As vinhas da ira

As vinhas da ira John Steinbeck




Resenhas - As Vinhas da Ira


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Angela594 26/06/2023

Devastador
Não deveria ter sido tão sofrido, considerando-se que eu assisti ao filme, mas aquilo que foi um grande filme fica ínfimo perto desse livro poderoso. A construção do autor, que permeia a hostoria da família Load com descrições poéticas do impacto social das grandes mudanças na agricultura familiar americana e da crueldade do sistema capitalista, é assustadora e bela ao mesmo tempo, uma obra difícil de ler rapidamente, pelas feridas que provoca. Uma daquelas das 10 mais.
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Bruna 24/06/2023

Sufrido
Que história sufrida! Mas ao mesmo tempo dá uma sensação que não é tão ruim quanto poderia, ainda são uma família que se importam uns com os outros, sempre fazem o melhor pelo conjunto. E os que não fazem, são justamente aqueles que aos poucos vão tomando seu próprio rumo (o que é justo também, cada um com suas escolhas), mas mesmo esses, o fazem sem prejudicar a família diretamente. Apenas seguem seu rumo.
O livro é muito bom, mas perde meia estrela pelas partes arrastadas e repetitivas… a descrição de tudo que estavam colocando no caminhão no começo, a descrição de muitos detalhes quando dava pra facilmente resumir numa frase sem prejuízo pra história haha e numas 3x ao longo do livro encontram exatamente o mesmo personagem: aquele que vai rir do objetivo deles e ‘mandar a real’, no 3º eu já tava “mas de novo???”
A história em si é de cortar o coração, as famílias saindo de sua terra expulsas, depois passam o livro todo lutando pra conseguir TRABALHO e sendo tratados como escória, mendigos, vagabundos, ‘okies’. E nada tem saída, não tem jeito, não tem com quem reclamar, quem matar, é tudo culpa de entidades invisíveis pra eles… o progresso é necessário, mas a que custo? É cruel demais com quem tá nessa situação.
Como já venho dizendo pra algumas pessoas: o livro é bom, mas não sei se recomendo hahaha
“Caminhamos porque somos obrigados a caminhar. É o único motivo por que todos caminham. Porque querem alguma coisa melhor do que têm”

site: https://www.instagram.com/alendolivro/
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bardo 23/06/2023

Talvez uma das melhores definições dessa obra venha do próprio autor, quando diz que “fez de tudo para esfarrapar os nervos do leitor”. Temos aqui um romance denso, difícil, que a despeito de sua linguagem simples, apresenta tal gama de camadas e sensações que exaure o leitor. Nem de longe esse é um livro que o leitor consiga “devorar” por mais interessante que seja em si a história.
A despeito do romance se referir ao período da Grande Depressão, sua história adquire aspectos atemporais e mesmo transcendem questões territoriais. Ainda que o autor se refira a acontecimentos e situações muito singulares; o preconceito, ódio e reações descritas se multiplicam a exaustão na atualidade.
Se o autor queria denunciar a ganância dos grandes produtores e o sofrimento dos trabalhadores pobres nas plantações, hoje o romance o sofrimento dos refugiados e exilados pelo mundo, quer pelos conflitos étnicos quer pelo exílio econômico financeiro.
Provavelmente aí consista o maior mérito da obra, sua capacidade de falar, para além da opressão econômica, da horrível condição do exilado, daquele que por uma série de motivos é excluído de seu grupo social, tornando-se um pária.
O romance retrata e espelha essa condição em diversos momentos e em mais de um personagem, tornando esse tema quase que onipresente na obra. Seja o pregador que perde a fé, o velho que perde a terra, o jovem que enlouquece pela solidão, o jovem que carrega o estigma da prisão ou a moça que perde o marido, sob diversos ângulos temos personagens perdidos, que tentam desesperadamente se encontrar e compreender seu lugar no mundo.
De fato é um romance que justifica sua fama e importância, mas não é exatamente uma leitura agradável, apesar da belíssima e poética escrita do autor. Cabe dizer também que o autor não se preocupa em exatamente concluir a história, o que pode frustrar alguns leitores.
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Rhama0 11/06/2023

Excelente livro, com diversas referências históricas, vista pela perspectiva dos camponeses durante o Êxodo rural.

