Deghety 26/10/2018Assim Falou ZaratustraAo meu ver, Nietzche faz uma sátira a Jesus Cristo, fazendo de Zaratustra um Cristo como da música do Raul Seixas, Al Capone:
"Ei! Jesus Cristo
O melhor que você faz
Deixar o Pai de lado
E foge prá morrer em paz..."
Nietzche faz um culto ao homem, sua ascensão espiritual, social e intelectual desvencilhada da doutrina judaico-cristã. Esse Super-Homem, na sua ideia, seria um Dorian Gray às avessas, onde a alma não sofreria pelos erros e culpas da carne.
Segundo ele, Deus se tornou desnecessário e foi morto pelo próprio homem, por meio da ciência e da negação de Seus princípios, princípios criticado por julgar Deus ciumento por "exigir" amor e pela compaixão, que deu a entender que se trata das provações que fiéis são submetidos.
"Ele - ama seus inimigos: ele entende disso melhor que qualquer pessoa que eu conheça. Mas se vinga disso - em seus amigos. No entanto, a negação, agnosticismo, parece mais correta que a não-crença, ateísmo, principalmente por desconsiderar totalmente a velha frase do Carl Sagan:
"A ausência de evidência, não significa evidência da ausência."
(Provavelmente ele não iria gostar de eu ter usado sua frase para esse propósito).
Entrando no aspecto filosófico da obra, esse livro é uma academia 5 estrelas para o cérebro.
Nietzche nos obriga a raciocinar, por meio de metáfora, lirismo e, porque não?, poesia.
O subtítulo diz: Um livro para todos e para ninguém. É exatamente o que esse livro é, porque a filosofia, psicologia e sociologia aqui se remete à toda complexidade do homem, de forma singular e plural.
Assim Falou Zaratustra não pode ser devorado, é preciso degustá-lo, e sempre estar voltando à mesa.
Não é uma leitura fácil, por seu conteúdo. Como eu não gosto de procurar por textos de apoio, muita coisa aqui eu, provavelmente, nunca irei saber ao certo o que significa.
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