A redoma de vidro

A redoma de vidro Sylvia Plath




Resenhas - A Redoma de Vidro


2819 encontrados | exibindo 76 a 91
6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 |


Mari 15/02/2022

A redoma de vidro
Sinceramente, não sei o que dizer. Demorei quase duas semanas para finalizar devido aos gatilhos e intensidade da obra. Extremamente profundo e conturbado.
eunjörd_ 15/02/2022minha estante
o primeiro livro que li esse ano e sai toda derrotada, fui de 1 a 1000 com tanto gatilho




Franco 03/05/2013

Livro que toca, arrepia. Consegue dar verbo e adjetivo extremamente sensíveis às experiências pessoais (e violentas) que narra.

Livro que nos arrebanha e põe a dúvida da boa literatura em primeira pessoa: o que aqui é real e o que é ficção?

Plath conseguiu expressar através de Esther a loucura em diversos níveis, mas talvez o principal deles seja aquele que rodeia a personagem. Faz um pequeno retrato da época, mas sobretudo mapeia as trilhas neuróticas de uma subjetividade que não consegue se encaixar onde deveria.

E, afinal, por que deveria se encaixar nisso que nada mais é do que uma redoma de vidro sufocante?

"Eu sou eu sou eu sou".





Andressa 27/08/2013minha estante
Eu quero muito ler esse livro, mas me disseram que ele é feito de poesias. Isso é verdade? Queria saber antes de comprar. Obrigada.




vitória 01/01/2022

é um livro incrível, acho que foi o livro mais triste e real que eu ja li na minha vida, ele é lobado de falas preconceituosas e me incomodou mt acho q so não virou fav por isso
vitória 09/01/2022minha estante
fds virou fav simm




Day 06/12/2021

livro certo na hora errada?
Demorei alguns dias pra dar a nota depois que terminei a leitura. Eu sempre achei que, quando lesse, esse livro se tornaria um favorito meu, mas não aconteceu.
Eu não me apeguei à personagem porque simplesmente não ligava o suficiente pra ela. Era como se fosse uma desconhecida pra qual eu estimasse melhoras que, apesar de verdadeiras, são genéricas, não uma amiga a qual eu sentisse a mesma dor que ela estava sentindo.
Apesar dessa falta de conexão com a personagem e, consequentemente, com a história, me identifiquei com alguns pensamentos dela, essa coisa de não querer fazer nada porque nada tem propósito e essa obscuridade que tá sempre ao redor de quem tem alguma doença mental.
Mas é o que eu disse, me identificar em partes não é a mesma coisa que gostar do livro, por isso a nota abaixo da média. Quero talvez relê-lo no futuro pra ver se aproveito melhor a leitura sem ficar me vendo nas páginas.
Bianca972 15/12/2021minha estante
penso exatamente assim!




Camil 29/03/2014

Aderi ao PDF
Sempre tentei fugir de leitura pela tela do computador, é realmente incomodo. Porém, não vi outra alternativa quando se tratou da leitura de A Redoma de Vidro. Estou na metade mas este romance está perto de ser uma das melhores leituras que já fiz. Sylvia Plath tem uma prosa que é como poesia, tornando a obra fácil de ler e se envolver. Eu chego a me enxergar no lugar da personagem. É uma pena que as editoras não lançam no mercado, pois é um livro que poderia trazer muitos leitores ao costume de ler.
Flávia 28/09/2015minha estante
Atualmente tem uma nova edição do livro tanto físico quanto e-book. :)




Lice 02/03/2022

Quase uma biografia da autora
?   O livro é um romance não romântico sobre a vida de Esther. Esther sai do suburbio pra trabalhar em uma revista de moda em Nova York dando de cara com uma vida repleta de responsabilidades e frustrações. No decorrer da narrativa iremos ver muito sobre as reflexões da personagem e também sobre suas decepções e questões mentais.

? "Para a pessoa dentro da redoma de vidro, vazia e imóvel como um bebê m*rto, o mundo inteiro é um sonho ruim"

?   Assim como quase todo livro sem plot, a narrativa nos leva muito a refletir sobre as pessoas e a sociedade. Principalmente sobre quetões relacionadas a depressão, o papel da mulher na sociedade e s*icid1o (alerta de conteúdo forte). Foi triste também refletir sobre como as questões mentais eram vistas pela sociedade. E também gostei bastante de ver a relação da personagem com as questões de maternidade.