Comovente, emocionante e que promove a reflexão, esse livro te faz pensar em como a revolução industrial afetou as pessoas nos EUA e no mundo naquele tempo.

Um livro atemporal, todo mundo deveria ler.
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Luiz993 29/05/2023

Ruthie salva a obra
Personagens forçados; roteiro mediano. Um livro que retrata um fato histórico estadunidense, porém, sobrecarregado nos acontecimentos a forçar uma visão ideológica, que, assim não o fosse, o que se teria compreendido era apenas uma elementar relação de trabalho na agropecuária, mas essa forçação de barra acabou imprimindo puerilidade à obra, soando como um revoltoso qualquer a bradar palavras de ordem, sem sentido, sem procedência. Ruthie foi a chama que resistia um pouco o esplendor do enredo. De zero a dez eu daria nota 5,5 à obra. Um raro caso em que o filme foi melhor que o livro.
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Luciana 27/05/2023

Melhor livro que li na vida é leria de novo sempre
Prêmio Pullitzer e escrita realista. Livro que você não quer parar de ler.
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Bano 26/05/2023

"As Vinhas da Ira" - Uma Jornada de Desespero e Esperança

1. Introdução:
"Vinhas da Ira", escrito por John Steinbeck e publicado em 1939, é um livro que mergulha nas profundezas da Grande Depressão nos Estados Unidos da década de 1930. A narrativa se desenrola em torno da família Joad, agricultores pobres do Oklahoma, que são expulsos de suas terras devido à seca e à crise econômica. O livro retrata sua jornada em busca de uma vida melhor na Califórnia, uma terra prometida, e explora as dificuldades e injustiças enfrentadas pelos migrantes durante esse período sombrio da história americana.

2. Enredo e personagens:
No cerne do enredo de "As Vinhas da Ira" está a peregrinação da família Joad pela estrada, enfrentando adversidades implacáveis enquanto busca sobreviver. Através de encontros com outros migrantes, trabalhadores explorados e a hostilidade daqueles que desejam manter a Califórnia para si mesmos, a família luta para se manter unida e preservar sua dignidade. O protagonista, Tom Joad, um homem determinado e com uma consciência social aguçada, emerge como um símbolo da resistência e solidariedade em face da injustiça.

Steinbeck cria personagens ricos e multifacetados que evoluem ao longo da história. A família Joad, composta por Ma, Pa, os filhos e outros parentes, representa a força e a resiliência do povo americano durante tempos difíceis. Cada membro da família possui características únicas e demonstra uma variedade de emoções, desde o medo e a incerteza até a coragem e a determinação. O desenvolvimento desses personagens ao longo da narrativa cria uma conexão emocional com o leitor e reflete a luta humana universal.

3. Temas e mensagens:
O livro aborda vários temas fundamentais. A injustiça social é um tema central, destacando a exploração dos trabalhadores migrantes e a ganância dos poderosos. Steinbeck expõe a realidade cruel da desigualdade econômica e ressalta a importância da solidariedade e da empatia em uma sociedade fragmentada.

Outro tema essencial é a dignidade humana. O autor mostra como a luta pela sobrevivência pode corroer a alma humana, mas também destaca a capacidade de resistência e a força interior dos personagens. Mesmo diante da adversidade, eles encontram pequenos momentos de esperança e conexão humana.

4. Estilo de escrita e narrativa:
O estilo de escrita de Steinbeck é marcado por uma prosa envolvente e acessível. Ele utiliza uma linguagem rica, mas direta, que transmite com eficácia as emoções e a atmosfera sombria da época. A narrativa é conduzida de forma aprofundada e detalhada, permitindo que o leitor mergulhe nas experiências e nas perspectivas dos personagens.

Steinbeck incorpora recursos literários habilmente. O uso de simbolismo, como a figura das vinhas, representa a esperança e o desejo de um futuro melhor. As descrições vívidas do ambiente e da paisagem servem para refletir o estado de espírito dos personagens e criar uma atmosfera opressiva. Esses elementos literários enriquecem a história, adicionando camadas de significado e beleza.

5. Análise crítica:
"As Vinhas da Ira" é uma obra-prima da literatura americana. O enredo cativante e repleto de fortes cargas emocionais mantém o leitor preso ao longo de toda a narrativa. Os personagens são habilmente desenvolvidos, permitindo que o leitor se conecte emocionalmente com suas lutas e triunfos.

