O Homem Duplicado

O Homem Duplicado José Saramago




Resenhas - O Homem Duplicado


262 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |


Walker 08/07/2023

Quem é você?
Tertuliano Máximo Afonso foi a uma locadora procurar por um filme que um colega do trabalho indicou. Ele é professor de história e não gosta muito de filmes pastelões e de pouco conteúdo, mas deu o braço a torcer para pelo menos se distrair.

Ao assistir o filme percebe que um ator secundário do filme é sua cópia exata. Ele então começa a investigar para descobrir a identidade do ator e entender melhor essa insólita coincidência.

José Saramago faz uma brilhante narrativa sobre o que é identidade no mundo contemporâneo e como a rotina nos dissolve na multidão. Esteja preparado para uma história diferente, que só o único Nobel de Literatura poderia proporcionar.
comentários(0)comente



Ludmila 24/06/2023

To pensando se algum dia vou ler um livro desse autor e achar ruim... será? Pq, por enquanto, isso tá parecendo impossível!
T.N.T.Rock 25/06/2023minha estante
É uma trama tão cheia de idas e vindas, e como é curioso.


Ludmila 25/06/2023minha estante
Sim! Fiquei pensando o que eu faria de encontrasse outros "eus". Fiquei com vontade de conversar com gêmeos identicos




Nathalia547 14/06/2023

Homens duplicados são escrotos em dobro
Esse livro foi escolhido no meu clubinho do livro, e eu confesso que não colocaria na minha lista tão cedo, mas me surpreendeu tanto que nunca vai sair da minha mente. Não posso dizer que não esperava o final, porque a mulher sempre se lasca, até na ficção. O autor tenta trazer o questionamento sobre a perda da identidade, mas eu só me questionava como o homem pode ser tão escroto. Não sei se o autor queria que a gente odiasse os homens, mas se foi, ele conseguiu.
comentários(0)comente



Dayvs 09/06/2023

Livraço
Nunca tinha lido o Saramago, e senti uma estranheza nas primeiras páginas por ele não dar respiro na leitura. Tudo em blocos. Mas cara, sensacional, e meu personagem favorito foi o senso comum, cheio de ironia. Curti bastante e pretendo reler, um dia. Fiquei preso na leitura que fluiu bem.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Bruna Peixoto 21/05/2023

Que final incrível. Até a última página tinha achado que tinha entendido tudo e que a história teria uma conclusão simples, mas chegou nas últimas frases e explodiu minha cabeça. O livro é um grande quebra cabeça, estou inclusive com vontade de já reler novamente para tentar ver se perdi algo. Super indico a leitura, ler Saramago é sempre surpreendente.
comentários(0)comente



Kau 21/05/2023

Em um dia como outro qualquer, o protagonista encontra um homem duplicado encenando um simples recepcionista de hotel em um filme mediano, e a sensação de perda de identidade o invade. O homem que vê na tela é sua xerox fiel, e não como se fosse um gêmeo perdido, mas alguém com suas exatas características: voz, corpo, cicatrizes, sinais de nascença.
No decorrer de todo o livro, o narrador faz questão de chamá-lo pelo seu nome completo: Tertuliano Máximo Afonso (apesar de o próprio Tertuliano não gostar muito do nome), acredito que em uma tentativa de demonstrar o quanto a individualidade é considerada importante. O protagonista, tenta refletir e compreender o que está se passando em sua vida, sempre buscando auxílio do Senso Comum, que todas as vezes o aconselha a esquecer essas história de sósia, e que é "uma imprudência de todo tamanho" metesse com isso.
A escrita do livro é um pouco densa devido a sua estrutura: português de Portugal, parágrafos muito grandes, capítulos maiores ainda. Mas, ele consegue nos prender e passa aquela sensação de que alguma coisa pode acontecer a qualquer momento, e o final realmente é surpreendente.
comentários(0)comente



