O Amor nos Tempos de Cólera

O Amor nos Tempos de Cólera Gabriel García Márquez




Resenhas - O Amor nos Tempos do Cólera


1008 encontrados | exibindo 121 a 136
9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 |


spoiler visualizar
comentários(0)comente



Natalia 13/05/2014

O amor nos tempos do cólera
"O amor nos tempos do cólera" é uma obra de Gabriel Garcia Márquez, ganhador do prêmio Nobel de literatura em 1982. Um fato curioso é que dizem que , apesar de ser mais conhecido por "Cem anos de solidão", Garcia Márquez diz que "O amor nos tempos do cólera" foi o livro que ele escreveu com as entranhas.

O livro conta a história de amor do telegrafista Florentino Ariza por Fermina Daza, através de lembranças de ambos.

No inicio do livro podemos ver o casal Firmina Daza e Juvenal Urbino, já idosos, porém logo observamos que Florentino mantém um amor de mais de cinquenta anos por Fermina, a quem ele jurou amor eterno.

Florentino se apaixonou por Fermina ainda na juventude, porém quando Lorenzo Daza, pai de Fermina, descobre o romance, decide embarcar a filha em uma viagem de um ano para que ela se esqueça de Florentino.
Quando ela e o pai retornam à cidade, Fermina rejeita se casar com Florentino e casa-se com Juvenal, considerado por ela e pelo pai como um bom partido.

Durante as décadas seguintes, Fermina e Juvenal formam uma grande família, enquanto Florentino, que continua apaixonado por Fermina, tenta esquece-la envolvendo-se com várias mulheres, porém, nunca consegue esqueça-la e a espera por mais de cinquenta anos.

Esse com certeza foi um dos melhores livros que já li, é um livro que celebra o amor, mas que também tem foco no envelhecimento e na morte. A história é cheia de momentos divertidos e triste, da delicadeza de um amor a vivacidade de uma paixão.

site: http://nataliasantos.wordpress.com/2014/03/04/4o-livro-do-ano-o-amor-nos-tempos-do-colera/
comentários(0)comente



Emailson 17/05/2014

O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Marquez
O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Marquez
A obra: “O amor nos tempos do cólera” é um romance do realismo fantástico latino-americano, do escritor colombiano Gabriel García Marquez . A obra narra o romance de Florentino Ariza e Fermina Daza. Ele se apaixona por ela e espera mais de meio século para que possam finalmente desfrutar de um amor, que não respeita o limiar do tempo. E provam a tese de que o amor não possui limites.
comentários(0)comente



Fernanda 12/09/2014

Minha história de amor preferida de todos os tempos, pra sempre. História de um homem que dedica sua vida a um único amor, sem se privar dos amor furtivos. E de uma mulher que nega essa aproximação, até que o destino se mostra mais forte que ela.

site: http://duosimplicantes.blogspot.com.br/2014/03/o-amor-nos-tempos-do-colera-minha.html
comentários(0)comente



Fernanda 26/09/2014

"Florentino Ariza não deixara de pensar nela um único estante desde que Fermina Daza o rechaçou sem apelação depois de uns amores longos e contrariados, e haviam transcorrido a partir de então cinquenta e um anos, nove meses e quatro dias."

"O amor nos tempos do cólera" é um livro grandioso. Saindo de mim, pode até soar exagerado mas... não.
O autor, Gabriel García Márquez, ou Gabo para os íntimos (eu), foi vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1982 e isso não foi aleatório, amigos.
O livro em questão foi lançado em 1985 e conhecemos a história de amor e solidão de Florentino Ariza pela singular Fermina Daza; um amor obstinado que espera mais de meio século para se tornar possível.
Um amor de cartas, corações partidos, lágrimas e serenatas que despertou em mim algo indescritível.
Mais que uma história de amor, o livro narra as histórias dos amores que surgiram por causa de um amor infeliz; alguns fatos tão fugazes, outros tão intempestivos... essa linha atemporal que o autor nos joga mexe com os sentidos e, sobretudo, com os sentimentos.

A narrativa é em terceira pessoa e várias perspectivas nos são apresentadas, o que é interessante pois conhecemos os personagens intimamente e nos deparamos com os ~erros~ das perspectivas de outros personagens.
O melhor exemplo é Fermina Daza. Ela é idealizada por Florentino Ariza; sua "deusa coroada" sem erros, nem mácula. Porém, ao leitor é apresentado uma Fermina humana, palpável.
A passagem do tempo do livro nos inspira muito também. A maturidade faz bem à Florentino Ariza. Sua percepção de mundo com relação aos amores amplia os horizontes e o deixa mais compreensível e tolerável.

