As vinhas da ira

As vinhas da ira John Steinbeck




Resenhas - As Vinhas da Ira


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Clarissa 06/01/2023

Mais uma das obras impecáveis desse autor
Todos os livros de John Steinbeck causam uma impressão incrível de realismo e de que aqueles indivíduos existem no nosso mundo. Ao terminar de ler, fico meses - talvez anos - com saudade dos personagens e querendo saber mais sobre o seu destino. Algumas cenas estão cravadas na minha memória como se tivessem se passado ao meu lado; a cena final de 'As vinhas da Ira' é uma delas. Enfim, um clássico que coroa Steinbeck como um dos maiores escritores de todos os tempos.
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Lediani0 04/01/2023

As vinhas da ira, John Steinbeck
Neste, que se tornou um livro célebre, iremos ver retratada a vida difícil de trabalhadores rurais que lutam para sobreviver, de pessoas comuns durante uma crise econômica, seus problemas e dramas familiares diante da pobreza.
Como protagonistas temos os integrantes da família Joad, que procuram se manter unidos e encontrar um lugar em que possam viver de forma digna com o seu trabalho.
Contudo, neste contexto tão conturbado, no qual as pessoas acabam vítimas de disputas sociais e econômicas, nada é como aparenta ser, o que causa angústia e revolta àqueles que estão imersos em um mundo de privações.
A história relata situações vividas pela família e outros personagens que em vários momentos me deixou desconfortável, tamanho sofrimento, mas também narra a força e perseverança dos mesmos.
Um livro de tirar o fôlego e que, sem dúvidas, é um dos melhores livros que já li.
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Lêticia Lopes 02/01/2023

Arrasador de triste
É angustiante passar por todo esse sofrimento junto aos personagens...

O livro é bem construído, mas eu queria ainda mais. Acho que precisava mais de cada personagem pra verdadeiramente me sentir atraída por eles. Ainda assim, a bondade da família Joad, os percalços que eles enfrentaram, o Tom e sua liderança inata... Tudo era muito visceral e fazia sentido.

Senti vontade de pesquisar se esse êxodo do pessoal de Oklahoma e afins para a California realmente aconteceu. Pela forma que o escritor descreve, parece que foi real mesmo. Vou pesquisar.
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Edilene Freitas 30/12/2022

O livro narra a história da família Joad que se vê obrigada a deixar suas terras pra tentar a vida na Califórnia, pois lá havia promessa de muito emprego e bons salários - o verdadeiro sonho americano. Porém, a começar da viagem nada foi como esperado. A família passa por muitas provações e privações e muitas perdas acontecem, o ambiente é hostil e o emprego escasso. Como sobreviver a algo assim? Essa é a pergunta que me fiz ao ler esse clássico, que ainda é muito atual quando pensamos na exploração do sistema capitalista da máquina que faz esse mesmo sistema funcionar: o trabalhador.
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Ticiane 28/12/2022

Estrangeiros em sua própria terra
Cheguei aos 50% desejando assim como eles que conseguissem logo chegar ao seu destino fina e tivessem o tão merecido descanso, ao mesmo tempo temerosa do que os outros 50% reservava para eles.

O livro mostra a importância da hierarquia familiar, da colaboração e dos papeis individuais de cada um. Achei interessante o fato de alguns personagens sequer possuírem nome conhecido, como a mãe, por exemplo. Ela é o elo de ligação de todos: é forte e sacrificial; sempre lembra que é importante que a família não se desfaça, afinal é a única coisa que resta a eles.

Cada um na família tem um pequeno sonho, e é isso que mantém viva a esperança de acharem um pedaço de terra. Todos apostam tudo nesse sonho, ao mesmo tempo em que vivem um dia de cada vez. A filha mais velha deseja uma geladeira pra ter gelo à vontade. A mãe quer uma casinha branca com laranjeiras ao redor. O avô quer comer uvas até não aguentar mais.

Apesar da dura realidade ir mostrando as garras durante o caminho e apesar das perdas, para eles não há outra opção senão seguir em frente e esperar o - mínimo - melhor.