Procyon 16/05/2023

O homem duplicado ? comentário
?Diz-se que só odeia o outro quem a si mesmo se odiar, mas o pior de todos os ódios deve ser aquele que leva a não suportar a igualdade do outro, e provavelmente ainda pior se essa igualdade vier a ser alguma vez absoluta.? (p. 297)

O Homem Duplicado é um livro cativante, onde José Saramago se mostra um mestre do suspense ao trazer, nesta trama hitchcockiana, questões ligadas à identidade. Ele também restitui o tema obsessivo do duplo (ou doppelgänger) numa narrativa deveras original e com o estilo peculiar do perspicaz autor. Com laivos de ironia, o livro ambienta-se no mundo pós-globalizado (pós-moderno), em que o sujeito, apático diante duma sociedade que valoriza demasiadamente a individualidade, perde a identidade de si.

?Tanto é o que precisamos de lançar culpas a algo distante quando o que nos faltou foi a
coragem de encarar o que estava na nossa frente.? (p. 11)

O autor, ao contrário do que faz em Ensaio sobre a cegueira, aqui repete insistentemente o nome completo do protagonista para em seguida demonstrar que o nome não restitui o homem de si ? de modo que se desfaz ao longo do romance. O autor, aliás, sempre põe nomes de significado oculto a seus personagens. ?Tertuliano?, esse romano, ou latino, ou lusitano, que sempre procura por algo, sempre inquieto ? D. Carolina tentou dar um nome único ao seu Tertuliano, mas António, cujo nome é bastante comum, é absolutamente idêntico a seu filho.

?Toda a gente sabe que nenhum homem pode ser exactamente igual a outro num mundo
em que se fabricam máquinas para acordar.?

Há de se notar seu aspecto cíclico ? da história, narrativa romanesca, e da história, a que Tertuliano propõe a ensinar (de trás para frente) ?, o que mostra que essa procura do homem pós-moderno pode não ter fim. E que final, este que nos arrebata tanto, e tão brilhantemente que o autor deixa margens a dúvidas que não precisam ser respondidas?

?(?) Como as coisas sempre estão, todas elas, a isso não podem escapar, é a fatalidade que as governa, parece que faz parte da sua invencível natureza das coisas.? (p. 18)
comentários(0)comente



Carlinha 06/05/2023

O início foi um pouco difícil pra mim, primeiro contato com o autor então precisei me acostumar com a escrita. Na primeira parte acompanhamos o Tertuliano Máximo Afonso em busca de seu duplicado na segunda metade a relação entre eles, uma relação muito tensa que acelera a leitura, diferente da primeira parte que é bem mais lenta. Foi um bom livro e me surpreendi no final.
Acabou e eu queria que tivesse mais páginas kkkkkkkkkk
comentários(0)comente



Sra. Cass 25/04/2023

O homem duplicado de José Saramago narra a - doida - história de Tertuliano Máximo Afonso, um professor de história que vê sua vida girar de ponta cabeça quando descobre que existe outro homem na cidade IDÊNTICO a ele. Mais que parecidos, IGUAIS. E não são gêmeos, não são clones científicos. Apenas são iguais, e isso era pra ser impossível, mas, bem, está a ocorrer. Diante disso, sua pacata vida vira um inferno de angústias, idas e vindas, confusões e outros mais, que só a perda de identidade pode fazer.

Eu demorei um mês praticamente pra concluir esse livro; só comecei a ler porque um amigo adora (Já leu duas vezes) e me pediu pra ler {promessa é dívida}. Já havia abandonado outro José Saramago antes (As intermitências da morte), talvez tenha sido um crime, mas não me arrependo porque o motivo pra isso e também pro quase do livro aqui resenhado é a escrita do Saramago. O estilo sem travessões e parágrafos, sem separação de diálogo e pontuação me dá nos nervos. Isso me fez arrastar tanto a leitura que eu lia de 5 a 10 pag por dia e já deixava de lado. Mas do meio pro final a história foi me interessando e eu queria muito saber no que ia dar, até... meu amigo me dar um puta spoiler.

