Incidente em Antares

Incidente em Antares Erico Verissimo




Resenhas - Incidente Em Antares


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arlete.augusto.1 19/02/2022

Imperdível!
Fico pensando o por quê de não indicarem esse livro na escola, em vez de tantos outros que fui obrigada a ler e que me fizeram criar um tipo de aversão aos escritores brasileiros. Incidente em Antares é um livro de leitura obrigatória, pois faz uma radiografia das entranhas deste nosso Brasil, válidas em 1963, ano do Incidente, e válidas em 2022, pois nada mudou; ainda temos muitos Campolargos e Vacarianos, donos do poder, que em nome das tradições, da família e propriedade, agarram-se ao poder impedindo qualquer mudança, qualquer progresso, e escondendo todo tipo de vilania. Durante uma greve geral que para a cidade, os mortos insepultos reúnem-se no coreto exigindo ser enterrados e empesteando a cidade com sua fedentina, e colocando às claras todos podres dos homens ditos pilares da Sociedade Antarense, a crise se instala por completo.
É uma crítica à nossa sociedade e à politica vigente, uma crítica à hipocrisia, mas com muito bom humor, além de ser uma aula de história do nosso país.
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BJ Gaby 19/02/2022

Antares
Incidente em Antares foi um livro complicado de ler, a escrita é bem diferente das que estou acostumada, mas já esperava isso por ser um livro do Erico Veríssimo. O livro é dividido em duas partes, a segunda sendo a do Incidente em si, que achei muito boa. Já a primeira, que é contando a história de Antares, achei um pouco confusa umas partes, por ter muitos personagens passageiros. Fiquei muito impressionada com a violência em muitas partes do livro, principalmente no início, mas é essencial para a história. Gostei do livro, porém não é meu gênero favorito no momento, espero poder ler ele daqui uns anos com outros olhos.
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Luna. Potter 15/02/2022

Engraçado...
Esse livro é incrivelmente engraçado de um jeito único! Ver as gerações de duas famílias inimigas passando e evoluindo de geração em geração é super interessante pois os pensamentos e as formas de agir vão mudando
É um livro clássico maravilhoso e tem contextos históricos que aconteceram no Brasil
Recomendo muito ??
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tguedes2 01/02/2022

Antares é o Brasil, o Brasil é Antares
Érico Veríssimo escreveu "Incidente em Antares" em meados de 1970, época do governo de Médici, 4º governo seguido ao Golpe Militar de 1964. O Brasil vivia um grande "conto de fadas político"; vivia sob um véu de fingimento à la George Orwell e seu "Ministério da Verdade" na obra intitulada '1984': enquanto a propaganda entoava uma falsa harmonia social e crescimento econômico fajuto, pessoas eram perseguidas, mortas e torturadas e a imprensa e qualquer tipo de manifestação cultural, artística e política sofriam pesada censura do regime.

Esse livro é uma verdadeira aula de história do Brasil. E ele mostra de forma bastante contundente como a burguesia e elite nacional, nascidas da fraude, da exploração de mão de obra escrava e da crueldade, defendem a manutenção da tradição e dos "bons costumes" por medo da perda de seus próprios privilégios. A defesa da propriedade privada, herdada da roubo e da invasão, é mantida em paralelo com a miséria de milhares. O poder e a propriedade na mão de poucos, fome, degradação, indignidade para o restante. "[...] - E o que me diz da liberdade alheia? E do bem-estar dos outros? - perguntou Martim Francisco. - Ora, professor, que cada qual cuide da sua vida. Quem for mais capaz e mais macho, vence. É a lei do mundo. Sempre foi". Lendo novamente essa citação, me pergunto: mudamos alguma coisa enquanto Nação? Creio que não. Estamos em 2022, mas ainda com um pé no passado.

O incidente que marca a narrativa (a volta dos mortos durante a greve geral de 1963) não é o mais repugnante traço desse enredo. O Brasil anda cheio de Campolargos e Vacarianos, verdadeiros sanguessugas sociais, corruptores da moral e do patrimônio nacional, responsáveis por grande parte dos problemas e violências institucionais sofridos pelo povo brasileiro. Ou isso, ou talvez esse seja o discurso de uma grande subversiva, esquerdista comunista, serva de Moscou (HAHAHA).

Leiam Érico Veríssimo. Talvez um dia alcançaremos aquilo o que ele mais prezava: LIBERDADE.
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Bia 28/01/2022

Críticas atemporais à nossa sociedade
Veríssimo traz tantas críticas à nossa sociedade de uma forma leve, irônica e engraçada. Chorei, ri, me emocionei durante a história dessa cidadezinha e seus habitantes. E o melhor: tudo isso dentro de um contexto histórico social político do Brasil de uma época muito muito interessante (pre-golpe de 64). Vale muito a pena!
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Holly 28/01/2022

Muito bom
Vale a pena ler inteiro, pude conhecer mais da história do brasil a inda dar boas risadas com os lacres do Érico. Recomendo.
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dieizon 22/01/2022

Muito bom
De uma forma bem humorada Érico Veríssimo mostra como certas pessoas quando estão no poder e que pregam falsas modalidades tem o teto de vidro e escondem as mais diversas perversidades sob o pretexto de estarem colaborando para manter a ordem das coisas.
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rhuancsl 22/01/2022minha estante
sabia que iria gostar hihi




