Resenhas - O Caso dos Exploradores de Cavernas

tnzii 06/01/2022

sobre o livro em si:

ele não é da visão dos homens que ficaram presos na caverna, só conta o ocorrido e o foco principal é o voto, os argumentos e a opinião de cada juiz para no final decidir se os réus são inocentes ou serão levados a forca. um ponto importante que deve ser ressaltado é que ocorre em 4300, não no futuro, podemos dizer que em outra realidade.

o livro é bem complexo e difícil de se entender, teve partes que mesmo relendo não entendi muita coisa ( a maioria pra falar a verdade). e por isso demorei muito pra acabar de ler também.


minha opinião sobre o caso:

enquanto lia, eu pensava que se eu fosse um juiz eu votaria sobre a inocencia dos réus. porém, ao ler e reler alguns argumentos mudei minha opinião, e sinceramente declararia minha abstenção da sentença do caso.

pra começar, o homem que fora morto e comido, afirmara que não tinha nenhuma objeção. e é ai que entra o argumento do juiz Tatting "oque teríamos de sentenciar se Whetmore houvesse recusado a participação no plano desde o princípio? Ou então suponha-se que nenhum plano tivesse sido adotado e que os outros simplesmente houvesse conspirado para causar a morte de Whetmore ", apenas os 05 estavam dentro da caverna, oque ocorreu lá dentro só eles sabem.

contudo, dez homens morreram no processo de remover as pedras da abertura da caverna. "Se era apropriado que essas dez vidas fossem sacrificadas para salvar as vidas de cinco exploradores aprisionados , por que, então, nos dizem que esses exploradores erraram ao executar um acordo que salvaria quatro vidas a custo de uma?" - juiz Foster


é ai que fica o questionamento, inocentes ou não? oque a decisão da corte geraria na população, revolta? apoio? criticas? afetaria a corte e a sociedade?

enfim, é um livro de grande reflexão e vários pontos de vista e argumentos que mudam a sua opinião inicial sobre o caso.

Ane 05/01/2022

      "O caso dos exploradores de Caverna" é uma história fictícia em que cinco exploradores, após um desabamento, ficam sob presos sob uma caverna por cerca de 30 dias. Ccorrendo risco de morte por inanição, após um acordo, um deles é morto para servir de alimento aos demais. A questão é: esses homens devem ou não ser condenados a forca por crime de assassinato?
      De maneira geral, achei toda a construção do livro bem inteligente, é muito interessante que o caso nos é apresentado por meio do voto de cada um dos cinco juízes da Suprema Corte, após a condenação já ter acontecido em primeira instância. Como cada um tem uma argumentação e uma opinião distinta, há uma  margem para o leitor formar sua própria opinião também. O caso suscita várias questões interessantes sobre moralidade, justiça, princípios...
Destacando os pontos chave de cada voto, eu elenquei: Truepenny, C.J. Princípio da Clemência Executiva; Foster, J. Estado de Sociedade Civil X Estado de Natureza / Texto de Lei X Propósito evidente; Tatting, J. Abstenção/Impossibilidade de dissociação emocional; Keen, J. Separação dos poderes/Força da lei - Legalismo; Handy, J. Possibilidade de excepcionar/Peso do clamor público
      Nem sou de fazer resenhas muito grandes, mas destaquei esses aspectos porque vai saber se pode me ser útil no futuro... Fica aqui também o meu reconhecimento ao autor, não deve ser fácil criar um caso hipotético em que se formulam cinco juízos distintos e todos devidamente embasados. Particularmente, eu acho que os réus não deveriam ser condenados, acredito que foi uma situação excepcional, a humilhação vivida, bem como a própria consciência moral já lhes imputaria um sofrimento ao longo ou em algum período da vida, foi uma situação bem difícil e eles saíram de lá para já morrerem em seguida? Enfim, se foram condenados ou não, fica a cargo de quem quiser ler e descobrir...

Karolinny 05/01/2022

Bom
A obra “O Caso dos Exploradores de Cavernas” trata de um caso fictício, em um país hipotético, no qual cinco exploradores ficam presos em uma caverna e, após dias de espera, decidem em conjunto assassinar um deles para que os outros pudessem se alimentar da carne e sobreviver.

