No Caminho de Swann

No Caminho de Swann Marcel Proust




Resenhas - No Caminho de Swann


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Drei 22/03/2023

"A recordação de uma certa imagem não é mais que a saudade de um determinado instante"

Essa leitura veio em um momento muito interessante da minha vida. Tenho me sentido muito nostálgico, o que para mim nem faz tanto sentido, eu lá tenho idade para estar nostálgico? Eu li "No caminho de Swann" basicamente como um livro sobre memória, sobre como nosso passado soa mais romântico, mais curioso, mais interessante que nosso presente. É uma leitura bem densa, isso explica eu ter demorado horrores, mas não consigo imaginar ler esse livro sem aproveitar cada palavra dele, bem devagar.
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Yeda 14/01/2023

?E meu pensamento não era também como outro abrigo no fundo do qual me sentia resguardado, mesmo para olhar o que se passava lá fora??
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Agora compreendo porque a obra inteira chama ?À procura do tempo perdido?!!!É difícil resumir tudo o que o livro traz, mas a parte mais importante é a da lembrança: da infância, dos sentimentos e da vida.
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O autor tenta evocar as lembranças e as sensações delas com exatidão, e para isso usa da profusão de detalhes. Não é maçante em nenhum momento, mas é uma leitura densa, pois só através da descrição minuciosa é possível mergulhar no universo de Combray, do Narrador, de Paris e de Swann.
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Tanto o narrador quanto Swann tentam resgatar e e conservar a memória a todo custo. A segunda parte foi a minha preferida, pelos personagens, pela ideia de manter o ideal do amor e pelo desenrolar da trama, que desemboca na semelhança entre o narrador e Gilberte, e Swann com Odette.
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O cenário é tão protagonista quanto os personagens ou a própria trama. Durante a leitura, senti que o autor não partiu de uma ideia e então escreveu o livro, mas justamente o contrário. Como se ele narrasse com naturalidade o cotidiano e os personagens e, através disso, surgisse a ideia.
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Marion 21/11/2022

Somente Combray
O livro começa muito bom enquanto toca história se passa em Combray, com suas divagações filosóficas, quando passa para a história de Swann infelizmente perde o encanto
Mary 22/11/2022minha estante
Perdeu o encanto e tudo pela nota


Milena.Saleh 23/12/2022minha estante
Engraçado que tive a impressão oposta!




Mari 19/10/2022

Um clássico que merece o título
A escrita é densa e repleta de detalhes. A leitura exige muita concentração, um desvio de atenção e faz-se necessário voltar toda a frase ou até o parágrafo para entender, o que a torna um pouco cansativa e demorada, mas ainda assim uma leitura indispensável.
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Jean Bernard 07/10/2022

O Começo da Busca
Se você é um leitor que gosta de ritmo rápidoe histórias cheias de acontecimentos, esse livro pode não ser pra você. Se você gosta de livros mais descritivos e personagens bem aprofundaras, esse livro pode ser para você.
Proust eleva sua escrita detalhada ao patamar de arte em palavras. Suas descrições são palpáveis. As personagens são aprofundadas nos mínimos detalhes. Uma obra filosófica, bela, reflexiva e contemplativa. Aqui vamos a fundo nos sentimentos, desejos, duvidas e complexidades do ser humano. Uma busca que leva tempo, mas que não será jamais desperdiçado.
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Luiz.Goulart 01/10/2022

O Colosso de Proust
Livro inicial da colossal empreitada de 7 volumes da série Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust. Obra prima que todos deveriam ler um dia na vida, mas que são difíceis pela complexidade do tema e do estilo. Li para poder ler o capítulo sobre ele da obra Lições de Literatura, de Vladimir Nabokov, o que foi um excelente motivo para começar a ler Proust que cria dezenas de personagens e ambientes da França do início do século XX e trata da memória como visão filosófica do tempo com as recordações intercalando o passado e o presente, o que tornou-se uma revolução para o romance em todos os tempos.