? "Me ocorreu que era estranho que nunca tivesse me dado conta que eu só tinha sido completamente feliz até meus nove anos de idade"

?   A narrativa é extremamente fluída e a personagem principal é cativante, creio que principalmnete por sua complexidade. A autora conseguiu trazer uma certa "leveza" mesmo abordando temas tão pesados.

? "Muitas pessoas me tratariam com certa distância ou me evitariam como se eu fosse uma leprosa" (visão da sociedade sobre doenças mentais)

?   O livro foi publicado em 1963, semanas antes da autora cometer s*icid1o. Esse contexto é essencial pra compreender melhor o livro e sua complexidade. É uma leitura muito interessante de se fazer. Recomendo bastante mesmo sabendo que não vai ser todo mundo que vai gostar.
vivi 02/03/2022minha estante
resenha perfeita!!!




ge_giusti 19/01/2022

O leitor vive na pele a depressão da personagem.
Esse livro é tão chocante... Pra quem tem ou já teve depressão é quase como estar lendo uma bibliografia sua. Cada pensamento, cada sentimento que a personagem sente é muito bem representado. Aqui vão dois dos muitos trechos que me marcaram:

"O problema em pular era que se você não escolhesse o número certo de andares, você poderia continuar vivo quando atingisse o chão."

"Eu vi minha vida estendendo seus galhos em minha frente como a figueira verde da história. Da ponta de cada ramo, como um figo roxo e grande, um maravilhoso futuro acenava e piscava. Um figo era um marido e um lar feliz e filhos, e outro figo era uma famosa poetisa e outro figo era uma brilhante professora, e outro figo era E Gê, a editora incrível, e outro figo era Europa e África e América do Sul, e outro figo era Constantin e Socrates e Attila e um pacote de outros amores com nomes esquisitos e profissões incomuns, e outro figo era a campeã da equipe olímpica, e além e acima desses figos haviam muitos outros figos que eu não podia distinguir bem. Eu me vi sentada na bifurcação dos galhos desta figueira, morrendo de fome, só porque eu não conseguia me decidir de qual figo escolher. Eu queria cada um deles, mas escolher um significaria perder todo o resto, e, enquanto eu estava sentada ali, incapaz de me decidir, os figos começaram a se enrugar e ficarem pretos, e, um por um, eles caíram ao chão, aos meus pés."
Rafael Kerr 19/01/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Me chamo Rafael Kerr e sou escritor. Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria - O oráculo. Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.




Lucas1429 07/12/2021

Quem matou Sylvia Plath?
O começo despretensioso de “A Redoma de Vidro” não isenta sua protagonista, Esther Greenwood, do retumbante desenvolvimento de uma guerra à si própria. Ela não é imune acerca do vazio humano, apenas mascarando em sua rápida estada em Nova York, em pleno torpor social de juventude, o palco que será importante para o start de sua análise sutil - à desgovernada - da desilusão social. Pintado ao que considero em duas partes importantes do (único) romance de Plath, sua “autobiografia” é quase exposta romanceada e desesperada/inspirada. Conhecida pela luta da manutenção de sua saúde mental, a autora exime seu pensamento de auto complacência na sinceridade ampla da vida como ela é, angustiante e translúcida.

Quando escreveu sua obra prima, Sylvia adentrava os anos 60, década que viria na mão da proposta de modernidade ao pé da letra. Mas se no colo artístico se batalhava por mudanças coletivas, na saúde prezava a lei da ciência negligente do campo psiquiátrico. Em seu segundo ato, o da derrocada comportamental da protagonista, talvez o carro chefe do mito que se tornou o livro, Esther alterna em clínicas diversas e em sua maioria particulares; nelas, médicos adeptos de medidas desumanizadas e optativas íntimas, de posturas moralizadas e desafortunadas desafiavam os seus papéis em saúde costurados às integrais formações elitizadas e despreparadas, postergando em tratamentos irresponsáveis os sofrimentos intratáveis. O campo mental ainda explorava reminiscências de um passado provedor e potente, passível de menção a Jung que proclamou a individuação, processo psicológico que permite o reconhecimento do eu em voga. A isso, Esther foi negada de se permitir, de existir. Em 2011, James Kaufman cunhou o termo “Efeito Sylvia Plath”, para definir escritores que descendiam de doenças mentais na toada de suas genialidades criativas. Não houve suporte suficiente que ajudasse SP e nem à maioria dos objetos.

