A queda

A queda Albert Camus




Resenhas - A Queda


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Lia 02/02/2010

Melhor diálogo solitário já escrito.
Keiko 15/01/2011minha estante
Li esse livro uns vinte anos atrás, era uma garota que devorava todos os livros que me caiam as mãos - li A Queda numa tarde tranquila, o que
me lembro mais foi da passagem da suicida - e ele
nada fez para mudar aquilo.
Em meio ao inverno eu aprendia que dentro de mim há um verão invencível.
Quando me lembro do livro lembro dessa única frase.


Carlos Patricio 22/08/2013minha estante
Me interessei pelo livro por esse comentário tão curto :]


Maria de Fátima 16/07/2014minha estante
O mesmo que o Carlos!




spoiler visualizar
Henrique Fendrich 30/05/2020minha estante
Eita, adorei essas citações. Essa primeira da mulher de amigo é uma tirada humorística que não imaginava em Sartre.


Maria 30/05/2020minha estante
Camus :-P


Henrique Fendrich 30/05/2020minha estante
hahaha! Isso mesmo.




Joao.Gabriel 22/12/2022

Escrito em um monólogo maior que testa de careca, A Queda é sobre um advogado que posteriormente se denomina como juiz-penitente. Ele chega a explicar no que consiste o ofício, mas antes divaga umas 100 páginas sobre Paris, Holanda e pássaros.
Tem umas ideias malucas aí sobre servidão, mas até que é interessante os pontos sobre punição, julgamento, confissão...

Se tratando de Camus, eu interpreto tudo como alegoria pro absurdo. Mas vai saber, né?
Joao.Gabriel 22/12/2022minha estante
Detalhe curioso: teoricamente não tem diálogo nesse livro


Nâna 22/12/2022minha estante
Perdi no testa de careca akakkaka




Regis 07/05/2022

Juiz-penitente
Em Amsterdã um advogado parisiense encontra em um bar um compatriota com quem conversa por cinco dias, discorrendo sobre a mudança em sua vida após presenciar um evento traumatizante em uma ponte de Paris.
É impressionante como expõe sua culpa, e como fez para burlar o sentimento de estranheza e ainda assim continuar se amando e seguindo em frente como um autointitulado "Juiz-penitente"... rsrsr (se é que esse título existe).
Me diverti com a leitura dessa mistura de romance com filosofia, em um fluxo de consciência denso mas gratificante.
Recomendo com certeza.
DANILÃO1505 04/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro


Daianne.sgs 07/11/2023minha estante
Realmente a leitura é densa, eu me confundia as vezes, mas valeu a experiência




Poesia na Alma 27/05/2018

A sombra por trás da queda
“Não espere pelo juízo final.
Ele se realiza todos os dias.”

A Queda, de Albert Camus, 110 páginas, Grupo Editorial Record, lançado originalmente em 1956, é um monólogo que se mescla a outros elementos, a exemplo do teatro, como forma de questionamento crítico e moral de uma linguagem e pensamento engessados. Na época em que Camus escreveu e publicou, estava vivenciando o sabor amargo de críticas cruéis ao ensaio O Homem Revoltado (1951), o que culmina, por parte dos estudiosos, com a ideia de ser este monólogo a possibilidade de o leitor entrar em contato com a solidão, desventuras e injustas críticas vivenciadas pelo autor.

“Ser senhor de seu próprio estado de espírito é privilégio dos grandes animais.”

A angustiante Queda começa na informal conversa de bar, Mexico-City, Amesterdão, em que apensas a voz do personagem central, Jean-Baptiste, é ouvida ao narrar ao interlocutor sua vida.

“Mas permita que me apresente: Jean-Baptiste Clemence, seu criado. É um prazer conhecê-lo. Sem dúvida, deve ser um homem de negócio, não é? Mais ou menos? Excelente resposta.”

Rememorando o passado, Clemente situa o leitor em dois fatos importantes, o dia em que um riso sobre o Pont des Arts o inquietou e ao ter ouvido a cair da ponte uma mulher, nas águas do Sena. Estes dois fatos: o escárnio e a queda mudaram radicalmente sua vida. Questionando valores, verdades já enraizadas, ‘ridicularizando’ o homem moderno pós-guerra, “Uma só frase lhe bastará para definir o homem moderno: fornicava e lia jornais”.

Camus é sucinto e direto, são apenas 110 páginas que inquietam e confundem o leitor. Causando dúvidas entre o bem e o mal, confrontando velhas verdades com o ‘absurdo’ que habita na sombra da essência humana, “Mas a verdade, caro amigo, assusta”.
@retratodaleitora 27/05/2018minha estante
Adorei a resenha!!!!


Poesia na Alma 27/05/2018minha estante
Obrigada. O livro é ótimo e desafiador




Filippe 27/01/2022

Que monólogo!
O livro consiste basicamente em um imenso monólogo absolutamente prolixo e muito reflexivo, o que realmente te cansa. Ainda mais que o personagem pelos primeiros capítulos está mais preocupado em te contar o quão incrível ele era, o que é mais que razoável, já que o objetivo do livro é falar de sua queda. Mas devo confessar que é chato, visto que muitas das suas reflexões são mesquinhas. E aqui é bom salientar a diferença desse livro com O Estrangeiro também do Camus; esse aqui diz, diz, diz e não diz muita coisa. O Estrangeiro não te diz nada, mas te mostra mais que o suficiente.
Rafael 15/09/2022minha estante
Percebi, que você não entendeu absolutamente nada do livro




Mi_ 31/01/2023

A Queda, Albert Camus

Publicado pela primeira vez em 1956, a obra é pequena em números de páginas, porém gigantesca em aprendizados e reflexões.
É uma leitura densa e de difícil compreensão, confesso que precisei retornar algumas páginas para entender melhor o que o autor queria dizer, mas valeu a pena.
Camus, retrata a decadência humana, a soberba disfarçada de humildade, a arrogância diante do amor genuíno, o julgamento ao outro e a falta de uma ação comprometedora diante das desgraças que nos cercam.
Pedro Medeiros 20/02/2023minha estante
Um dos meus favoritos




Fran 13/07/2019

O espelho que é difícil se reconhecer
A Queda de Albert Camus se trata de um monólogo, que tenta ser um diálogo, pois há um interlocutor que não vemos, assim como acontece em Grande Sertão Veredas. Na verdade, eu me senti como se fosse esse interlocutor.
Jean-Baptiste Clamence fala da natureza humana em uma espécie de confissão e autocrítica. Ele assume a responsabilidade por seus atos reconhecendo suas atitudes motivadas pela vaidade, pelo absurdo, algo sempre presente na obra de Camus.
Mas esse narrador não assume essa responsabilidade sozinho, ele quer que o seu interlocutor o veja como um espelho e é assim que o leitor se sente. Ao falar da natureza humana, do absurdo e da nossa grande hipocrisia, nós olhamos nesse espelho, assim como a sociedade ao nosso redor.
Camus propõe uma reflexão. Que o ser humano só pode viver de verdade quando assumir o seu absurdo. Uma frase da Legião Urbana resume bem “mentir para si mesmo é sempre a pior mentira.”


site: https://www.instagram.com/prosasealgomais/
Jalu 13/07/2019minha estante
Opa, indícios de GSV na obra, muito me interessa!!!!!




Luiza.Thereza 23/01/2018

A Queda
Inicialmente escrito como um conto para a coletânea O Exílio e o Reino, A Queda tomou tal proporção que foi lançado, separadamente, como romance, em 1956.

Em um bar de Amsterdã, em um bar chamado Mexico-City, um estranho se aproxima de outro e lhe oferece ajuda para chamar o dono do bar para que lhes servissem uma bebida.

É assim que começa o londo monólogo (literalmente longo, pois perdurá por todo o livro) de nosso narrador. Auto-intitulado "juiz-penitente", Jean-Baptiste Clarence desfia ao seu interlocutor anonimo (e a nós) que aceita e assume suas responsabilidades pelos erros da humanidade, ao mesmo tempo em que se recusa a fazê-lo sozinho e deseja que cada um de nós faça o mesmo.

Nós, é claro, já que, além de falar com seu interlocutor, cuja voz jamais ouvimos, ele fala a seus leitores.

Mais uma vez, estamos falando de um narrador que fala ininterruptamente, mas, diferente do que acontece nos Trópicos de Hery Miller, me senti impelida a continuar a leitura mesmo sem entender muito bem para onde a história me levaria.

Todo esse diálogo, feito mais para converter mais um ao seu modo de viver do que para provar alguma teoria, não conseguiu superar (ou mesmo igualar) a impressão deixada por A Peste, talvez por este apresentar uma história menos subjetiva.

A verdade é que não sou muito fã de narradores que falam, falam, falam e parecem não falar muita coisa (embora admita que há pontos interessantes em A Queda).

site: http://www.oslivrosdebela.com/2018/01/a-queda-albert-camus.html
Josué Brito 18/07/2018minha estante
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Ivan Picchi 09/03/2011

Melhor Monólogo
ever.


Sério, é simplesmente genial

e simples

perfeito, então.
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Renato 02/08/2010

'Já havia percorrido uns cinquenta metros, mais ou menos, quando ouvi o barulho de um corpo que cai na água e que, apesar da distância, no silêncio da noite, me pareceu grande. Parei na hora, mas sem me voltar. Quase imediatamente, ouvi um grito várias vezes repetido, que descia também o rio e depois se extinguiu bruscamente. O silêncio que se seguiu na noite paralisada pareceu-me interminável. Quis correr e não me mexi. Acho que tremia de frio e de emoção. Dizia a mim mesmo que era preciso agir rapidamente e sentia uma fraqueza irresistível invadir-me o corpo. Esqueci-me do que pensei então. "Tarde demais, longe demais...", ou algo do gênero. Escutava ainda, imóvel. Depois, afastei-me sob a chuva, às pressas. Não avisei ninguém.'

