Resenhas - Amor fora de hora

Sueli 30/03/2012

O Amor Tem Hora, Mesmo!
Eu tenho que agradecer à minha querida amiga Raquel por me trazer autoras diferentes daquelas que estou acostumada a ler.
Foi ela que me apresentou à Stephanie Laurens e, nessa última semana tive o prazer de conhecer Katarina Mazetti, sempre por intermédio da Raquel...
Obrigada querida, por me presentear com horas de extremo prazer!

Amor Fora de Hora é um livro diferente de tudo que já li em matéria de romance, a começar pela nacionalidade da autora Katarina Mazetti, que é sueca e, pelo que pude ver, com uma maneira econômica e precisa de contar a história de seus personagens que são muito bem construídos.
Não sei se serei capaz de me acostumar novamente aos livros com páginas e mais páginas de fluxos de pensamentos repetitivos de personagens que não saem do lugar...

Mas, voltando à história que começa no único lugar que duas pessoas absurdamente diferentes poderiam se encontrar e se apaixonarem – no cemitério.
Por quê? Porque em um cemitério estamos longe de tudo que nos cerca e muito próximos do silêncio definitivo.
Ali, naquele pedaço de terra, onde jaziam as últimas pessoas a conviver com nossos personagens, eles se conhecem e passam por momentos de paixão e amor que serão impiedosamente desconstruído por essas pessoas tão carentes, mas ao mesmo tempo tão indispostas a investir na relação para que esta passe a ser permanente e frutifique.
A narrativa é contada ora por um, ora por outro, que relatam do seu ponto de vista os acontecimentos relativos a eles. Tudo é feito de maneira tão honesta que me foi impossível tomar qualquer partido e, penso que era esta a intenção da autora.

Nos encontros verdadeiros, motivados por uma força incontrolável, somos movidos a nos desnudar para o outro e nossas verdades se transformam muitas vezes nas pedras que constroem o muro que nos afasta da pessoa que amamos.

Apesar de nosso caráter e nossa personalidade nos aproximar de quem amamos, são nossos hábitos, nossos gostos, nossa educação, enfim, a pessoa que nos tornamos socialmente que nos afastará, caso não tenhamos algo, além da atração sexual, que sirva de base para a construção de uma vida em comum, pois se assim não for, teremos que viver o resto de nossas vidas suspirando pelo amor que não fomos capazes de encaixar em nossas vidas.

Nos fracassos amorosos, não há vencedores!

Uma característica que eu adorei, foi poder conhecer o que pensa um homem interessado em que a sua relação amorosa prospere e alcance outro nível que, nesse caso, seria o casamento.

Um livro ótimo, diferente e, não consegui parar de ler até terminá-lo.

Paloma Tintino 04/04/2012

Amor Fora de Hora
Desirée vai constantemente ao tumulo do marido que morreu muito jovem. Uma bibliotecária que vive em um apartamento onde é cercada de livros. Nas idas do cemitério sempre vê o mesmo rapaz que visita o tumulo ao lado, cuja aparência irritante, assim como o tumulo onde sempre colocava flores.
Depois da morte da mãe, Benny cuida sozinho da fazenda da família. Ele se sente incomodado com a mulher do tumulo ao lado que sempre se encontra com roupas apagadas e sem vida, sempre com pose de esnobe e sempre com um caderno na mão.
"O que tanto escreve nesse caderno".
Os dois totalmente opostos, porém, um dia nasce um sorriso nos lábios dos dois que faz algo mudar entre eles... É o inicio de uma paixão.
***
O livro trás um romance espontâneo. Para aqueles que pretendem ser o livro não esperem uma casal que se entenda e que seja e mil maravilhas, não encontraram isso pois o livro é voltado a realidade.

Sandra de Oliveira 13/01/2012

Amor Fora de Hora é um livro no mínimo interessante.Não é excelente, mas também não é ruim. Fica no meio termo.

A capa, o título, a sinopse, enfim, todos os elementos de marketing do livro me enganaram absurdamente.

A princípio achamos a capa linda, fofa (mesmo que com algumas grandes gafes no quesito foto) e logo imaginamos se tratar de uma linda história de amor.

De fato se trata de uma história de amor, mas traz com ela muito do lado negativo do amor, especialmente se o relacionamento engloba duas pessoas totalmente diferentes. Como o próprio livro coloca, um "choque cultural".

Ela é uma jovem viúva, culta e totalmente urbana. Ele um jovem solteirão, fazendeiro e avesso à cultura.