Plath talvez não tivesse propriedade acerca da psicologia e ideologias, mas transpôs num formato raiz sua identificada problemática (há trechos de suposta intolerância racial, fruto de um EUA de apartheid e privilégios) quanto a desequilibrada condição clínica - depressiva. No mais, sabia também a engrenagem do sistema político vivido, o de produzir para garantir sua presença frente mundo capital; adoece-se, adoeceu. Além, o papel da mulher, era uma feminista nata. Em maioria esmagadora das passagens envereda pela posição de seu gênero no destino imposto a casamentos, filhos, domesticidade. Carreira é um substantivo [feminino] preferido por Esther, entre suas iguais é o que deveria prevalecer, e não o contrário destinado.

Portanto, para a autora que sempre teceu sinceridade e potência em seus escritos, extinguida em vida cedo com seu suicídio, foi descrita por um colega poeta como responsável pela temática da “desintegração da vida” em sua bibliografia; é dela que firma a imortalidade de sua obra. Sylvia, assim como Esther, em últimas linhas, permite aos seus leitores a alusão de almas fadadas ao cíclico processo existencial do preço pago à passagem à maturidade, de brutal e autêntico anseio pela morte, de identificação notória - apesar da veiculação de um hipotético mundo saudável, cuidem-se. Ambas, cria e criadora (na verdade, uma só), se compadecem de almas solitárias e corações latentes.
Yeda 05/01/2022minha estante
a resenha ficou ótima e traduziu muito bem o livro!!!!




pineberry 15/01/2022

The bell jar
Se vc não está em um bom momento ele pode te puxar pra baixo sim, não vou mentir, até pq é bem fácil de se identificar com algumas descrições depressivas da Esther. Além de ser praticamente uma autobiografia da Sylvia e pq não dizer carta de despedida também? Já que ela acabou morrendo por suicídio logo após a publicação do livro. Ainda assim, eu recomendo a leitura pra quem gosta de livros mais pesados assim como eu, mas também não esperem grandes acontecimentos e plots, pq pode soar entediante em algum momento se vc não se identifica.
Moon 20/01/2022minha estante
Concordo totalmente com a parte de ser puxada pra baixo. Da metade pro final tiveram algumas cenas que me deixaram tão mal, é uma leitura danada de boa mas não recomendo ler em dias ruins.




Caroline Meirelles 19/02/2022

AVISO DE GATILHO: suicí***, automutila*** e abu** sexu**.

Primeiro, tem a lista de gatilhos acima, porque eu fui ler o livro sem saber e, meu Deus, como gostaria de saber antes de ler, porque foi difícil ler algumas coisas.

O livro segue Esther, uma menina com 20/21 anos com depressão. Não vou entrar aqui nos detalhes da vida dela e traumas, porque não vem a calhar, o mais importante é realmente isso, a doença dela e como ela lida com isso, inclusive os métodos psiquiátricos da época em que o livro foi escrito, como eletroconvulsoterapia (que é usada até hoje em casos extremos).

É um livro pesado, as descrições são gráficas, especialmente sobre pensamentos suicid**, é algo que te deixa muito desconfortável mesmo. A escrita da autora, porém, é muito poética e bonita sem ser difícil de entender, me parece muito natural a forma como ela escreve. Pra mim, foi o ponto alto do livro.

Consigo ver porque tantas pessoas gostam tanto desse livro e enaltecem Sylvia, porque ela escreve muito bem, me senti tão próxima da personagens e senti na pele a angústia e todas as emoções.

Contudo, percebi falas - e ações - muito problemáticas da personagem principal (e como não perceber?), e consequentemente da autora, porque a personagem nunca é repreendida por ter essas falas e atitudes. Temos uma cena dela chutando um funcionário preto só porque ele serviu "dois pratos de feijão" pra ela e isso é contra a etiqueta (aparentemente); temos ela falando o tempo todo que ela tem a pele amarela como de um chinês (ela é branca), de um jeito bem depreciativo; ela tem "vontade de vomitar" ao ver duas mulheres juntas na cama e fala o mesmo pra uma das mulheres quando ela diz gostar da principal; e a lista continua.