Impossível manter-se indiferente à confissão/acusação destilada pelo homem do subsolo francês. Um relato impressionante. Camus mete o dedo na ferida como poucos. Angústia, perversão, decadência e existencialismo: la humanité que vous détestez!

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evenancio 21/09/2010

A Queda
A Queda é um livro surpreendente. Ele não é um típico livro de fácil digestão, muito pelo contrário, exige inclusive certo esforço do leitor para acompanhá-lo sem se distrair, visto que por vezes a leitura se torna maçante, talvez por sua fórmula ousada: um monólogo que acaba por se tornar extenso, onde a figura de Jean-Baptiste Clamance, um ex-advogado que autointitula juiz-penitente, discorre sobre sua trajetória antes "A Queda" e após "A Queda", fazendo uma análise de si mesmo num boteco de bebum em Amsterdã para uma figura qualquer, a qual não nos é revelada até chegar ao término da história.

O livro não é um romance. Longe disto, é quase um tratado filosófico que perambula pelos principais conceitos da corrente existencialista. Está tudo lá, basta degustar vagarosamente e observar com um olhar atento que você saberá exatamente do que estou falando. Basicamente temos um retrato nu e cru do homem como ele é, de sua espiritualidade e como ele se apresenta ao mundo. Este retrato vai sendo desenhado ao longo da narrativa, ao término nos é oferecido e Clamance indaga quão desgraçada é a sua figura, porém ele coloca: por acaso não parece com você?

Sim, meus caros, Clamance fala de si o tempo inteiro, porém ele também está falando de mim e de você, de todas as pessoas sufocadas por este mundo tenebroso, que são obrigadas a escolher, que são condenadas a serem livres e que ainda precisam prestar contas de seus atos para o universo, que julga cada passo dado e cada decisão tomada. O livro começa com Clamance desmembrando o seu narcisismo e o seu hedonismo, assim como descrevendo fatos que descrevem seu egoísmo e seu egocentrismo.

Continua em:
http://www.evenancio.com/2010/09/albert-camus-queda.html
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Tito 12/03/2011

Um demônio no alto de seu palco-púlpito subterrâneo, apontando um espelho para si e para nós, Legião.
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HA_Kél 27/11/2011

Meu olhar...
A leitura me tocou muito, provocou, mexeu em sentimentos adormecidos/ disfarçados.

O medo da liberdade; o julgamento dos outros que é nada mais que nosso próprio auto-julgamento; a vergonha; o ter que conviver com escolhas passadas; a necessidade de um senhor; a solidão da morte... são temas que o livro aborda...e que ecoam ainda em minha mente órfã após o término da leitura.

Gostei muito do livro.

Fantástico.
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Sabrina 23/02/2012

A queda em si mesmo
O livro de Camus é mais uma das suas obras primas e que merece toda a nossa atenção.
Albert Camus como ferrenho existencialista que foi traz nas suas obras um modo muito peculiar de mexer com aquilo que normalmente não queremos mexer.. Ele causa um desconforto necessário que nos tira de um embasbacamento perante a vida. O interessante de suas obras é que apesar de momentos bem profundos e resgates psicológicos densos, os personagens são comuns ao dia-a-dia não apenas no europeu francês, mas de todos nós. A queda é a história de um homem, um advogado francês que conta sua história de vida a um 'transeunte' em um bar de marinheiros, em Amsterdã. Sua história de vida perpassa muitos caminhos até o momento em que conta o dia em que presenciou um suicídio e, como isso o afeta de uma maneira que ele nem tem ideia, a não ser ao longo de sua narrativa quando começa a de fato pensar sobre o ocorrido.
O texto de Camus é instigante não apenas como um todo, mas de fato, nos obriga a paradas extremas e bruscas em trechos como.

" Portanto, confesso que não conseguia viver, a não ser com a condição de, sobre a terra inteira, todos os seres, ou o maior número possível deles, se voltarem para mim, eternamente disponíveis, privados de vida independente, prontos a atender o meu chamado, a qualquer momento, fadados, enfim, à esterilidade, até o dia em que me dignasse a favorecê-los com minha luz. Em resumo, para viver feliz, era preciso que os seres que eu elegesse não vivessem. Só deviam receber a vida, vez ou outra, a meu bel-prazer." Trecho de A queda -Albert Camus Pg 52

"Vou contar-lhe um grande segredo, meu caro. Não espere pelo Juízo Final. Ele se realiza todos os dias." A queda- Albert Camus Pg 84



A queda de Albert Camus é um livro curto, porém instigante. Talvez não posso ser digerido tão rapidamente, mas sua leitura sem duvidas será interessante e apropriada para aqueles de espírito curioso sobre si e sua condição enquanto humanos.
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