Steinbeck retrata a realidade da época com precisão e sensibilidade, expondo as desigualdades sociais e a exploração do trabalhador. A história é profundamente comovente, transmitindo uma mensagem poderosa sobre a importância da solidariedade e da justiça social.

No entanto, algumas críticas podem ser direcionadas à falta de desenvolvimento de certos personagens secundários, que às vezes parecem estereotipados ou unidimensionais. Além disso, em certos momentos, a narrativa pode se arrastar um pouco, embora isso reflita a jornada exaustiva dos personagens.

6. Conclusão:
É uma história emocionalmente poderosa que segue a luta da família Joad durante um dos momentos mais difíceis da história americana - a Grande Depressão. A narrativa é extremamente envolvente e a mensagem de esperança e solidariedade que John Steinbeck transmite é tão relevante atualmente quanto na época em que foi publicado. É uma leitura que vale a pena para qualquer pessoa que deseja se envolver em uma história fascinante e profundamente comovente. "As Vinhas da Ira" é uma peça fundamental da literatura que nos lembra da resiliência do espírito humano e da importância de lutar por um mundo mais justo.
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@Estantedelivrosdamylla 26/05/2023

A jornada da família Joad
"As vinhas da Ira" conta a história do êxodo da família Joad, assim como de diversas famílias de pobres camponeses, em direção à California.
A história se inicia com o personagem Tom Joad retornando para o seu antigo lar junto à sua família após uma longa temporada na prisão. Nesse momento o autor não perde tempo em descrever os mínimos detalhes da cena, o que inicialmente me deixou um pouco cansada, mas depois se mostra importante.

Os pobres camponeses precisam migrar para outros lugares à procura de emprego, já que sua mão de obra foi substituída pelas máquinas e a crise de 29 assola o país. A terra prometida é a California. Diante de tantas dificuldades, a família Joad se une em busca de trabalho e casa nessa cidade tão distante, porém eles não imaginam o tanto de dificuldade que irão encontrar pelo caminho.

John Steibeck não mediu esforços em relatar os detalhes dessa época, os problemas sociais e econômicos foram o foco central da obra. É um relato triste, porém muito extenso e cansativo, e em decorrência de tantas avaliações positivas acerca da obra eu esperei muito mais emoção.

As obras que relatam a seca brasileira se equiparam à essa realidade norte americana de John Steibeck. As vidas dessas pessoas que sofreram tamanhas perdas e degradação não podem ser medidas em palavras, mas o autor conseguiu passar muitas emoções. Entretanto pela narrativa maçante senti que não me prendeu.

Com relação aos personagens, cada um vivia seu próprio dilema, mas a Mãe e o Tom (filho) foram os que mais me sensibilizaram por suas forças e determinação em ajudar a família e uni-los. Por fim, é um bom livro, mas eu esperava me envolver mais.

----- Algumas citações que me chamaram atenção ----

"Nossa gente é boa; nossa gente é uma gente de coração. Deus queira que algum dia a gente boa não seja toda ela gente pobre."

"Nos olhos dos homens reflete-se o fracasso. Nos olhos dos esfaimados cresce a ira. Na alma do povo, as vinhas da ira diluem-se e espraiam-se com ímpeto, amadurecem com ímpeto para a vindima."

"Como é que se pode incutir medo num homem que não sente fome apenas em seu estômago, mas também na barriga torturada dos filhos?"

site: https://www.instagram.com/estantedelivrosdamylla/
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Filino 05/05/2023

Uma obra-prima - e um soco no estômago
A exploração dos trabalhadores é mostrada de modo nu e cru - verdadeiro, em suma. Para além da "liberdade" dos contratos, o que se vê é como os necessitados são impelidos a aceitar o que se lhes apresenta; a alternativa seria morrer de fome (ou de males a ela relacionados, o que não é nada raro de acontecer). Sim, esse livro é o retrato da busca pela sobrevivência num meio em que impera a ganância e a exploração do semelhante. E além de serem praticamente espoliados, ainda são tratados de modo pior que animais - afinal, os cavalos são alimentados ainda quando seus serviços não são exigidos; então os homens são considerados inferiores a esses animais, é o que conclui um dos personagens.

