Kyoto

Kyoto Yasunari Kawabata




Resenhas - Kyoto


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Alexandre Kovacs / Mundo de K 15/11/2018

Yasunari Kawabata - Kyoto
Editora Estação Liberdade - 256 páginas - Tradução de Meiko Shimon - Lançamento 2006.

O japonês Yasunari Kawabata (1899-1972), prêmio Nobel de literatura de 1968, é mais conhecido do público brasileiro pelo seu romance "A casa das belas adormecidas" em que trabalha com a estranha combinação de morte e sensualidade ao descrever um bordel no qual homens de idade avançada podem passar as noites com jovens virgens que dormem sob o efeito controlado de narcóticos. Lidando com a sexualidade, ou a perda da sexualidade, de um homem na idade madura, as descrições de Kawabata abordam de forma inusitada a perda da juventude e representam a busca de uma felicidade que não pode ser alcançada. "A casa das belas adormecidas" também inspirou o colombiano Gabriel Garcia Marques quando escreveu "Memória de minhas putas tristes" no qual aborda a impossível história de amor entre um ancião e uma menina de catorze anos.

Neste romance, lançado originalmente em 1962, a cidade de Kyoto, que foi a capital do Japão de 794 à 1868, é uma das protagonistas mais importantes e as descrições líricas dos eventos religiosos, costumes locais e belezas naturais da cidade são um legado cultural que o Japão ficou devendo a Kawabata. O livro narra a história de duas irmãs gêmeas, Chieko e Naeko, que foram separadas quando bebês e criadas em ambientes distintos. Chieko foi adotada por um comerciante tradicional de quimonos da área central de Kyoto e sua irmã Naeko ficou na aldeia de Kitayama, região montanhosa localizada na periferia da cidade. As duas, apesar de fisicamente idênticas, têm personalidades muito distintas por conta da influência do ambiente e da educação. Enquanto Chieko tem características de formação próprias dos jovens de classe média urbana, influenciados pela cultura ocidental, Naeko é mais sensível e amadurecida emocionalmente por conta da simplicidade da vida e do trabalho no campo.

“Os cedros da aldeia de Kitayama eram todos administrados por pequenos empresários. Contudo, nem toda família era dona de terra. Pelo contrário, poucos o eram. Chieko cogitava se seus pais também teriam sido empregados de alguma família proprietária. A própria Naeko dissera: ‘Estou trabalhando para...’ Tudo havia acontecido vinte anos antes. Chieko teria sido abandonada porque, na época, ter filhos gêmeos era considerado uma vergonha, além do que se acreditava na dificuldade de criá-los com saúde. Era possível que tivessem se preocupado também com os escassos rendimentos da família. Chieko esquecera de perguntar três coisas a Naeko. Por que abandonaram a ela e não a irmã? Quando ocorrera o acidente do pai, sua queda do alto do cedro? Naeko dissera ser ‘recém-nascida’ na época, no entanto... Havia dito também ter nascido na casa do avô materno, um lugar bem mais remoto do que a aldeia dos cedros. Nesse caso, qual seria o nome do lugar?”

No meu entendimento, os contrastes entre as duas irmãs gêmeas simbolizam o conflito entre a cultura tradicional e a modernização do Japão na época do pós-guerra. Kyoto foi um dos últimos trabalhos de Kawabata antes do suicídio em 1972, ele soube, com maestria, expressar a essência da mente japonesa, como destacado pela academia sueca ao premiá-lo com o Nobel de literatura.
Márcio_MX 15/11/2018minha estante
Faz muito tempo que li. Acho que foi meu primeiro com a literatura japonesa e me marcou muito.
Ótima resenha, parabéns


Alexandre Kovacs / Mundo de K 16/11/2018minha estante
Obrigado Márcio, já tinha publicado esta resenha há algum tempo no blog e passei para o Skoob.




Márcia Regina 30/08/2009

"Kyoto", de Yasunari Kawabata.

Gostei muito. E me surpreendeu porque não esperava. Li dele "A casa das belas adormecidas" e me irritei na época, não gostei nada, mas tenho consciência de que fui influenciada na leitura pelo fato de a minha filha ser adolescente. Acho que não é o momento de ler. Dentro de alguns anos talvez mude de idéia.
Também li "Beleza e tristeza" e achei bonito, mas não consegui alcançar o livro.
Acho que, nesses dois, a diferença cultural bateu muito forte. No futuro, quem sabe...

Já "Kyoto" me conquistou. Ainda que também tenha partes referentes ao vazio do caminho pra velhice e à busca masculina pela visão da juventude, o livro não é centrado nisso. É meigo. A decadência aparece como contraposição ao florescer. A passagem das estações lembra muito isso. Cada uma com sua beleza e seus problemas.

