A queda

A queda Albert Camus




Resenhas - A Queda


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bobbie 26/04/2020

Romance existencialista de difícil assimilação.
Este é um romance filosófico-existencialista de difícil assimilação. Curto, porém denso e complexo, A queda não é um livro que será devidamente apreciado numa única/primeira leitura. Narrativa escrita em primeira pessoa, de interação com um único interlocutor cuja voz jamais é ouvida, o narrador-personagem discorre de várias questões da existência rumo à queda, que se metaforiza com a queda do paraíso pelo homem.
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Sylvia 10/04/2020

A queda
O livro narra, pela visão egocêntrica do personagem, através de um monólogo, a transição entre a sua plena satisfação pessoal e sua queda.
Vale muito a reflexão.
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Alexandre249 28/02/2020

Um monólogo?
Um texto curto, denso e reflexivo. A cada parágrafo uma pausa para reflexão. Cheio de meandros e memórias. Recomendo para um momento de leitura mais detida, profunda.
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Bookster Pedro Pacifico 26/02/2020

A queda, de Albert Camus - 8,5/10
Camus é autor de um dos meus livros preferidos: “O estrangeiro”. Apesar disso, ainda não havia lido nenhum outro livro seu - talvez pelo medo de ficar decepcionado por já ter lido o melhor! Mas para resolver isso, coloquei “A queda” na lista dos 10 livros que com certeza leria em 2019... E já foi logo o primeiro a ser lido!

Em “A queda”, Camus vai abordar aspectos da condição humana a partir de uma perspectiva individual, de autocrítica. A obra é construída na forma de um monólogo, em que o narrador, um advogado francês, passa a fazer uma análise da condição humana e da própria existência, tendo inclusive se autodenominado “juiz penitente”. Ele é um profissional bem-sucedido, mas que vê a sua vida mudar depois de testemunhar uma mulher se jogando no rio Sena, sem ter feito nada para tentar salvá-la. O enredo é bem simples e boa parte da leitura envolve os conflitos internos do personagem, tornando bem difícil a tarefa de fazer uma resenha sobre o livro.

Logo no início da obra, o narrador conhece um indivíduo em um bar em Amsterdam e inicia um diálogo. Contudo, em nenhum momento temos contato com as falas do interlocutor. Escutamos apenas as falas e pensamentos do “juiz penitente”, que acusa, ao mesmo tempo que confessa. Julga a natureza do ser humano, mas acaba denunciando a si próprio. E o desenrolar da obra segue com os diálogos entre os dois personagens em diferentes locais e momentos.

Camus, que além de escritor era filósofo, fez de “A queda” uma obra densa e extremamente reflexiva. O leitor se depara constantemente com os pensamentos sarcásticos e amargurados do narrador. É uma forte carga psicológica, que me fez lembrar bastante de alguns romances de Dostoiévski.

Não recomendaria como uma obra para conhecer seu trabalho, mas é um excelente livro e que confirma a genialidade de Camus! O próximo que pretendo ler do autor é “A peste”... e você, já leu algum livro de Camus?

"Quando deixava um cego sobre a calçada onde eu o tinha ajudado a aterrisar, saudava-o. Evidentemente, esse cumprimento não lhe era destinado, ele não o podia ver. A quem, pois, se dirigia? Ao público."

site: https://www.instagram.com/book.ster/
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Fernando1704b 04/02/2020

Muito bom
É um livro bem curto, confuso as vezes, mas é muito bom, Recomendo
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Gabriel.Tesser 22/11/2019

Impressionante
?A queda produz-se ao romper da aurora.? pág. 111
E assim acaba nosso review? não, espera! Não acaba não; isso aqui não é um review.
Esses posts são sobre o que eu sinto ao ler um livro, algo completamente pessoal e intransferível. Então, não adianta eu dizer aqui quais as sensações que você vai encontrar ao ler Camus (pronuncia-se Câmí). Meu caro amigo, deve ler por sua conta e risco. Garanto satisfação? Não. Garanto sublimação do seu ego? Menos, menos. Não há garantias de que você terá uma bela experiência literária, se a literatura lhe for estranha, e a autocrítica não lhe existir. Camus é um gigante. Ele escreve esse livro contando a vida que construiu sob a máscara social, com seus desejos e perversões escondidas sob a sombra da vida privada, novidade, né não? Todos temos esses lances ocultos, lançamos mão da verdade para que não haja um frenesi social e o mundo acabe num apocalipse zumbi. Meio drástico, né não? Camus é preciso e direto, só escreve o essencial. Ele ensina a enxergar nossos defeitos como resultado do serrr humano, da vida que desejamos e não da vida a qual atuamos. Uma reflexão ao autoconhecimento. Um espelho da alma. Quem sabe talvez você possa compartilhar dessa mesma visão ao ler A queda? Quem sabe, compartilhar de novas visões? Seria um alívio, seria bem-vindo.
A queda é um livro essencial. Camus é um autor essencial, junto com #Kafka, #Clarice, #Hesse e #Dostoiévski
Imagina você ler esse livro e lhe dar tesão? Só imagina. Há muito o que conversar sobre esse livro. Quem sabe nos encontraremos em algum café por aí para falar desse prisma personificado que Camus dá ao seu texto, como se estivesse atirando um tijolo na orelha esquerda da sua cara, hein?
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Claudio.Kinzel 04/10/2019