Mais opostos, impossível.

A estrutura do livro me agradou bastante, ao colocar em cada capítulo a visão de cada personagem em relação a um mesmo momento em que os dois viveram. É incrivelmente perceptível como até na elaboração de ideias e pensamentos sobre algo que viveram comumente é visto de maneira tão oposta por ambos.

A trama tem altos e baixos, e ganhou 2 estrelas apenas pelo fato do final um tanto decepcionante e fora do que os personagens defenderam durante todo o livro. Uma pena, pois é uma história interessante, com potencial, que poderia ter abraçado um desfecho mais condizente com tudo o que foi narrado.

Aline 10/03/2012

Muito divertido e verdadeiro!!!!
A primeira coisa que me chamou a atenção nesse livro foi a capa, segundo o enredo onde temos a possibilidade de acompanhar uma história de amor que tem inicio em um cemitério, lugar onde normalmente os laços e os relacionamentos terminam.
O livro nos apresenta dos jovens na faixa dos 30 anos que estão tendo dificuldade de viver sem as pessoas que precisam se despedir, as pessoas que estão no cemitério.
O interessante é que cada capitulo é narrado por um deles. Desirré e Benny vão contando como era e com é sua vida e como percebem a pessoa que cuida do túmulo ao lado. É muito divertido acompanhar as primeiras impressões que um tem do outro. Aos poucos algo novo aparece e eles começam a sentir falta um do outro no seu dia-a-dia. Tudo parece acontecer tão rápido e eles passam a conviver com a realidade do outro. Ela mulher da cidade, ele homem do campo, cada um sua perspectiva de vida.
Cheguei a pensar que tudo iria ser um mar de rosas, daqueles romances que você só suspira, mas a autora nos puxa para realidade quando os personagens começam a criar dificuldades de adaptação com o cotidiano do outro e nenhum dos dois está disposto a mudar por uma nova vida.
Gostaria que o final tivesse sido mais objetivo, mas penso que a autora quis nos passar a mensagem que na vida e nos relacionamentos nunca temos como ter certeza absoluta do que acontecerá mas precisamos saber quem somos e o que queremos.

Cris Oliveira 15/02/2012

Um livro que você fica lendo e esperando o romance.. e cadê? srrs nada disso, o livro fala sobre um relacionamento impossível, um verdadeiro choque cultural entre duas pessoas que se encontram num lugar totalmente inadequado ao romance.
Quando você pensa que vai desenrolar.. acaba! Um final que você fica com cara de ué, como assim? Vou confessar que deu vontade de jogar o livro longe.. srsr
A história poderia ter sido muito mais explorada, mas foi num ritmo lento e muitas vezes beirando a chatice. Claro que sempre tem algo bom, em alguns momentos é bem reflexivo, mas nada além disso. Não é ruim, mas está longe de ser bom.
O interessante do livro foi ver capítulo a capítulo a visão do homem e da mulher sobre determinada situação.. isso valeu a pena.
Então... se você quer romance, não indico. Se você quer um livro para passar o tempo pode até ser.
Fica a dica para não lermos somente a sinopse do livro, a capa ou título, mas dar uma folheada é bom em determinados casos.

Tau 10/08/2012

ual é a história afinal desse livro?
Por favor, alguém me diga, qual é a história afinal desse livro? Eu li, prestei atenção, tentei entender, mas no final só me pareceu uma coisa: uma mulher mesquinha, que só pensa em si, tentando dominar um homem que, sinceramente, gosta de ser pisado, e aceita as vontades dela.
Tudo bem, a mãe dele morreu, e ela ficou viúva, mas um relacionamento tão fadado ao erro não tinha como se tornar certo!
Encontro no cemitério? Por Deus, tinha algo mais esquisito que isso? Cada um vê romantismo no que quer, mas... não convenceu. E olha que eu comprei o livro porque gostei da idéia do encontro no cemitério.
Raramente um livro me desagrada a tal ponto, mas, segurem um spoiler agora, aquele final, mal feito e enganador, aposto que a autora escreveu as pressas sendo apressada pelo editor, foi a gota d’agua. O que faltava para acabar com a história complemente!
Mas uma coisa eu gostei muito, uma frase que o Benny fala logo no inicio do livro:

