Vivi 13/04/2012Zachary King, 32 anos, com um emprego estável, prestes a ficar noivo de uma linda mulher, mora com seu amigo (milionário) em um apartamento luxuoso... certo, uma vida perfeita com a sorte ao seu lado e uma rotina bem previsível. Mas de uma hora para outra, todo o mundinho tão bem estruturado por ele é abalado pela suspeita de uma grave doença.
"Ele pode não saber ao certo o que é aquela mancha, mas eu tenho certeza absoluta do que ela não é. Não é um nada." Pág 37
A partir daí Zack começa a refletir sobre sua vida, os caminhos que tomou até hoje, tudo que antes parecia tão perfeito (se não perfeito, pelo menos aceitável) começa a parecer enfadonho e sem satisfação. Seu trabalho é estressante, suas decisões são (quase) sempre tomadas pensando nos outros e ele não tem tanta certeza de amar Hope da maneira que deveria.
Como se toda essa crise pessoal não bastasse, seu pai Norm, que foi um pai ausente durante 20 anos reaparece na porta de seu apartamento tentando consertar sua relação com os filhos.
"Meu pai tem uma ereção. Não o vejo a pelo menos seis ou sete anos e agora ele aparece na porta da minha casa, na hora do café da manhã, com uma ereção que levanta a calça de seu terno como se fosse o pau de uma barraca." Pág 16
Narrado em primeira pessoa por Zack, "Tudo pode Mudar" conta de forma leve e bem humorada a história de um menino que precisou amadurecer cedo demais e aprender a cuidar de sua família após a separação dolorosa de seus pais.
O que primeiro me chamou atenção nesse livro foi o fato de ser narrado por um homem, confesso que sinto falta de romances com uma visão masculina dos fatos e esse livro superou minhas expectativas quanto a isso. A escrita do autor é cativante e não é cansativa em momento algum, o que mais gostei na história do personagem principal é que, não importa o quanto a vida dele esteja fodida, sempre pode piorar mais um pouquinho, mas nem por isso perde seu bom humor.
Os personagens foram muito bem criados, com personalidades marcantes (alguns bem excêntricos) que dão a história quase vida própria.
"Morar com Jed é como ter um animal de estimação. Não importa a que hora do dia ou da noite você chegue, ele estará ali para saudá-lo." Pág 114
"Preciso dizer uma coisa: aquela ereção constante que ele tem não está melhorando em nada a situação dele." Pág 127
"– Não namore as damas de honra – repeti com enfado.
– Não namore as porras das damas de honra – Jed me corrigiu.
– O palavrão é necessário?
– Imprescindível.
– Por quê?
– Porque a gente sempre se esquece dessa porra." Pág 139
Bjokas!!!
Resenha:
http://emporiodoslivros.blogspot.com.br/2012/04/tudo-pode-mudar-jonathan-tropper.html