Memórias da Casa dos Mortos

Memórias da Casa dos Mortos Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Memórias Da Casa Dos Mortos


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Vicente 19/03/2022

História da atualidade.
Um livro que conta a história de uma parte da vida de Dostoiévski, mais precisamente a que ele passa como preso político em seu país. Se visto pelo olhar da cultura, percebe-se que temos poucas mudanças na cultura geral da Rússia dos dias de hoje se comparada aos dias descritos no livro. Recomendo muito.
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Martony.Demes 23/02/2022

Eis outra leitura de 2021 de um clássico de Dostoiévski: Memórias da casa dos mortos ou recordações da casa dos mortos, dependendo da tradução.

Fidor foi preso por participar circulo de petrashevsky, que era um grupo de intelectuais dissidentes ao csar Nicolau II. Ele foi condenado à morte e em um último momento antes da execução sua pena foi comutada para prisão em trabalhos forçados! E esta obra apresenta sua vida nessa prisão!

Logo após sair da prisão ele escreveu essa obra. Ele apresenta as recordações do autor no ambiente da prisão pela qual passou. A prisão ficava na gélida Sibéria.

O Fiodor descreve diversas histórias e personagens que vivenciou na cadeia. E a maneira como é descrito, você consegue participar e refletir sobre o que passou o protagonista! Para isso, ele cria um personagem fictício que na verdade é ele mesmo.

Dentre as diversas cenas, e uma das mais chocantes é na enfermaria da prisão! Talvez seja o ambiente mais sórdido do livro! Outra situação que chamou-me atenção, foi um ato que os presos eram obrigados a fazer carregar areia de um lado para o outro e depois trazer de volta! Era uma tortura mental!

"ou a transportar terra daqui para ali, e devolvê-la depois ao sítio primitivo — creio que ao cabo de poucos dias ele se enforcará"

A experiência da casa dos mortos foi fundamental para a mudar e amadurecer as ideias de Dostoiévski. Isso é perceptível por meio da mudança de postura e de escrita dos livros comparando os períodos pre-siberia e pos-Siberia.

Não é uma leitura fácil. São ilustrados situações que beiram a escatologia nos diversos prisioneiros. Não obstante, como analisado por Flávio Vassoler, a prisão serviu paraDostoiévski, como uma metáfora para uma sociedade.
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Pedro 09/02/2022

O poeta não morreu: foi ao inferno e voltou...
Dostoiévski não foi necessariamente um gênio por conta própria. Apesar de bem jovem já escrever bem, sua experiência de quatro anos num campo siberiano de trabalhos forçados o fez contemplar os aspectos mais profundos da natureza humana e colocá-los no papel. Tal como Shakespeare, seus escritos são lidos séculos depois em todo o mundo porque falam diretamente sobre as questões mais fundamentais da sociedade.
No livro temos uma analise variada de temas do sistema carcerário, mas com a visão de quem está preso. Ele ensina o valor da liberdade para quem não a tem, e como mesmo os condenados à prisão perpétua têm a mínima esperança de algum dia, por acaso, descalçar seus pesados grilhões metálicos e sentir a brisa que bate no outro lado do muro. Também vê-se que até o criminoso mais perigoso tem valores, crenças, medos e sentimentos como qualquer um, e é mostrado do início ao fim como isso é ignorado pela maioria das pessoas que gozam de sua liberdade, e sentem medo da simples presença de um. Política, história e cultura russa só deixam o livro mais interessante e sua escrita é impecável, ainda que não seja uma leitura fluida. Eu levei bem mais tempo que esperava para ler esse, e considero esse tempo mais do que aproveitado, não me arrependo.
Leitura recomendadíssima.
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Vinícius 06/02/2022

Memórias de um grande escritor.
No livro, Dostoievski narra o período que ficou preso na Casa dos Mortos - Presídio Siberiano onde passou períodos difíceis ao lado de criminosos perigosos e outros presos políticos como ele. Casa personagem é descrito com a intensidade típica do grande autor.
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Patti Vieira 17/01/2022

Leitura interminável
Acabei escolhendo começar a ler Dostoivski pela sua obra autobiográfica, muito embora não seja explícita, pois o autor conta as crônicas dos tempos de prisão sob a narrativa de um personagem.