“Gosto quando uma mulher tem aparência convidativa: olha-me, veja o que eu tenho! De alguma maneira, me sinto lisonjeado. Mulheres devem ter a boca vermelha, usar sapatos de bico fino com correias nos tornozelos e deixar os seios sempre ao alcança de mão. Sem problemas se ela borrou o batom, se um pneuzinho ou outro rompe a costura do vestido, se exibe um colar enorme de perolas falsas – nem todas dispõem de bom gosto, o que conta é a intenção. Fico sempre um pouco apaixonado quando vejo uma mulher de meia-idade que gastou parte do seu dia para ser notada. Sobretudo se ela tem longas unhas postiças, cabelo esticado ou se anda de salto alto. A minha vontade é de carregá-las no braço, acariciá-las e elogiá-las.”
(Páginas 9-10)

TriBooks 09/05/2012

Resenha do TriBooks - Amor fora de Hora
Esta resenha foi publicada no blog TriBooks
(http://tribooks.blogspot.com)

A escrita de Katarina Mazetti é sem dúvida moderna, despojada e incrivelmente estranha. Em “Amor Fora de Hora”, seus personagens principais são pessoas demasiadamente comuns que vivem situações extremamente reais. Cabe ao leitor se identificar com a história narrada pela escritora de origem sueca.
O enredo se concentra nos dois personagens principais, Desirée e Benny, ambos perderam parentes próximos, ela o marido e ele a mãe, e o destino acaba juntando-os em um lugar imprevisível, ou bastante previsível para eles, o cemitério. Desirée é formada e trabalha em uma biblioteca, Benny deixou os estudos para cuidar da fazenda de seus pais. Entre as idas ao cemitério, Desirée e Benny acabaram por se apaixonar, porém, para a escritora, em um mundo altamente real, é impossível os opostos se atraírem, e Desirée e Benny terão que lutar contra suas próprias personalidades se quiserem ficar juntos.
A visão realística da escritora pode causar má impressão para alguns leitores, mas também consegue surpreendê-los pelo mesmo motivo. O enredo em que Desirée e Benny vivem é tão real que o leitor acaba transformando-os em nossos amigos e torcer pelo amor dos dois, porém, assim como os personagens, entende que nosso mundo é muito complexo para um amor no estilo dos contos de fadas acontecer. Seus personagens não são perfeitos e vivem os mesmos problemas que qualquer leitor pode ter, e ao virar as páginas, entendemos os pensamentos e sofrimentos dos personagens. Talvez o estilo diferente da escritora possa virar sua identidade e tê-la transformado na autora internacional que é hoje.
Além dos problemas e dos amores comuns e reais que a escritora narra em sua história, outro ponto chama a atenção, a diferenciação do estilo de narração presente entre os dois personagens. Enquanto Desirée é uma mulher urbana e independente, Benny é um fazendeiro do interior à procura de uma mulher que lhe faça comida e esteja presente em casa enquanto ele cuida de suas vacas. Os estilos diferentes de personalidades estão claramente presentes na escrita, enquanto sentimos os pensamentos cultos de Desirée, também enxergamos o jeito bruto de ser de Benny.
Para aqueles que tirarem a essência da escrita de Katarina, além de sua narração e história, o livro será uma leitura bem-vinda e tranqüila, enquanto para aqueles que procuram no livro um refúgio imediato de todos os problemas que possam ser comparados com o seus, buscando personagens perfeitos com vidas perfeitas, talvez “Amor Fora de Hora” não seja degustado com tanto prazer, do que aqueles que entenderem o ponto de vista narrativo da escritora, que vai muito além do choque cultural vivido entre seus personagens.

Boa Leitura,

Equipe TriBooks, Roh Dover

Lisse 24/12/2012

Os milagres chegam de fininho e nos pegam pelo pescoço :)
Um livro tão puro, que te mostra a dor de perder alguém e se perder junto com essa perda. Porque é assim que a Desirée se sente quando seu marido morre. Ela nos conta como era Örjan e como se sentia como mulher dele, e como tudo é novo agora.

Benny também não fica atrás, com a sua vida pacata de um cuidador de fazenda, e zelando pela sepultura de sua mãe.

Já faz uns 9 meses que li "Amor fora de hora" e me lembro como gostei. Até escrevi nele se caso passasse anos para que eu soubesse o que senti quando li. Sobre um amor maduro mas também cheio de interrogações como um adolescente.

Esse livro me mostrou tantas formas de amar, e como não amar. Não achei que atráves de uma autora sueca fosse encontrar palavras tão bonitas e com uma profunda reflexão sobre a vida e o futuro adiante. Esse livro transmite a ideia de como a vida pode não lhe reservar nada de especial porque simplesmente deixamos passar aquilo que era real e verdadeiro. E às vezes não há uma segunda chance.