"O coração tem mais quartos que uma pensão de putas...", de fato, Florentino. De fato.

Gabriel García Márquez é conhecido como o percursor do Realismo Fantástico. Ele inclui elementos de lendas e os torna possíveis em seus histórias. Em "O amor nos tempos do cólera" o imaginário dos personagens é cheio de superstição, mas claro que também há os que sempre tem uma resposta racional para os questionamentos. Na verdade, temos os dois extremos bem representados no livro.
É fabuloso como os personagens, e seus sentimentos, são reais. Florentino Ariza inicia um tolo passional. Ele se apaixonou por Fermina Daza desde a primeira vez que a viu, e a partir dessa primeira troca de olhares sua vida seria vivida em função dela.
Fermina Daza também se deixa encantar pelos arrombos das paixões juvenis, mas ao contrário de Florentino Ariza, sua ilusão passou.

"... ao contrário daquela vez não sentiu agora a comoção do amor e sim o abismo do desencanto. Num instante teve a revelação completa da magnitude do próprio engano, e perguntou a si mesma, aterrada, como tinha podido incubar durante tanto tempo e com tanta ferocidade semelhante quimera no coração."

Fermina Daza segue em frente. Casa com Juvenal Urbino e vive os altos e baixos do casamento. Enquanto Florentino Ariza vira o comedor oficial da cidade; um comedor muito discreto, porém.
Dentre personagens tão diferentes vemos fragmentos de pessoas muito reais.
Sempre digo que eventualmente me dou licença poética para amar personagens que eu jamais me relacionaria na vida real. E Florentino Ariza se enquadra, com certeza. Inicialmente, seu romantismo exacerbado é... irritante? Bem, claro que depende do ponto de vista do leitor e sou bem Fermina Daza nesse aspecto. (RÁ!)
Fragilidade, fúria, sinceridade, frieza... a percepção honesta dos personagens está aberta na narrativa, mas a humanidade escancarada de Fermina Daza em particular me encanta. Eu faria tudo que ela fez.

Sobre o desespero amoroso de Florentino Ariza: pode parecer meio doentio (ok, é completamente doentio), mas por que é tão bonito e aceitável? O universo que Gabriel García Márquez criou inspira aceitação.
Não pensem que a história é água com açúcar ou coisa parecida. A prosa de Gabo é apaixonante sim, mas também (deliciosamente) dolorosa e com forte cunho realista. O autor nos presenteia uma história crua sobre personagens que sentem demais. É incrível a distância que o narrador mantém de seus relatos e é incrível a maneira que ele expõem o amor e a dor de maneiras tão ARGH!

"Mas o exame revelou que não tinha febre, nem dor em nenhuma parte, e a única coisa que sentia de concreto era uma necessidade urgente de morrer. Bastou ao médico um interrogatório insidioso, primeiro a ele e depois à mãe para comprovar uma vez mais que os sintomas de amor são os mesmos do cólera."
"O amor nos tempos do cólera" tem um enredo fantástico (adjetivo) e a prosa poética de Gabo acrescenta um ar de fascinação. É meio difícil de explicar a sensação mas, acreditem, é maravilhosa.

Este foi o primeiro livro que li do autor e fiquei em êxtase e... juro, ainda não passou.

site: http://nemtecontoblogg.blogspot.com.br/2014/04/o-amor-nos-tempos-do-colera-gabriel.html
comentários(0)comente



Mi Hummel 10/12/2014

O amor aos olhos de Gabriel Garcia Marquez
Como em " Cem anos de Solidão", Gabriel Garcia Marquez apresenta suas personagens de forma única. Uma delas sempre é marcada por "amar demais", por ter tanto amor que transborda. É o caso de Florentino Ariza que dedica grande parte de sua vida às viúvas e às cartas. Sua obstinação por Fermina Daza é o que o amadurece. A Deusa Coroada é a sua única ambição e por ela, ele é capaz de tudo. Até abandonar-se num ir e vir eterno. Porque depois de tantos desencontros não há nada mais que se possa desejar da vida além disso.
comentários(0)comente



