A Utopia

A Utopia Thomas More




Resenhas - Utopia


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Lis 09/02/2024

Viver como em Utopia? quem sabe em algum outro planeta
Não desistam da leitura já na primeira parte da escrita, que achei maçante. Quando a descrição de Utopia começa a ser feita, o livro fica mais bacana.

Após ler a obra, entende-se perfeitamente o motivo pelo qual a palavra utopia vem do livro. Nos dias de hoje, não é nem um pouco crível nos imaginar numa sociedade como a utopiana? é claro que há muitas coisas descritas que eu não concordo, como a esposa ter que obedecer ao marido, mas, num geral, seriam tempos melhores se vivêssemos com a mesma dignidade que vivem os utopianos.
Fiquei impressionada com o fato do livro provir do século XVI e, mesmo assim, ter descrições de sociedade alheias à Utopia que parecem ser o relato da nossa.

[?] ?Portanto, espero que me perdoem, devo dizer que não tenho outra concepção acerca dos governos que conheci e observei senão que são uma conspiração dos ricos a administrar a coisa pública, com o único intuito de satisfazer seus interesses particulares e elaborar todos os artifícios e maneiras de fazê-lo; primeiro, para que possam preservar, sem perigo, tudo o que perversamente adquiriram e, então, engajar os pobres no trabalho a seu serviço por valores tão baixos quanto for possível, oprimindo-os tanto quanto desejarem. E, se obtêm sucesso em seus artifícios, estabelecidos por meio da autoridade do Estado, o qual se considera a representação de todo o povo, são, finalmente, reconhecidos como leis.? - p. 141
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Gustavo 29/12/2012

Em a Utopia viveu Rafael Hitlodeu.
Temos em A Utopia a expressividade de Sir Thomas Morus, humanista e mártir. No livro somos apresentados à uma sociedade perfeita, apresentada por um respeitado viajante.
O livro se divide em duas partes sobre a comunicação de Rafael Hitlodeu (do latim: contador de disparates). Na primeira, o autor relata sua conversa com um fictício viajante português que acompanhou Américo Vespúcio em suas aventuras, Rafael Hitlodeu. A princípio Thomas julga Hitlodeu com um ar de seriedade e um pouco de suspeita, mas vemos que ambos se identificam cada vez mais em seus pensamentos (Coincidência?). Não há algo que mais me revelou sobre a política da época como a conversa entre os dois homens, ambos discutem vários aspectos da monarquia inglesa, como o sistema penitenciário, clericato, e o monarca em si. Durante toda a discussão Morus se apresenta como um questionador atrás da grande sabedoria do senhor Hitlodeu ( Ou a filosofia de Morus, como me refiro) e Hitlodeu mostra a vastidão dos conhecimentos que adquiriu em sua viagem pelo mundo, inclusive de um lugar bem peculiar em que morou, um lugar que ninguém jamais imaginaria existir : A Ilha de Utopia. Cabe agora ao Sr. Hitlodeu descrevê-la, certo?
Na segunda parte temos a descrição da ilha de Utopia feita por Rafael Hitlodeu, que descreve o lugar como sendo puro e por isso extremamente rigoroso, uma ilha conquistada por um homem chamado Utopus. No capitulo que se refere à escravização temos, por exemplo, uma incrível mostra de como os Utopianos punem seus criminosos e lhes dão uma outra chance. Temos também uma mostra da relação entre os cidadãos, de suas viagens, artes e ofícios. Descobrimos um pouco de seus comportamentos nas guerras travadas contra conquistadores de fora, de suas táticas e como estes lidam com os sobreviventes; e o que eu julgo mais importante: Temos um relato da Religião na Ilha de Utopia.
Fica claro no livro que Morus é um homem extremamente religioso e também respeitável. O pensamento final que tive ao ler o livro é de que exatamente podemos e não podemos viver em uma Utopia: Podemos, pois tudo simplesmente está aí para que ela seja criada e vivida por todos nós, e não podemos simplesmente por sermos humanos. Seria assim tão difícil imaginar a vida diferente de como é hoje? De qualquer maneira cabe a nós simplesmente encararmos a Utopia como exemplo para uma sociedade comunista, pois nada mais se aproxima do que isto, afinal, quem poderia esperar algo de nós, se nem ao menos Morus o fazia?
“Aspiro, mais do que espero.” – Sir Thomas Morus
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Bibis 16/11/2021