A queda existencial de um advogado vaidoso
Camus nos apresenta uma narrativa em primeira pessoa, um diálogo que mais é um monólogo, uma confissão. Um advogado, doravante autodenominado juiz penitente, relembra a morte através da queda de um estranho no rio Siena e sua incapacidade de prestar socorro. Tomado pela culpa, inicia uma feroz confissão de si mesmo, de seu passado errante, de suas falhas, da vaidade como valor essencial de sua vida, para então acusar a si mesmo e, por extensão, a própria humanidade. Livro curto, porém complexo, no qual o autor expõe sua filosofia do absurdo, na qual o ser humano, já desprovido de sentido externo (religião/Deus), e abatido muitas vezes consigo mesmo, através dos horrores da guerra, encontra-se livre para viver sua vida, o que é uma tarefa ingrata que não raro é recusada, pois "no final de toda liberdade, há uma sentença".
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Fran 13/07/2019

O espelho que é difícil se reconhecer
A Queda de Albert Camus se trata de um monólogo, que tenta ser um diálogo, pois há um interlocutor que não vemos, assim como acontece em Grande Sertão Veredas. Na verdade, eu me senti como se fosse esse interlocutor.
Jean-Baptiste Clamence fala da natureza humana em uma espécie de confissão e autocrítica. Ele assume a responsabilidade por seus atos reconhecendo suas atitudes motivadas pela vaidade, pelo absurdo, algo sempre presente na obra de Camus.
Mas esse narrador não assume essa responsabilidade sozinho, ele quer que o seu interlocutor o veja como um espelho e é assim que o leitor se sente. Ao falar da natureza humana, do absurdo e da nossa grande hipocrisia, nós olhamos nesse espelho, assim como a sociedade ao nosso redor.
Camus propõe uma reflexão. Que o ser humano só pode viver de verdade quando assumir o seu absurdo. Uma frase da Legião Urbana resume bem “mentir para si mesmo é sempre a pior mentira.”


site: https://www.instagram.com/prosasealgomais/
Jalu 13/07/2019minha estante
Opa, indícios de GSV na obra, muito me interessa!!!!!




Samarithan 25/06/2019

"Com isto, fabrico um retrato que é de todos e de ninguém..."
Assim como em outros trabalhos de Albert Camus, A Queda é um romance que possui características de ensaio, tamanha são as reflexões propostas pelo autor nesta obra. Na figura de um ex-advogado, Camus aborda a alienação do homem face os pecados do dia a dia.

No passado, Jean Baptiste Clemente era um conceituado advogado respeitado por todos, que adorava ajudar as pessoas e se sentia bem em fazer isto, um verdadeiro cidadão modelo. Sua vida era plena e feliz. Mas durante uma noite ao atravessar uma ponte no rio Sena, um evento faz o homem cheio de virtudes encarar sua própria hipocrisia, toda a bondade e o suposto apreço pelas pessoas não passava de vaidade, no fundo era um homem superficial que não se importava com ninguém. Após desvendar-se, Jean Baptiste passa a descontruir sua imagem e encarar o mundo conforme a verdade que havia enxergado naquela noite.

Apesar de ser um livro relativamente curto, não se trata de uma leitura fácil, eu li em dois dias, e fiquei mais dois dias retornando as várias anotações, trechos e reflexões importantes da obra (que não são poucas!). Acredito que poucos escritores compreenderam o mundo a sua volta como Albert Camus, sempre fugindo do idealismo isolado da realidade, que banaliza discussões até os dias de hoje.

Uma característica interessante da obra de Camus, é que de certa forma cada livro vai completando o outro, você passa a ter uma percepção melhor de determinado livro na medida que já leu outros (e vice-versa), eu li O Estrangeiro e O Mito de Sísifo (que me ajudou muito a compreender o primeiro), depois de ler A Queda e pesquisando sobre a obra, fiquei com uma leve impressão que seria melhor ter lido A Peste e O Homem Revoltado antes, de qualquer forma, é sempre bom ter um motivo para revisitar um livro marcante!
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Marcella.Tedeschi 28/05/2019

Meu primeiro contato com o autor e posso dizer que foi bastante positivo! De início a leitura causou estranheza, já que o livro todo é construído com um monólogo, o ouvinte está ali, é perceptível, mas não tem voz. Com um viés filosófico, não é uma leitura fácil, mas vale a pena até o final.
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Nathalie.Murcia 13/05/2019

