As vinhas da ira

As vinhas da ira John Steinbeck




Resenhas - As Vinhas da Ira


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Faluz 29/03/2024

As vinhas da ira. - John Steinbeck
Um clássico da literatura internacional que nos coloca em contato com a difícil busca por um lugar para viver, para comer, para existir.
Em 1930, época do enredo em questão, após uma crise econômica em que empresas se aproveitam da situação e forçam uma situação de evasão de um local sem possibilidades de cultivo até para a sobrevivência, famílias inteiras se deslocam em busca de novos horizontes e possibilidades de vida. A esperança é os sonhos permeiam as dificuldades que se apresentam.
Mas o caldeirão de entraves, privações, doenças e principalmente o reconhecimento de que as situações sub-humanas nos degradam de maneira desumana, curtem as vinhas da ira.
Leitura visceral e descritiva.
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Kakau 31/03/2024minha estante
Cadê o spoiler? ?


resenhashorizon 01/04/2024minha estante
KKKK fiquei c medo de comentar que da tudo errado no final e ser criticada




Murilo 14/03/2024

Um Manifesto lindo...
"As Vinhas da Ira" de John Steinbeck é um clássico norte-americano. Contando a saga da família Joad que, após a chegada das máquinas nos campos agrícolas, deve sair de sua casa e de suas terras e tentar a vida na Califórnia. São vários personagens, e é incrível como o escritor sem precisar de muitos enfeites ou muitos requintes consegue desenvolver mesmo que pouco seus personagens. Você entende cada pessoa ali, seus traumas, seus pensamentos, seus padecimentos, suas desilusões, suas decisões e tudo isso. É um livro muito humano.
Os personagens mais fortes são o Tom Joad e a Mãe, dois personagens brilhantes, extremamente bem desenvolvidos e extraordinários, de uma força avassaladora. O livro é longo, e o escritor varia entre os capítulos de estória realmente e os capítulos de História, traçando detalhadamente aquele cenário pouco convidativo, é extremamente bem escrito.
As aspirações socialistas da obra são bem claras: as alusões aos comunistas no início do século, a revolta dos trabalhadores precarizados e tudo isso. É uma forma do escritor mostrar que não se precisa ter conhecimento sobre a mudança para saber que ela precisa acontecer. É tocante, emocionante, triste, trágico, arrebatador, passa longe do melodrama, traça paralelos bíblicos maravilhosos. Um dos maiores livros de todos os tempos, em termos de importância e qualidade, é um Manifesto lindo.
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jessyroux 06/03/2024

"As Vinhas da Ira" é uma obra monumental que captura a essência da luta humana durante a Grande Depressão. A narrativa intensa e emocionante de Steinbeck, aliada à sua habilidade em criar personagens complexos e memoráveis, cativa o leitor desde o início. A jornada dos Joads pela América é uma poderosa metáfora da luta pela sobrevivência e dignidade em face da adversidade extrema. A mensagem social e política do livro é apresentada de forma contundente, mas há também uma profundidade emocional que ressoa muito além das questões políticas. Embora algumas críticas apontem para simplificações e estereótipos, acredito que Steinbeck conseguiu criar uma obra-prima que transcende as limitações temporais e culturais, tocando as fibras mais profundas da condição humana. Em suma, "As Vinhas da Ira" é uma leitura essencial que continua a inspirar e provocar reflexão décadas após sua publicação.
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Elaine Messias 04/03/2024

Realismo
O livro me lembrou VIDAS SECAS e passei um bom tempo comparando as diferentes ferramentas e estruturas sociais para o êxodo em situação de extrema pobreza, aproximadamente na mesma época, no Brasil e nos EUA.
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Mylena.Esteves 28/02/2024

Sem palavras...
Simplesmente perfeito. Fica até difícil dizer alguma coisa sobre esse livro, pq é tanto sentimento. Acho que eu nunca esquecerei esse livro. Além da história tocar o coração, a escrita é simplesmente sensacional, muito linda. Guardei no coração. ??
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Regina 24/02/2024

Perfeito
Um livro perfeito, cheio de reflexões sobre a vida pobre de agricultores. Um escrita boa, mas que deve ser lida as poucos, para um boa análise
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Marcos774 21/02/2024

Obra prima
Um livro que vou guardar no coração como um livro querido. Adorei a leitura e acompanhar a família a procura de sobrevivência. Uma obra com múltiplas reflexões, que nos fazem pensar sobre a vida entre o lucro acima de tudo e a partilha dos que quase não tem. Livraaaço 5 estrelas.
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Paulo1376 17/02/2024

Um livro comovente e muito bem escrito. Ressalta o sofrimento e a humilhação face a saga dos agricultores pobres após o crash de 1929 indo para California em busca de trabalho e uma vida dígna.
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B.Dias 16/02/2024