Alguns capítulos são conversas do narrador sobre a paisagem e sobre outras pessoas à beira do caminho que são espectadoras desse êxodo. O capítulo 19 traz uma visão contrastante entre o fazendeiro produtor que ama sua terra e a valoriza, diferente de donos exploradores que querem somente o produto em detrimento de tudo o mais.

Em vários momentos eles são chamado pejorativamente de okies. Dezenas de centenas - provavelmente milhares - de famílias sofrem com esse preconceito de pessoas em "melhores" condições que eles. Apesar de estarem apenas migrando de um estado para outro em busca de subsistência são tratados como estrangeiros em sua própria terra.
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Adriana1161 27/12/2022

Inesquecível
Publicado em 1939. Um retrato dramático da Grande Depressão americana, de 1929, e posterior crise.
Passado na década de 30, fala da emigração de famílias para a Califórnia, em busca de trabalho e melhores condições de vida.
A família Joad vai do Oklahoma para Califórnia, após serem expulsos de suas terras pelo "sistema" e pelas tempestades de areia. Esses emigrantes ficam conhecidos pelo termo pejorativo de Okies.
Fala de desenvolvimento social x desenvolvimento econômico. Uma crítica social contra o sistema.
Escrita maravilhosa!
Lembrou um pouco, "1984", com a crítica ao capitalismo e ao sistema, de uma maneira mais concreta menos distópica.
Vão fazendo amigos, encontrando pessoas boas pelo caminho. Outros vão ficando por esse caminho...
Solidariedade, senso de comunidade, cooperação, unidade.
Presença marcante da mãe, é o centro da família, a força que os unifica, liderança, poder.
Vida do americano do interior.
História.
Alguns capítulos são explicativos, e nos outros, os personagens são inseridos neste contexto.
Vinhas da ira, bíblia, apocalipse, vingança divina.
Evolução do Tom.
Final marcante e impactante! Inesquecível!
Personagens: Tom Joad, Ma, Pa, tio John, Reverendo Jim Casy, Al, Noah, Rosa de Sharon, Connie, Ruthie, Winfield
Local: Oklahoma - Califórnia/ década de 1930
@driperini
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Loren Fernandes 26/12/2022

As vinhas da ira
Um livro de livro reflexivo sobre a exploração da grande massa, das mazelas humanas, como fome, desemprego, desamparo social e humano. Traz a verdade nua e crua de uma gente sem destino, muitas vezes sem esperança, de como podemos nos apoiar na "nossa gente" e de como os "senhores" pisam em seus semelhantes. Livro com um final aberto e que por algum tempo irei refletir.
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Julielen.Nasciment 14/12/2022

Uma história sobre luta, privações, sonhos e esperança.
Leitura difícil, dolorosa em alguns momentos, com personagens forte.
O contexto histórico nos faz refletir sobre sobrevivência e em como a evolução da sociedade, com a introdução de maquinário, atingiu diretamente famílias que, sem nenhum apoio do governo, do Estado, precisaram migrar atrás de novas oportunidades para conseguir ganhar o mínimo para viver.
Saí da zona de conforto ao ler este livro e me emocionei em muitos momentos.
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Rosangela Max 12/12/2022

Marcante.
É uma história maravilhosa, mas que exige um pouco de paciência, pois leva a palavra ?descrição ? a outro nível.
Foram dedicadas páginas e páginas para descrever cenários e paisagens de uma forma tão detalhada que, por muitas vezes, cheguei a perder o foco. Mas esta perda de foco aconteceu mais no começo do livro. Depois a história foi crescendo de tal forma que nada mais me desviava a atenção.
Os personagens, a escolha do tema e a forma que cada ponto foi abordado, o desenvolvimento do enredo? tudo foi conduzido com maestria pelo autor.
A personagem que mais gostei foi a Sra. Joad. Uma mulher de fibra, dura na queda, que fazia de tudo para manter a família unida e lutando em uma vida cheia de miséria, descaso e exploração.
Gostaria que tivesse um final diferente, mas, de certa forma, o final condiz com a mensagem passada. A luta nunca termina.
Leitura super recomendada.
Paulo Vitor 12/12/2022minha estante
Um dos melhores livros que já li. Muito impactante este livro.


Livia Barini 13/12/2022minha estante
É o livro que deu origem ao filme?


