S. Bernardo

S. Bernardo Graciliano Ramos




Resenhas - São Bernardo


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adm.felipemoura 28/12/2022

Muito bom
Esse livro conta a história de Paulo Honório, escrito por ele mesmo aos 50 anos. É uma autobiografia que gera autoconsciência no personagem sobre sua vida vivida de forma bruta, mesquinha, materialista. Nas próprias palavras deste: ?Creio que nem sempre fui egoísta e brutal?e a desconfiança terrível que me aponta inimigos por toda parte?Sou um aleijado. Devo ter um coração miúdo, lacunas no cérebro, nervos diferentes dos nervos dos outros homens. E um nariz enorme, uma boca enorme, dedos enormes.?
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Henrique.Andrade 20/01/2022

Queria esquecer que li, pra ler denovo
Paulo Honório, tal como todos os homens, reconheceu a síntese brutal das coisas: a desconfiança e a profissão lhe estragaram a vida. Entretanto, é da profissão que a desconfiança nasce, apontando inimigos por toda a parte.

Entretanto, o protagonista reconhece o pior de tudo: mesmo sabendo disso, faria tudo denovo, da mesma forma, sem tirar nem pôr, pois somos isso: bichos perdidos, torpes pecadores

O que separa a nós de Paulo Honório? O poder e a supervisão, mais nada.

Talvez a desconfiança em excesso envenene o a alma, e a falta dela, o corpo.

Obra incrível.
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Cláudia Oliveira 29/01/2022

Livro incrível!
Esse livro me surpreendeu.

Senti que estava diante de um narrador-personagem honesto que, através da escrita de sua história, conversa diretamente com o leitor e reflete sobre sua própria vida. A história é envolvente e trata sobre questões sociológicas, psicológicas e também sobre o ato de escrever. 

Ainda bem que insisti na leitura que foi mais arrastada até o capítulo 9.  Valeu muito a pena! Já é um dos meus livros preferidos.
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Lucas Malta 24/02/2022

Uma visita ao interior
Eis que me termino mais uma obra do Mestre Graça, a segunda pra ser mais exato, com sua linguagem bem peculiar e trazendo consigo um pedacinho das características da sua terra.

Em São Bernardo encontramos um romance regionalista, daqueles do interior do nosso país, com figuras como coronel, empregados, delegado de polícia, entre tantos outros personagens de uma pequena e pacata cidade.

Assim como o primeiro livro que li de Graciliano Ramos (Caetés), me chama atenção um vocabulário muito ligado ao nordeste, mas ao mesmo tempo com uma escrita refinada, com colocações que para o tempos de livros atuais, podem ser tido como de difícil entendimento. Todavia, ressalto a importância que de tempos em tempos mergulhemos nesse tipo de leitura.

Ao ler esse clássico, me veio muitas lembranças da escola, não que me identifiquei com a história, mas vi o quanto uma obra dessa, caso eu tivesse lido ela no passado, poderia (ou até não) me ajudar a entender melhor nossas relações do passado e também o olhar dos nossos escritores.

Ao terminar, já fiquei com vontade de folhear a próxima obra do Mestre Graça. Na sequência de lançamento, o promoção livro deverá ser ?Insônia?. Que venham mais obras primas do nosso saudoso imortal alagoano.
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zchvanna 26/01/2023

Um dos melhores do Graciliano
Depois de ter lido Angústia e ter achado razoável no meio de todos os livros de vestibulares, dei uma chance pra esse cara depois de ter lido uma resenha e peguei esse livro. Sem dúvidas é melhor do que Angústia em questão de conforto para ler. A história sobre um homem ganancioso que se casa por interesse com uma moça com pensamentos bem à frente de sua época é simples, fácil de entender e bastante interessante.

É impossível não sentir empatia em relação à Madalena, mesmo com a forma que Paulo a descreve. A moça é inteligente e tem bom coração, seu fim foi triste para qualquer um. Paralelo a isso, achei até empolgante a transição que Paulo passou durante todo o livro, de uma figura confiante e dura para um homem extremamente inseguro por causa dos ciúmes que tinha da esposa. Muito bem construído, Graciliano é muito bom nisso.

Com certeza recomendo mais do que Angústia.
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Perdida_nas_Estrelas 05/09/2022

Típico patrão explorador que vive às custas de vidas alheias
O enredo em primeira pessoa mostra alguns anos da vida de Paulo Honório, desde sua ascensão social à sua ruína, mas essa ascensão vem de uma exploração normatizada de muitas outras vidas. Paulo conta sobre a bondade de sua esposa em querer ajudar seus empregados e de sua desconfiança em relação a ela ser comunista, e a partir desta e de outras desconfianças podemos acompanhar o declínio da vida de um homem assombrado por suas inseguranças e talvez alguns arrependimentos. Ele consegue a propriedade de seu sonho, S. Bernardo, à base de enganação e enriquece explorando empregados que vivem em condições sub-humanas, conhece uma moça bonita, se casa com ela e quando ela começa questioná-lo sobre seus métodos para com os empregados Paulo sente raiva pois é isso e isso apenas que ele conhece, para ele não há outra maneira de se tratar as pessoas que o servem; Madalena, sua esposa começa entristecer e adoecer naquele local, enquanto Paulo desconfia de suas inclinações políticas e mesmo de sua fidelidade matrimonial.
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Beca.Borges 14/09/2022

São Bernardo
Este é o segundo livro do Graciliano Ramos que tenho contato, sendo o primeiro vidas secas.
Honestamente comecei o livro sem dar muito para ele, esperando uma leitura chata e que não fluísse tanto, mas para a minha surpresa me enganei completamente.
A leitura não só flui muito bem te fazendo querer ler cada vez mais do livro como você se prende na história do personagem principal.

