S. Bernardo

S. Bernardo Graciliano Ramos




Resenhas - São Bernardo


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legarcia 17/04/2023

Pela busca do preenchimento existencial
Está aqui um livro que comecei de maneira despretensiosa, sem saber muito o que esperar e fui a cada capítulo sendo impactada positivamente com o que estava em minha frente.

Essa é uma obra que permite diversos focos interpretativos. Os que mais me chamaram a atenção em uma primeira leitura foram: a escrita como autoanálie, a questão social e a psicológica.

É muito difícil não pensar na conjuntura social quando lemos ?São Bernardo?, uma vez que a história nos apresenta a um personagem principal que representa todo um passado arragaido do Nordeste, mas o qual possui também uma lógica capitalista. Dessa maneira, é possível perceber a alteração de poderes e na discriminação de pessoas pelo espaço social ocupado por elas.

Então, Paulo Honório é esse sujeito que irá transbordar a lógica capitalista nas muitas áreas de sua vida. Podemos perceber isso quando ele decide escrever um livro e resolve utilizar-se da divisão do trabalho, mas logo percebe que não consegue, uma vez que a escrita de um livro representa um trabalho transcendental e individual, que não pode ser transferido a terceiros ou repartido. Além disso, Paulo enxerga tudo em termos coisificados, suas relações são baseadas no material, o que acaba gerando um vazio existencial.

Não obstante esses pontos interessantes, a visão que mais me tocou na obra foi a escrita suas reverberações no indivíduo. É como se, apesar de toda a rudeza da vida de Paulo Honório, houvessem frestas das quais emergissem a necessidade de preencher-se. E a tentativa de escrita representa exatamente uma resposta a esse mal estar.

Com o processo de escrita, algumas partes de sua vida vão clareando-se um pouco para Paulo Honório, que consegue percebe que errou, que há uma monstrualidade em si, mas essa percepção não é gera modificações perceptíveis em seu comportamento. E para mim, essa parte é dolorida: a realização de que por mais que reconheça a deformidade moral dentro de si, Paulo não consegue ser diferente. A escrita é, então, um apontamento para a ruptura de sua circunstância imediata e uma forma de tentar refletir sobre a sua realidade.

Dessa forma, a leitura dessa obra foi pra mim qualquer coisa que sensacional. Estou em um momento de reflexão acerca da importância da escrita de si para uma vida mais consciente e com mais autonomia, então esse livro foi como um presente. Recomendo-o fortemente!
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Guilherme Tavares 02/06/2023

Um bom livro
A leitura de São Bernardo é para aqueles que estão cansados da literatura brasileira. Se temos como base autores como Machado de Assis, Mário de Andrade e Lygia Fagundes Telles notamos nesse livro uma direção narrativa completamente diferente. Inclusive, já li esse livro antes e não me lembrava de muita coisa por causa disso procurei reler. E já me adianto se alguém leu Vidas Secas, este livro é muito diferente. Não existe dramatização, não existe politização e não existe enrolação - este é um livro sólido sobre alguém pesado. O drama de Paulo Honório não é raro, mas também não é comum. Esta história é de um operário que vira mafioso para virar rico. Adquire sucesso, mas perde humanidade -simples assim. Eu particularmente gostei bastante da narrativa. A maneira como ele me prendeu foi rápida e durou até o final. Fiquei apenas com gosto amargo por esse livro ser tão diferente do geral e gostaria que a história fosse mais longa. Simples.
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Ester8 23/01/2021

muito bom
O que eu mais gostei foi o ranço que senti do personagem principal ?
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LeandroCastro88 31/01/2021

Achei o livro meio arrastado. A leitura só me prendeu do meio pro final. Mas vale a pena. A autoanálise psicológica do narrador é interessante.
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Helena433 24/06/2023

É uma boa obra
Li para um trabalho da escola, mas assim como ?Vidas Secas? não é um livro que chamou muito minha atenção. A história em si é legal e fácil de entender. Graciliano consegue nos colocar na pele dos personagens. Senti muita pena de Madalena

Mas sinto falta dos detalhes nos livros de Graciliano. Parece tudo escrito muito corrido. Enfim, apesar de não ser meu favorito do período modernista, ainda é uma boa obra. Vale a pena ler.
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Lucas.Batista 06/02/2021

Clássico Absoluto
A epopeia do baixo burguês nordestino.
Livro mais do que conhecido do público leitor, leitura obrigatória para vários vestibulares; São Bernardo é aquele tipo de livro que faz jus à fama que possui.
Indo direto ao ponto que mais me impressionou no livro, cito aqui o fato de que o protagonista (e antagonista de si próprio?) não é, de maneira alguma, um personagem mau. Ele, tal qual o solo da fazenda nordestina, é seco, é duro. Ainda que nada disso seja colocado de maneira leviana para apenas ser uma desculpa para os comportamentos dele. Graciliano não se rende ao Marxismo (aqui, colocado de maneira histórica, uma vez que o PCB insistia que ele e outros escritores comunistas colocassem a luta de classes como cerne das narrativas) fácil, que daria uma "desculpa" para o modo de agir do protagonista. Conforme a narrativa avança, o próprio protagonista vai descobrindo os próprios defeitos e, assim sendo, sua própria culpa; alcançada por livre e espontânea vontade.
Livrasso.
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estantedaju 11/02/2021

Muito bom!
🧡 S. Bernardo, lançado no ano de 1934, um ano após a publicação de Caetés, é o segundo romance de Graciliano Ramos, que foi um romancista, cronista, contista, jornalista, político e memorialista brasileiro do século XX. Considerado pela crítica como a mais importante obra de ficção do movimento modernista envolvendo o regime fundiário e os conflitos sociais no nordeste brasileiro, o livro apresenta uma linguagem despojada e desambiciosa ao contar uma história que se passa na década de trinta, e tem como narrador Paulo Honório, um homem de cinquenta anos que tenta revisitar os conflitos e dramas de sua vida, que pareciam inexplicáveis até o momento em que escreve o livro.

🏠 Tudo começa quando Paulo Honório concretiza o desejo de comprar a fazenda de São Bernardo, onde trabalhara anteriormente. Suas lembranças da infância são poucas, e se recorda apenas de ter sido criado pela querida Margarida, desconhecendo, assim, sua própria origem. Em sua juventude, o narrador fora preso por quase quatro anos por esfaquear uma pessoa, e foi na cadeia que aprendeu a ler e escrever. Assim, a fim adquirir aquele bem, se sujeitou a diversas situações de risco, enfrentando conflitos gerados por cobranças de dívidas e desavenças com seus companheiros.

☀️ Quando haviam conflitos, para Paulo Honório, a violência era a resolução, e a partir de suas ameaças e trapaças, se fortaleceu como agricultor e homem influente, instalando na cidade uma escola, a fim de agradar e ter apoio do governo. Sua vida afetiva era, até então, pouco presente, até que resolve que deveria casar e "produzir" herdeiros.

🔖 Há no livro uma crítica literária e social, uma vez que choca o leitor com uma narrativa bem elaborada, mas que projeta um personagem rude, com uma linguagem seca que se aproxima do homem insensível e atormentado que conta a história.

✏ Esse foi um livro que li durante o semestre para a disciplina de Literatura Brasileira II, e super recomendo! Uma leitura bem rápida e fluida que proporciona muitas reflexões sobre o sistema capitalista, patriarcalista e as consequências disso nas relações.

site: https://www.instagram.com/p/CLK1ZssD3S2/
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Frank 14/02/2021

Livro curto e de rápida leitura, apesar da liguagem rebuscada e regionalizada. Mostra a ascenção do personagem Paulo Honório, narrada pelo próprio personagem, de forma cruel e antiética.
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Vitor J. 10/03/2021

Devo dizer que o livro Sao Bernardo me chamou mais atenção do que o Caetés do mesmo autor, fiquei mais focado no desenrolar da história. Recomendo o livro, leitura essencial para enriquecer as leituras nacionais.
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Bruno Oliveira 17/03/2021

É SOZINHO E NO ESCURO QUE O SUJEITO HUMANO SURGE
Assim como Angústia, S. Bernardo, de Graciliano Ramos, é um livro de ruminações, de memórias, onde seu narrador, no caso, Paulo Honório, tenta nos envolver na sua história de vida sofrida, na sua história nada fácil de sobrevivência, labuta, muita labuta, e aperreações. Sua história é triste, muito triste, mas só nos apercebemos disso ao seu final. Até lá, somos agraciados por um vocabulário rico de sugestões visuais e de significância, que jamais peca pelo excesso ou pelo rebuscado – nada disso! Graciliano construiu aqui uma história gramaticalmente sertaneja que toca os corações mais brutos e/ou as cabeças mais duras. Impossível não sentir um tantinho assim de compaixão desse sujeito tão miseravelmente humano.
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@inspirandoleituras 28/03/2021

Análise de S.Bernado
O livro é narrado em primeira pessoa pelo fazendeiro Paulo Honório, que decidiu escrever a sua história para depois publicá-la.
Com uma linguagem simples e pouco profissional, Paula narra as aventuras e desventuras de sua vida. Descreve suas amizades, o fracasso do casamento, a política local, os trabalhadores da fazenda e muitas outras coisas.
O livro é muito bom e traz muitas criticas do Brasil da década de 30.
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Duds 11/04/2021

muito bom
fiquei surpreendida com o quanto eu gostei, apesar do personagem principal me irritar AFU, a escrita é muito boa
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Armando 12/04/2021

O mundo à revelia
Graciliano Ramos, aclamado por sua linguagem simples e brutal, é um mestre no retrato do espaço rural nordestino. O progresso de Paulo Honório é narrado sem rodeios, assim como o próprio fazendeiro o é. A história envolve momentos ambiciosos, relações de amizade, amor e, por fim, solidão.
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