site: https://www.blogger.com/blog/post/edit/32639542/5508448897034557562?hl=pt-BR
Milena.Saleh 23/12/2022minha estante
To lendo pelo mesmo motivo!




arthur966 30/09/2022

pois se a gente tem sempre a sensação de estar rodeado pela própria alma, isso não se dá como numa prisão imóvel; antes, sentimo-nos como que levados junto com ela num perpétuo impulso para ultrapassá-la, para atingir o exterior, com uma espécie de desânimo, ouvindo sempre ao nosso redor esta sonoridade semelhante que não é um eco de fora e sim o ressoo de uma vibração interna. procuramos achar nas coisas, que por isso nos são preciosas, o reflexo que nossa alma projetou sobre elas, e ficamos desapontados ao verificar que elas parecem desprovidas, na natureza, do encanto que deviam, em nosso pensamento, à vizinhança de certas ideias; às vezes, transformamos todas as forças dessa alma em habilidade, em esplendor, para agir sobre criaturas que, percebemos bem, situam-se fora de nós e que nunca atingiremos.
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Camila0831 13/09/2022

Mais que uma respiração, um emergir passageiro
Principiando esse livro, li uma crítica que comparava a escrita de Proust à tentativa desesperada de uma asmático para respirar sem jamais conseguir um fôlego completo. Entendo o motivo da comparação, mas, para mim, parece que essa tentativa cria um mundo a parte através da recordação. Assim como um nadador se vê num mundo a parte, difuso, impreciso e para sempre estranho a si próprio, é assim que vejo a narrativa de Proust. Nada do que é narrado é preciso pois até ele sabe que tudo pode ser mentira, criada por uma memória falha de modo inconsciente e consciente. Ao questionar nossa memória, nosso passado, os lugares e pessoas que pensamos conhecer, termina por questionar a nós mesmos, nossa existência, já que, sem espaço e tempo, somos apenas um fio solto na eterna tapeçaria da vida.
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almeidalewis 05/08/2022

Lírico
Segundo livro ( A sombra das moças em flor )

O menino Marcel agora já saindo da sua infância ( a sombra das moças em flor ) passando para outra fase mais madura da sua vida se apaixona e se desapaixona e vai viver junto com sua família no tão conhecido e elogiado Balneário "Balbec" e participa dos encontros reuniões e rotinas da aristocracia da sociedade francesa relatando como é e o que é, e como várias coisas aconteciam nessa camada da sociedade da sua época.

Proust é muito detalhista, esmiúça muito o momento, o ambiente como também a atmosfera e os sentimento sensações e os pensamentos fazendo assim com que alguns parágrafos fiquem eeeeennnnnooooorrrrrmmmmmeeeeeesssss que chegam a durar duas páginas...


*No caminho de Swann é descrito um pouco a infância do menino Marcel, Swann e Odete aqui já evoluiram no relacionamento...
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djoni moraes 31/07/2022

Incrível sinestesia proustiana
Pouco mais de um mês pra terminar essa obra que me abriu os olhos em direção a um mundo sensorial que eu jamais experimentara na literatura.

Na minha lista de leitura há já muitos anos, decidi encarar em 2022 (talvez um ano que eu não descreveria como ?tranquilo?) a leitura do primeiro volume desta série de sete. Confesso que logo no início já imaginei que seria uma viagem que não conseguiria ler rápido, então não me apressei pra terminar no período estipulado. Assim, alguns dias eu acabava lendo muuuuuitas páginas e em outros só lia duas ou três, às vezes por cansaço, às vezes porque o que acabara de ler me impactava de tal forma que precisava **saborear** o que estava sendo dito. E o verbo usado é saborear mesmo, pois trata-se de uma experiência sinestésica.

A capacidade descritiva proustiana é sem dúvida alguma o recurso mais utilizado na obra. Eu já tinha lido (assim como qualquer pessoa que decide conhecer o mínimo de Proust em algum momento da vida) sobre o episódio do chá e da Madalena, mas confesso que ler o contexto do episódio o tornou ainda mais belo, quase que sagrado. Além de fazer descrições como ninguém, Proust consegue tornar com sua narrativa episódios mundanos em eventos prosaicos e etéreos, de forma a não só dar a impressão de que seus personagens vivem um mundo de sonhos mas de nos convencer de que é esse o único jeito certo de olhar para o mundo.

O primeiro volume desta obra (pelo menos na edição da editora Globo) é dividido em três partes: Combray, Um amor de Swann e Nomes de Terras: o nome.

Na primeira parte somos apresentados ao herói do livro na sua tenra infância, uma criança que pode passar por mimada, frágil, sensível, carente e medrosa nas mais de 200 páginas desta seção. Neste momento somos introduzidos à maior parte das técnicas proustianas de descrição contidas no livro, com um poder de viajar no tempo através da memória e dos sentidos. Alguns personagens (como o Sr. Swann) aparecem no livro e muitos rumores sobre este já são mostrados, sem nos dar muita explicação sobre quem é na realidade esse homem e principalmente por que sua mulher é tão mal vista pelos seus pares.

Na segunda parte, acompanhamos a narrativa da vida de Swann em Paris, um homem que vive um amor desesperador (que algumas vezes me fez sentir até um pouco sufocado!) por uma mulher chamada Odette. Neste parte nos será explicado por que esta seria tão mal falada. Talvez a parte mais ?emocionante? do livro porque é a que mais coisas acontecem, mas sem desmerecer a beleza das outras duas.

A terceira parte retorna para a narrativa do herói do livro e sua percepção do amor através do seu próprio olhar apaixonado e obcecado para com a família Swann.

Mal posso esperar para ler o segundo volume ainda este ano!
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mat 15/02/2022

Tempo
Durante a madrugada eu terminei a leitura do primeiro volume de "Em Busca do Tempo Perdido ", e estou com um sentimento estranho, talvez esse livro tenha vindo como uma simbolização da minha vida no presente momento. O livro é sobre um homem que depois de mergulhar uma Madeleine no chá recorda toda sua infância, despertando memórias por muito adormecidas, o que o autor chama de memória involuntária. É um livro que desafia pela forma que é narrado, parágrafos com páginas, frases gigantes, e narrando muitas vezes cenas corriqueiras, e é na narração que está a grandeza dessa obra, é tudo muito poético, sentimental e escrito de uma forma linda. A criança esperando o beijo da mãe, as Madeleines, os campos Elísios, a música... Ganham tons cinematográficos em algumas das cenas mais lindas da literatura. No primeiro capítulo é narrada a infância do protagonista e o episódio das madeleines; no segundo é retratado toda obsessão e ciúme de Charles Swann (o vizinho do narrado) por Odete de Crécy, e o terceiro e último capítulo do volume que é intitulado "nome de lugares: o nome", proust nos faz refletir sobre o nome dos lugares (e metaforicamente das pessoas também), e toda a significação que isso traz à nossa vida, nossos humores e interesses. Esse terceiro capítulo foi meu favorito, talvez porque esteja convergindo com situações que eu tenho vivido, há lugares que são os mais belos em um instante, mas uma pequena mudança (ou falta de algo, alguém) pode fazer esse mesmo lugar perder o brilho aos nossos olhos, e se tornar um lugar estranho e/ou diferente, que pode causar apatia, tristeza (pelo perdido) ou medo. Começo suspeitar que esse tempo perdido é o que já passou, esses instantes corriqueiros que não damos importância no momento que acontecem, mas que depois de meses, anos que não temos mais acesso a eles, percebemos que seja o nosso tesouro perdido.
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AsaReader 02/02/2022

UMA VIAGEM EM BUSCA DO SENTIDO DA VIDA
Terminei o primeiro livro, No Caminho De Swann, dessa saga proustiana.