Quote: "E evidentemente não podia dormir à noite. Eu me deitava na cama e ruminava todas as coisas que nunca aconteceram. A cada noite, coisas novas. E, era sempre mais e mais."

Quote: "E eu me apaixonei por ela. Não foi um clique. Foi mais como aquela vez em que, sem querer, esbarrei na cerca elétrica."

Ro Tonks 14/01/2012

Amor Fora de Hora
A escrita de Katarina Mazetti é sem dúvida moderna, despojada e incrivelmente estranha. Em “Amor Fora de Hora”, seus personagens principais são pessoas demasiadamente comuns que vivem situações extremamente reais. Cabe ao leitor se identificar com a história narrada pela escritora de origem sueca.
O enredo se concentra nos dois personagens principais, Desirée e Benny, ambos perderam parentes próximos, ela o marido e ele a mãe, e o destino acaba juntando-os em um lugar imprevisível, ou bastante previsível para eles, o cemitério. Desirée é formada e trabalha em uma biblioteca, Benny deixou os estudos para cuidar da fazenda de seus pais. Entre as idas ao cemitério, Desirée e Benny acabaram por se apaixonar, porém, para a escritora, em um mundo altamente real, é impossível os opostos se atraírem, e Desirée e Benny terão que lutar contra suas próprias personalidades se quiserem ficar juntos.
A visão realística da escritora pode causar má impressão para alguns leitores, mas também consegue surpreendê-los pelo mesmo motivo. O enredo em que Desirée e Benny vivem é tão real que o leitor acaba transformando-os em nossos amigos e torcer pelo amor dos dois, porém, assim como os personagens, entende que nosso mundo é muito complexo para um amor no estilo dos contos de fadas acontecer. Seus personagens não são perfeitos e vivem os mesmos problemas que qualquer leitor pode ter, e ao virar as páginas, entendemos os pensamentos e sofrimentos dos personagens. Talvez o estilo diferente da escritora possa virar sua identidade e tê-la transformado na autora internacional que é hoje.
Além dos problemas e dos amores comuns e reais que a escritora narra em sua história, outro ponto chama a atenção, a diferenciação do estilo de narração presente entre os dois personagens. Enquanto Desirée é uma mulher urbana e independente, Benny é um fazendeiro do interior à procura de uma mulher que lhe faça comida e esteja presente em casa enquanto ele cuida de suas vacas. Os estilos diferentes de personalidades estão claramente presentes na escrita, enquanto sentimos os pensamentos cultos de Desirée, também enxergamos o jeito bruto de ser de Benny.
Para aqueles que tirarem a essência da escrita de Katarina, além de sua narração e história, o livro será uma leitura bem-vinda e tranqüila, enquanto para aqueles que procuram no livro um refúgio imediato de todos os problemas que possam ser comparados com o seus, buscando personagens perfeitos com vidas perfeitas, talvez “Amor Fora de Hora” não seja degustado com tanto prazer, do que aqueles que entenderem o ponto de vista narrativo da escritora, que vai muito além do choque cultural vivido entre seus personagens.

Regininha 23/12/2011

A história começa com Dessire uma jovem mulher que perdeu seu marido e está se sentindo muito sozinha a cinco messes ela permanece em seu luto,(que eu achei muito pequeno,rsrs),mas a questão era essa ela não amava seu marido realmente,ela estava apenas com ele por comodismo,ele era parecido com ela,no caso ela na versão homem, e para mim é isso que torna as coisas chatas em um relacionamento.
Esses cinco meses para ela foram uma tristeza,tristeza em está solitária de não poder ter mas um filho,porque ela já se sentia "velha" para não fazer mas um casamento.Mas tudo isso a mudar quando ela começar a presta atenção em um charmoso "lenhador", que na verdade é um fazendeiro, Benny, ele ia todos os dias ao cemitério,visitar um tumulo,ele também percebe-a da sua maneira,desse momento em diante ,depois d eum odiar o jeito do outro,eles começam com um relacionamento meio complicado pois os dois são muito diferentes ,mostrando assim muitos casos que um dia já vivenciamos ou que já vimos alguém passar.

Dessire é uma mulher de "Classe",cheia de preceitos e acho que muitas vezes chega a ser frescura dela,pois ela não se importou por Benny ter três dedos em uma mão,mas sim por o modo que ele enfeitava o tumulo da sua mãe,na minha opinião Dessire é apegada as coisas mais surpefúlas ,coisas como a mobília dele ,o jeito como se veste e como se porta.
Benny é um cara carinhoso,apaixonado cheio de amor pra dar,ele não admite muitas coisas de Dessire mas procura entender, ele foi acostumado a ter sua mãe sempre fazendo tudo por ele e as vezes ele gostaria que Dessiere fosse mas carinhosa com ele.

O livro é ótimo a narrativa é excelente,sempre na versão dos dois personagens principais,assim sabemos o que cada um sente,de uma forma rápida e perspicaz.

Essa história é baseada na diferença de dois mundo ,em como o amor pode florescer entre duas pessoas tão diferentes,na verdade Benny e Dessire se entendem muito bem em vários aspectos,mas também brigam muito,quase em todos os capítulos do livro.kkk,(mas é briga de amor,já passei por várias dessas.)
Mas a questão é ,será que devemos ficar esperando a vida toda por um amor,ou por uma pessoa "perfeita" igual a nós ou devemos ,ficar com o melhor que deus nos enviou,? Que muitas vezes pensamemos que é o errado sendo o certo!!!

*Rô Bernas 25/12/2011

Estranho, angustiante, reflexivo.
Chato, muito chato no início mas o desenrolar da trama, apesar de ser angustiante, se mostrou um pouco mais interessante pois é uma história bem reflexiva.

O que deixou o livro mais interessante é que os capítulos das situações eram contadas na visão de cada um. A mesma situação na visão dele e na visão dela. Como homem e mulher pensam diferente! Como o que para um é importante, para o outro é desnecessário; como para um achava que estava agradando, para o outro estava sendo uma chatice. A interpretação do gestual dizia uma coisa pra um, mas era recebida de forma completamente diferente pelo outro. Isso deixou o livro super interessante, mas o fato da história ter poucos diálogos se tornou enfadonha pra mim.

Mas de todo jeito, é um livro que vale a pena ser lido.

Máh 03/12/2011

Comprei o livro por causa da capa/título. Assim que o livro chegou me surpreendi. Ele é bem fininho. E apesar das letras pequenas tem só 174 páginas. Li ele em uma manhã de domingo.

Desirée e Benny se conhecem no cemitério. Ele está visitanto seus país e ela seu marido. A pesar da falta de simpatia inicial - e do lugar estranho também -, quando os dois sorriem um para o outro, se apaixonam.

Os dois são pessoas completamente diferentes. Desirée é bibliotecária, esnobe, gosta das coisas arrumadas ,não sabe cozinhar e vive em tons de cinza. Benny vive e cuida da fazenda de sua família, gosta da sua vida simples, não liga para a casa e adora uma comida caseira.

Apesar das inúmeras diferenças a atração entre os dois é muito forte. Cada um quer uma coisa para vida, cada um tem seus sonhos. Mas e a paixão?

Não espere o grande romance, com desfechos maravilhosos e surpreendentes. Mas a narrativa da autora é tão boa, que dúvido que depois de começar a ler você consiga parar antes de chegar a última página.

" Ele também sorriu.E...
Não há palavras para descrever esse sorriso sem entrar no maravilhoso mundo das cançoẽs populares." pág.16

" - O que você faria se tivesse olho a olho com um touro que escapou? - ele perguntou.
- Eu daria um pulo enorme de cinco metros até a cerca do pasto e, pouco antes de conseguir pular a cerca, desmaiaria e viraria patê. - disse.
- Nada disso. Você iria em direção ao touro e diria que é proibido ofender mulheres em público e o touro é que desmaiaria! - ele falou." pág. 100.

" Dizem que o amor se conquista
pelo estômago.
Mas o que fazer
Se só se sabe lidar com um abridor
de latas? " pág.142.

" Cada um cria seu próprio inferno, que consiste naquilo que mais odiamos." pág.160

Crazy for books - http://comessaseoutras.blogspot.com/

Mari 23/01/2012

Eu esperava mais
Desta vez a capa do livro me pegou! Eu o vi na livraria, li a sinopse e apostei na compra! Resultado: decepção! O livro é bem escrito, mas a estória se enrola e o final é totalmente sem noção!

Acreditei que por se tratar de um romance entre dois adultos que se encontram no cemitério e vão curar suas feridas juntos, seria um livro interessante e cheio de reviravoltas.

Os personagens são pessoas comuns em situações do cotidiano. Até aí tudo bem, mas o que eu espero de um romance são situações que só encontramos nos livros, cheias de fantasias, sonhos e expectativas. No entanto, os protagonistas não se entregam por inteiro ao amor proposto pela capa e título do livro. Isso faz que fiquemos na maior expectativa e quanto termina, fica um vazio de: foi só isso???

Eu avalio como Regular! A sorte é que ele não foi caro!!!

Adriana 19/12/2011

Essa capa fofa, que logo me chamou atenção e me fez desejar o livro, foi o anúncio de que era muito possível eu não gostar da obra. Explico: logo que peguei Amor fora de hora para ler, comecei a reparar nos pequenos detalhes da capa (a essa altura vocês já sabem que sou praticamente paranóica com relação a todo tipo de detalhe, coisas fora de proporção, ordem ou simetria, o que é uma característica marcante dos arquitetos, então me perdoem, mas estou sendo preparada diariamente para isso).

Tudo ia muito bem, a foto da capa tinha uma idéia legal para passar, as cores estavam bonitas… Mas aí os braços do cara que estão agarrando a moça começaram a me incomodar. Minha mente não aceitava aquelas mãos tão próximas à bunda da garota. Por que não segurar a cintura ou então as pernas? Eu sei, paranóia minha! Então, comecei a analisar melhor a sandália da garota sou mulher né, sapato é um outro vício e fiquei horrorizada. Sério, deram uma sandália no mínimo uns três números maior do que a modelo calça!!! Ela ficou com uma enorme parte da sandália sobrando na frente! Passei a detestar a capa depois disso… Que falta de cuidado ao tirar uma foto. E uma foto que vai parar na capa de um livro!

Agora o que todas essas minhas loucuras e divagações tem a ver com a trama do livro? Elementar: um livro que começou sua história comigo com o pé esquerdo é muito difícil de me agradar. E não deu outra, terminei sentindo que havia desperdiçado meu dinheiro ainda bem que foi bem pouco nesta obra.

Amor fora de hora conta a história de Desirée, uma viúva jovem ainda, sem filhos e sem grandes perspectivas de vida. Ela vai muito ao cemitério descarregar sua raiva no marido morto por tê-la abandonado e também para refletir sobre seu casamento, que nunca foi dos mais amorosos ou perfeito.

Quem também vai muito ao cemitério, para trabalhar, admirar e cuidar a lápide vizinha à de Desirée é Benny. Ele é um fazendeiro simples, que perdeu a mãe recentemente e não sabe lidar muito bem com sua vida sem ela. Apesar de já ser bem grandinho, Benny era extremamente dependente dela, e agora se vê num grande vazio, solitário e sem companhia que não seja a das vacas.

Um cemitério é o lugar mais improvável para que o amor aconteça, mas este é o destino dos dois, que embarcam em uma relação profunda, cheia de conflitos internos e diferenças culturais. Se você, assim como eu, leu a sinopse e saiu pensando em um lindo e maravilhoso romance, pode esquecer…

Desirée é uma mulher da cidade, acostumada a fazer apenas seu trabalho na biblioteca e nada mais. Já Benny necessita de uma mulher que preencha a lacuna que sua mãe deixou: faça comida, limpe a casa, ajude na fazenda, etc. Caramba, como esse cara é machista, não consegui me identificar com ele por causa disso. Porém, também não consegui gostar muito de Desirée, que é tão prepotente e petulante em algumas partes.

O amor dos dois tinha tudo para dar certo, mas ambos parecem fazer o máximo possível para que isso não aconteça. As páginas que são poucas passaram rápido, mesmo que eu não estivesse conectada à trama. Acabei terminando um tanto quanto frustrada. O livro não trouxe nada daquilo que eu esperava e ainda fiquei com uma capa que não posso nem ver junto à minha coleção.

Fazer o que, apostei e perdi, não queria ter comprado o livro e esta é uma leitura que não me faria falta. Não gostei do final, que ficou solto e deixou o romance todo em suspenso, queria saber o que acontece com os dois e fiquei chupando dedo.

Não recomendo se você vê problemas nos pontos que eu citei. Agora, se você é daqueles leitores que não se importa com uma narrativa mais parada, personagens que dão vontade de bater e um final não tão bom quanto você quer, leia Amor fora de hora sem medo.

Resenha em: http://mundodaleitura.wordpress.com/2011/12/14/katarina-mazetti-anor-fora-de-hora/