Sarah 03/03/2024
?? engual eulkkkkjjj
Brincadeirinhas a parte, esse livro é bem difícil de ler. não na questão de linguagem, mas sim pelo desenvolvimento da história.
é difícil ler as conquistas da Esther (a bolsa de estudos, o estágio, o conhecimento da área da escrita) e perceber que nada disso era o suficiente pro padrão que ela achava ter que atingir: a esposa dedicada, a mãe presente, a dona de casa exemplar. é difícil ler a analogia da figueira, ler como a personagem se via na frente de diversos caminhos sem saber qual deles seguir e, ao mesmo tempo, querendo seguir todos - e se identificar estando nesse mesmo ponto da vida. Principalmente, é muito difícil ler todo o declínio da saúde mental dela, as idas e vindas em hospitais, todos os pensamentos e situações ruins pelos quais ela passou.
outra coisa que me agoniou durante a leitura foi lembrar que eram esses os tratamentos que as pessoas com transtornos mentais recebiam na época: tratamentos de choque, injeções nada a ver, e descaso dos profissionais da saúde. Ainda bem que a medicina evoluiu, e espero que evolua ainda mais
foi bom ver que, no final do livro, Esther aparentemente se recuperou e pôde seguir a sua vida. Infelizmente não foi o caso da própria Sylvia - algo que ainda lerei nas dezenas de artigos e dissertações que fizeram sobre esse livro e a autora.
de resto, não deixei 5 estrelas porque muitas das expressões utilizadas são desnecessárias e ofensivas a diversos grupos de pessoas.