nos mostra é simplesmente incrível.

por www.overshock.blogspot.com
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T. Ururahy 01/08/2011

Grandes estilo "Stephen King" de matar seus neurônios
“Sentia um calafrio toda vez que o filme terminava. Uma sensação contraditória de querer saber o que realmente havia acontecido e o medo da resposta. Seriam aquelas ameaças verdadeiras ou apenas parte de um jogo psicológico que pretendia me enlouquecer?”

Olá senhores (as) (itas), e não é que hoje eu fui brindado com a possibilidade de resenhar um livro nacional! É o tipo de coisa que geralmente me traz certa angústia, pois, como sou escritor (ou caminho a passos largos para tal), nem sempre as pessoas aceitam as críticas como elas devem ser feitas – de forma profissional e técnica. Sempre vai parecer que eu estou denegrindo um trabalho na expectativa de exaltar o meu. Qual a minha regra para evitar isso? Resenhe apenas livros nacionais de um estilo literário que você não é grande fã e, CLARO, que você não escreve.

E foi com esse pensamento que surgiu a possiblidade de resenhar o livro “72 Horas para Morrer” do paulistano Ricardo Ragazzo. Recebi o livro diretamente do autor e da editora, em pdf, antes mesmo de seu lançamento. Antes de qualquer coisa, obrigado aos envolvidos pela confiança depositada em mim. Em tempos de pirataria, não dá pra ignorar o risco das editoras ao tomarem uma atitude como essa. Por outro lado, não poderei falar sobre a diagramação, por motivos óbvios.

O livro saiu pela Novo Século, em formato 16×23 e será lançado oficialmente no dia 28 de Julho de 2011 na FNAC da Paulista, em São Paulo, a partir das 19h. No entanto, o livro já se encontra em boa parte das livrarias do país. (PS: procurei o livro aqui em Santos ontem – 14/07, data em que a resenha foi escrita – e na Livraria Saraiva está confirmado para chegar no dia 25/07).

Começando pela arte, a capa é impactante. Nada de imagens muito fancy ou os clássicos espirros de sangue que vemos costumeiramente na capa dos thrillers policiais. “72 Horas para Morrer” apresenta uma capa que emana angústia em sua simplicidade. Ficou estranho ou confuso? Também achei. Vou tentar de novo. A capa traduz todas as sequelas do protagonista, seu medo e atitudes rústicas de um delegado trabalhando em uma pequena cidade do interior, viúvo, pai de uma menina naquela idade “perigosa” (quem é pai de adolescente vai me entender… hehe). Ponto para a editora. Certamente é um livro que não passará despercebido nas estantes das livrarias.

Passando por breve briefing da história, Júlio (o protagonista) é o delegado de uma cidade pequena e, do dia para a noite, torna-se o pivô de um assassino serial que busca vingança contra ele. Porém, e a genialidade do livro está exatamente nesse ponto; Júlio sequer faz ideia de quem pode ser esse homem (mulher?), mas o assassino demonstra, capítulo após capítulo, saber muito bem os detalhes da vida do delegado. E a forma como o autor colocou as palavras – mais um ponto positivo para o domínio da linguagem – joga o leitor dentro dessa espiral de não poder confiar em ninguém e ao mesmo tempo precisar da ajuda de todos à sua volta, dado o envolvimento pessoal do protagonista no caso. Júlio transpira através das páginas; é um homem real, como muitos dos pais durões que conhecemos na vida.

Tecnicamente, o autor optou por um ritmo frenético. Capítulos curtos, cenas quebradas em micro narrativas e constantes reflexões do protagonista (que é o Ponto de Vista durante todo o livro). A sensação é de frenesi e estômago embrulhado. Por esse ponto, o autor poderia ser colocado na lista daqueles comparáveis a Dan Brown, mas eu discordo. Até pela ideia central do livro, que nos joga dentro de um clima um tanto quanto Jogos Mortais (Saw), eu faço um paralelo do Ricardo Ragazzo com James Patterson e Chuck Palahniuk (Clube da Luta). Ricardo criou seu estilo, mesclando um thriller investigativo clássico com a angústia psicológica de autores menos explorados no Brasil.

Estruturalmente o livro é moldado para mantê-lo na história e sendo surpreendido tanto quanto o protagonista. É uma técnica antiga e muito inteligente para livros desse estilo, que mescla o leitor com o protagonista, dando uma sensação de imersão na história ainda mais intensa.

“Miguel. Só o som desse nome já havia sido suficiente para arruinar meu humor. Minha noite também. E, em breve, arruinaria a viagem dos três garotos sentados na mesa ao lado.”

Resumindo, para quem estava esperando que a safra de autores nacionais que escrevem thrillers desabrochasse, tenho ótimas notícias. A “classe” de Ricardo Ragazzo veio para ficar.
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Psychobooks 31/07/2011

Bom, ao ver indicações de hora e datas logo no início do livro imaginei que teríamos muita ação ao estilo 24 horas.
A história já começa de forma eletrizante. A namorada do delegado Júlio Fontana - Agatha - está desaparecida e seu carro foi encontrado na pacata cidade onde vive. Ao se deparar com um bilhete dentro do jornal, Júlio Fontana não fazia ideia de que sua vida a partir daquele momento se tornaria um inferno. Com sua namorada desaparecida nosso protagonista se encontra numa corrida contra o tempo para encontrá-la viva…
O enredo se desenvolve de forma instigante prendendo completamente o leitor. Senti que a narrativa forçada algumas vezes, mas entendo que é preciso relevar algumas coisas, por se tratar de ficção.
Apesar de ter um temperamento beeeem explosivo, algumas atitudes do delegado são absurdas, sabe dessas que a gente só vê em algum telejornal? (oi Datena!) .Não achei que foram condizentes com sua personalidade... As coisas desencadeiam de forma absurda, uma atitude atrás da outra, sempre impune, justificável.
A leitura me prendeu até certo ponto, mas um acontecimento quase no final do livro me desanimou... Achei que o enredo perdeu um pouco do foco... Me surpreendi, não esperava a reviravolta e fiquei, digamos, beem desanimada com o rumo que a história tomou.
Tal ‘desvio de história’ foi justificado no final do livro, mas ainda acho que não merecia tanta atenção assim. Acredito que a história vinha fluindo superbem, com todos os elementos necessários e indispensáveis para um bom thriller.
No final, ficou impossível para mim não assemelharr a história com a do filme “O Apanhador de Sonhos” do Stephen King – por conta da mistura de tópicos.

No geral o livro me agradou bastante, pena que o final não foi bem o que eu esperava.


Acesse:
http://www.psychobooks.com.br/2011/07/resenha-72-horas-para-morrer.html
Kátia 19/06/2012minha estante
vou ler


Loki Schwartz 08/02/2013minha estante
Tive a mesma opinião que você e concordo que tal desfecho foi desnecessário para o livro. O autor poderia ter trabalhado muito mais nessa história já que essa reviravolta mudou completamente o estilo do livro.




CooltureNews 17/07/2011

Por: thiago Ururahy
Postado no CooltureNews
“Sentia um calafrio toda vez que o filme terminava. Uma sensação contraditória de querer saber o que realmente havia acontecido e o medo da resposta. Seriam aquelas ameaças verdadeiras ou apenas parte de um jogo psicológico que pretendia me enlouquecer?”

Olá senhores (as) (itas), e não é que hoje eu fui brindado com a possibilidade de resenhar um livro nacional! É o tipo de coisa que geralmente me traz certa angústia, pois, como sou escritor (ou caminho a passos largos para tal), nem sempre as pessoas aceitam as críticas como elas devem ser feitas – de forma profissional e técnica. Sempre vai parecer que eu estou denegrindo um trabalho na expectativa de exaltar o meu. Qual a minha regra para evitar isso? Resenhe apenas livros nacionais de um estilo literário que você não é grande fã e, CLARO, que você não escreve.

E foi com esse pensamento que surgiu a possiblidade de resenhar o livro “72 Horas para Morrer” do paulistano Ricardo Ragazzo. Recebi o livro diretamente do autor e da editora, em pdf, antes mesmo de seu lançamento. Antes de qualquer coisa, obrigado aos envolvidos pela confiança depositada em mim. Em tempos de pirataria, não dá pra ignorar o risco das editoras ao tomarem uma atitude como essa. Por outro lado, não poderei falar sobre a diagramação, por motivos óbvios.

O livro saiu pela Novo Século, em formato 16×23 e será lançado oficialmente no dia 28 de Julho de 2011 na FNAC da Paulista, em São Paulo, a partir das 19h. No entanto, o livro já se encontra em boa parte das livrarias do país. (PS: procurei o livro aqui em Santos ontem – 14/07, data em que a resenha foi escrita – e na Livraria Saraiva está confirmado para chegar no dia 25/07).

Começando pela arte, a capa é impactante. Nada de imagens muito fancy ou os clássicos espirros de sangue que vemos costumeiramente na capa dos thrillers policiais. “72 Horas para Morrer” apresenta uma capa que emana angústia em sua simplicidade. Ficou estranho ou confuso? Também achei. Vou tentar de novo. A capa traduz todas as sequelas do protagonista, seu medo e atitudes rústicas de um delegado trabalhando em uma pequena cidade do interior, viúvo, pai de uma menina naquela idade “perigosa” (quem é pai de adolescente vai me entender… hehe). Ponto para a editora. Certamente é um livro que não passará despercebido nas estantes das livrarias.

Passando por breve briefing da história, Júlio (o protagonista) é o delegado de uma cidade pequena e, do dia para a noite, torna-se o pivô de um assassino serial que busca vingança contra ele. Porém, e a genialidade do livro está exatamente nesse ponto; Júlio sequer faz ideia de quem pode ser esse homem (mulher?), mas o assassino demonstra, capítulo após capítulo, saber muito bem os detalhes da vida do delegado. E a forma como o autor colocou as palavras – mais um ponto positivo para o domínio da linguagem – joga o leitor dentro dessa espiral de não poder confiar em ninguém e ao mesmo tempo precisar da ajuda de todos à sua volta, dado o envolvimento pessoal do protagonista no caso. Júlio transpira através das páginas; é um homem real, como muitos dos pais durões que conhecemos na vida.

Tecnicamente, o autor optou por um ritmo frenético. Capítulos curtos, cenas quebradas em micro narrativas e constantes reflexões do protagonista (que é o Ponto de Vista durante todo o livro). A sensação é de frenesi e estômago embrulhado. Por esse ponto, o autor poderia ser colocado na lista daqueles comparáveis a Dan Brown, mas eu discordo. Até pela ideia central do livro, que nos joga dentro de um clima um tanto quanto Jogos Mortais (Saw), eu faço um paralelo do Ricardo Ragazzo com James Patterson e Chuck Palahniuk (Clube da Luta). Ricardo criou seu estilo, mesclando um thriller investigativo clássico com a angústia psicológica de autores menos explorados no Brasil.

Estruturalmente o livro é moldado para mantê-lo na história e sendo surpreendido tanto quanto o protagonista. É uma técnica antiga e muito inteligente para livros desse estilo, que mescla o leitor com o protagonista, dando uma sensação de imersão na história ainda mais intensa.

“Miguel. Só o som desse nome já havia sido suficiente para arruinar meu humor. Minha noite também. E, em breve, arruinaria a viagem dos três garotos sentados na mesa ao lado.”

Resumindo, para quem estava esperando que a safra de autores nacionais que escrevem thrillers desabrochasse, tenho ótimas notícias. A “classe” de Ricardo Ragazzo veio para ficar.
Terê 08/09/2011minha estante
Li e gostei!
Suspense, tensão, ação... Alívio imediato. Suspense, tensão, ação... Alívio imediato. Tudo outra vez. Assim eu defino o livro "72 horas para morrer", de Ricardo Ragazzo.
... Por meio de uma linguagem super arranjada, o escritor consegue prender a atenção do leitor de um jeito curioso e instigante, já que tudo acontece de forma marcada e acelerada. O personagem principal, Julio Fontana, precisa agir rápido, muitíssimo rápido. Razão pela qual sua única filha, Laura, corre sério perigo de vida. Embora Julio desconheça a razão, as evidências de que uma vingança cruel se aproxima da menina, são marcadas por inúmeras mortes. Acostumado com a jornada agitada de delegado, desta vez, ele se vê diante de uma situação inusitada, incapaz de perdoar-se caso fraquejar. Em defesa da filha, Julio terá que triplicar suas forças físicas e psicológicas. Os segundos, os minutos, não podem ser desperdiçados. Nada, nem ninguém, poderão fazê-lo parar, junto à busca incansável de descobrir por que e quem é o vingador. Quem sabe, a vingadora? Nesta corrida contra o tempo, as crueldades acontecem com intensidade e mistério, com ardentes sofrimentos, obrigando Julho tomar medidas brutais.
Assim que o leitor se põe a ler o livro, não há como deixá-lo de lado. Pois, à medida que os suspeitos vão surgindo, você quer, a todo custo, descobrir quem é o grande causador dos assassinatos bárbaros. Todos com uma única razão: Vingança.
Por mais que Julio tenta proteger a filha, a perseguição e as mortes continuam, exceto se Laura sacrificar a própria vida em função de outras vidas.
Ainda que seja um romance de ficção (suspense), o autor possibilita refletir sobre diversos conceitos polêmicos.
Durante a leitura, com muito esforço, mantive-me equilibrada emocionalmente. Até o momento que as lágrimas deslizaram no meu rosto. Motivo? Segredo. O que foi emoção incontrolável para mim, pode não ser para outrem. Leia o livro. Com certeza, altas emoções acompanharão você.
Terê O. Bagatini





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