Após a leitura de 'Os quatro ventos' da autora Kristin Hannah, precisei adicionar nas próximas leitura 'As vinhas da Ira'. Ambos os livros abordam sobre os impactos que a Grande Depressão gerou nos fazendas e consequentemente nas famílias de cidades mais afastadas, do período da seca, da fome, e da necessidade de abandonar tudo e ir para a Cafifórnia, com seu slogan de cidade próspera, que tem trabalho e alimentos para todos. Vemos aqui tudo muito cru e real, com as desgraças sofridas, com o preconceito nítido, com o descaso do governo. Foi um livro muito impactante e que apesar de ter devorado a leitura, não foi fácil por conta da temática.
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Vania.Cristina 29/01/2024

Ode à resiliência, à determinação e à solidariedade
Que livro impressionante! No começo achei muito descritivo e estranhei a narrativa diferentona, mas ele foi me ganhando cada vez mais, e não vai sair nunca da minha cabeça.

Trata-se da história da família Joad, pequenos agricultores que viviam em Oklahoma nos anos 30, tempos históricos da grande depressão norte-americana. Primeiro somos apresentados ao jovem Tom Joad que acaba de sair da prisão e está em liberdade condicional, retornando para a casa dos pais. Ao chegar, não encontra o cenário que esperava. Sua fazenda está abandonada. Um fenômeno climático trouxe seca e poeira para a região, dificultando as lavouras. Os bancos, verdadeiros donos das terras, expulsaram centenas de famílias para substuí-las por tratores, mais baratos

A família Joad está prestes a subir num caminhão velho com todos os pertences e seguir rumo à Califórnia, terra que promete trabalho e fartura. Da mesma forma que milhares de outras pessoas que também perderam suas terras, (terra que seus antepassados tinham tomado dos índios). Tom, mesmo sem autorização para sair do Estado, junta-se a sua família. Eles precisam estar unidos agora, contando com os esforços de todos, se quiserem sobreviver a essa jornada: Tom, seu pai, sua mãe, seu avô e sua avó, seu irmão mais velho (Noah)seu irmão de 16 anos que entendia de carros e motores (Al), seu tio viúvo (John), seus irmãos de 12 e 10 anos, (Ruthie e Winfield), sua irmã grávida (Rosa) e o marido (Connie). Junto também vai o ex reverendo Jim Casey. O caminho do êxodo é pela Rota 66.

Toda a família num único e velho caminhão entulhado. A casa, a terra, o passado... tudo é deixado para trás, e o centro vital da família passa a ser aquele caminhão. Dele tudo depende.

O livro intercala a jornada da família Joad com capítulos que procuram uma visão mais abrangente e jornalística. São praticamente pequenos ensaios que procuram falar das pessoas mas também dos contextos sociais, políticos, históricos e econômicos que estavam vivendo.

A crise no sistema capitalista, pós queda da bolsa em 1929, provocou mudanças radicais que afetaram a vida de milhares de pessoas. Se antes tínhamos um núcleo familiar rural, pratiarcal, baseado no trabalho árduo de todos com a terra, onde cada um tinha seu papel, agora as mudanças foram bruscas e desestruturantes.

É preciso uma enorme capacidade de resiliência para sobreviver às novas e extremas adversidades que a família Joad vai encontrar. As mudanças levam as mulheres, em especial a mãe de Tom, a assumir o protagonismo da família.

Não é possível encontrar lógica e sentido na situação, mas é profundamente sentida a necessidade de luta e justiça. No entanto, acima de tudo está a urgência em garantir a sobrevivência da coletividade.Toda a obra faz um apelo gritante pela empatia e pela solidariedade.

Há um sentimento de grandiosidade, de épico, em toda a jornada, e paralelos com textos bíblicos: o êxodo dos judeus no deserto em busca da terra prometida, as vinhas da ira de Deus citada no Apocalipse... A natureza também se revela com tons épicos e extremos: o fenômeno das tempestades de areia, a seca, o calor, as enchentes...

O próprio ciclo da vida tem o simbólico capítulo da tartaruga dedicado só a ele, um ode à resiliência, ao esforço árduo, ao seguir em frente, em movimento, não importa para onde. Quando estamos em movimento, espalhamos sementes. E elas brotam. A gente pode não estar por perto para assistir, mas elas silenciosamente brotam.
Carla.Floores 29/01/2024minha estante
Um bichinho entrou no meu olho aqui, de repente.
Eu tava esperando por essa resenha e ela veio como o bebê na caixa.
Parabéns, Vânia! E obrigada!
Essa resiliência e movimento é que dá o equilíbrio à tudo que existe, como andar de bicicleta. Livro belíssimo, como tudo que o Steinbeck nos deixou.


Vania.Cristina 29/01/2024minha estante
Obrigada Carla! Equilíbrio... sim, essa é também uma palavra importante na obra. Esse livro tem tanto a dizer né. Parei de escrever sentindo que tinha muito mais a ser dito.


Vania.Cristina 29/01/2024minha estante
E o final heim! Que final!!!


