S. Bernardo

S. Bernardo Graciliano Ramos




Resenhas - São Bernardo


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Andressa Lima 07/02/2020

Regionalista
O livro de Graciliano Ramos já virou um dos nossos clássicos, tá cheinho de regionalismo, o que se reflete na escrita. Escrita essa que não é tão simplista quanto parece.

Falar do protagonista, Paulo Honório, é falar de um ser empreendedor, um capitalista. É ler sobre algumas coisas bem típicas da época refletidas na ignorância que muitos personagens parecem ter sobre alguns assuntos.

É um livro importante na literatura, é um livro importante pra se ler!
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Rayssa 22/04/2020

Romance de Graciliano Ramos publicado em 1934, retrata a ascensão de Paulo Honório que passa de um trabalhador rural, para criminoso e por fim um capitalista proprietário do latifúndio da fazenda São Bernardo.
Esta obra retrata o sistema de hierarquia entre os pobres e os ricos, fato este que é deixado as claras no momento em que Paulo Honório se ascende socialmente e passa a ter funcionários, e não se preocupa com a qualidade de vida dos mesmos e sim com seus rendimentos.
Durante toda a leitura é possível verificar a análise psicológica realizada pelo autor, que pode ser observada pela frieza do protagonista, que não se arrepende de suas atitudes nem as modifica, além disso, em decorrência de todo seu rancor fica sozinho no final, momento em que resolve escrever o livro para contar a sua triste história.
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Mente.Leitora 19/09/2023

Uma ótima leitura. A impressão que eu tive foi que haveria uma continuação. Parece sue a história não foi finalizada ou será que gostei muito e queria ler mais? Talvez,quem sabe.
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Steph.Mostav 04/05/2020

São Bernardo, Paulo Honório e Madalena
O poder da literatura é enorme e, assim como existem livros que nos demonstram esse poder através da relevância das discussões que suas páginas proporcionam, também existem histórias que ilustram o potencial da literatura através da própria literatura. Paulo Honório é um narrador não confiável, que já inicia a narrativa com dois capítulos que ele julga "inúteis" mas que dizem mais sobre o personagem do que a própria apresentação que ele faz de si mesmo. A ideia inicial de Paulo era, através da "divisão do trabalho", atribuir funções aos seus empregados na confecção do texto e cuidar só de colocar o próprio nome na capa, colhendo os futuros frutos da fama com esse projeto. E é isso o que ele faz na fazenda de São Bernardo, explorando o trabalho de funcionários, ameaçando inimigos, conquistando mais fortuna através da força e da coerção. Além disso, logo nestes capítulos iniciais ele trata da distinção entre a "língua de Camões" e a linguagem falada pelo povo, da dúvida com relação à veracidade dos fatos que ele narra, do questionamento quanto à intenção do texto. Só a partir daí ele conta a história de sua vida, de como adquiriu a propriedade de São Bernardo e como conheceu a segunda personagem mais importante do enredo, Madalena. É do conflito entre esses dois personagens que não só são muito diferentes como representam valores opostos que vem grande parte do poder desse romance. Paulo queria submeter o espírito cheio de arte, conhecimento e altruísmo de Madalena assim como submetia os empregados e sofre com o primeiro fracasso em dominar alguém. A conclusão do romance é um dos melhores finais que já li na vida e a impressão que tive do todo pode ser resumida em um trecho do posfácio: "Graciliano tinha mesmo em vista contribuir, com a arte, para transformar a estrutura social. E é conhecido que julgava indispensável viver como um miserável para poder falar do ponto de vista desse miserável. A busca desse real é a expressão estética de S. Bernardo. Através da arte, aproximar-se do real, com a certeza de que tal verdade jamais será atingida na sua essência. O grito de cunho social de que S. Bernardo é portador se faz dentro dessa limitação. Se Paulo Honório, por abraçar caminhos individuais, sem se entrosar nos movimentos coletivos, foi punido, resta ao se terminar a leitura de S. Bernardo a sensação de que o homem, ser político, não pode aspirar à absoluta isenção e à racionalidade. Traz com ele um emaranhado de conflitos internos que lhe turvam necessariamente a razão."
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Line 28/05/2021

Ótimo livro para contextualizar época importante para o Sertão Brasilriro. Além de tratar de situações sobre sociopolítica, a principal temática do livro trata sobre conflitos internos não tratados dentro de nós, principalmente na cultura machista ao coibir a expressão sentimental de homens.
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Hannah Andressa Delgado 30/04/2021

Genial! Quando Graciliano entrega a narração da obra para Paulo Honório, deixa que ele, voluntariamente, denuncie as violências que, mais que psicológicas, são sociais. Denuncia a elite rural.
Incrível como a personalidade objetiva e rude do narrador autodiegetico é transposta na forma da obra por intermédio de uma linguagem objetiva e simples (que era também, além de tudo, uma reivindicação da geração de 30) e como esse escrita ganha um tom cada vez mais lírico conforme o personagem perde o controle das coisas
Marconi Moura 08/01/2022minha estante
Meu preferido do autor (q tbm é um dos meus prediletos). Um dos melhores livros q já li.