Paulo Honório um homem solitário e amargurado nos conta sua história de vida de sua perspectiva bruta e gananciosa. É uma história cheia de contradições, romance, ciúmes, violência, ganância, que o personagem percebe (e as vezes não) ser o motivo de sua ascensão e de sua queda.

É um livro que recomendo de se ler e que definitivamente daqui alguns anos quero relê-lo para ter uma nova perspectiva dessa história.
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Laura Chaves Araújo 28/09/2022

S. Bernardo
O livro como a grande maioria dos clássicos brasileiros contém uma linguagem condizente a época em que foi escrito, porém a história em si não é envolvente, se trata apenas de um homem ambicioso que passa por cima de tudo e todos para ter o que quer.
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Nica 30/10/2010

Graciliano Ramos
Hoje, 27 de outubro, Graciliano Ramos faria 118 anos de seu nascimento e é considerado um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos.
O escritor viveu e se dedicou aos fatos mais significativos da realidade brasileira de sua época, e participou tão intensamente que chegou a ser preso político por 11 meses no período do Estado Novo, o qual ele pressionava por suas ideologias contrárias.
Tive a oportunidade de ler três livros de Graciliano: São Bernardo, Vidas Secas e Angústia. Sua obra é construída sob o domínio do realismo interior, destacando a inquietação e a angústia. Escreve num estilo todo próprio, com linguagem seca, tudo é dito muito diretamente, sem rodeios, objetivo, mas de uma beleza! Muito bom para quem gosta de ler, pois a leitura é prazerosa e flui livremente.
São Bernardo, conta a história de Paulo Honório, um poderoso latifundiário. O interessante é que o personagem narra seu drama com precisão numa linguagem direta, seca e curta como um homem que viveu sempre no campo, um autêntico fazendeiro da época. O narrador descreve a ascensão e o declínio de si mesmo, tudo parecendo uma fiel e angustiante confissão, de um homem enérgico, cruel, estúpido, autoritário, inseguro e ciumento.
Mais informações no blog: http://lereomelhorlazer.blogspot.com/2010/10/hoje-27-de-outubro-ramos-faria-118-anos.html#comments
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Carla 16/12/2014

O melhor narrador em primeira pessoa!
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Ana 15/12/2019

Eu nunca fui muito fissurada por clássicos, fossem eles nacionais ou internacionais. Tenho que admitir que eu fico com um pouco de preguiça, já que, na maioria das vezes, a linguagem é rebuscada demais para o meu gosto. S. Bernardo, por exemplo, foi lançado lá pela década de 30 e desde então vem ganhando novas edições, como essa de 2019 da Editora Record. Confesso que se eu não tivesse recebido esse livro, provavelmente morreria sem conhecer as memórias de Paulo Honório.

Tenho a leve impressão que Graciliano Ramos não gostava de exalar otimismo em suas histórias, visto que em meu segundo contato com o escritor ― o primeiro foi com Vidas Secas, quando eu ainda estava no ensino médio ― tive o mesmo sentimento de falta de esperança. Aqui, conhecemos a vida de Paulo Honório, um filho do sertão alagoano que sonha em conquistar o mundo, custe o que custar. Logo de cara percebemos que tem um caráter um tanto duvidoso: é frio, calculista, machista e bastante violento.

Mesmo conquistando a fazenda S. Bernardo, lugar onde trabalhou e sofreu por uma vida inteira, Paulo Honório só queria saber de acumular mais riquezas e, posteriormente, arranjar um herdeiro que cuidasse de tudo. Assim, tendo em vista a forma árida como tratava todos ao seu redor, não é difícil imaginar como era o seu relacionamento com a esposa, Madalena, uma professora inteligente e humilde ― e com os dois pés no socialismo, diga-se de passagem ―, com pensamentos totalmente opostos aos seus.

Apesar de ser um casamento arranjado e sem amor, Paulo Honório começa a desenvolver um ciúme doentio por Madalena e é a partir desse ponto que conhecemos a verdadeira face desse homem. Como S. Bernardo é narrado em primeira pessoa sob o ponto de vista do protagonista, temos acesso à todos os pensamentos dele, todos os sentimentos, todas as opiniões. O mais "engraçado" de tudo é que, ainda que seja uma história que se passa na década de 30, é impossível não comparar Paulo Honório aos "homens de bem" da atualidade.

A linguagem utilizada por Graciliano Ramos é carregada de regionalismos, o que pode causar certo estranhamento no início da leitura, mas é bem fácil se acostumar. Por incrível que pareça, não sei se foi para eu pagar língua, o desenvolvimento da narrativa é bem fluido, principalmente porque os capítulos são curtos, tornando a leitura bem mais direta. Outro ponto positivo é que não existem descrições cansativas, tudo aqui é muito objetivo.

S. Bernardo é um livro totalmente político e social. O final não surpreende ― na realidade, foi justamente o que eu esperava, infelizmente ―, mas acredito que demonstra com fidelidade a sociedade da época, uma classe burguesa que, de forma ou de outra, ainda prevalece no Brasil, e olha que estamos no século XXI...

site: http://www.roendolivros.com.br
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Robson.Vilar 18/06/2021

S. Bernardo
Depois de ler Vidas Secas, que conta a história do sertanejo explorado e oprimido, S. Bernardo parece mostrar o outro personagem antagônico a campartilhar da mesmo realidade do nordeste brasileiro daquela época.
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