Resenhas - O Filho de Mil Homens

Mc Brendinha Carvalhão 05/01/2024

Somos filhos de mil pais e mil mães, irmãos uns dos outros
É definitivamente sobre o amor, em diferentes relacionamentos, mas sobretudo de pais para seus filhos, mães para seus filhos, assim como desses filhos para com seus pais. Há alguns trechos muitos tristes e dolorosos, quis por diversas vezes abraçar esses personagens, assim como dar um ou outro tapa, mas mais abraçar mesmo, é muito lindo ver o envolvimento deles e a última frase do penúltimo parágrafo resume bem esse fim: "Pertenciam-se e comunicavam entre si pela intensidade dos sentimentos. Tinham inventado uma família".

Gabs 05/01/2024

Como um abraço
Uma lição sobre esperança, o livro nos mostra de uma forma sensível como todo mundo é capaz de mudar o mundo da sua própria maneira, acho q em uma releitura vou poder aproveitar ainda mais a história

Barbs 03/01/2024

Primeira leitura do autor, não achei incrível, pensei que gostaria mais. Tem uma escrita maravilhosa, que me chamou mais atenção que a própria história. É um livro sobre esperança, com vários momentos tocantes, mas alguns personagens indiferentes. Para otimistas incorrigíveis como eu Crisóstomo é uma personagem magnífica junto com Antonino que é tão incrível quase irreal.
"Tratava as coisas todas como se as coisas todas fossem para melhorar. Era triste que ninguém tivesse percebido isso até então."

analu 31/12/2023

Que leitura! Fui atravessada pela sensibilidade, humanidade e genialidade de Valter Hugo Mãe...ainda bem.
Um livro sobre a pluralidade das vivências, sobre os sentidos da felicidade, da tristeza, da solidão, da perda e do recomeço.
Melhor leitura de ano novo possível!?

brilhinho 31/12/2023

O filho de mil homens
"Tinham inventado uma família"

gosto da maneira que Hugo Mãe apresenta suas personagens e respectivas histórias e gosto ainda mais como as entrelaça.

uma família formada pela vontade se ser família, de ter família. pelo desejo nítido de amar e ser amado.

em alguns momentos as histórias se confundem e em outros o linguajar é cansativo, mas em suma a história é sensível, triste, esperançosa e feliz apesar de tufo.

somos filhos de mil.

Lorayne.Stinguel 30/12/2023

Linguagem bem regional, por vezes é difícil de ler. Tem bastante palavrão também, povo revoltado e malcriado kkk. É um livro triste mas que traz esperança.

Vania.Cristina 27/12/2023

Família a gente também inventa
Que livro bonito! Já faz quase um mês que terminei e estava sem tempo para resenhar, mas eu precisava deixar aqui minhas impressões. O livro conta a história de vários personagens e essas histórias vão se entrelaçando. (Alguns capítulos parecem contos independentes). Há personagens que vivem à beira mar, outros em área rural próxima. Todos são pessoas simples, que levam vidas difíceis. O protagonista que move toda a história é Crisóstomo, um pescador de quarenta anos que se cansa da solidão e quer uma família. Quer acima de tudo um filho, e sozinho em meio à natureza expressa seu desejo ao mundo. Não é um apelo desesperado, mas tranquilo, sincero e profundo. Ele é um homem humilde mas confiante, ciente do amor maduro que tem para compartilhar. De forma extremamente acolhedora, respeitosa e afetuosa, sem julgamentos e sem estar refém de pressões sociais, Crisóstomo desencadeia uma série de encontros e a vida de algumas pessoas começa a se transformar. No livro existe a sociedade hipócrita que oprime, impõe valores fúteis, julga e despreza os que são diferentes. Sociedade que cobra das mulheres o que não cobra dos homens, que é homofóbica e exige o cumprimento de padrões impossíveis. Mas a partir do momento que alguém se dispõe a deixar tudo isso de lado, a ser feliz e a fazer outros felizes, e acredita ser possível inventar uma família que não existia, baseada no respeito às diferenças e às bagagens de cada um... o mundo começa a se transformar.

Márlya 21/12/2023

Meu primeiro livro de Valter Hugo Mãe.
Fiz uma resenha gigante, mas por algum motivo o aplicativo não salvou e acabei perdendo. Aconteceu o mesmo quando fiz a resenha de A Biblioteca da Meia Noite. Não vou fazer outra, rs.

Por ter muitos personagens (Crisóstomo, Isaura, Camilo, Antonino, Matilde e Mininha, entre outros), achei o livro um pouco confuso. Ele mostra como a história dos personagens se entrelaça. O livro tem passagens bonitas.

Ao final do livro entendi o título: somos filhos de mil homens e de mil mulheres porque carregamos em nosso ser tantas histórias de nossos ancestrais, que se misturam ao longo do tempo e dos genes. E teremos filhos que também serão filhos de mil homens e de mil mulheres.

Planells 21/12/2023

Quase desisti desse livro; ainda bem que não.
Demorei em entrar na onda do ritmo da narração da historia: no vocabulário, no humor escondido, na historia em si. Quando conectei com o livro fui invadido pelos sentimentos mais ternos que cada pagina transmitia. Personagens longe de quererem parecer perfeitos; tudo pelo contrário: frágeis, feridos, atrapalhados, desesperançados, sofridos mas com um desejo em comum: amar e ser amados, pertencer a algo ou alguém.

FILHO DE MIL HOMENS é simples e de tão simples virou magico.

Sara Pimentel 21/12/2023

Livro incrível, mas demorei muito tempo para terminar, me dispersei e acredito que acabei perdendo muitas coisas

Elaine 20/12/2023

Poético
A história de pessoas solitárias em busca da felicidade. Linguagem lírica, quase poética, porém o enredo não me prendeu? talvez eu não esteja no momento ideal para essa leitura. Achei bem cansativo.

Rafael.Rovath 18/12/2023

O filho de mil homens
"Quem tem menos medo de sofrer, tem maiores possibilidades de ser feliz".

Um dos mais proeminentes escritores portugueses, tem uma escrita que mistura a vida sofrida cotidiana, com um toque poético e algo de literatura fantástica.

"Nunca limites o amor, filho, nunca por preconceito algum limites o amor. Porque é o único modo de também tu, um dia, te sentires o dobro do que és."

"Deve-se nutrir carinho por um sofrimento sobre o qual se soube construir a felicidade. Nunca cultivar a dor, mas lembrá-la com respeito, por ter sido indutora de uma melhoria."

Recomendo.

myhtuck 11/12/2023

O filho de mil homens
"Somos o resultado de tanta gente, de tanta história, tão grandes sonhos que vão passando de pessoa a pessoa, que nunca estaremos sós."

Nota: 4/5

Aline 11/12/2023

Maravilhoso!
"(...) todos nascemos filhos de mil pais e de mais mil mães, e a solidão é sobretudo a incapacidade de ver qualquer pessoa como nos pertencendo, para que nos pertença de verdade e se gere um cuidado mútuo. Como se os nossos mil pais e mais as nossas mil mães coincidissem em parte, como se fôssemos por aí irmãos, irmãos uns dos outros. Somos o resultado de tanta gente, de tanta história, tão grandes sonhos que vão passando de pessoa a pessoa, que nunca estaremos sós."

Achei esse livro maravilhoso!! Extremamente sensível e tocante... Poderia falar muitas coisas, mas, para mim, essa explicação do título transcrita acima é suficiente!

Precisamos mais e mais respeitar as diferenças, parar de tentar colocar as pessoas em compartimentos estanques, o que só demonstra o quanto somos rasos, criando estigmas, excluindo, magoando... e, cada vez mais, empobrecendo enquanto sociedade, enquanto ser humano!

"Quando se conhece alguém, (...), procuram-se as exuberâncias dos gestos, como para fazer exuberar o amor, mas o amor é uma pacificação com as nossas naturezas e deve conduzir ao sossego. O gesto exuberante é um gesto desesperado de quem não está em equilíbrio ".

Alyne 10/12/2023

É o primeiro livro que leio de Valter Hugo Mãe e já estou ansiosa pelo próximo. Agora entendo por que Saramago o chamou de "tsunami linguístico". A prosa poética de Mãe é única e arrebatadora. Não há como não se emocionar com o modo como Mãe descreve seus personagens, suas dores, incompletudes, a hipocrisia que os oprime e, magistralmente, costura a narrativa entrelaçando os destinos desses personagens. Ao terminar a leitura, é impossível discordar que todas (os) somos Filhas (os) de mil homens e mulheres compondo essa louca família na qual tentamos nos encaixar.