Dalila 22/12/2014

Uma linda história de amor, não apenas no sentido sentimental, mas amor em todos as suas formas e momentos!Me senti atraída pela história do início ao fim e no final fiquei com uma sensação de tristeza misturada à alegria de imaginar que algo assim possa realmente existir.Florentino Ariza é uma inspiração e um exemplo de que amor quando é verdadeiro, é para toda a vida!!
comentários(0)comente



Jefferson Sousa 18/01/2015

Ah, o amor! Sentimento nobre que em si carrega tantos outros. Imagine você: pelos derradeiros anos do século XIX, num dia qualquer na vida de um rapaz, seus olhos avistam o ser mais belo que um dia existiu e existirá. Coração dispara, pernas bambeiam, olhos brilham. Amor à primeira vista. Depois de intrépidas batalhas, momentos de tensão, dias de angústia e cartas perfumadas trocadas com o ser amado, anos passados com a morosidade de um exímio procrastinador, o objeto de seu desejo simplesmente o descarta como uma simples embalagem de biscoito. Coisas de corações jovens que nunca experimentaram a sensação de um amor não correspondido. Claro, para o pobre rapaz isso significa nada menos que o fim do mundo. Sim, isso é corriqueiro. Trivial. A história universal nos diz que há mais casos assim do que grãos de areia na terra. Porém, o que Gabriel García Marquez (Gabo para os íntimos) nos conta em “O amor nos tempos do cólera” vai um pouco além. Para ser mais exato, cinquenta e um anos, nove meses e quatro dias. Que é o período em que o incansável Florentino Ariza espera pela oportunidade de mais uma vez tentar ter para si o amor de sua musa Fermina Daza.

Depois de vencer o Nobel de literatura de 1982 e de um recesso de um ano sem escrever, Gabo decide contar uma história de amor levemente baseada nas vidas de seus próprios pais. Sendo ele quem é, um dos maiores escritores do século passado, o autor de 'Cem anos de solidão' nos presenteia com um livro lindo, uma história digna de uma das mentes mais inventivas que a literatura já acolheu.

Somos apresentados logo no inicio da narrativa ao casal de velhinhos Juvenal Urbino e Fermina Daza, e vemos sua relação já nos dias finais, já que esposo morre logo no começo do livro. Justamente em seu velório, o paciente Florentino Ariza vê a oportunidade que tanto ansiava e se declara mais uma vez à sua amada, agora viúva. A partir daí a narrativa não obedece a cronologia dos fatos, ela vai e vem ao longo de cinquenta anos, e acompanhamos o "casal" Florentino e Fermina nos momentos mais relevantes de suas vidas.

Será que o amor não correspondido resiste ao tempo? Gabo nos mostra que sim. Em meio a surtos de cólera pela cidade e paixões ardentes (ou você pensou que Florentino não satisfaria sua fome carnal?), o amor incondicional de Florentino Ariza nunca esmoreceu, e apesar de ver sua amada noivando, tendo filhos, vivendo vida de senhora casada, ele, o amor, nunca o abandonou por um só instante. O realismo fantástico, tão presente em todas as obras do Gabo, aparece aqui exatamente como o amor intangível, que extrapola todos os limites do bom senso e manda às favas o egoísmo, e, porque não, o amor-próprio. E isso com a maestria que só o autor colombiano é capaz de realizar, fazendo uma história que tinha tudo pra ser inacreditavelmente triste, se tornar, de forma quase poética e tipicamente latina, uma belíssima história de amor.

Para alguns, esperar meio século pelo amor de alguém pode parecer loucura, algum distúrbio mental, talvez, mas, lendo o livro isso sequer passa na cabeça do leitor, tendo em vista as tantas outras micro-histórias dentro da narrativa, como a viagem nunca concluída de Florentino, assim como a perda de sua virgindade com uma mulher que ele nunca viu o rosto ou sequer tem certeza de seu nome. Ou suas paixões, desde Ausência Santander até a célebre viúva de Nazaret, sendo o caso dessa última o mais interessante. “Florentino Ariza a despojara da virgindade de um casamento convencional, mais perniciosa do que a virgindade congênita e a abstinência da viuvez. Ele lhe ensinara que nada do que se faça na cama é imoral se contribui para perpetuar o amor. E algo que havia de ser desde então a razão de sua vida: convenceu-se de que a gente vem ao mundo com as trepadas contadas, e as que não se usam por qualquer motivo, próprio ou alheio, voluntário ou forçado, se perdem para sempre. O mérito dela foi torná-lo ao pé da letra”.

