Paula.Andrea 30/03/2020
Eu acho que eu não entendi o livro. A depender da revista, os contos iriam retratar com um humor sutil o pior do ser humano. Só que, ao ler, eu não identifiquei isso. Talvez o humor estivesse tão sutil que passou despercebido pra mim.
Algumas histórias me marcaram mais. Se eu pudesse escolher uma, seria "o refugiado da guerra", porque ainda acho ela muito atual. A perversidade, a inveja, a insegurança são capazes de cegar um ser humano, ou de enlouquecê-lo, como acontece com a dona da fazenda. Ao final, o refugiado, que apenas queria recomeçar a vida, se vê objeto de ódio daqueles que temem o desconhecido, e paga com a própria vida por isso. Sem ter por perto o que odiar, e vendo que não era do refugiado a culpa pela existência de seus problemas, aos demais personagens só resta continuar, se assim conseguirem.
Darei outra chance ao livro no futuro. Acho que, como leitora, fiquei aquém da expectativa pensada pela escritora ao desenvolver as narrativas.