E, principalmente - e amo literatura japonesa por causa disso - ele não fica me explicando cada sensação e sentimento da personagem. Ele me mostra, faz com que eu enxergue o início da sexualidade, o medo do vazio, a paciência, a espera, o racional e o subjetivo. Não enche páginas de pensamentos complexos, profundos, intragáveis, mas me mostra imagens e ações, gestos mínimos, palavras, silêncios. Posso me sentir na pele deles e ser solidária.

Gostei de Kyoto. E fiz as pazes com Kawabata (mesmo que ele não se importe com isso, eu me importo).
Além do mais, como poderia não fazer as pazes com um autor que coloca nomes tão lindos nos títulos de seus livros? "O país das neves", "Mil tsurus" ou "Nuvens de pássaros brancos", "Chá e amor", "Contos da palma da mão", "A dançarina de Izu"...
Matheus 07/04/2021minha estante
Acho que este ou o O Som da Montanha virá depois do que estou lendo de Kawabata! Atualmente estou no último que ele publicou, o Beleza e Tristeza




Jonara 02/07/2013

Apreciação da Paisagem
Eu estive numa palestra sobre paisagem há uns meses atrás, e o palestrante perguntou: Qual é a diferença entre natureza e paisagem? Então ele explicou: Paisagem é apreciação estética. A natureza não é paisagem quando é vista de forma utilitária, somente se torna paisagem quando apreciada esteticamente.
Eu tinha acabado de ler Kyoto, e aquilo caiu em mim como um raio. As irmãs veem os cedros de Kitayama de formas diferentes. Chieko admira aqueles troncos artificialmente retos. Naeko só pensa nos troncos de forma utilitária, pois é o seu trabalho. Toda a descrição da cidade, dos tecidos, das casas, das ruas, das árvores, praticamente tudo é apreciação estética e paisagem em Kyoto.
Kyoto descreve uma vida baseada na beleza e na natureza. Cada árvore é apreciada, cada mudança sutil nas estações, cores e estampas é percebida.
Tanta delicadeza nos faz questionar nossa brutalidade. Por que somos tão insensíveis? Por que construímos nossas cidades sujas e feias, por que afastamos a natureza de nós, e nos contentamos com um vasinho de plantas na varanda? Mal percebemos as estações, mal sabemos os nomes das flores, mal distinguimos uma árvore da outra. Por que nos voltamos tanto ao mundo utilitário e tão pouco à apreciação estética?
Kyoto é um livro para refletir sobre tudo isso.
Boris 06/12/2014minha estante
Interessante são os seus questionamentos Jonara. Parabéns pela resenha e pelos insights.




Jessé 25/06/2019

Tradições e costumes.
Esse livro foi bem diferente do que achei que seria, quando li a sinopse dele.
A história do livro é sobre duas irmãs gêmeas que são separadas após seu nascimento, e 20 anos depois se reencontram por um acaso da vida.

Mas a estória sobre as irmãs, na verdade, fica bem em segundo plano, porque 70% desse livro, sao de descrições longas sobre as paisagens de Kyoto, sobre kimonos, tecelagens, e sobre os costumes e tradições da cidade, e das famílias que vivem na cidade.

Por o livro descrever muito pouco os personagens, acabei não me apegando a quase ninguém, com exceção da Chieko, que é a personagem usada com mais frequência na estoria, e que por consequência acaba sendo a personagem mais bem definida pelo autor.

Eu sinceramente, não acho que todas essas descrições ocuparem boa parte do livro, seja um defeito. Pois acho que a intenção do kawabata, era realmente criar algo contemplativo.

Mas eu sinceramente estava esperando algo diferente. Talvez uma sinopse mais elaborado pela editora, tivesse me preparado melhor para o que eu encontraria.

Mas enfim.... não acho que foi tempo perdido. Acho que vale a pena dar uma chance pro livro. Mesmo com muitas descrições, ele tem passagens muito belas, e o Kawabata sabia descrever cenários de uma maneira muito rica em detalhes. Sem falar que é legal saber como funcionavam alguns costumes e festejos em Kyoto nos anos 60.
Betega 12/09/2019minha estante
Fiquei com a mesma sensação de que se a sinopse fosse melhor, eu teria gostado mais do livro. Nem sempre isso é tão importante mas, creio que por esse livro ser bastante diferente do que estamos acostumados, fez diferença. Mas valeu a pena, agora quero ler outro do Kawabata pra ver o que penso.