O livro é bom, porém as vezes entediante

escrevendo resenhas para conseguir cumprir os desafios

Luiza Bugelli Valença 04/01/2022

Instigante, misterioso e tenso
A minha primeira leitura de 2022 foi escolhida a dedo. Queria começar o ano bem e de uma forma muito especial. Assim, peguei emprestado da minha mãe ?O caso dos exploradores de cavernas?, de acordo com ela, indispensável para os calouros do curso de direito; assim como ela um dia foi e como eu sou hoje.

O livro foi escrito pelo filósofo jurista Lon L. Fuller na década de 40. A instigante história conduz os leitores a um cenário fictício em um ano muito distante, em que um caso jurídico polêmico ocorre: cinco exploradores de cavernas amadores ficaram presos dentro de uma caverna por dias. O primeiro contato que conseguiram com o mundo externo, após mais de duas semanas presos, os fez perceber que só sairiam de lá após dez dias, caso não houvesse deslizamentos de terra. Com pouca comida, os exploradores fazem um trato: lançaremos dos dados, o resultado nos informará o azarado que será morto e depois servido de alimento para que os demais exploradores não morram de inanição. Como a corte verá este caso? Os exploradores serão condenados por homicídio?

Em primeiro lugar, é necessário dizer que o ?juridiquês? do livro é completamente legível para os leigos, visto que aparece em pequena quantidade; sendo assim, pode ser apreciado pelo público em geral. Apesar de possuir diversas discussões de cunho jurídico, o livro trás uma reflexão moral e política a respeito da legitimidade de certas leis e da rigidez do código em não se adaptar a situações específicas. Além disso, o enredo é extremamente instigante! Não permitindo que os leitores tirem os olhos do livro até o final.

Comecei 2022 muito bem no âmbito literário. Este livrinho comprado pela minha mãe na década de 90, conseguiu me motivar ainda mais para o início das aulas. E você leitor? Como será que este livro te motivará?

Arthur 31/12/2021

apesar de ser um livro jurídico, sua leitura é bem tranquila e basica, introdutória ao mundo jurídico, bem reflexiva e por vezes tem traços bem literários

Lay :) 28/12/2021

Meu tio me deu esse livro de presente e confesso que achei que não ia entender a escrita mas na verdade até que ela foi bem fluída, pretendo reler ano que vem de novo :)

Jota 28/12/2021

Bons tempos
No terceiro ano do ensino médio, meu professor de filosofia passou um trabalho em grupo. O trabalho seria um julgamento. Ele dividiu turmas que seriam acusação e defesa, e o assunto seria esse livro, ou melhor, a história narrada pelo autor. O juiz seria o próprio professor, e a nota para os alunos seria a qualidade dos argumentos, tanto para condenar os personagens do livro quanto para inocenta-los.

Foi um caos (rsrsrs).
Meu grupo inteiro jurou ter lido, mas teve gente falando que no dia estava com dor de cabeça e que isso estava atrapalhando a memória. Pra variar...
Seríamos o grupo a favor da condenação, mas minha amiga disse que era a favor da inocência dos personagens e na hora da apresentação disse que ia falar o que eu pedi, mas ela era contra. O professor então disse que, se ela quisesse, poderia ir para o outro grupo. Ela, no entanto, disse que ficaria com a gente mesmo, até porque os personagens nem existiram de verdade e aquilo "não passava de uma besteira, como o João (eu) falou".

Se estivéssemos em um julgamento de verdade e nosso professor fosse realmente o juiz, sem dúvida teria passado uma noite na cadeia.


site: https://www.instagram.com/mundolivrosehq

John 20/12/2021

Condenação ou absolvição?
Tentei não levar em consideração meu conhecimento de direito, que é meu trabalho diário.

Defendo que o sentença de primeiro grau deveria ser reformada, com a consequente absolvição dos quatro homens.

Primeiro porque estavam numa situação excepcional, e, mesmo não havendo excludente de ilicitude aplicável, é claro que agiram no desespero, já que tinham a certeza que morreriam por inanição.

Segundo porque a situação em si já foi o suficiente para os coitados... Não tem sentido condená-los a morte logo após conseguirem "se livrar dela".