O spoiler que ele me deu me fez sacar o plot; plot esse que NÃO é exposto no livro como normalmente ocorre porque não são ações e consequências "lógicas", é uma história basicamente filosófica, um negócio pra você quebrar a cabeça e pensar, tirar suas conclusões, conversar com pessoas que pensaram diferente, formular teorias e tentar fechar o final (que é aberto). Mas eu não sei se concordo muito com o spoiler do meu amigo, mas sei que tenho mais perguntas e dúvidas do que respostas e espero um dia poder sanar pelo menos boa parte delas.
skuser02844 18/05/2023minha estante
O final é bem fechado por acaso. Existe sim um terceiro duplicado.
Após Tertuliano Máximo Afonso descobrir o nome do ator secundário, começa a telefonar a todos aqueles nas lista telefónica que detêm o mesmo sobrenome. Em uma chamada particular, o interlocutor afirma que alguém já havia perguntado pelo Daniel Santa-Clara, informação que deixa o professor de história incomodado ao ponderar a hipótese de alguém estar também à procura do seu duplicado.
"...e foi ela ter-se recordado o homem das cordas vocais destemperadas de que havia mais ou menos uma semana outra pessoa tinha telefonado a fazer idêntica pergunta, Suponho que não terá sido o senhor, pelo menos a voz não se parece, tenho muito bom ouvido para distinguir vozes, Não, não fui eu, disse Tertuliano Máximo Afonso, subitamente perturbado, e essa pessoa era quem, um homem, ou uma mulher, Era um homem, claro. Sim, um homem, que cabeça a sua, pois não se está mesmo a ver que por muitas diferenças que possam existir entre as vozes de dois homens, muitas mais as haveria entre uma voz feminina e uma voz masculina, Ainda que, acrescentou o interlocutor à informação, agora que penso, houve um momento em que me pareceu que se esforçava por disfarçá-la.
[...]
Da fortíssima perturbação que lhe causara a notícia de que um desconhecido andava também à procura de Daniel Santa-Clara ficara-lhe uma inquieta sensação de desconcerto como se se encontrasse diante de uma equação de segundo grau depois de se ter esquecido de como se resolvem as do primeiro."
Páginas 119 e 120

É importante relembrar que no final, o terceiro duplicado afirma estar à procura de António claro há semanas.
"É o senhor Daniel Santa-Clara, perguntou a voz, Sim, sou eu, Andava à semanas à sua procura, mas finalmente encontrei-o"
Página 317


Sra. Cass 01/06/2023minha estante
Me quebrou mais ainda agora kkkk




Esther 18/04/2023

Li esse livro como paradidático e achei muito interessante, a forma que o Saramago escreve é bem peculiar, então no começo foi bem complicado de adentrar na história, um desafio gigantesco (mais difícil que ler Machado de Assis). Gostei muito do enredo e do desfecho, o final também me surpreendeu bastante.
O autor também traz frases marcantes e reflexivas. Pretendo ler mais do Saramago no futuro, ótimo livro!
comentários(0)comente



Deskvice 31/03/2023

Antes de tudo irei falar o motivo de não dar 5 estrelas a uma obra tão boa. O motivo é que apesar de todos os pontos positivos citados a baixo, teve momento da história que não consegui me conectar tão bem, reflexões que foram extremamente longas. E que isso não é ruim, mas me fez perder um pouco do foco e que me fez desconecta-se em alguns momentos. Portanto nada impede de que em uma próxima leitura, em um outro momento, eu não der 5 estrelas.

Primeiro, não tem nem o que comentar de mal do autor Saramago. extremamente detalhista, com uma escrita impecável, e que te faz desdobrar-se entre às entrelinhas. Que te faz viajar em mundos onde você nem imaginaria que fosse possível, que te faz refletir de diversas formas, levando-nos a um íngrime raciocínio. De fato, essa obra é incrível.