Yasmin V. 30/01/2024minha estante
?? Amei a resenha!! Esse livro é espetacular! Um dos finais mais impactantes que já li!


Vania.Cristina 30/01/2024minha estante
Obrigada Yasmin! Sim. Espetacular e impactante.


Carla.Floores 30/01/2024minha estante
O final é típico do Steinbeck, ele tem outros assim tão impactantes quanto. Sempre aberto, deixando a gente boquiaberto e digerindo. É uma delícia. Ficou com vontade de ler mais algum dele? Depois de Vinhas da Ira eu li "Luta Incerta" porque fica aquela sensação ali de que eles iriam se rebelar.


Vania.Cristina 30/01/2024minha estante
Fiquei sim Carla. Vamos ver qual consigo pegar. Saiu agora nova edição de A leste do Eden né


Cleber 01/02/2024minha estante
Que resenha incrível! Tenho que ler o livro tbm ????????


Carla.Floores 01/02/2024minha estante
Saiu, Vânia. Achei a capa um pouco sem conexão com a história. Mas comprei a minha edição num sebo e é do finado Círculo do Livro, que fez a mesma capa pra vaaaarios livros, então...
É um calhamaço pra ler em uma semana. De tão imerso na história que a gente fica. Tô lendo ele pela segunda vez.


Vania.Cristina 01/02/2024minha estante
Obrigada Cleber! ?


CPF1964 03/02/2024minha estante
Linda Resenha, Vânia. O final foi .....


Vania.Cristina 03/02/2024minha estante
Obrigada Cassius! ?




Fernanda.Santos 27/01/2024

Sem palavras para descrever as histórias desse livro... Mas em resumo, muito sofrimento, dor, perdas e cenas extremamente chocantes. Não sei se leria se soubesse do mínimo sobre o livro, é muito, muito triste toda a trajetória dessa família.
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pontarolli 16/01/2024

A cena final é espetacular
"As Vinhas da Ira" é um verdadeiro clássico.

O ritmo lento e a narrativa detalhista são necessários para ambientar o leitor no drama da família Joad.

Os personagens são muito bem construídos. Os avós cansados. A matriarca inquebrantável, que constitui o pilar da família. O pai incansável. O pregador aparentemente descrente, mas que se sacrifica pelos outros. Os filhos, capitaneados por Tom, com personalidades variadas.

O livro é muito triste. O leitor sofre junto com os Joad, em cada tragédia que se apresenta no caminho. O roteiro expõe a realidade universal e atemporal dos excluídos. Existem muitas famílias Joad espalhadas pelo mundo.

O livro termina, sem terminar, deixa para o leitor a tarefa de imaginar o futuro dos Joad.

por fim, é preciso dizer que a cena final é de arrebentar. Simplesmente genial!
Fernanda Taniz 31/01/2024minha estante
chorei muito na cena final, jamais imaginei algo assim ???




Alcir1 14/01/2024

Excelente é o Mínimo a Dizer!
Mais de sessenta anos se passaram e é então que me decido ler, mais uma vez, este fenomenal clássico da literatura norte-americana e mundial. Melhor, o texto envolve e emociona, ainda mais que na leitura anterior, talvez devido ao fato de que jovem leitor tinha pouco saber da vida, enquanto o ancião carrega um mundo de informações e recordações.... Ainda e sempre um romance atemporal. Depois de Ratos e Homens, livro de temática semelhante, Steinbeck aqui amplia horizontes, agora não apenas com dois peões em busca de trabalho. São centenas, talvez milhares, de pessoas, famílias, crianças e velhos, expulsas das suas terras no Oklahoma e vagando de forma incerta em busca de trabalho, qualquer trabalho braçal, e alimento, elementos mínimos essenciais para uma vida com um mínimo de dignidade, na Califórnia ou onde haja perspectiva de um prato de comida.
Portanto, “As Vinhas da Ira” foi, é, e será sempre, uma leitura essencial, especialmente para leitores que estejam minimamente interessados nas questões das divisões de classes, numa sociedade humana a cada dia mais fracionada e individualista. Claro que os tradutores, Herbert Cano e Ernesto Vinhaes, são responsáveis, também, pelo êxito da edição, mas o fato inconteste é a incrível atualidade do texto. Mais ainda, os fatos narrados poderiam, sem dificuldades, estar ocorrendo, hoje, em países de qualquer um dos seis continentes. Sempre o impasse sem solução, de um lado a fome e o desespero; doutro o lucro e a acumulação.
Algumas partes do livro são antológicas. A exemplo, o capítulo 19 uma síntese da história da anexação da Califórnia aos Estados Unidos e, ainda, de como, na história da humanidade, a agricultura se transformou em indústria, com concentração de renda e poder, tendo como consectário mão-de-obra escravizada. Para concluir, vale lembrar o final do livro, quando a personagem Rosa de Sharon, uma jovem retirante que acabara de perder o filho recém nascido, amamenta um homem famélico, à beira da morte. Imperdível, sim senhor!
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