Certamente um dos melhores livros de Gabriel García Marquez. Pra quem nunca o leu, aqui está uma bela oportunidade de adentrar nesse mundo de realismo fantástico que tanto encanta gerações de leitores. Um livro que fala do amor acima de tudo. Apesar de tudo. Distância, tempo, e toda e qualquer barreira que a vida possa construir. Até a cólera.

site: http://gnomoseries.blogspot.com.br/2015/01/resenha-o-amor-nos-tempos-do-colera.html
comentários(0)comente



PEDRO 23/01/2015

O que dizer desta pequena obra-prima? Primorosamente bem escrita, retrata com absoluta fidelidade a vida de Florentino Ariza, seus amores, suas lembranças enquanto espera o momento de, finalmente, já no final de sua vida, unir-se àquela que sempre povoou seus pensamentos e suas lembranças de juventude. Difícil esquecer, difícil até comentar. Só lendo. Primoroso.
comentários(0)comente



Thalita 25/01/2015

[Resenha] "Amor Nos Tempos do Cólera", de Gabriel Garcia Márquez
Já li muito sobre o amor. Aliás, a literatura está recheada de livros que contam as mais diversas histórias de amor, porque esse sempre foi um tema que atraiu muito as pessoas, principalmente nós mulheres. A mim, os romances sempre me interessaram. Por outro lado, não me interessam muitos as pieguices românticas tão comuns nos livros que tem como alcance principalmente o público jovem. O amor não é piegas e não precisa ser para ser amor.

Essa introdução toda é para falar sobre o livro “Amor Nos Tempos do Cólera”, de Gabriel Garcia Márquez. Ganhei esse livro no ano passado e posso falar que foi um dos melhores presentes que ganhei em 2014, porque esse livro é uma jóia rara, uma jóia rara sobre o amor.

Apesar de não ter lido muito seus livros, Gabriel Garcia Márquez (ou Gabo) é um dos meus escritores preferidos. Uma das primeiras coisas que me atraem num escritor é sua escrita. A forma como conduz a história e nos envolve nela é essencial para eu definir – na minha opinião, claro – se esse escritor é bom ou ruim. Sabe aquele tipo de linguagem simples, sem muitos alardes e palavras difíceis, mas que narram uma trama de uma forma bem elaborada e inteligente, com um enredo lógico e natural? Pois é, encontramos isso no Gabriel. Aliás, mais de meio século se passa entre o início e o fim da história e, mesmo assim, o livro não é tedioso. Ao contrário, cada página dá um gostinho de querer ler mais e mais.

Para quem não sabe, Gabo morreu ano passado. Foi uma das grandes perdas literárias que tivemos. Para nossa sorte, o legado que ele deixou foi incrível e será eterno. Gabriel Garcia nasceu em 1927, na Colômbia. Dentre os vários prêmios os quais foi coroado, ganhou o Nobel da Literatura em 1982, pelo conjunto de obras escritas. Faleceu aos 87 anos, na Cidade do México, e deixou para a humanidade uma herança de um pouco mais de trinta obras.

“Amor Nos Tempos do Cólera” começou a ser escrito em 1984 e publicado em 1985, ou seja, logo após Gabriel receber o Nobel. Ele estava no auge. Além disso, é um romance muito especial, porque foi inspirado na história dos pais de Gabo, Gabriel e Luiza. O próprio Gabriel, numa entrevista ao jornal New York Times, três anos após a publicação do romance, afirma que "Foi a época em que fui quase completamente feliz. Gostaria que minha vida tivesse sido como naqueles anos em que escrevi 'O amor nos tempos do cólera’”. E completou: “Todas essas coisas para mim são parte da nostalgia. Nostalgia é uma fonte incrível para inspiração literária, para inspiração poética”.

O livro retrata o amor. Um amor que se revela através de cartas e que ganha proporções irremediáveis na vida de dois jovens, Florentino Ariza e Fermina Daza. Um amor interrompido pelo casamento de Fermina com o médico mais conhecido e cobiçado da cidade, Dr. Juvenal Urbino. O amor que se constrói durante um casamento estável e duradouro, mas também o amor de um homem que espera mais de meio século, de forma paciente, o momento de reconquistar e ter a sua amada de volta. Os amores carnais de Florentino com suas centenas de amantes. O amor que quer crescer na vida, para que a sua amada o veja em boa condição social. O amor que se reconstrói e que encontra guarida em dois amantes septuagenários, indo de encontro a todo o preconceito de uma sociedade que entende que amar é para os jovens. A redescoberta do amor carnal desses dois amantes, corroídos pelo tempo, mas ainda com a capacidade de amar.