A saga da família Joad e de seus agregados; o modo como esse núcleo vai se desfazendo no decorrer da trama; as tentativas de revolta; o outro lado do "sonho americano"... isso tudo compõe uma história que, não sem merecimento, foi premiada com um Pulitzer e o seu autor, posteriormente, fez jus a um Nobel. Uma justa coroação a uma verdadeira obra-prima.
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Klelber 18/04/2023

Livro Triste
A cena final me deixou no chão. Descrever o desespero do ser humano dessa forma é um soco no estômago! Mas é livro perfeito, não nega que se tornou um dos cânones da literatura americana!
brunaponce 21/04/2023minha estante
Essa cena final ?




Leitura em Foco 18/04/2023

As Vinhas da Ira
Amei este livro, e resenhei no canal!

“As Vinhas da Ira”, John Steinbeck (Editora Record, 2022).

Se fosse para avaliar este livro de 0 a 5 estrelas com certeza seria com 5. Não tenho dúvidas.

Este clássico da literatura norte americana, nos conta uma história que se passa na década de 1930, logo após a uma enorme tragédia social, oriunda do evento chamado “Dust Bowl”. Um evento no qual uma grande tempestade de poeira cobriu o céu de Oklahoma, Kansas, Colorado, Texas e Novo México, destruindo plantações e dilacerando com as famílias que sobreviviam de suas próprias terras. Consequência disso é a fome, a seca, as pragas e uma terra que não mais produzia. Tudo isso em meio a grande depressão da quebra da bolsa de valores de Nova York 1929.
Com este pano de fundo, milhares de famílias migram rumo ao oeste dos EUA, na busca de trabalho e comida na mesa.
Iludidos por panfletos que foram distribuídos em Oklahoma, a família Joad migra então para o Estado da Califórnia, visto que no panfleto havia a informação de que precisava de homens para trabalhar nos colheitas de frutas. Sem nenhuma segurança, conforto ou certeza do futuro, a família Joad faz uma longa viagem até chegar em seu destino. Ocorre que durante a viagem eles notam que tem diversas famílias que estão voltando...Pois é, nem tudo é como se esperava...

Um romance de tirar o fôlego. Uma história que foi baseada em uma das piores crises social, econômica e ambiental dos Estados Unidos. A simplicidade da família Joad é algo que aquece o coração. A bondade deles, a união, a vontade de trabalhar e de vencer.
Publicada originalmente em 1930, “As Vinhas da Ira” rendeu ao escritor o prêmio Pulitzer em 1940 e o Nobel de literatura em 1960.

Vale muito a pena dar uma chance para este livro!


site: https://www.youtube.com/channel/UC1Kxvq01tpNp5DpPdJAbp9w
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Nati Sampaio 17/04/2023

Um dos melhores livros que já li na vida, e se tornou de longe um dos meus favoritos.
Leitura dinâmica, crua e visceral.
Temos aqui a narrativa da família Joad, obrigada a sair de Oklahoma, sua terra, rumo à Califórnia, em plena década de 30, enfrentando a Grande Depressão, fome, pobreza e miséria.
Todos os personagens são muito bem trabalhados e aprofundados, mas os mais interessantes, de longe, são a Mãe, e Casy, o antigo pregador. A mãe é forte, destemida e nada a impede de fazer o que for necessário para salvar sua própria família. O pregador tem os melhores pensamentos e reflexões do livro.
É uma trama instigante, dolorosa, é extremamente importante de ser lida e entendida como se da os processos violentos da sociedade.
É um livro e tanto. Eu nem sei falar o quão maravilhoso ele é. Apenas leiam.
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Thais.Domingues 10/04/2023

Escrita poética ,tema difícil.
Esse livro me fez refletir bastante , me transportou para uma realidade totalmente diferente , de muita dor e pobreza . Fiquei comovida com a união da família e das pessoas com a mesma condição social .Aprendi o real significado de comunidade,uns ajudando os outro, de forma espontânea a altruísta , apesar do pouco que tem .
Foram muitas lições , muitas reflexes e muito agradecimento pela vida que tenho .
O final ? Aahhhh o final ?. Me impactou , me aterrorizou e acima de tudo me encantou .

?Como você pode assustar um homem cuja fome não está apenas em seu próprio estômago apertado, mas nas barrigas miseráveis ??de seus filhos? Você não pode assustá-lo ? ele tem conhecido um medo que ultrapassa todos os outros.?
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