Não consigo fechar os olhos e dizer que "era aceito na época" e dar 5 estrelas pra um livro desses, perdão. É um livro bom, tem uma escrita muito bonita, uma mensagem interessante sobre depressão, especialmente pra época, mas manchado pelo preconceito, homofobia e racismo.
lovshanji 19/02/2022minha estante
mds é sobre isso!!! ??




Brenda 02/03/2022

Pensei diversas vezes sobre o quão impertinente eu poderia ser ao falar sobre este livro. E é isto que me ocorre quando leio algo que atravessa feito lâmina ? fina, sagrada e essencial ? as minhas concepções mais diversas e adversas sobre a vida.

Ler A Redoma de Vidro não foi tarefa fácil, pois ainda que seu ritmo e sua linguagem colaborem para uma leitura rápida em horas, o seu conteúdo ? muito mais sombrio e lúcido ? nos guia a coisas inquietas e doídas.

Sylvia retrata, aqui, não só a si mesma, mas, também, a um mundo estruturalmente perverso e a uma coletânea de mulheres cruamente envergadas pelo estigma da psicopatologia. Mulheres estas que não são acolhidas pelo afago, pela compreensão ou pelo amor; mulheres que carregam um fardo duplo: o fardo de seus sintomas, que as inquietam e as violentam em sua própria tentativa de sobrevivência; e o fardo da estigmatização, que está além da própria doença ou transtorno, que independe do "eu" em questão.

Este é um livro que se constrói em seu próprio ritmo e aborda e dialoga sobre muito do que nos acomete enquanto corpo, enquanto gênero e enquanto discurso. É um livro doloroso, mas, também, muito acolhedor aos que necessitam acolhimento. Diria, ainda, que é um livro lindo, pois falar sobre uma verdade e uma vida reais é importante e urgentemente bonito.

Por fim, desejo que as nossas redomas de vidro fiquem em suspenso, para que possamos reivindicar respirar ares não-viciados, para que lâminas de faca como Sylvia possam nos atravessar sem nos corromper de nós mesmas.

Estar viva é difícil, mas muito fundamental.
Peudro 02/03/2022minha estante
Que intenso!!!




rana.castillo 31/01/2022

FOI BRUTAL
"O silêncio me deprimia. Não era o silêncio do silêncio. Era o meu próprio silêncio."

"Engatinhei de volta à cama e cobri minha cabeça com os lençóis. Como isso não afastou a luz, enterrei o rosto sob a escuridão do travesseiro, fingindo que ainda era noite. Eu não via motivo para me levantar.
Eu não ansiava por nada."


Esse livro é extremamente íntimo. Me conectei com a história e a protagonista desde os primeiros parágrafos até os últimos. Cada frase me atingia como uma lâmina no peito. A situação da Esther (personagem principal) era tão desesperadora, que eu me pegava desejando constantemente abraçá-la e dizer qualquer coisa que a fizesse se sentir minimamente melhor. A SOLIDÃO ERA PALPÁVEL.

Tenho plena consciência dos problemas inerentes à narrativa. É uma lástima eles integrarem uma obra tão grandiosa como esta. E mesmo reconhecendo os seus defeitos, eu não consigo dar menos de 5 ? para um livro que simplesmente atingiu o âmago do meu ser.

Essa leitura foi uma EXPERIÊNCIA, e a terminei cogitando voltar ao primeiro capítulo novamente. Não vou fazer isso agora, mas definitivamente vou ler essas mesmas páginas repetidas vezes.
É o tipo de livro que guardamos na mente e no coração por longo prazo.
Mateus.Caixeta 31/01/2022minha estante
A resenha de milhões, já vou adicionar pra ler mês que vem




julia.cosenza 17/02/2022

a melancolia que envolve o crescimento e o amadurecimento de uma mulher e as problemáticas em volta disso foram muito bem representadas, a leitura é pesada e as vezes difícil de degirir por estar passando por esta fase. Sylvia Plath iria amar nothing new da taylor swift ft. phoebe bridgers.. descanse em paz lenda
duda 20/02/2022minha estante
o paralelo pra música da taylor ??




2819 encontrados | exibindo 76 a 91
6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR