LimaOLimao 28/02/2024
Esse tijolo foi minha segunda experiência com a escrita dele
Enredo - 4,5
O começo da estória foi lento, o meio, foi instigante e promissor e, o final, o final foi estupendo! Maravilhoso! Incrível... tudo isso com um toque... diferenciado, digamos assim.
Achei, já no começo da leitura, que não tinha sido uma boa ideia, eu ter de ler mais de 1.000 páginas do Stephen, tendo como experiência de leitura, só um único livro dele. Pensei que, como ainda não estou acostumada com a escrita dele, eu teria uma ideia errônea sobre o livro, que seria maçante e que acabaria abandonando a leitura, por isso o início não foi tão instigante como parecera ser.
Mas foi uma estória, que aos poucos, foi me instigando e me tirando o medo de ter escolhido o livro errado. Aí vocês vão me perguntar, ( ninguém vai perguntar kkkk ) porque eu não escolhi dar 5 estrelas, então!? Eu explico mais abaixo.
Personagens - 4,0
Foram tantos personagens apresentados, tantas construções de estórias, inclusive, acho fod* quando os personagens, nas suas mais diversas peculiaridades, conseguem me fazer sentir que todos eles são reais, tem um quê de psicologia. Quando o personagem age de acordo com a experiência de vida, e não tem atitudes, que mostra que o escritor só quis elevar o personagem, conseguem entender!? Eu acho que li de mais ficção adolescente.
Enfim...por mais que, apresentados por um curto período de tempo, ao ponto de eu nem sequer ter criado algum vínculo com os personagens, que eu até pensei, que eu não ia conseguir lembrar de todos ao final da leitura. ( isso, porque, o livro se trata de uma epidemia. ) então a morte, é óbvia, mas nem tão óbvia nesse livro.
Mas dando tempo ao tempo, os personagens principais foram tendo mais destaque e não foi confuso de acompanhar e nem de lembrar deles e de suas "histórias de vida".
Stuart Redman, "Frannie" Goldsmith, Larry Underwood, Nick Andros, Glen Bateman,
Ralph e Lucy (esqueci o sobrenome do dois) e por fim, Tom Cullen que conquistaram meu coração.
Pra mim, faltaram POVs á serem adicionados, principalmente do personagem que me cativou, e que não o teve. Teve do ponto de vista de outro personagem falando dele, mas não era o que eu esperava.
O Tom, desde o começo, foi o personagem que me cativou mais, e que não teve um POV no final. Coisa, que eu gostaria que tivesse, pelo menos por três páginas. Não só por eu gostar bastante do personagem, mas também porque abrangeria, provavelmente, mais dois personagens, Lucy e o Leo, e isso foi o que me surpreendeu e deixou a desejar.
Escrita - 4,0
Hilário, que aos poucos vai se percebendo as características que diferencia a escrita do King, da dos outros autores. Ele explica isso no começo do livro, junto da explicação de ele ter retirado 200 páginas na primeira publicação do livro e o porquê ele decidiu publicar de novo o livro com as páginas retiradas.
Eu ainda acho, que a perspectiva da leitura "funcionar" ou "dar errado", depende do ponto de vista do leitor, que é bem relativo. O que seria óbvio, porém eu estava me deixando levar, por ler algumas resenhas, dizendo que a escrita, bem específica do autor, não funcionar em tal livro. O que me deixou receosa em continuar lendo os livros dele, e que bom que eu li logo 1.248 páginas, assim eu tenho a soma, talvez, e experiência de uns 5 livros lidos, de uma só vez do King.
Mundo - 5,0
O mundo com qualquer tipo de epidemia é bastante assustador, agora imagine uma epidemia que "carrega" 98% ou 99% da população, não tem palavra ou frase que sustente, ou que "combine" para tal acontecimento.
Seria muito difícil, impossível,
acho eu, a leitura do livro, se eu tivesse perdido algum parente pra Covid-19. Pois se trata de um acontecimento que alguns anos atrás, nós estávamos passando, passando por uma situação bem similar, o mundo inteiro, na verdade.
Então esse livro abrange a política, o desespero dos cidadãos que não tinham nem o governo para contar, mesmo que na maioria das vezes, não o temos, e quando temos, é opressivo. Então, pra algumas pessoas, alguns acontecimentos, possa dar gatilho.
Então 5,0 estrelas, porque não deixa de ser tratado, mesmo em ficção, de forma deplorável que é, o governo - sendo boazinha - alguma das vezes.