Henrique Fendrich 11/06/2020

Não é um livro, é uma pintura ou uma fotografia. A ação não tem tanta importância como o sentimento. O ser humano flagrado por Kawabata ainda não se alienou da natureza ao seu redor – ao contrário, eles ainda são uma coisa só e dessa interação tiram grande parte da beleza da imagem. A ternura ainda é uma marca presente nos relacionamentos e os desejos são simples e puros. O autor não deixa de expor, inclusive, cada um dos silêncios que marcam a conversa entre dois seres, porque sabe que com isso ele nos apresenta um retrato mais fiel e mais bonito. As tradições, aquilo que dá um sentido e coesão a uma sociedade, permeiam toda a ilustração. Nota-se alguns encontros e desencontros, pequenos sonhos e frustrações, pois é disso que somos feitos, e a trama não se resolve no final – trata-se, afinal, de apenas um instantâneo, cuja história é completada pelo olhar do observador. Esse, ao contemplar o quadro todo, sente o coração aquecido e uma leve esperança no futuro da humanidade.
Maria 13/06/2020minha estante
Uau! Quero ler!




Eduardo 05/02/2012

Isso não é uma resenha, tá. É uma conversa de msn.
kawa, bata.
deixa eu colar um pedaço aqui pra ficar claro o que vou dizer.
é uma leitura muito diferente, este kawabata
por ser oriental, japones, ele meio que me pega com olhos habituados a livros ocidentais
daí estranho esse livro, o jeito como ele narra, as coisas as quais o narrador da valor, enfim.
a verdade é que acho sem graça.
te entendo muitíssimo
Mishima é o cara
baby
Eu acabo comparando com o livro que li do mishima
e ele, mishima, apesar de tbem promover esse "choque" de cultura
pq esses japoneses adoram falar de templos e costumes deles, nunca vi
vc nao leu o melhor do Mishima
eu insisto
EU SEI
só um.
O MARINHEIRO QUE PERDEU AS GRAÇAS DO MAR
ok.
nunca esqueça diss
o
ok
eu ia dizendo que o mishima ainda desce bem
apesar das peculiaridades, se aproxima do jeito ocidental de contar histórias
é
ele me lembra Lispector
pq ele faz analise psicologica dos personagens
ISSO
mas o kawabata não.
é como se ele não conhecesse por dentro os personagens
e ficasse descrevendo seus movimentos e intuindo, aqui e ali, os sentimentos deles.
não é nada introspectivo.
esse livro é todo de imagens.
ligadas à natureza, sobre tudo. ele é minucioso.,
e totalmente afeito a descrever coisas, costumes, festas, pratos
daí eu choro.
OLHA

>
"O enrolado do yuba assemelha-se ao enrolado de enguia - que inclusive leva o mesmo nome -, mas o dessa casa consiste em bardana enrolada no yuba. o yuba-de-peonia traz sementes de ginkbo envolvidas em laminas de yuba e tem um aspecto que lembra o hirousu"
pqp
só faltou dar o tempo de preparo e quantas porções rende.
tem mto disso no livro
essas descrições de costumes e habitos japoneses, des festas, hierarquias, enfim.
isso é horrível nao?
(assim como achei excessivas os comentarios sobre templos e hierarquias religiosas no livro do mishima. Mas isso é japao, acho que aqui eu que estou errando)
SIM
e enfim
nada acontece nessa porra
E TEM MAIS CRITICAS
eu sei
japoneses são contidos
é uma cultura totalmente diferente
a forma como eles demonstram as emoções
mas mesmo sabendo
não consigo deixar de estranhar, né.
o livro conta a historia de Chieko
que foi abandonada na casa de dois comerciantes burgueses
que criaram ela com mto amor etc
um dia
ela descobre que tem uma irma gemea, meio pobrezinha
AGORA VEJA A CENA.
a chieko andava desconfiada
ja tinha vista a moça uma vez e tal
e um dia encontra ela de novo e se aproxima dela
veja como kawabata narra
duas irmas gemeas
se reencontrando pela primeira vez
[chieko se aproxima da moça. elas nunca se falaram nem se olharam de frente antes disso]
"A jovem encarava chieko como se quisesse devorá-la com o olhar. --Porque orava tanto? Perguntou Chieko. / -- Estava me observando? -a voz da garoto tremia- É que queria saber o paradeiro da minha irmã mais velha... Oh!... Mas... Mas é minha irmã! Foi a graça dos deuses que nos ajudou - As lágrimas transbordavam dos olhos dela.
Não havia dúvida, tratava-se daquela jovem da aldeia dos cedros de Kytayama
"
meus olhos ocidentais acharam isso tão cafona.
extremaly!
fuck
mas enfim
devo terminar
preciso ler mais japoneses. me habituar.
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bella 16/10/2013

Curti demais a leitura, embora, de início, seja um estilo de escrita muito diferente para mim. Também há um certo excesso de descrições que, pelo menos pra mim, cansam um pouco - talvez por serem descrições de roupas, festas e costumes, os quais eu já conheço.