Para mim, foi uma leitura cansativa e tive vontade de desistir em muitos momentos. São pouquíssimos diálogos uma linguagem enfadonha e realmente não me prendeu.

Mais para o final começou a melhorar, mas, definitivamente, a fama do autor não se deve a está obra.
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Matheus.Taffe 04/01/2022

Excelente leitura
Superou todas as expectativas (que eram muitas) que eu tinha em relação ao livro. Ótimo livro pra entender ainda melhor os grandes romances da maturidade de Dostoiévski
BArbara.Scaroni 17/01/2022minha estante
Edição muito bonita!




Rafael1146 21/12/2021

Memórias da casa dos mortos é doído e recheado de sofrimento, mas também um ode à todos aqueles presos que ali tinham sua humanidade inferiorizada, torturados em condições horríveis. Um relato duro mas humano, Como eu venho lendo Dostoievski em ordem cronológica, percebi de cara a mudança no tom e evolução psíquica/espiritual do autor em seus livros pós prisão.
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Júlia 08/12/2021

Condenado à morte, em 1849, por debater ideias "revolucionárias", Dostoiévski transforma os 4 anos que passou na prisão em uma das suas maiores obras literárias (sua pena de morte foi convertida em 4 anos de prisão e trabalhos forçados na Sibéria, minutos antes do fuzilamento).
Esse é o tipo de livro que você leva dias para absorver o que acabou de ler...apenas. Nas palavras de Tolstói, "não conheço nenhum livro melhor em toda a literatura moderna".
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anna 31/10/2021

Um livro que, sem pretensão,te faz repensar questões sociais
Nessa ?autobiografia? Dostoiévski fala sobre os 4 anos em que ficou em uma prisão de trabalhos forçados na Sibéria.
Em suas 376 págs o livro não traz grandes reviravoltas, adrenalinas. Mas nem por isso deixa nos deixa isentos de experimentar as mais diversas emoções, predominantemente nojo, solidariedade e empatia. Ele nos faz pensar em questões sociais como nenhum outro autor, mas o faz de forma sutil e brilhante. Quem consegue ler esse livro e não repensar sobre sua própria opnião acerca dos presidiários? As penas são justas? São realmente todos iguais?
É um livro pra colocar em cheque os ?lugares comuns? que carregamos.
Sem falar na escrita LINDA que ele utiliza.
Autores clássicos fazem isso, nos fazem ficar refletindo dias, mudar nossa visão de mundo, mesmo sem pretensão para tal (como nos livros de auto ajuda).

É incrível, qualquer tentativa de resenha é irrisória perto da grandiosidade desse livro!

E por que não 5 estrelas? Bobagens pessoais (demorei muito pra ler, li a metade em 1 semana e a outra metade em 3 dias, 5 meses depois ?, porque de tanto refletir, tantos nomes russos, foi um pouco difícil manter sempre no pique o entusiasmo).

Digno de nota é ainda relatar essa edição impecável da Editora nova fronteira. Comprei em uma promoção da Amazon, um box junto com ?O idiota?, por 55 reais. Capa dura, páginas amareladas, capa e ilustrações impecáveis.
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Ananda 04/08/2021

De camarote no fundo do poço
Dostoiévski foi preso em 1847 por conspirações revolucionárias e ficou detido por 4 anos na Sibéria, as condições das prisões eram péssimas: frio extremo, pulgas, baratas na sopas, entre outras coisas repugnantes. O livro é mais um relato histórico do que ficção(forma como foi vendido na época de publicação), o enredo é arrastado, mas exprime a monotonia de sua rotina encarcerado.

Dostoiévski se propôs a conhecer os homens(companheiros da prisão) de forma mais perspicaz e humana , pois como ele próprio relata nenhum condenado se arrependia do seu crime, então era muito fácil encontrar características bestiais naquelas pessoas . Creio também que essa foi a primeira vez que Dostoievski percebeu a grande diferença entre ricos e pobres, pois mesmo na prisão, ele como nobre, não tinha castigos tão severos e não era tratado com tanta brutalidade pelos guardas, ele comenta no capítulo "A reclamação" que: "os bens nascidos só reparam no abismo que os separa do povo baixo quando se vê despojado de seus direitos e convertido em povo". E essa diferença social fica bem óbvia quando os presos não veem a necessidade de um aristocrata participar de um motim em prol de uma alimentação melhor.
Foram quatro longos anos de melancolia e desonra que certamente moldaram o caráter do autor, colocando - o em contato direto com as vilezas da natureza humana, e marcando um nova era de escritas mais psicológicas e uma nova percepção de mundo.
Margô 22/12/2022minha estante
Uma obra pungente. Que só quem sentiu na pele pode descrever...comecei a ler mas não concluí. A sua resenha me deu ânimo! Valeu.




Tangerina 23/07/2021

Incrivelmente realizada por ter concluído essa leitura, que lhes adianto desde já, que embora cansativa, fora muito gostosa!

Memória da Casa dos Mortos é um livro que apesar de possuir menos de 400 páginas, é um livro longo. Quase não possui diálogos, são realmente poucas as vezes, mas eu gostei disso, acabei por não sentir falta.

Sofrido, intenso, mas com um final que traz alívio.
Super recomendo, mas talvez, não como uma primeira experiência com Dostoiévski.
Caroline 01/08/2021minha estante
Comprei e ia ser minha primeira leitura do autor, agora vc me fez repensar ...


Tangerina 01/08/2021minha estante
Tenta começar com Crime e Castigo, acho uma boa, inclusive estou até pensando em uma releitura dele, em uma edição diferente da primeira que li.


Caroline 25/08/2021minha estante
Obrigada, vou seguir seu conselho ?


Matheus.Souza 26/11/2022minha estante
Tangerina, essa está sendo minha primeira leitura. Tenho quase certeza de que é através deste livro que você conhece a vida de Dostoiévski, ele expõe a forma de pensar do Autor, seus conflitos, ideias muito intensas, como você disse.
Agora fico curioso sobre outras obras dele, talvez aborde mais as ideias revolucionárias, não sei ainda.




Karol 11/07/2021

Necessário
Embora ficcional, "Memória da casa dos mortos" não deixa de ser um relato autobiográfico do tempo que Dostoiévski passou na Sibéria como preso político. O livro traz grande riqueza de detalhes do dia a dia dos prisioneiros, das refeições normalmente constituídas de pão e sopa de couve cheias de baratas, das relações estranhas tão necessárias para aqueles homens que dividem as celas e os infortúnios da vida de prisioneiros. Os inúmeros personagens foram construídos cuidadosamente para mostrar as diversas facetas do ser humano, por isso, amor, alegria, dor, medo são tão pungentes ao longo do livro.
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@calicedecirce 23/06/2021

Vista como a obra que deu início a grande personalidade crítica de Dostoiévski, Memórias da Casa dos Mortos conta os relatos do personagem Alieksandr Pietróvich preso por cometer feminicidio, a atmosfera já começa carregada e mantém o peso até o final, com capítulos até mais repugnantes sobre questões que são pautas hoje em dia. Mesmo assim, por alguns momentos conseguimos ter empatia pelo personagem principal, narrado em primeira pessoa assimilamos com o autor, até porque Dostoiévski foi preso político na Sibéria e muitos casos relatados em Omsk são reais, entre eles, do famoso parricida que virou a obra Os irmãos Karamazov em 1879. Como havia dito antes, Memória da Casa dos Mortos foi a quebra da casca do ovo na escrita do ativista russo.
Um personagem que ganhou minha afeição é Akim Akímitch descrito pelas suas peculiaridades é a representação dos paradoxos de injustiças perante a lei. Injustiças pagas com atrocidades, moral e física ao ser humano.
É uma leitura necessária para niilistas contemporâneos, mesmo deparando com o cristianismo ortodoxo do autor. Dostoiévski de maneira admirável nos traz questões atuais do seu tempo, necessárias para fazer revolução e não apoiar a teórica retrógrada que vivemos nos dias de hoje.
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Lis 12/06/2021

Descrição maravilhosa
A descrição tanto do ambiente como dois personagens é impecável, o que talvez seja o mais proveitoso dessa leitura, já que o desenvolvimento é suuuuper lento e chega a ser chato de ler.
Sei que são recordações sobre o tempo que o próprio Dostoiévski passou na cadeia e isso pode realmente ser monótono, mas ainda sim não me prendeu, continuei a leitura por gosto pela descrição msm.
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