Reflexivo
Esta obra é tida como uma das melhores de Albert Camus. Tem uma construção diferenciada. É um monólogo de viés filosófico, praticado por um antigo advogado francês, em um bar na Holanda, frequentado por marinheiros. Há apenas um personagem. No papel de juiz penitente, o narrador tece divagações existenciais, a respeito de temas como julgamento, arrependimento, libertinagem, vaidade, religião, mediante um profundo exame de autoconsciência. O narrador não poupa críticas a si próprio, e nos induz a perscrutar nossas falhas. Selecionei algumas passagens que julguei mais interessantes:
"Ser senhor de seu próprio estado de espírito é privilégio dos grandes animais".
"A morte é solitária, ao passo que a servidão é coletiva".
"Acredite-me, as religiões enganam-se, a partir do momento em pregam a moral e fulminam os mandamentos. Não é necessário existir Deus para criar a culpabilidade, nem para castigar. Para isso, bastam nossos semelhantes, ajudado por nós mesmos".
"Conheci o que há de pior, que é o julgamento dos homens".
"Compreenderá, então, que a verdadeira libertinagem é libertadora, porque não impõe qualquer obrigação. Na libertinagem, só se possui a si próprio.Ela permaneceu, pois, a ocupação preferida dos grandes apaixonados por sua própria pessoa".
"Exerço, pois, no México City, há algum tempo, minha útil profissão. Esta consiste, em primeiro lugar, em praticar a confissão pública com a maior frequência possível".
Mais reenhas no meu Instagram.

site: http://.instagram.com/nathaliemurcia/?hl=pt-br
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Paulo Sousa 27/04/2019

a queda, de albert camus
Título lido: A queda
Título original: La chute
Autor: Albert Camus (Nobel de 1957)
Tradução: Valerie Rumjanek
Editora: BestBolso
Lançamento: 1956
Esta edição: 2015
Páginas: 112
Classificação: 4.5/5
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"não sabia que a liberdade não é uma recompensa, nem uma condecoração que se comemora com champanhe. tampouco, aliás, um presente, uma caixa de chocolates de dar água na boca. oh, não, é um encargo, pelo contrário, é uma corrida de fundo, bem solitária, bem extenuante. nada de champanhe, nada de amigos que ergam sua taça, olhando-nos com ternura. sozinhos numa sala sombria, sozinhos no banco dos réus, perante os juízes, e sozinhos para decidir perante nós mesmos ou perante o julgamento dos outros. no final de toda liberdade, há uma sentença; eis por que a liberdade é pesada demais, sobretudo quando se sofre de febre, ou nos sentimos mal, ou amamos ninguém" (Posição no Kindle 1130/84%).
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ler camus é muito mais que ler um romance. sua escrita poderosa sempre tem um quê filosófico, uma angustiante busca pelas mazelas humanas e isso é um deleite sem igual.
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em "a queda", vemos o advogado jean baptiste clement, auto-proclamado "juiz-penitente", que esmiúça justamente essa decadência humana. ao entrar num bar em Amsterdã, o méxico City, e diante de um estranho, nosso personagem narrador começa a abrir sua vida, e mais que isso, traz à tona toda uma decadência moral e existencial que, discrepante de tudo que achou que era e fazia, mostra o homem em sua mais profunda ruína.
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nesse ?diálogo?, o narrador vai dizendo quem é e do que gosta sem dar a chance do outro adivinhar. assim vamos desencapando o personagem. sabemos que é um homem de meia idade, frequentador dos bares do porto, que já foi bem sucedido, mas que por algum motivo (que vamos descobrindo) abandonou a vida anterior. mora no bairro judeu na pós- guerra, depois de hitler quase arrasar com tudo. conta tudo sobre o seu passado, sua vida plena e feliz. adorava ajudar os demais, sentia- se bem com isso, recompensado; era equilibrado, boa saúde, bom corpo, belo, honesto, bem conceituado, era respeitado. fazia tudo o que esperavam dele. um típico cidadão modelo. se considerava um sujeito de sorte, no entanto, queria sempre mais e mais. ?cada alegria fazia-me desejar outra?, revela.
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mas então algo acontece em uma noite de outono perto do sena, em paris, e tudo mudou. esse dia ficou marcado: o início da sua queda. o homem cheio de virtudes ajudava os demais por vaidade. ele conseguia enganar a sociedade, os amigos e clientes, no entanto, o auto-engano é impossível de ser encoberto. roído por tamanha descoberta, se sente infame, chega mesmo a pensar em suicídio, trata sobre absolvição, lascívia e liberdade. a conversa sai dos limites do bar, chegam a seu apartamento de onde, no dia seguinte, partem para um golfo próximo. a. conversa continua (desconfio que na verdade não havia ninguém ali, só a consciência marcante de jean baptiste) e o leitor vai sendo levado pelas lamúrias de um homem derrotado pela falsidade que há em si.
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camus, de quem li "o estrangeiro" e, nos arrogantes anos da adolescência, "a peste", tem essa capacidade de gerar desconforto em novelas que só parecem ser singelas. ainda bem!
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