Ainda assim, é uma história interessante e as duas irmãs cativam.Deu vontade de ler os próximos.
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Wilson 18/09/2019

Bom livro
Bom livro de Kawabata, mas tive o azar de ler uma antiga edição portuguesa, o que dificultou a leitura.
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Mario Miranda 23/04/2020

Uma Pintura Japonesa
Kyoto é uma das obras mais brilhantes de Kawabata. Talvez por ser uma das últimas obras a serem escritas pelo autor, demonstra um refinamento na arte de sua escrita.

A narrativa, centrada na jovem Cheko, demonstra o período pós segunda guerra mundial, em um Japão se modernizando e adentrando na cultura ocidental, ao mesmo tempo em que se mantém atrelado à culturas milenares daquele País. Cheko é filha de um produtor de Kimonos, presa em uma história por não ser filha legítima dos pais que a criaram, e que participa da cultura original-tradicional enquanto busca as suas próprias origens.

A obra faz diversos aprofundamentos nas seitas e cerimoniais japoneses, não de uma maneira detalhada como vemos em Mil Tsurus, mas de uma maneira mais abrangente e complexa.

Ler Kawabata é como ter um Panorama de uma pintura japonesa sendo narrado: cada detalhe da cultura, cada beleza e riqueza vai sendo delicadamente passado ao leitor. Sem dúvida uma das leituras mais agradáveis que se possa fazer.
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Matheus945 10/06/2020

Definitivamente, Kyoto
Nessa minha segunda leitura de Kawabata, tudo que eu gostei de ler no primeiro livro ainda está presente. A escrita delicada, personagens no meio de conflito interno, descrições singelas do ambiente...

Nesse livro o autor nos apresenta uma declaração à cidade de Kyoto, com seus INÚMEROS festivais, tradições que ainda continuam fortemente presentes e muitos detalhes sobre a produção de kimonos na cidade. A cada palácio, praça, região que ele descrevia eu acaba procurando na internet pra ter imagens do lugar e, se alguém me desse uma passagem de avião pra ir pra lá eu iria sem pensar duas vezes. Um lugar tão lindo que inclusive tem uma história de que a cidade foi poupada dos ataques com as bombas que atingiram Hiroshima e Nagasaki justamente por ser uma cidade bonita.

Mas o resto da história, sobre Chieko e sua origem, não é tão forte assim. Ela quase perde seu protagonismo pra própria Kyoto e outras subnarrativas como a da decadência da loja da família, o conflito interno do pai, entre outros. Gostaria que a presença dela fosse maior na história e por isso avaliei com 3 estrelas, mas não é jamais um livro ruim.
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Cinara... 12/06/2020

"Nascer neste mundo significa ser abandonado por Deus."

Que escrita maravilhosa do Kawabata!! Apaixonada!
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Raphael 20/07/2020

Instrutivo, mas esquecível...
Foi uma leitura agradável, instrutiva, capaz de entreter e de instigar a curiosidade, mas ao mesmo tempo foi uma leitura bastante esquecível.

Em Kyoto, conhecemos Chieko, uma jovem que, quando bebê, fora abandonada à porta de um casal de ricos, porém decadentes atacadistas, tendo sido adotada e criada por eles como filha. Chieko eventualmente acaba descobrindo que tinha uma irmã gêmea, de nome Naeko, que, órfã desde muito cedo, vivia em circunstâncias socioeconômicas bastante duras.

O livro parece uma crônica do cotidiano do Japão do Pós-Guerra, conjugando um esforço entre o cultivo das tradições japonesas e um perene mal estar com a crescente ocidentalização dos costumes então em voga. Kawabata resgata as festas tradicionais, as celebrações dos santuários, as crenças populares, a cultura material. Suas descrições são arrebatadoras, tremendamente visuais, e têm o condão de nos fazer querer prestar mais atenção à beleza das árvores, das flores, da vida.

Alguns incômodos: em vários momentos, Kawabata interrompe muito abruptamente cenas e diálogos, de maneira um tanto desconcertante. Esse pode ser um traço de seu estilo - não sei - mas não me agrada muito.

Um colega já havia me alertado que, embora ele mesmo goste do autor, que esse seu estilo um tanto quanto inconclusivo não agradasse a todos. Bem, também achei o livro esteticamente bonito, mas realmente cheguei ao final com aquele "então é isso? acabou?".

Para além das cenas do cotidiano, há uma pitada de drama na vida da protagonista, introduzida com a descoberta da irmã gêmea, mas ele não é tão desenvolvido. Tive a sensação de que a própria Chieko e todo o núcleo de personagens são descentralizados - isto é, importam menos que o cenário. A cidade de Kyoto brilha como um quase personagem do livro, mas seus personagens humanos e sua protagonista perdem em densidade. Por isso, para mim foi uma leitura esquecível.
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Juca Fardin 02/10/2020

Pintura Literária
Kawabata é um daqueles escritores que pintam um belíssimo e valioso quadro com as mais poderosas palavras. Um dos melhores escritores de todos os tempos!!!!!
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