Esse é um livro de quebra de preconceitos. Feito para mostrar que estão enganados(as) aqueles(as) que acham que o amor não resiste ao tempo ou ao primeiro “rabo de saia” e também os(as) que acham que na terceira idade não existe amor (e nem o sexo!).

Florentino é aquele amante apaixonado, romântico, que consegue expressar de uma forma até dramática todo o seu sentimento por Fermina Daza através das cartas. Já esta é um contraponto: fria, comedida, que nunca demonstra seus verdadeiros sentimentos e que consegue com certa frieza até interromper seu romance com Ariza. Juvenal Urbino, por outro lado, é um cara objetivo e que corre atrás daquilo que quer, almeja estabilidade e vê em Fermina Daza a esposa perfeita, não por amá-la, mas por ver nela um porto seguro.

Os livros de Márquez também têm como característica refletir os rumos políticos e sociais da época em que narravam, dessa forma, aqui o escritor mostra como pano de fundo uma sociedade colombiana vítima das tantas guerras, preconceitos e avanços “tecnológicos” no período de 1880 a 1930. Também apresenta uma das calamidades que assolou o país no final do século XIX, que foi o cólera. Aliás, numa época onde a sociedade é assolada por essa doença, Florentino Ariza vive seus momentos de maior paixão, cujos sintomas são tão parecidos com a doença, que um médico vai ao seu encontro e afirma “os sintomas do amor são os mesmos do cólera” (p. 82).

Enfim, um livro que espelha a nobreza daquele que o escreveu. Eu saboreei cada página desse livro, por isso, demorei cerca de um mês para lê-lo por completo. Encantei-me com cada personagem, com cada carta escrita, com cada caso de Florentino, com os conselhos de sua mãe (Trânsito Ariza), com a frieza de Fermina Daza, com os sofrimentos de Florentino Ariza, com os seus muitos poemas escritos, com os avanços e tropeços do casamento de Fermina Daza e Juvenal Urbino, com a morte deste, com o amor que espera, que é paciente e que tudo suporta e com o reencontro de dois amantes.

“Pois tinham vivido juntos o suficiente para perceber que o amor era o amor em qualquer tempo e em qualquer parte, mas tanto mais denso ficava quanto mais perto da morte” (p. 428).

“- E até quando acredita o senhor que podemos continuar neste ir e vir do caralho? – Perguntou. Florentino Ariza tinha a resposta preparada havia cinqüenta anos, sete meses e onze dias com as respectivas noites. – Toda a vida – disse.” (p. 431).

Nota: 5/5

Curiosamente, o livro foi para as telas de cinema em 2007, com direção de Mike Newell. Fermina Daza é interpretada pela atriz Giovanna Mezzogiorno, Florentino Ariza, por Javier Bardem e Juvenal Urbino, por Benjamim Bratt. Surpresa agradável foi ver Fernanda Montenegro interpretar a personagem Trânsito Ariza. Assim como todo filme que se baseia no livro, este foi uma adaptação. Foi difícil conseguir o filme, pois ele está esgotado no fornecedor, tive que locá-lo. Mas o filme, assim como o livro, é muito bom.


site: https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2605661639573822812#allposts
comentários(0)comente



Mirna 04/02/2015

Cólera foi exatamente o que eu senti lendo esse livro
Este livro me marcou de tão ruim e dolorosa que foi sua leitura. Arrastado à beça, se trata da história de um velho que esperou a vida inteira por uma mulher que o desprezou quando eram jovens, casou com outro e manteve-se desprezando-o solenemente. Tosco. Ao terminar de ler (o que levou uns 3 meses e o livro nem é tão grande), fiquei com tanta raiva que me desfiz do livro na mesma hora. Me decepcionei profundamente. Não esperava uma história tão cafona vindo do Gabriel García Márquez.
comentários(0)comente