É um livro desafiador a começar pelo estilo de escrita de Proust, segundo Nabokov, muito diferente de seus predecessores e até hoje singular. Os antigos usavam parágrafo descritivo seguido do diálogo. Em Proust parágrafos descritivos e diálogos se misturam causando propositadamente uma sensação de asfixia. Além do estilo peculiar, Proust se utiliza de uma técnica chamada fluxo de consciência, também presente em outros autores, como por ex., James Joyce, William Faulkner, Virgínia Wolf, etc.

Essa mistura de estilo diferenciado com a técnica do fluxo de consciência produzem parágrafos gigantescos e sobre os capítulos são pouquíssimos, apenas três, pelos quais se distribui mais de 300 páginas, ou seja, é uma viagem alucinante, lírica e asfixiante. Não dá para parar depois de ler um capítulo como muitos leitores preferem. Você precisa parar muitas meses no meio de um parágrafo gigante e pronto!

Nessa viagem alucinante o que o autor almeja encontrar é o sentido da vida e te convida a ir junto com ele nessa jornada, cujo os principais temas são o tempo e a memória e o grande objetivo dessa viagem, além de descobrir o sentido da vida, é parar de perder tempo para enfim apreciar a própria existência.

Nesse primeiro volume encontramos as memórias do narrador sobre sua infância. No primeiro capítulo "Combray" vemos a infância do narrador na cidade de Combray para onde sempre ia nos feriados da Páscoa com sua família. Lá se hospedava na casa da querida tia Leone e com muito bom humor narra as rusgas familiares entre sua avó e as irmãs, a relação com o avô, com o pai e seu amor por sua mãe. Já no segundo capítulo, Um Amor de Swann, o narrador passa a analisar o amor e ciúmes masculinos usando a vida do personagem Swann como material de análise. No último capítulo, Nome de Lugares: O Nome, ele aborda o amor por Gilbert e a sua admiração pelo casal Swann, e especialmente pela Sra. Swann.

É uma obra que não dá para ler como os livros contemporâneos de uma sentada. Você precisa prestar atenção nos longos parágrafos para entender seu sentido. Demanda esforço, mas nada tão difícil como imaginei antes de começa. Por isso se você quer ler comece logo. São os livros desafiadores que mais acrescentam em nossa vida como leitores.

Por isso, se você tem interesse nessa viagem vem comigo por aqui no IG, @asareader, e pelo YouTube que vou te contar tudo que estou descobrindo com essa leitura. Pode deixar que vou tentar ao máximo não dar spolers. A resenha sairá em breve!

E que venha o próximo livro da saga!
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Bruna Peixoto 01/02/2022

Não é um livro fácil de ser lido. Não acontece muita coisa, e que demora a engrenar. Mas, quando você se acostuma, a leitura é fluida.
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Lilian 07/01/2022

Uma percepção do tempo diferente de tudo que eu já vi
O livro te convida a refletir sobre permanências e a efemeridade desde as primeiras páginas. As longas descrições de situações aparentemente banais dão o tom do entendimento da relação do autor com a vida e seu tempo. Livro requer imersão para ser lido e sem dúvida vale cada hora despendida.
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Adriana 24/11/2021

Incrível!
Genial! Após concluir a leitura passei a entender a razão de Marcel Proust ser tão citado em outros livros e por outros autores?
Ouço falar e o vejo nas estantes desde que sou criança, finalmente chegou a hora de o conhecer de verdade e estou encantada com a escrita e com a sabedoria deste autor.
É certo que demorei para pegar o ritmo e engatar a leitura, mas após habituar-me ao jeito que ele escreve, acabei devorando a segunda metade do livro. A história por si só não é a melhor parte, mas sim a forma como a história é contada, essa é a cereja do bolo.
Como um amigo me disse? ler Proust é como escalar uma montanha. Dá trabalho, mas quando você atinge o cume e olha a paisagem lá de cima percebe que valeu à pena? Escalei a primeira e penso: Que vista, meus amigos, que vista!
Thay 28/12/2021minha estante
A ideia da montanha é genial! Já estou lendo com outros olhos




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