O homem duplicado tratasse de como próprio nome já diz, de um homem duplicado. Fala da história de um professor de história chamado Tertuliano Máximo Alfonso. Que ao estar entediado com a vida, recebe uma indicação de um filme. Esse filme é indicado pelo seu colega de trabalho, um professor de matemática. O nome do filme é ?Quem por fia mata caça?. Ao assistir um filme em uma noite, por refletir muito sobre se assistiria ou não, acaba por assistir e se depara com uma surpresa que não esperava. O personagem do filme, um personagem secundário, que é exatamente igual a si mesmo. Igual em voz, em rosto, em expressões em tudo, a diferença é só o tempo, pois a data que o filme feito, era a de 5 anos atrás. Refletindo sobre qual probabilidade, Tertuliano não se contenta em apenas com a causalidade e vai atrás de descobrir quem ser esse autor que é exatamente igual a ele mesmo.

De um jeito curioso e instigante, José Saramago nos leva para sua ficção de uma forma profunda e reflexiva. Te faz refletir sobre a vida, as possibilidades e fala perfeitamente de como em um mundo onde só o que temos é a nossa identidade. É o nosso eu, imagina perder esse eu ao se encontrar com um duplicado?

O livro é extremamente bem escrito, se desenvolve muito bem, personagens interessantes e cativantes, te faz não querer parar de ler. A cada página é uma nova reflexão. E não posso deixar de comentar o quão a obra inteira é magnífica, mas não é isso que me surpreende, a sua obra inteira e sim a reviravolta que eu não esperava que acontecesse, mas como aconteceu. Com um final melancólico e único, faz uma reviravolta em toda a história. Sinceramente lisongeado por poder apreciar essa obra.
comentários(0)comente



Ariana87 30/03/2023

O que me faz ser eu?
A história é sobre um professor de História chamado Tertuliano Máximo Afonso (e Saramago zomba muito desse nome) que um dia assistindo um filme vê uma pessoa exatamente igual a ele e vai em busca desse ser humano que é a sua cópia.

Primeiro de tudo, não é um livro tão fácil de ler, Saramago tem um estilo muito próprio, ele segue uma sequência de pensamentos que não para só flui. Mas depois que você pega o ritmo você percebe o quanto é brilhante.

O livro tenta, mas não se esforça muito em responder: o que faz ser alguém um ser individual, existe individualidade? Ou todo mundo se perde nas multidões das cidades?
Eu disse tenta porque essa pergunta é feita para os leitores responderem enquanto observam a trama se desenrolar.
Eu não sei o que eu faria se eu conhecesse alguém exatamente igual a mim, mas acho que não iria atrás como o Tertuliano fez, eu realmente não gostaria de ter a minha individualidade questionada. E o livro é muito agoniante nesse sentido.

O final foi chocante, eu não esperava o que aconteceu, mas foi genial. Gostei demais.
comentários(0)comente



Fernando Almeida 30/03/2023

Muito bom!
Uma reflexão absurda sobre identidade e autenticidade. As nuances e comentários que Saramago traz quando surge com pequenos comentários na perspectiva de narrador deixam a obra ainda melhor.
A mensagem principal é sobre até que ponto as diferenças, as mesmas que separam culturas, incentivam guerras, discursos de ódio, também são um porto seguro sob o qual repousa aquilo que nos fazem únicos. Como as semelhanças podem se mostrar como uma ameaça maior à própria identidade dos que as diferenças, ou nas palavras do próprio Saramago, sobre como "o pior de todos os ódios deve ser aquele que leva a não suportar a igualdade do outro".
comentários(0)comente



Aline 29/03/2023

Que ideias brilhantes!
Primeiro livro de Saramago que leio e estou completamente perplexa. A leitura é, a princípio difícil, mas ele tem a incrível capacidade de tornar divertida e emocionante ao mesmo tempo, do tipo que você não consegue parar.

Você se pega, assim como Tertuliano Máximo Afonso, imaginando o que terá acontecido a seguir e tem grandes surpresas de tirar o fôlego, ao mesmo tempo em que ri dos diálogos e situações descabidas.

Leiam! Vale muito a pena!
comentários(0)comente



262 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR