A Lebre Com Olhos De Âmbar

A Lebre Com Olhos De Âmbar Edmund de Waal




Resenhas - A Lebre Com Olhos De Âmbar


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LPR 28/01/2023

Esse livro é uma viagem pela Europa, com foco na família Ephrussi, literalmente a biografia definitiva desta família, a família do autor.

A ?desculpa? do livro é sobre os netsuquês, os 264 netsuquês. E com isso Edmund volta a Europa de antes da Bela Época, ? La Belle Époque?, passando pelas duas guerras, pelo Japão até os dias atuais. E com uma bela mistura da história dos netsuquês, as suas ?aventuras? , com a família Ephrussi, é uma bela viagem da opulência da arte; da família que viveu a época, dando a sensação que era ficção, mas era tudo real; a Viena é a cidade principal do livro, e com a ascensão do anti-semitismo na Áustria adjunto Hitler, a invasão da Alemanha a Áustria começa a mudança da família Ephrussi.

Vale a pena a leitura, pela viagem pela arte, arquitetura, personagens históricos, momentos que mudaram a rota da humanidade, e uma escrita que demora a envolver, tanto que o livro não consegue ser fechado.
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Katia.Scott 21/01/2024

Com fotos ilustrativas
Uma Saga familiar, um livro inesquecível, fotos de personagens retratados e biografias pesquisadas pelo escritor, sobre seus antepassados.
No final do século XIX, partem de Odessa-RU, como prósperos comerciantes de grãos (Le Rois du Blé) e depois estabelecem-se no inicio do século XX na Paris, banqueiros e empresários, patrocinadores das artes, de Renoir, de Degas, descobrimos histórias desses mestres do impressionismo. Mais tarde, o bisavô do escritor, estando em Viena, como banqueiro, ajuda na reconstrução de uma das mais belas ruas da cidade a Ringstrasse.

Através da escrita delicada sobre o cotidiano destes antepassados que sentimos a tragédia da Guerra Nazista, as injustiças e inconcebível crueldade aos judeus e aos seus próximos, com desfecho na imobilização e pulverização dos seus descendentes. 

Tantos detalhes e tantas informações sobre a história do mundo, transformam esse em  uma leitura que guardarei na memória, como chave das respostas de fatos e eventos universais.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 16/07/2018

264 Netsuquês
Desde o final do século XIX, os Ephrussy formavam uma família de financistas judeus riquíssimos e respeitados, porém, após a Segunda Guerra Mundial, o que restou de sua fortuna foi uma coleção de 264 miniaturas japonesas. Chamadas netsuquês, elas servem para prender uma pequena bolsa ao quimono e na internet, há várias fotografias desses adornos cujos formatos vão desde frutas e animais até cenas de sexo.

O famoso ceramista britânico Edmund de Waal (Ephrussy pelo lado materno) é atualmente
o herdeiro dessas raras esculturas e através delas decidiu contar a história de seus antepassados, uma diáspora familiar que teve início na Ucrânia há cinco gerações e já percorreu três continentes.

Quanto aos netsuquês, eles foram adquiridas por Charles Eprussy em Paris. Filho caçula do braço francês da família, ele era um "bon vivant" e mecenas que além de defender e apoiar os impressionistas, foi amigo pessoal de Marcel Proust. Ele aparece no famoso quadro de Renoir, "Almoço dos Remadores", e serviu de inspiração para Charles Swann, personagem do romance "Em Busca do Tempo Perdido".

Contudo, cansado da coleção, ele resolveu oferecê-la de presente de casamento para um primo, Viktor, que residia em Viena. Inadequada para a decoração do palácio, as miniaturas acabaram guardadas servindo de brinquedo para os quatro filhos do casal.

Percorrendo duas Guerras Mundiais, De Waal apresenta declínio econômico de uma elite judia cujos bens foram espoliados pelo regime nazista. Sem qualquer privilégio, boa parte de seus parentes acabou morrendo nos campos de concentração. É surpreendente como esses netsuquês conseguiram escapar da ganância de Hitler e foram contrabandeados para a Inglaterra onde seus avós viviam.

Até chegar aos dias de hoje, ainda há muita história para contar. As pesquisas do autor levaram cerca de dois anos e exigiram constantes viagens, inclusive, a Tóquio onde seu tio-avô Ignace, antigo dono da coleção, morou durante várias décadas.

De acordo com o escritor Julian Barnes, "esse livro combina de forma inesperada a micro arte das miniaturas com a macro da história num efeito grandioso?. De Waal com seu olhar sensível e elegante de artista, transmite "a percepção de que Deus, às vezes, pode estar nos detalhes". Boa leitura!
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MrDurden 25/02/2018

Sobre histórias pessoais...
"Não são apenas as coisas que levam histórias consigo. As histórias são também um tipo de coisa."

Uma herança recebida serve como ponto de partida para a busca de uma relação entre os objetos herdados — 264 miniaturas de esculturas japonesas —, e os lugares por onde esses objetos passaram desde que foram criados. Waal revisita a história de sua família, de origem judia, e nos conduz de forma minuciosa por quase dois séculos de História da Europa e suas transformações: seja através da história da pintura ou da literatura, seja por marcos históricos como o antissemitismo, as duas grandes guerras e todo o horror que se espalhou pela Europa. Uma jornada que nos ensina muito sobre o poder do tempo e sobre a sutileza das histórias pessoais que se perdem, que resistem, que se reinventam.
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Fátima Lopes 07/10/2017

Degustação
Alguns livros são escritos para serem "devorados" através de leitura rápida, voraz.Não é o caso desta obra, feita para ser saboreada com um pouco mais de lentidão e prazer. A trama é uma mescla muito bem dosada de história (principalmente das mudanças trazidas pelas duas guerras mundiais) com tocantes lembranças familiares.
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IvaldoRocha 11/12/2016

Tire um objeto do seu bolso e o coloque diante de si. Você começa a contar uma história.
Isto aparece na primeira página do livro e as duas páginas seguintes, contem simplesmente elogios rasgados dos melhores e maiores jornais, revistas, escritores e críticos do mundo.
Elogios mais que merecidos, trata-se de um livro diferente de quase tudo que já se viu, não só pelo conteúdo, mas também pela sutileza e elegância que é contado.
O livro recebeu o prêmio Costa Book de melhor biografia de 2010, o mais importante prêmio dedicado a escritores de língua inglesa residentes na Grã-Bretanha e Irlanda.
Autor do livro, o renomado ceramista inglês Edmund Waal, é descendente do clã dos Ephrussi o maiores exportadores de trigo do mundo durante o século 19, a família se espalhou estrategicamente pela Europa e diversificou suas atividades tendo fundado seu próprio Banco. Na época o clã dos Ephrussi era comparado em poder e riqueza aos Rothschild.
A lebre com olhos de âmbar é um netsuque, pequeno objeto japonês entalhado em madeira ou marfim, que faz parte de uma coleção de 264 netsuquês. Esta coleção foi apresentada a Edmund Waal quando estava em viagem ao Japão, pelo seu tio-avô Iggie de 84 anos, que contou sobre seus pais que tinham recebido a coleção de Charles Ephrussi como presente de casamento.
Iggie entrou no Japão ao fim da Segunda Guerra, lá conheceu Jiro filho de uma família de fabricante de tamancos, por quem se apaixonou e viveram juntos por 41 anos. Quando Iggie morreu, Jiro deixou a coleção de Netsuques para Edmund e este resolveu fazer toda a trajetória da coleção de netsuques ao longo do tempo, descobrindo e contando assim a história de sua família.
A história por si só já seria interessante, mas Charles Ephrussi conviveu com os maiores pintores, escritores e pensadores do século 19, tendo patrocinado e ajudado vários deles como Monet, Renoir e Degas.
Não deixa de ser curiosa a passagem em que Renoir, estava precisando de dinheiro e Charles convenceu sua amante Louise a ajudar.
Foram pintados dois quadros um da irmã mais velha de Louise, Irene e de acordo com a correspondência de Charles Ephrussi: “o segundo quadro bastante adocicado das meninas mais novas, Alice e Elisabeth. As duas meninas tem o cabelo da mãe. Elas estão diante de uma cortina cor de vinho escura, aberta para revelar um salão ao fundo, de mãos dadas, como que para ganharem confiança – um confeito rosa e azul de drapeados e fitas... Não tenho certeza se Louise gostou”. O quadro trata-se do Rosa e Azul (1881) que faz parte do acervo do MASP desde 1952.
Enfim você irá reviver, ou melhor, viver a história do século 19, a efervescência da Europa, suas guerras e constantes mudanças geopolíticas, o antissemitismo, a ascensão do nazismo, o pós-guerra e a reconstrução do Japão.
Não é pouco para uma coleção de netsuquês.
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Valério 24/06/2016

Começa mal, termina muito bem
Até a metade do livro, arrastei na leitura de "A lebre com olhos de âmbar". E já imaginava classificando-o com apenas duas estrelas. A não ser que o leitor seja um entusiasta de arte. E, imaginando que o livro continuaria assim até o final, pensei em abandoná-lo, o que muito raramente faço com um livro, mesmo com os que considero chatos.
Mas o autor passou metade do livro contando como a família Ephrussi montou seu catálogo de peças de arte, incluindo os netsuquês (pequeninas esculturas japonesas esculpidas em madeira ou marfim que prezam pela perfeição de detalhes e são raros (e caros, muitas vezes) objetos de colecionadores).
Contudo, do meio em diante, a família Ephrussi, judia, se vê envolvida nos principais acontecimentos históricos do século XX.
Uma família de multimilionários judeus, proprietária de um grande e próspero banco, se vê miserável e em grande parte assassinada pelo nazismo.
A história se torna comovente, dolorosamente verdadeira e trágica. Uma grande obra, que nos coloca no lugar de pessoas reais que, apesar de extremamente poderosas, se viram subjugadas pelo segundo maior mal que atingiu a humanidade no século XX: O nazismo, que só não foi pior que o comunismo, seja em crueldade, seja em número de mortos.
Uma história nostalgica e bem contada. A não ser pela primeira metade. Mas Edmund de Waal está redimido.
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Vanessa 03/03/2015

Após herdar a coleção de netsuquês - miniaturas japonesas entalhadas em madeira e marfim - de seu tio-avô, Edmund Waal refaz, neste livro, a jornada dessa coleção ao longo do século XX através das gerações de sua família. Terminei de ler esse livro ontem, e adorei ele. Quem gosta de livros com uma boa dose de história, aí está um. O autor vai em busca dos lugares/mãos por onde as miniaturas japoneses passaram e vai se desenrolando a história da família dele. Muito bacana!
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Fabiana 23/08/2014

Surpreenda-se
"A lebre com olhos de âmbar" é uma obra ímpar, singular em todos os sentidos. Você não vai compará-la a nenhum outro livro. Cada etapa irá surpreender-lhe, sem dúvida, se você estiver disposto a isso... se você gostar de História, de Arte, de Viagens, de histórias sobre a 2ª Guerra Mundial, de visitar de pés descalços os fragmentos biográficos de vidas que você não conhece, mas com as quais se sente ligado por meio das linhas que desenham a História Global, transformando o mundo numa aldeia... Surpreenda-se e acompanhe Edmund de Waal em suas interrogações, suas inquietudes... e faça-se a si mesmos as suas próprias. "Você tira um objeto do bolso e o coloca na sua frente e começa Você começa a contar uma história" (p. 314). Aventure-se! Vale a pena entreter-se com estas páginas de Vida.
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Eduardo 10/04/2012

Incrível
O autor faz uma viagem através de seus antepassados com suas obras de arte adquiridas em várias partes do mundo, bem como a relaçao com os artistas da época. Recomendadíssimo!
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