Rosangela Max 13/12/2022minha estante
Sei que tem um filme bem antigo baseado nesse livro, mas não assisti.


Flavia Flavitchia 13/12/2022minha estante
Um dos meus favoritos da vida, mas confesso que abandonei logo no começo pelo menos duas vezes pq eu me perdia ?




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Renata Rezende 15/11/2022

Conta a história dura de uma família que perde suas terras e é obrigada a migrar pelos EUA atrás de trabalho.
Assim como essa família, nos anos 30, milhares de outros pequenos fazendeiros passaram pela mesma situação, o q gerou pobreza, violência e caos.
Aos poucos tudo vai sendo perdido. Ficam apenas a fome e a miséria absoluta, mas também, uma certeza muito grande do valor e importância da união familiar nos momentos de penúria.

O livro virou meu coração do avesso.
Giovanna.Caixeta 15/11/2022minha estante
esse eu quero muuuito ler!!


Renata Rezende 15/11/2022minha estante
É lindo, mas é triste. Ô!




Procyon 10/11/2022

As Vinhas da Ira ? Resenha
?Nos olhos dos homens reflete-se o fracasso. Nos olhos dos esfaimados cresce a ira. Na alma do povo, as vinhas da ira diluem-se e espraiam-se com ímpeto, amadurecem com ímpeto para a vindima.? (p. 457)

Há em John Steinbeck, mais exatamente em suas personagens, uma certa tendência à revolta. Albert Camus nos dizia: ?se queres filosofar, escreva romances?, pois, assim como a arte, ela também cria personas. Ambas são atividades criadoras, que atiçam a sanha criativa do homem na construção de sua sensibilidade subjetiva. Para o filósofo franco-argelino, a beleza da revolta mora no ato de transformar a angústia individual numa luta conjunta (uma luta coletiva em nome de valores comuns). Incorporando essa visão subversiva, Steinbeck parece ter em mente que, em determinadas circunstâncias, a violência é o único meio para atingir seus fins, lutando pela ? e para a ? justiça não importa de quem seja.

Nascido em 1902, de uma professora e um tesoureiro, em Salinas Valley, Steinbeck presenciava a vida de trabalhadores nos centros agrícolas, tornando este espaço o palco principal de suas obras. No início da década de 1960, fora laureado com o Prêmio Nobel e com o Pulitzer. O autor também teve dezessete de suas obras adaptadas para Hollywood ? sendo até mesmo indicado ao Oscar de melhor roteiro original por ?Um Barco e Nove Destinos? (Lifeboat, 1944), de Alfred Hitchcock. Morreu em 1968, em New York, aos 66 anos, desiludido com críticas que recebera ao ganhar o Nobel quatro anos antes (?antiquado? era a principal), para postumamente ser amplamente considerado como um dos maiores romancistas do século XX.

O realismo poético de Steinbeck alia-se à tradição transcendentalista, pensando na problemática social da nação estadunidense aliada a uma percepção do mundo bastante romântica ? no cinema, ?A Felicidade Não Se Compra? (It's a Wonderful Wife, 1946), assim como o cinema de Frank Capra, em geral, me parece incorporar alguns desses pressupostos. ?Ratos e Homens? (1937), um de seus mais belos textos, traz ambientes e personagens cativantes num relato quase que jornalístico. Steinbeck centra suas histórias num limbo econômico, dado sua origem social precária, captando a luta pela dignidade humana e a dificuldade das relações de afeto frente à crueldade de um mundo que cada vez mais preza pelo individualismo competitivo. No entanto, sua preocupação social tem inspirações bíblicas, explicitando peculiaridades de linguagem e passagens formidáveis que presentificam a dimensão dramática da obra.

Publicado dois anos após Ratos e Homens, ?As Vinhas da Ira? (1939) segue a representação do confronto entre indivíduo e sociedade, através da epopeia dos Joad, a pobre família de rendeiros expulsos da sua quinta pela seca dos campos de algodão de Oklahoma, pelas mudanças na atividade agrícola e pela execução de dívidas pelos grandes bancos ? forçando o abandono pelos rendeiros do seu modo de vida ?, para tentar sobreviver nas plantações de frutas em Salinas, na Califórnia. Da mesma maneira que denuncia os dramas e flagelos de um país debilitado pela Grande Depressão dos anos ?30, Steinbeck defende o conceito de que o indivíduo isolado nada vale, e a sobrevivência só é possível quando há solidariedade entre os semelhantes.

O protagonista, Tom Joad, retorna à casa em liberdade condicional (pois ficara quatro anos preso por ter matado um homem numa briga). Os Joad haviam sido expulsados de suas terras, assim como a maioria dos agricultores endividados de Oklahoma. A família, com o pouco dinheiro que lhe resta, compra uma caminhonete velha a fim de seguir à Califórnia, atraídos pelo anúncios de oferta de emprego nos campos de laranjas. A morte do avô na logo no início do trajeto torna-se prenúncio das desgraças que enfrentarão. Eles descobrem que há pouco trabalho para muita gente ? amontoada nos acampamentos improvisados ? e os salários são bastante baixos. O autor mostra, assim, a intervenção estatal e a organização dos trabalhadores como única alternativa à exploração.

As Vinhas da Ira é frequentemente lido em aulas de literatura dos ensinos secundário e universitário norte-americanos devido ao seu contexto histórico e ao legado perdurável. Há ainda, todavia, um certo preconceito decorrente da abordagem social do romance, muito ridicularizado pela simplicidade de sua linguagem (simplicidade constantemente confundida com ?simplismo?, ou ?reducionismo?). Sua versão para o cinema (1940), dirigida pelo mestre John Ford e estrelada por Henry Fonda, também faturou dois Oscar.

Steinbeck retrata a situação do homem moderno diante de dificuldades concernentes à pobreza e à privação do sujeito em um universo feroz, frenético e fugaz protagonizado pelas vítimas da competição e tratadas como párias sociais. O autor espelha, na vida e na arte, paradoxos provocados pela tensão entre instinto e mente, natureza e história, a civilização e seus descontentes. Em As Vinhas da Ira, Steinbeck alça aqueles homens e situações comuns a uma dimensão épica de imortalidade, trazendo a sua narrativa uma atemporalidade especial.

Na nação da ?liberdade e da democracia?, o polêmico livro causara um certo alvoroço, em que a histeria o fez virar cinzas em diversas cidades. Contudo, seu retrato fiel, seco e concreto da crise no campo após a Depressão não só lhe rendeu prêmios como adquiriu estatuto de clássico (num dos trechos mais marcantes da obra, Steinbeck descreve a cena de uma tartaruga atravessando uma estrada, como uma metáfora para a luta diária dos trabalhadores). A representação apaixonada de Steinbeck da situação dos pobres levou muitos de seus contemporâneos atacaram sua visão social e política (difamando-o como propagandista e socialista tanto da esquerda como da direita do esquema político). A saga da família Joad no apocalíptico cenário rural de Oklahoma e Califórnia dos anos ?30 não só é um retrato fiel e agreste da realidade, mas também torna-se ? e a cada dia mais da decorrência da bolha de 2008 ? um retrato crítico de uma época, marcado pela desilusão acerca do percurso humano na Terra.

Steinbeck põe em cheque o sonho americano, estilhaçado pela realidade de injustiças, manipulações do trabalho e explorações feitas por grandes corporações multinacionais. Além disso, Steinbeck também fora o primeiro escritor norte-americano a ter uma preocupação séria com a ecologia. Suas personagens sempre buscam uma integração equilibrada para com a natureza, a defendendo a todo custo.

Steinbeck evoca um romantismo primitivo que clama por piedade ao sofrimento humano alheio, causando um sentimento de revolta ao leitor devido ao estado de coisas de uma população condenada ao ostracismo, na medida em que expõe a extremada situação de vulnerabilidade das personagens. Frequentemente, ao longo de todo o percurso da narrativa ? culminando no fascinante arremate do livro ?, Steinbeck captura uma mescla de fatalismo com esperança.

A produção literária de Steinbeck dos anos ?30 ? sobretudo Ratos e Homens e As Vinhas da Ira ? ligava-se a um longo processo histórico culminado na Crise de ?29. Assim, suas obras do período evocam as sombras desse conjunto de transformações sociais, econômicas e políticas. Sendo herdeiro das classes rurais mais baixas, Steinbeck nutriu em sua esplêndida obra valores e experiência subjetivas proporcionados pelo modo de vida cultivado por seu grupo social desde o século XIX, de tal maneira que o autor construiu uma perspectiva histórica que buscou interpretar, denunciar e retratar os problemas da nação, cujos percalços eram, em grande parte, ao gradativo aumento da hegemonia do capitalismo monopolista e suas diversas ramificações.

Diante dessa ?experiência do absurdo?, a revolta de Casy, o pregador ? até então alguém sem propósito ?, tornara-se um motivo, uma causa motriz, criadora de um sentido até então ausente. No seu derradeiro fim, Tom Joad, ao ver o amigo numa situação absurda, acerca-se da revolta (única alternativa frente às forças de poder autoritárias e arbitrárias). Segundo Camus, a natureza humana não aceita a condição de rebaixamento. No romance-denúncia de Steinbeck, devido às excelentes construções dramáticas e psicológicas dadas a essas personagens ? tendo uma magistral capacidade de tocar em feridas sociais que até hoje desconfortam aqueles que preferem manter as atuais estruturas de dominação frente os mais necessitados ?, nós, leitores, nos compadecemos de sua luta; não numa posição superior, distanciada, em nossas torres de marfim, mas sim como se estivéssemos dentro da diegese da narrativa, presenciando as dificuldades e o absurdo da vida (a revolta quando é coletiva, e não individual, torna-se libertadora).

Em última instância, o autor, desde o início, com sua linguagem seca e sua escrita crua, deixa claro suas pretensões narrativas, trabalhando o romantismo com um choque de realidade provido pelo arremate desta esplêndida obra. Steinbeck projeta um deslocamento não só espaço-temporal, físico e geográfico, mas também um movimento sócio-histórico, refletido em sua própria passagem pessoal. Esse processo transmite um amargor, um azedume que advêm de um resgate a um passado nostágico de prosperidade (que incorpora o romantismo). Desse modo, portanto, o estatuto de clássico de As Vinhas da Ira está dado em grande medida pela sua sensível agudeza, de uma percepção essencialmente humanista em relação a todo um processo histórico. Steinbeck, em um estado de revolta e de afirmação de si próprio, não parece preocupar-se tanto para com o estilo ? traduzindo-se numa linguagem bastante simples, como já apontado no presente texto ?, mas sim à denúncia da natureza injusta das alterações sociais e de seus efeitos avassaladores, enfrentando o absurdo de frente e escancarando a decadência de tais mecanismo, resultando numa pujança humanista imprescindível.
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Isabela.Pery 04/11/2022

Se esse livro não te deixar com raiva do sistema capitalista não sei o que vai, sinceramente. Triste demais.
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Bookster Pedro Pacifico 25/10/2022

As Vinhas da Ira, de John Steinbeck
“Assolada por uma forte crise econômica, a década de 1930 no sul dos Estados Unidos foi o cenário escolhido por John Steinbeck para construir um romance que deixou uma profunda marca na literatura norte-americana. Premiado com o Pulitzer, As vinhas da ira é, acima de tudo, a narrativa de uma fuga.

Assim como milhares de famílias, os Joad são forçados a deixar suas terras, que foram seu lar por décadas, para fugir da fome e da miséria. São descartados para dar lugar às inovações tecnológicas de um sistema voraz, que não sente pena de suas vítimas. E é nesse contexto que, para esses moradores de Oklahoma, o Oeste se mostra como a promessa de uma vida melhor, com emprego e comida na mesa.

Deixando a cidade natal, os Joad iniciam uma travessia que compõe a maior parte da obra. O autor nos leva junto e nos permite acompanhar as dificuldades próprias de cada integrante da família. O ritmo dessa travessia é lento, marcado por uma escrita descritiva e que toca em temas de extrema relevância, como a desigualdade social, as precárias condições de trabalho e a sensação de não ter uma terra, de não pertencer. Ao mesmo tempo que tece críticas sociais, Steinbeck também se aprofunda nos conflitos dos personagens e na dinâmica familiar, com destaque para uma personagem que funciona como um elemento unificador: a mãe. (…)”

Para quem quiser continuar a leitura da resenha, estampada na orelha dessa edição, corre e já garante a sua!


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