Sentimento do mundo

Sentimento do mundo Carlos Drummond de Andrade




Resenhas - Sentimento do Mundo


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Sarah 16/01/2022

Elegia 1938
?Caminhas entre mortos e com eles conversas sobre coisas do tempo futuro e negócios do espírito. A literatura estragou tuas melhores horas de amor. Ao telefone perdeste muito, muitíssimo tempo de semear.

Coração orgulhoso, tens pressa de confessar tua derrota e adiar para outro século a felicidade coletiva. Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta distribuição porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan.?
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clariss 06/01/2022

acabei de ler pensando na impossibilidade de perceber o mundo - com olhar atento - sem surgir uma enorme melancolia que segue presa na gente. mas, mesmo nesse lugar trágico, existe beleza e esse livro é uma das provas disso.
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Letícia 04/01/2022

Triste e melancólico, do jeito que eu gosto!
Quanto mais triste mais bonito soa, já dizia Falamansa.
Além da melancolia, o livro traz também críticas políticas e sociais em forma de poesia. Fantástico!
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aninhadelemos 01/01/2022

Primeiro livro nesse estilo que eu leio, demorei um pouco para me acostumar mas deu tudo certo! Comecei o ano terminando os livros que estavam pela metade! Feliz 2022!
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Alberto 27/12/2021

Melancólico
Devido ao período em que o livro foi escrito ? pré-Segunda Guerra ?, ele traz poemas melancólicos e não tão fáceis de gostar, mas o posfácio ajuda a entendê-los melhor e até a apreciá-los. O poema que mais gostei da obra foi "Os ombros suportam o mundo".
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gangafefe 22/12/2021

Poesia
Definitivamente é um livro de poesias, como já comentei antes, me sinto bronco demais para conseguir degustar o que de bom Drummond verteu nestas páginas. Mas digo que é bom com a certeza que só um ignorante detém.
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LaryF 21/12/2021

É difícil falar de poemas, cada qual tem um sentimento ao lê-los, sou suspeita pra falar dos poemas do Drummond ??
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Sophia.Bassi 20/12/2021

Primeira vez que li Drummond. Algumas poesias fascinantes e outras que não me chamam tanta atenção, mas pretendo ler mais suas obras.
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mari 03/12/2021

incrível
li por recomendação de vini. acho lindo que ele sabe falar de cada sentimento de um jeito que ninguém nunca falou, um estilo pessoal pra falar de como ele sente todo mundo
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Mayra.rps 02/12/2021

Mundo grande
Não, meu coração não é maior que o mundo.
É muito menor, nele não cabe nem as minhas dores
Por isso gosto tanto de me contar....
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Katia Rodrigues 21/11/2021

"Não serei poeta de um mundo caduco"
Nas palavras do próprio Drummond: "Meu primeiro livro, Alguma poesia (1930), traduz uma grande inexperiência do sofrimento e uma deleitação ingênua com o próprio indivíduo. Já em Brejo das almas (1934), alguma coisa se compôs, se organizou; o individualismo será mais exacerbado, mas há também uma consciência crescente de sua precariedade e uma desaprovação tácita da conduta (ou falta de conduta) espiritual do autor. Penso ter resolvido as contradições elementares de minha poesia num terceiro volume, Sentimento do mundo"

"Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas."

"Tenho apenas duas mãos
e o sentimento do mundo,
mas estou cheio de escravos,
minhas lembranças escorrem
e o corpo transige
na confluência do amor."


"Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus
Tempo de absoluta depuração
Tempo em que nao se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, nao abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios provam apenas que a vida prossegue e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo, prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação."
Cleber 21/11/2021minha estante
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RafaelM 22/11/2021minha estante
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Luiza Bugelli Valença 17/11/2021

Reflexivo, poético e crítico
Carlos Drummond de Andrade é um dos poetas mais consagrados da literatura brasileira. Seus poemas em forma de prosa, sua ácida e perspicaz ironia, sua escrita plausível de identificação e sua própria filosofia; encantam diversos apaixonados por literatura. Na obra ?Sentimento do Mundo?, terceiro livro publicado pelo poeta, nota-se forte presença dessas características, além de uma interessante reflexão sobre o pertencimento ao mundo.

Durante a coletânea de poemas observa-se não somente os pensamentos do autor a respeito do que significa pertencer ao mundo e como ele mesmo enxerga seu pertencimento do mundo, mas também a visão dele sobre este mundo moderno, efêmero, líquido e tecnológico (sendo até mesmo possível relacionar certos poemas da obra com a filosofia do pensador Zygmunt Bauman).
Outro fator que pessoalmente considero destacável, é a amizade pura e fiel entre Drumond e Manuel Bandeira, sendo este último visto não apenas como amigo para o poeta mineiro de Itabira, mas também como um mentor no universo poético.

Recomenda-se esta obra para aqueles que desejam refletir sobre o seu pertencimento em um mundo tão tecnológico, efêmero, passageiro e um tanto quanto superficial.

Obs: Drummond era um gatinho né?
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Rafael 11/11/2021

Um poema para um poeta
Inspirado pelo lirismo desse livro, compus um singelo poema para expressar minha satisfação ao lê-lo:

Poesia

É dizer tudo com poucas palavras
Mesmo que, por vezes,
As rimas não sejam perfeitas.

Carregar o sentimento do mundo
É a dor mais profunda,
E nem o Raimundo
É capaz de suportar.

Apenas o Carlos, com suas duas mãos,
Foi capaz de transformar a dor
E a incompreensão
Em poesia.
Qlucas 20/11/2021minha estante
Achei lindinho. Parabéns!




Kevin 31/10/2021

Drummond escreveu este livro no período tenso antes da Segunda Guerra Mundial. Então é uma coletânea de poemas melancólicos sobre o indivíduo buscando seu local no mundo. Apesar de tratar sobre temas como solidão, niilismo e tristeza, há um sentimento de esperança por trás de tudo isso.
Achei uma leitura meio difícil e merece uma releitura, porém o posfácio ajuda bastante a compreender melhor a ideia por trás dos poemas. E no meio disso tudo Drummond consegue mistura em seus poemas temáticas sociais e políticas da época.
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Ana 17/10/2021

"Mas o corpo dorme; dorme assim mesmo".
Devo dizer que ler obras clássicas ou de escritores tão importantes não é sempre fácil e este foi um daqueles livros em que o posfácio ajudou bastante na compreensão do eu lírico, do contexto e de tudo que se faz relevante acerca do significado dos poemas.
Depois de entender o que o livro queria dizer, acredito que minha admiração por ele só aumentou - mesmo sem se saber realmente do que se trata, percebe-se a graça e a sagacidade com que cada texto é construído.
Vejo as intenções de Drummond com ternura e concórdia, pois, assim como explica Murilo Marcondes de Moura, sua visão tragicamente realista da época é também acompanhada de otimismo e, por alguma razão, compartilho bastante desse sentimento atualmente.
Tenho noção da grandiosidade de Drummond e, com certeza, irei em busca de outras obras suas em breve.
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