Giovanna317 23/04/2024

Não leria novamente. Apesar de admitir uma linguagem fácil, o contexto e a passagem do tempo são difíceis, tornado-o confuso. Entretanto, ele não é ruim, pois propõe uma análise do povo nordestino, apresentando um caráter científico, e não de entretenimento.
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maalumedeiros 15/01/2023

?e encontro-me aqui em S. Bernardo, escrevendo?
eu gostei muito do livro.
demorei para engatar na leitura, mas depois de certo ponto fluiu muito bem.

a história de Paulo Honório conta o nordeste em tempos de coronelismo. Ele próprio, se torna um latifundiário, dono de terras, que maltrata os funcionários, que manda na política, que acha que mulher não tem voz ou capacidade de pensar, que tem que ter a última palavra em tudo.

mas, ele, aos 50 anos, decide escrever sua história e nisso ele reflete. Sozinho, ele imagina, ele alucina, sua aparecia física vai se transformando de acordo com suas atitudes, ele perpassa muitos dos momentos de sua vida e decide compartilhar com o leitor. o fato dele ser um ?senhor de terras? que ao final percebe que isso não o fez feliz, monstra uma sensibilidade muito grande no personagem.
o que eu achei que foi um toque muito sensível do graciliano.

enfim, gostei muito do livro, gostei muito da história, acho o último capítulo, o que ele reflete sobre o motivo dele escrever o livro, um dos melhores que já li .

parabéns aos envolvidos !!! recomendo a leitura!
viva o modernismo brasileiro !
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Ester8 23/01/2021

muito bom
O que eu mais gostei foi o ranço que senti do personagem principal ?
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LeandroCastro88 31/01/2021

Achei o livro meio arrastado. A leitura só me prendeu do meio pro final. Mas vale a pena. A autoanálise psicológica do narrador é interessante.
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Lucas.Batista 06/02/2021

Clássico Absoluto
A epopeia do baixo burguês nordestino.
Livro mais do que conhecido do público leitor, leitura obrigatória para vários vestibulares; São Bernardo é aquele tipo de livro que faz jus à fama que possui.
Indo direto ao ponto que mais me impressionou no livro, cito aqui o fato de que o protagonista (e antagonista de si próprio?) não é, de maneira alguma, um personagem mau. Ele, tal qual o solo da fazenda nordestina, é seco, é duro. Ainda que nada disso seja colocado de maneira leviana para apenas ser uma desculpa para os comportamentos dele. Graciliano não se rende ao Marxismo (aqui, colocado de maneira histórica, uma vez que o PCB insistia que ele e outros escritores comunistas colocassem a luta de classes como cerne das narrativas) fácil, que daria uma "desculpa" para o modo de agir do protagonista. Conforme a narrativa avança, o próprio protagonista vai descobrindo os próprios defeitos e, assim sendo, sua própria culpa; alcançada por livre e espontânea vontade.
Livrasso.
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estantedaju 11/02/2021

Muito bom!
🧡 S. Bernardo, lançado no ano de 1934, um ano após a publicação de Caetés, é o segundo romance de Graciliano Ramos, que foi um romancista, cronista, contista, jornalista, político e memorialista brasileiro do século XX. Considerado pela crítica como a mais importante obra de ficção do movimento modernista envolvendo o regime fundiário e os conflitos sociais no nordeste brasileiro, o livro apresenta uma linguagem despojada e desambiciosa ao contar uma história que se passa na década de trinta, e tem como narrador Paulo Honório, um homem de cinquenta anos que tenta revisitar os conflitos e dramas de sua vida, que pareciam inexplicáveis até o momento em que escreve o livro.

🏠 Tudo começa quando Paulo Honório concretiza o desejo de comprar a fazenda de São Bernardo, onde trabalhara anteriormente. Suas lembranças da infância são poucas, e se recorda apenas de ter sido criado pela querida Margarida, desconhecendo, assim, sua própria origem. Em sua juventude, o narrador fora preso por quase quatro anos por esfaquear uma pessoa, e foi na cadeia que aprendeu a ler e escrever. Assim, a fim adquirir aquele bem, se sujeitou a diversas situações de risco, enfrentando conflitos gerados por cobranças de dívidas e desavenças com seus companheiros.

☀️ Quando haviam conflitos, para Paulo Honório, a violência era a resolução, e a partir de suas ameaças e trapaças, se fortaleceu como agricultor e homem influente, instalando na cidade uma escola, a fim de agradar e ter apoio do governo. Sua vida afetiva era, até então, pouco presente, até que resolve que deveria casar e "produzir" herdeiros.

🔖 Há no livro uma crítica literária e social, uma vez que choca o leitor com uma narrativa bem elaborada, mas que projeta um personagem rude, com uma linguagem seca que se aproxima do homem insensível e atormentado que conta a história.

✏ Esse foi um livro que li durante o semestre para a disciplina de Literatura Brasileira II, e super recomendo! Uma leitura bem rápida e fluida que proporciona muitas reflexões sobre o sistema capitalista, patriarcalista e as consequências disso nas relações.

site: https://www.instagram.com/p/CLK1ZssD3S2/
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