O Homem Duplicado

O Homem Duplicado José Saramago




Resenhas - O Homem Duplicado


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isalvetti 28/03/2023

E é por isso que o Saramago é tão famoso
E é por isso que José Saramago é reconhecido MUNDIALMENTE mds

Confesso que até pouco mais da metade do livro a história não estava me prendendo

A escrita do Saramago é gostosa porque ele faz piadas com o leitor, a história e tem várias reflexões

Só que não estava acontecendo absolutamente NADA na primeira metade do livro

Parecia mais uma enrolação, sabe? Meio nariz de cera

Só que, meus queridos, quando as coisas acontecem? ELAS A C O N T E C E M

Não esperava receber um plot twist atrás do outro desse jeito

Não esperava que a história caminhasse pelo caminho que caminhou, até a última página

São reflexões bem legais que ele traz no livro e um final realmente surpreendente

Pra quem consegue lidar com o ritmo lento dos clássicos, super recomendo
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Romeu Felix 20/03/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
"O Homem Duplicado" é um romance do escritor português José Saramago, publicado originalmente em 2002. A edição em questão foi publicada pela editora Companhia das Letras e conta com 316 páginas em português de Portugal.

A história tem como protagonista Tertuliano Máximo Afonso, um professor de história que, após assistir a um filme, descobre que há um ator que é idêntico a ele. Intrigado com a descoberta, ele tenta encontrar seu sósia e se depara com um homem com a mesma aparência física e personalidade, mas com uma vida completamente diferente da sua.

A partir daí, o livro explora as consequências psicológicas e existenciais de uma situação tão surreal, enquanto Tertuliano se vê confrontado com as suas próprias escolhas e com as possibilidades de uma vida diferente. A narrativa é marcada por um clima de tensão e suspense, que culmina em um desfecho surpreendente.

A escrita de Saramago é caracterizada por longas frases e pouca pontuação, o que pode ser um desafio para alguns leitores. No entanto, o autor é mestre em criar diálogos envolventes e reflexivos, além de apresentar personagens complexos e bem desenvolvidos.

"O Homem Duplicado" é um livro que aborda temas como a identidade, a individualidade, a solidão e a busca por sentido na vida. A obra também apresenta críticas à sociedade moderna e à massificação das pessoas, que muitas vezes perdem a sua singularidade em meio à multidão.

A edição da Companhia das Letras apresenta uma tradução competente e uma diagramação clara e agradável. Além disso, o livro conta com um prefácio escrito pelo próprio autor, onde ele discute as suas inspirações e o processo de escrita da obra.

Em suma, "O Homem Duplicado" é um livro instigante e envolvente, que demonstra mais uma vez a habilidade de José Saramago em criar histórias profundas e cativantes. A obra é um ótimo exemplo da literatura contemporânea e certamente merece ser lida e apreciada.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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Eric Vinicius 19/03/2023

O novo ainda é possível; o mundo ainda não acabou
Uma obra sobre o duplo não é propriamente novidade na literatura.
Mesmo assim, Saramago consegue dar um toque de originalidade à sua versão. Bastante atual, ela é um convite à reflexão sobre a perda da identidade, num mundo de padronizações.
Diferente de outros romances do autor que eu já li, senti, neste, um primor também pela história - e não só pelo seu desenvolvimento.
A construção continua sendo elegante: sua distinta abordagem ácida - e um pouco pessimista - em temas da condição humana estão, aqui também, presentes. Os fluxos de consciência, agora, se elevam na personalização do senso comum. Superada a rejeição quanto à forma da escrita, o caminho da leitura é agradável e sedutor.
Mas o que mais me chamou a atenção neste livro foi, de fato, o enredo, com uma boa proposta, sucessivas reviravoltas e um arremate formidável. Não que o português não seja um bom contador de histórias; é que a complexidade evidenciada nos eventos explícitos da narrativa - tanto quanto no conteúdo das entrelinhas - me foi, aqui, a grande novidade.
O filme baseado na obra faz um exame diferente da ideia original. Felizmente, não é, portanto, um mero "duplo". Gostei bastante da transformação do romance em uma espécie de "Clube da Luta" - que, por sinal, é um dos meus longas favoritos. Em certos aspectos, penso que a produção cinematográfica chega até a acrescentar alguma densidade ao texto primeiro. Essa foi uma das poucas situações em que vi livro e filme se equipararem, em termos de qualidade.
O brilhantismo em ambos fica evidente, para mim, na capacidade soberba de se criar algo genuíno e relevante a partir do que já existe.
Em um trecho do audiovisual, o protagonista acadêmico alude a uma máxima marxista apoiada em Hegel de que os maiores acontecimentos da História se repetem: a primeira, sendo uma tragédia; a segunda, como uma farsa.
Mesmo diante de temas tão recorrentes, vejo, porém, com Saramago, que o novo ainda é possível; o mundo ainda não acabou.
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Pedro3906 12/03/2023

Fui dormir muda, acordei calada, de tanto choque
Eu comprei esse livro há meses e não achei interessante o começo, e desde então ficou encostado aqui. Peguei pra ler num momento despretensioso e foi difícil administrar essa leitura, a narrativa demora pra engatar e, mesmo com seus altos, as metáforas cansam e não acontece tantas coisas.

Agora a partir de um pouco mais da metade, precisamente as últimas cento e vinte páginas, o livro simplesmente ALUGOU UM TRIPLEX na minha cabeça, é uma sequência de "o que será que vem aí?", E o fato derradeiro pro final, antes de toda a crise de identidade, me fez GELAR e ficar incrédulo, um plot twist dos bons e dos melhores! Fora isso, esse último capítulo é, por não crer em termo melhor para empregar aqui, SABOROSO, que delícia, o livro não podia terminar de outra maneira.

Enfim, paguei muito a língua lendo isso aqui, e se não fosse pelas horas tediosas e por desenvolver-se lentamente, teria dado 5 estrelas.
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nathaliart 12/03/2023minha estante
Seus comentários são ótimos!




Milena.Berbel 05/03/2023

"As palavras são tudo quanto temos"
A genialidade com que Saramago elabora toda a sua narrativa é absurda. Pra mim, é uma experiência que chega a ser emocionante ler algo que tenha nascido da sua mente.
O uso excepcional que ele faz das palavras, montando cada frase que nunca, jamais, é apenas uma frase (na verdade, longos parágrafos), mas uma peça que se encaixa perfeitamente nesse quebra-cabeça que é a história que ele tem a nos contar, me faz muitas vezes sorrir de satisfação durante a leitura.
Os diálogos criados por ele, aparentemente simples e corriqueiros, dizem tanto.

Mas...além de uma história sobre um homem que se descobre duplicado e as implicações dessa descoberta um tanto inusitada, mais do que uma maneira absurdamente criativa de se falar sobre a perda da individualidade em uma sociedade um tanto uniformizada, o que eu também encontrei neste livro e que realmente me marcou, do início ao fim, foi o que ele tinha a dizer sobre a comunicação, a linguagem, sobre as palavras, sobre como elas nos afetam, conduzem nossas vidas, nos impactam de diferentes formas, seja na sua sutileza, no seu uso equivocado, na sua ausência...

Curiosamente, algo semelhante eu já havia notado em Ensaio sobre a Cegueira, em um determinado trecho, (que foi o que de tudo mais me marcou), onde ele fala sobre como as palavras, poucas que sejam, podem causar efeitos tão poderosos sobre os nossos sentidos.

Mas aqui, em O Homem Duplicado, foi que minha atenção a esse ponto foi totalmente fisgada. Eu o li como um pequeno tratado sobre a comunicação humana, disfarçado de ficção.
E não só por isso, mas principalmente, já valeu a leitura.
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skuser02844 18/05/2023minha estante
E não só essa pista!
Após Tertuliano Máximo Afonso descobrir o nome do ator secundário, começa a telefonar a todos aqueles nas lista telefónica que detêm o mesmo sobrenome. Em uma chamada particular, o interlocutor afirma que alguém já havia perguntado pelo Daniel Santa-Clara, informação que deixa o professor de história incomodado ao ponderar a hipótese de alguém estar também à procura do seu duplicado.
"...e foi ela ter-se recordado o homem das cordas vocais destemperadas de que havia mais ou menos uma semana outra pessoa tinha telefonado a fazer idêntica pergunta, Suponho que não terá sido o senhor, pelo menos a voz não se parece, tenho muito bom ouvido para distinguir vozes, Não, não fui eu, disse Tertuliano Máximo Afonso, subitamente perturbado, e essa pessoa era quem, um homem, ou uma mulher, Era um homem, claro. Sim, um homem, que cabeça a sua, pois não se está mesmo a ver que por muitas diferenças que possam existir entre as vozes de dois homens, muitas mais as haveria entre uma voz feminina e uma voz masculina, Ainda que, acrescentou o interlocutor à informação, agora que penso, houve um momento em que me pareceu que se esforçava por disfarçá-la.
[...]
Da fortíssima perturbação que lhe causara a notícia de que um desconhecido andava também à procura de Daniel Santa-Clara ficara-lhe uma inquieta sensação de desconcerto como se se encontrasse diante de uma equação de segundo grau depois de se ter esquecido de como se resolvem as do primeiro."
Páginas 119 e 120
É importante relembrar que no final, o terceiro duplicado afirma estar à procura de António claro há semanas.
"É o senhor Daniel Santa-Clara, perguntou a voz, Sim, sou eu, Andava à semanas à sua procura, mas finalmente encontrei-o"
Página 317
Eu não sei como mas eu peguei antes de ler o final.




Kamyla.Maciel 14/02/2023

Sigo confusa e apaixonada por Saramago
Esse livro me causou muitos sentimentos contraditórios, ao mesmo tempo em que queria abandoná-lo, também queria saber até onde ia aquela história, o que Saramago estava querendo dizer com aquilo.

Ao tempo em que achava meio lento e cheio de pensamentos do narrador, também fui ficando curiosa e não consegui mais largar.

O livro traz um professor de história que descobriu um outro homem IGUAL a ele, duplicado realmente. Dessa descoberta em diante, Saramago nos leva numa espécie de obsessão do personagem na tentativa de saber quem é esse ?outro?. Num momento que ele aparentava não ter interesse na própria vida, passou a se interessar tanto por sua cópia (ou seria ele a cópia?) que tomou decisões repentinas e mudou o rumo de tantas histórias.

Os diálogos são, como sempre, impecáveis, a melhor parte do livro é o que Saramago faz com as conversas entre os personagens. Sempre tão questionadores.

E o final é de explodir a cabeça, tanto que nem sei se consegui digerir ainda.

Percebe se dessa resenha que não consegui chegar em uma conclusão do que esse livro me trouxe. Mas, com certeza, vale a pena ler e mergulhar na genialidade que Saramago nos oferece.

Trecho: ?Diz-se que só odeia o outro quem a si mesmo se odiar, mas o pior de todos os ódios deve ser aquele que leva a não suportar a igualdade do outro, e provavelmente será ainda pior se essa igualdade vier a ser alguma vez absoluta.?
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rafa_._cardoso 13/02/2023

Não foi para mim
Tinha conhecimento que a leitura não seria fácil, muito pelo estilo empregado pelo autor, mas não achei que minha conexão com a história seria 0.

Não me adaptei ao modo de escrita, ao vocabulário, aos floreios e passagens do autor.

Fica para a próxima, quem sabe.
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Alessa 11/02/2023

Não consegui parar de ler
Aaah Saramago! Que autor, que livro!

Já é a terceira obra que leio dele e com certeza minha favorita. É preciso se acostumar um pouco com a escrita em blocos e em português de portugal, mas essa dificuldade se vence nas primeiras páginas. Depois que mergulhamos na história, não tem volta! Vamos cada vez mais se perguntando onde vai acabar essa situação tão peculiar.

Entendo que algumas pessoas podem achar que o livro seja um pouco arrastado, mas é o jeitinho do autor de detalhar rotinas, de divagar e de nos fazer mergulhar no universo.

Uma dica que eu dou é ler o livro ouvindo o audiobook ao mesmo tempo (tem de graça no youtube) isso ajuda a se concentrar mais na narrativa e não se perder com a estrutura do texto. :)
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Gabriel 29/01/2023

Resenha duplicada Resenha duplicada
Um professor de história descobre por acidente que tem um sósia idêntico - e começa a busca por descobrir quem é esse homem, onde mora, até o fatídico encontro dos dois e que acontece depois isso.

Saramago mais uma vez nos presenteia como uma história única. Demora um pouquinho pra dar um tranco - as primeiras 100 páginas vão preparando o terreno para o que está por vir - mas o final não deixa nem um pouco a desejar, plot twist bom demais. Recomendo a leitura

Um professor de história descobre por acidente que tem um sósia idêntico - e começa a busca por descobrir quem é esse homem, onde mora, até o fatídico encontro dos dois e o que acontece depois disso.

Saramago mais uma vez nos presenteia como uma história única. Demora um pouquinho pra dar um tranco - as primeiras 100 páginas vão preparando o terreno para o que está por vir - mas o final não deixa nem um pouco a desejar, plot twist bom demais. Recomendo a leitura
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Isabela.Freitas 24/01/2023

Ótimo final
Demorei pra ler esse livro. O segundo que leio de Saramago. O começo foi um pouco parado, mas que final surpreendente! Vale muito a pena a leitura.
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snekers ð 20/01/2023

Duplamente impactada
Se eu pudesse resumir saramago em uma palavra seria: único.

Minha primeira aproximação com José foi pela obra Ensaio sobre a Cegueira, que hoje é um dos meus livros favoritos. Com uma estreia na minha vida dessa, eu tinha que dar uma chance para os outros livros dele, e não me arrependo.

O livro segue de uma forma característica do Saramago, com diálogos separado por vírgulas e a ausência de palavras. O começo é meio parado, pois segue todos os acontecimentos antes de chegarmos ao ponto que a sinopse nos da, mas posso dizer que vale muito a pena!!

O livro em si, demorei dias para ler, mas assim que chegamos perto do final é impossível parar! Adorei esse final, vai ficar marcado por muito tempo para mim.
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Zuarete 18/01/2023

...
No começo achei que seria um livro chato, pois não havia lido nenhuma obra do autor e após ler metade do livro não tinha achado interessante, entretanto depois da página 150 as coisas mudaram você vê todos aqueles detalhes se amarrando os personagens saindo da sua zona de conforto e o final ... Que final ... Fiquei sem fôlego quando terminei, com certeza irei ler mais obras do José Saramago.
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