Eu amei e penso que todos deveriam ler esse livro
Esse foi o meu primeiro livro clássico no âmbito filosofico e penso que Thomas More fez um trabalho impecável, porque por mais que tenha sido escrito a mais de 500 anos ele aborda assuntos que com certeza podem ser analisados e refletidos de uma forma bem contemporânea e também por mais que a cidade que ele criou seja fictícia, as críticas em relação aos comportamentos humanitários são bem reais.
Como por exemplo o fato de que apesar de que as pessoas tenham conhecimento do menino está sobre condições precárias, elas conseguem continuar vivendo as suas próprias vidas, como se nada de terrível tivesse acontecendo para que a vida delas fossem tão perfeitas. Percebe-se que poucas pessoas, assim como na vida real em situação cotidianas, tomam alguma atitude em relação a triste situação que foi escolhida ser esquecida pela sociedadede, e quem não cosegue conviver com o injustiça tem um duro caminho e nunca mais voltam a cidade de Omelas, mas para mim, a magia está na parte de que ninguém sabe o que tem fora de Omelas, podendo ser melhor ou pior, assim como na vida real, quando fazemos mudanças não temos certeza de nada, temos que nós arriscar e batalhar para que dê certo.
O livro consegue mostrar o ápice do egoísmo e da falta de empatia que são infelizmente muito comuns no mundo em que vivemos, onde ninguém escolhe mudar a forma de viver pelo outro.
Lendo o livro podemos refletir na seguinte maneira: Vale a pena viver bem se o custo for o sofrimento de outras pessoas ? Você está disposto a sair de sua zona de conforto para fazer a diferença ?
Penso que todos deveriam ler esse livro, principalmente os que são interessados em uma sociedade mais justa.
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jhagmolina 29/03/2020

Utopia x distopia
Um clássico mundial, lembrando que utopia não é aquilo que não pode ser, é aquilo que ainda não é!!!
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Lucas.Henrique 31/12/2020

Um exercício literário impressionante, sobretudo para a época em que foi publicado
Muito antes de Marx e Engels esboçarem suas críticas à propriedade e ao capital, Thomas More nos apresenta uma sociedade fictícia nesse exercício literário do século XVI. A estrutura narrativa apresentada é quase documental e coloca o próprio autor como interlocutor de um marinheiro que, após viajar pelo mundo todo, encontrou em uma pequena ilha isolada da civilização, o que este julga ser a sociedade perfeita, onde não há propriedade e todos vivem em harmonia para com o bem comum. Não há comércio entre os cidadãos e por meio do trabalho divido praticamente no sistema de castas, todos tem direito a todos os bens de consumo produzidos na ilha.

O livro tem seu valor por se tratar de uma crítica social que permanece atual em alguns aspectos até os dias de hoje, mais de 500 anos após sua publicação, principalmente no que tange ao sistema penal, por exemplo. É necessário termos a maturidade para entendermos que obviamente se trata de um exercício de pensamento, não um modelo a ser seguido. Daí o atual emprego do termo "Utopia", ou "não lugar" do grego. Ao analisarmos com mais afinco a sociedade proposta, percebemos que o indivíduo é praticamente inexistente. Tudo gira em torno do comum social. O autor também estabelece que os habitantes são basicamente desprovidos de qualquer natural ambição pessoal, ignorando assim também a própria natureza humana.
Novamente, trata-se de um exercício e vendo por essa ótica, tem seu valor sobretudo pela época em que foi apresentado e pela ousadia em se discutir conceitos que hoje parecem tabus e numa época onde monarquias absolutistas era a principal forma de governo no mundo todo.
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Gigi 15/03/2022