Raphael 16/03/2015

Comentário sobre "O Amor nos Tempos do Cólera", de Gabriel García Márquez
Quitei um débito consciencial e terminei a leitura do meu primeiro Gabriel García Márquez: "O Amor nos Tempos do Cólera". O livro é maravilhoso!
O tema não é assim tão incomum. Trata, sobretudo, do amor que espera paciente e resiste a todas as vicissitudes do tempo. Um amor de juventude, de cartas febris, carregado de idealização romântica, une os destinos de Florentino Ariza, um pobre telegrafista, e de uma moça mal saída da adolescência, de família abastada, porém não nobre, chamada Fermina Daza.
Foi por acaso que Florentino Ariza a viu. Encantou-se de imediato. Logo passou a frequentar os lugares por onde ela passava cotidianamente apenas para vê-la, buscando no fundo de sua alma atormentada a coragem para dar o primeiro passo. Esse primeiro passo foi dado, mas não vou entrar em detalhes a este respeito. Apenas registrar que a relação que Florentino Ariza estabelece com Fermina Daza, a princípio, muito me remeteu à relação que o Marius, de Victor Hugo, estabelece com Cosette, em Os Miseráveis. Não que esse amor romântico e profundamente idealizado seja incomum na literatura - pelo contrário. Mas, talvez por se tratar de leituras recentes, não pude deixar de identificar o telegrafista caribenho de García Márquez ao Barão de Pontmercy, do romancista francês: ambos monomaníacos, sonhadores e donos de uma obsessão doentia.
Marius, no entanto, seria mais feliz que o pobre Florentino. Por que? Porque Fermina Daza acabaria por rejeitá-lo, consentindo em se casar com outro homem: o jovem e renomado médico Juvenal Urbino, pertencente a uma família da aristocracia tradicional. A Florentino Ariza, profundamente arrasado, restou a espera - a projeção do passado que não foi no futuro que pode vir a ser. Viveria todos os seus dias para ser dela.
Confesso que, inicialmente, não votei muita simpatia à monomania de Florentino Ariza, à sua ambição obsessiva por uma mulher com a qual pouco convivera e que devia ser, em grande parte, uma projeção. Ao atravessar os seus sucessos e insucessos, no entanto, guiado pela prosa revivescente de García Márquez, é difícil não se apiedar de sua condição de heroísmo trágico.
E, assim, sob a inclemência do tempo que passa e tudo faz para conscientizá-los de que não passa apenas para os outros, o autor custura a evolução desses personagens. A vivacidade da juventude se despede, a velhice chega e a morte espreita. O amor é o amor em qualquer tempo - bem o diz García Márquez. Mas torna-se mais denso à medida que se aproxima da morte. E, no final das contas, seria a bandeira amarela da desgraça o salvo-conduto da ventura triunfante. O que quero dizer com isso? Quem ler entenderá...
Cercados pela inclemência do mundo e pela barbárie da civilização moderna, acho que somos especialmente sensíveis a esse tema do amor que espera, carregado de uma romantização, de um investimento ideal diante de uma situação a qual, de bom grado, delegaríamos a outrem. A tragédia daquele que espera é alçada aos píncaros da glória redentora, da beleza que consegue se impor em meio a um mundo de misérias, a exemplo da flor que vence as dificuldades do asfalto para contemplar a luz do Sol. Tragédia que tem a sua beleza...
Por fim, bateu à porta o momento pelo qual Florentino Ariza tanto aguardou: o doutor Juvenal Urbino estava morto. Mais de meio século de espera havia então transcorrido e, ainda no funeral do rival virtuoso, renovaria os seus votos de amor diante de uma viúva desconcertada e teria que se haver com uma compreensível explosão de raiva da parte dela. O que acontece a seguir, também não direi.
O texto de García Márquez é leve, bonito, envolvente e carrega uma profunda sensibilidade na humanização dos personagens. Não é um texto preocupado com máximas morais ou frases de efeito. Gabo é, sobretudo, um contador de histórias. E dá pra sentir, no texto, a paixão de quem o escreveu.
comentários(0)comente



Marques 22/06/2015

Gostaria de ser um renomado e excelente crítico literário para poder exercer nas palavras o meu deslumbramento com esse obra-prima.
Escrito de uma forma que apenas Gabriel Garcia Marquez consegue, esse livro nos transporta para uma cultura tão próxima e tão distante da nossa, nos revelando um amor humano e sofrido. Com personagens críveis e palpáveis nossa imersão nessa obra se torna uma viagem ao passado e o nível de envolvimento com os protagonista do dilema amoroso é único.
comentários(0)comente



1008 encontrados | exibindo 121 a 136
9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 |