Todos agiram com consciência e sem violência, mais um motivo pela absolvição.

Uma pena que os juízes legalistas mantiveram a sentença.

O que a abstenção de um voto não faz...

Larissa.Arcanjo 19/12/2021

Dilemas éticos
É uma leitura rápida e de fácil compreensão, leva a diversas reflexões sobre a moral e o direito. Muito interessante!

Amanda.Bauer 19/12/2021

Gostei
Um clássico do curso de direito.
Livro bom, leitura rápida. E ótimo para se questionar sobre o caso.

Pretendo reler no futuro, pois dessa vez li rápido por causa de um trabalho na faculdade. Mas quero lê-lo com mais calma e atenção

rralice 19/12/2021

Esse livro é voltado para o curso de direito em si, principalmente a área penal. É uma leitura simples, direta e prende. Da pra ler em até 1 hora de relógio.

Luiza 18/12/2021

O caso dos exploradores de caverna
O livro O Caso dos Exploradores de Cavernas, foi criado por Lon Fuller, nascido no estado do Texas em 1902. O autor Estudou Economia e Direito na Universidade de Stanford. Trabalhou em muitas universidades até chegar a Faculdade de Direito de Harvard.

A obra fictícia foi inspirada em dois casos reais: US vs. Holmes (1842) e Regina vs. Dudley e Stephens (1884), sobre naufrágios seguidos de homicídio e canibalismo. O enredo do livro se passa em 4299 é dispõe acerca de 5 membros de uma sociedade espeleológica que exploravam uma caverna quando aconteceram deslizamentos de terra que bloqueiam a saída.

Eles permaneceram presos por muito tempo devido à dificuldade do resgate e por novos desmoronamentos que resultam na morte de 10 operários que trabalhavam na operação de salvar aquelas pessoas.

Mantendo contato com a equipe de resgate por meio de um rádio, os exploradores receberam a notícia que devido os empecilhos do resgate, seria preciso mais dias para concluir tal missão, com suprimentos escassos, a chance de sobrevivência deles era mínima.

Diante desse cenário um dos exploradores, Roger Whetmore, pergunta ao médico responsável que se comendo carne humana haveria chance de sobrevivência, e a resposta foi que provavelmente sim, então se voltaram às autoridades religiosas, políticas e médicas, mas ninguém aceitou tomar uma decisão.

Whetmore, então, propôs que jogassem os dados, e a pessoa que perdesse seria morta e comida pelos outros, mas pediu que esperassem mais uma semana para fazerem o sorteio, porém seus colegas não aceitaram, então jogaram os dados e Whetmore foi morto e comido pelos seus parceiros.

Após serem resgatados e levados ao hospital para tratarem de desnutrição e recuperarem psicologicamente do trauma eles foram indiciados por crime de homicídio pela morte de Whetmore e condenados em primeira instância, o júri decidiu que eles deveriam ser condenados com pena de morte pela forca.

O processo é enviado à segunda instância e os desembargadores proferem seus votos.

Neves 13/12/2021

Clássico do Direito
Eu fico impressionada todas as vezes em que leio clássicos e como eles se adequam ao tempos atuais.
O caso dos exploradores de caverna é um livro fundamental para entendermos as ramificações da origem do Direito, assim como ajudar a compreender os diferentes pensamentos que formam uma decisão.
Na minha opinião os réus deveriam ser considerados inocentes, tendo em vista a situação excêntrica em que estavam.
O bom direito aplicado é aquele que leva em conta a legalidade e o bom senso.

Giovanna.Pereti 09/12/2021

Caso hipotético com consequências reais
O livro é, basicamente, uma aula sobre filosofias de atuação na área do direito. Não se trata do romance da história julgada em si, apenas o julgamento.

Como leiga no assunto considero o livro um bom ponto inicial. Ele também te leva a refletir sobre diversas questões morais/éticas. Com certeza vale a leitura.

Lucão 08/12/2021

Realmente legal para o curso de direito.
O livro consegue compactar muito bem o direito em si, aborda as partes comuns do âmbito juridicos de cada país, o acadêmico do curso jurídico, adquire uma boa noção da dinâmica do direito com esse livro.