Leitura necessária
"Abandonados milhões de crianças aos estragos de uma educação viciosa e imoral"
" Não seria melhor garantir a existência a todos os membros da sociedade, a fim de que ninguém se visse na necessidade de roubar, primeiro, e de morrer, depois ? "
Utopia é um clássico para os futuros historiadores, escrito de um jeito um tanto quanto filosófico e claro com a mentalidade da época, o livro traz grandes questionamentos que até hoje nos dias atuais ainda estamos tentando responder.....
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laura.leles 11/02/2021

Clássico, bem escrito, leitura divertida. É um livro com um viés de crítica social muito acentuado, que se propõe a pensar uma sociedade ideal. Leitura interessantíssima, agrega muito no estudo de História.
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Caio.Malpighi 14/05/2016

Resenha Crítica
Resenha Crítica

Um livro intrigante e que explora a imaginação humana, o opúsculo De optimo republicae statu deque nova insula Utopia (Sobre o Melhor Estado de Uma República e Sobre a Nova Ilha Utopia), ou simplesmente, A Utopia (do grego, em lugar nenhum), escrito por Thomas More, narra detalhadamente os aspectos culturais, religiosos, e políticos de uma sociedade imaginária que prospera na fictícia ilha de Utopia, refletindo uma dura e indireta crítica para a sociedade inglesa do século XVI.
Expoente do movimento renascentista inglês, More foi um nobre que atingiu os píncaros da vida pública, contudo, sem perder seu espírito humanista adquirido com os profundos estudos filosóficos, teológicos e jurídicos, para os quais dedicou sua vida.
No decorrer de sua obra, podemos perceber forte influência da filosofia grega, principalmente de Platão (que escreveu a obra A República, com a mesma finalidade de descrever um Estado ideal adotada por More através de A Utopia) e de Aristóteles (sempre presente e observado pela classe intelectual inglesa). Outras inspirações tomadas por More são as da escola epicurista (More sustenta que o esplendor da sociedade de Utopia reside na maximização do prazer duradouro, tanto do corpo quanto da alma), bem como as da filosofia estoica (vertente transparece na ideia do dever e de virtude, que são as pedras de toque para a organização social de Utopia, de modo que sem tais axiomas arraigados no cerne da cultura de Utopia, nada do que é narrado no livro seria plausível). Por fim, e não poderia deixar de ser, os valores do cristianismo são repetidamente repisados no decorrer da narrativa.
À frente de seu tempo, More expõe ideias que nem sequer eram consideradas no século XVI, e que atualmente são pilares fundamentais de uma sociedade justa, tais como o limite máximo de horas de trabalho; dissolução do matrimonio por consenso dos cônjuges; o Estado Laico e a liberdade religiosa (apesar de defender a importância da espiritualidade e da religião para uma nação justa e próspera). Tece também duras críticas ao sistema mercantilista da época e ao monopólio econômico das terras, meios de produção e, por conseguinte, das riquezas, pelos nobres, enquanto a maioria da população sofre com a miséria.
Neste aspecto, expõe em seu livro uma preocupação com o bem comum em detrimento do individualismo. Um exemplo é a não individualização dos bens e da propriedade na fictícia Utopia, onde todos os bens são res publica e o que predomina é uma produção de subsistência que não deixa sequer um cidadão sofrer com a pobreza.
Com efeito, a Utopia oferece uma narrativa criativa e bem elaborada, na qual tudo tem uma razão de ser, que é ditada pela sua finalidade, ou como dizia Aristóteles, pelo seu telos.
Ao meu ver, a única crítica que se pode tecer sobre esta obra é impossibilidade de sua realização prática no mundo real, uma vez que levado em conta o fato de a sociedade e a cultura de cada povo ter sido moldada ao longo da história por diversas determinantes, ao contrário do que se vê em Utopia, que teve sua cultura e seus valores totalmente originados de uma só pessoa, o fundador da sociedade, o Rei Utópos.
Sem dúvida, tal obra é um marco para o humanismo. Infelizmente, More foi condenado à morte pelo Rei Henrique VIII, à quem serviu muito tempo, simplesmente por seguir suas convicções espirituais e morais que toram o livro A Utopia uma obra profunda e fundamental (foi contra a desvinculação da Inglaterra à Igreja Católica e contra a criação da Igreja Anglicana por Henrique VIII, por entender que o Estado não deveria interferir em assuntos religiosos).
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Hildeberto 29/12/2016

Aspiro, mas do que espero
A Utopia, de Thomas More, é um livro que marca todo o pensamento da civilização Ocidental. Escrito em 1518 é extremamente inovador e sua forma, ao descrever uma ilha fictícia, um universo paralelo regido por regras criadas pelo autor. Isto pode parecer banal, mas não é. Sua influência é nítida até hoje, seja em sociologia, teoria política ou ficção. A distopias (como 1984) são um exemplo marcante desta influência.

Muito se comenta que esta possa ser uma obra de caráter proto-socialista. Não acho que essa seja melhor interpretação. "A Utopia" trata-se de um projeto de um mundo melhor, perfeito e de harmonia social. Mas esse universo é pensando contra uma realidade dura do século XVI, de um absolutismo opressor. Portanto, não vejo muito sentido considerar o texto de Thomas More como um flerte a concepções de um Estado totalitário. Vejo, pelo contrário, uma tentativa do autor de encontrar um sistema melhor adequado aos costumes e tradições sociais na qual estava inserido. Embora, obviamente, faltem aspectos que proclamem a supremacia do individuo sobre a sociedade, não podemos nos esquecer que as teses individualistas surgem com o Iluminismo, dois séculos após a publicação de Utopia. Procura-se sim uma harmonia entre a felicidade individual e os interesses coletivos, embora o coletivo se sobreponha o individuo.

De toda forma, tal tipo de pensamento é coerente com o pensamento escolástico medieval. Além disso, o autor inova a propor uma forma de regime altamente democrático, que respeita os interesses peculiares das pessoas. Uma sociedade baseada, antes de mais nada sobre a justiça. E, se de um lado defende essas ideias na figura de Rafael Hitlodeu, não é tolo e vê suas contradições quando se assume como Thomas More.

No contexto atual, acredito que a proposta de uma sociedade perfeita aos moldes deste livro não atende as aspirações do homem moderno. De toda forma, o livro é capaz de instigar o pensamento crítico e fazer nos questionarmos sobre o que pode ser melhorado em nossa sociedade, e de que forma. É um livro perene que merece se lido.

A edição da PubliFolha, da Coleção Livros que Mudaram o Mundo, é bastante simpática e com um papel de ótima qualidade.
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Lista de Livros 29/03/2017

Lista de livros: Utopia – Thomas More
“Com efeito, os ladrões não são os piores soldados, como os soldados não são os ladrões mais tímidos; há muita analogia entre esses dois ofícios. Infelizmente, esta praga social não é particular à Inglaterra; corrói quase todas as nações.”
*
“Por pior que seja uma causa, haverá sempre um juiz para julgá-la boa.”
*
“Aprendei a dizer a verdade com propriedade e a propósito; e, se vossos esforços não puderem servir para efetuar o bem, que sirvam ao menos para diminuir a intensidade do mal; porque tudo só será bom e perfeito, quando os próprios homens forem bons e perfeitos; e até lá, os séculos passarão.”
*
Mais em:

site: http://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2017/03/a-utopia-ou-o-tratado-da-melhor-forma.html
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Gabriel Vieira 27/11/2018

Utopia
Uma critica aqueles que idealizam o mundo perfeito.
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Clarencia 06/11/2022

Genial
Gostei bastante do livro, muuuito inteligente, muito atual, gosto da escrita de more e da política por trás desse livro. Minha parte favorita com certeza é o tópico da religião dos utopos, essa filosofia é a que eu uso para a vida! Totalmente recomendo!
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Helena 15/10/2019

Me apaixonei!
Eu tenho certeza que fiz uma leitura ainda muito inicial, apesar de ter lido a edição crítica. O livro aponta tanto para fora que me fez realmente querer entrar no mundo que é o Renascimento só para poder entendê-lo melhor. Ou é graças ao livro e o processo de ir desvendo que eu tenho a felicidade de conhecer mais a fundo o que é o Renascimento.
Enfim, joia rara.
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