Fernabo0 18/01/2022

Genial de cabo a rabo
Antes de começar a leitura fui intimidado por minhas pesquisas, as quais diziam que a primeira parte do livro era lenta e até mesmo penosa de ler. No entanto, fui surpreso com uma maravilhosa construção de uma cidadezinha ao norte de São Borja que, apesar de pequena, fala em nome de todo o Brasil.
A segunda parte, por sua vez, é realmente mais frenética. E tem como objetivo tecer críticas e alegorias das mais diversas. Seja zombar dos poderosos ou trazer reflexões das mais cruéis sobre a humanidade.
Incidente em antares é genial em cada detalhe, uma das mais completas obras que tive o prazer de consumir.
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Gabi 18/01/2022

Sátira Inteligente
O Livro é dividido em duas partes, a primeira mostra a história da cidade de Antares(uma cidade fictícia) e da rivalidade de duas famílias que ultrapassa algumas gerações. Essa primeira parte é importante para trazer o contexto político do Brasil. A segunda parte é de Fato onde o incidente acontece. A Cidade de Antares entra em Greve Geral e nesse mesmo dia coincidentemente sete pessoas morrem, o que é impressionante para uma cidade tão pequena. Por estarem em greve os coveiros se negam a sepultar os mortos e fazem com que deixem os caixões na porta do cemitério.
Esses sete mortos se levantam para assombrar e exigir da cidade que sejam sepultados, e para isso acabam jogando em praça pública os piores " podres" das figuras importantes.
Os Personagens são muito divertidos. Alguns momentos achei a leitura levemente cansativa mas isso não tira o brilho e a inteligência dessa obra incrível.
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Vasconcelos 07/01/2022

Zumbis Gaúchos & Comunistas às vésperas do golpe de 64
O livro pode bem ser resumido na frase do título dessa resenha e, honestamente, é difícil vir algo ruim de uma história dessas.
Esse foi o meu primeiro contato com o Veríssimo. Eu já sabia que ele era gaúcho (nada contra) e que a obra dele se relaciona muito com esse cenário regional cuja história é incontornável em se tratando de obras como O Tempo e O Vento (o nosso Guerra e Paz brasileiro), que ainda não tive a oportunidade de ler, mas que estarei devorando tão cedo quanto possível. Aqui no Incidente, a cidade fictícia de Antares, na fronteira com a Argentina, é um microcosmo da história do Rio Grande do Sul e, por extensão, do Brasil - com seus coronéis mandando e desmandando, com a eterna luta para solidificar uma democracia aos trancos e barrancos, etc.
Toda a primeira parte do romance é dedicada a explorar esse microcosmo como um espelho da história do Brasil. Os personagens a que somos apresentados são ativamente engajados em causas políticas a fim de defender seus respectivos interesses - como o coronel Tibério Vacariano e a matriarca Quitéria Campolargo, que se recusam a aceitar a posse de João Goulart para a presidência da República e falam até em golpe de Estado para evitar a "ascenção do socialismo" - um golpe que, como infelizmente sabemos, não tardou a vir.
Mas o grande conflito do livro, além de ser permeado com a carga política presente na primeira parte, também traz um elemento sobrenatural que lembra muito o realismo fantástico de outros autores latino-americanos, como o Gabo. Mas enfim, sem spoilers (se é que podemos chamar de spoiler algo que está escrito no verso da edição que li).
De qualquer modo, as revelações que o elemento sobrenatural traz em relação à vida hipócrita da cidade são divertidíssimas. Há muito humor aqui, apesar dos temas sérios, como o autoritarismo e a tortura.
Enfim, muito bom. Recomendo. E espero ter a oportunidade de ler mais Veríssimo em breve.
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Carolina.Ramos 05/01/2022

O livro pode até ser sobre 1930 (eu acho) mas poderia ter sido escrito esse ano. As intrigas políticas são as MESMAS, parece que o Brasil não evoluiu nada, nós somos mudamos os nomes dos políticos, de resto é tudo um grande copiar e colar.

É um livro leve de ler, uma linguagem simples, personagens divertidíssimos, retratos de todas as camadas da sociedade. Você se apega muito aos dramas e fica com um desejo real de que eles se resolvam, que ocorra uma grande mudança, uma grande revolução, que tudo mude, mas acho que a grande especialidade de Érico era escrever a vida como ela é, e na vida não existe isso de grandes revoluções.

Eu queria mesmo era que o padre tivesse se dado bem.
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Iago.Messias 05/01/2022

O pavoneado teatro dos vivos
O livro é dividido em duas partes. Na primeira nos dá um pouco de contexto sobre a cidade, sobre as transformações políticas da época e um pouco sobre as personagens. Mas é na segunda metade que o livro desabrocha, um certo evento faz com que os habitantes de Antares sejam confrontados com as verdades inconvenientes que todos fingem não conhecer e suas consequências, para a cidade e para os habitantes.
Um livro graciosamente escrito, que combina o real e o fantástico de maneira burlesca. Faz críticas mordazes ao coronelismo e à ditadura militar, sem perder o humor ou a sagacidade, e ironiza a hipocrisia de todos os participantes do baile de máscaras das convenções humanas.
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Laninha 31/12/2021

Demorei, mas concluí
Um livro divertido, dei boas risadas. Em alguns momentos foi cansativo, mas não a ponto de querer desistir. Dá pra fazer boas reflexões.
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