A sucessora

A sucessora Carolina Nabuco




Resenhas - A Sucessora


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Paula A. C. 23/09/2020

Um clássico resgatado
A escrita de Carolina Nabuco me conquistou já nas primeiras linhas. Elegante, crítica, inteligente... Não entendo como pude passar tanto tempo sem ler sua obra.
Em A Sucessora, temos a história de Marina, uma jovem recém casada com um viúvo rico, membro da alta sociedade carioca da década de 1930. Assombrada pela presença da falecida primeira esposa de Roberto, Marina se sente uma intrusa na própria casa. Representante do velho Brasil, rural e escravocrata, ela demora a se adaptar à vida urbana do círculo de amigos de Roberto. E sua adaptação é ainda mais difícil quando se compara com a falecida Alice, a quem considera uma mulher perfeita.
O embate entre dois Brasis, um rural e escravocrata, outro urbano e modernista, é o pano de fundo do drama de Marina e Roberto, dois símbolos de diferentes aspectos do país.
Quero ler outros livros da autora. Fiquei interessada também na leitura de Rebecca, livro muito semelhante ao de Carolina Nabuco (diz-se que houve plágio), bem como no filme homônimo.
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Nane 09/09/2020

Surpreendente
Não conhecia esse livro e por indicação de um grupo de leitura fui atrás dele. Comprei para participar do grupo e não sabia nada sobre a história. Me surpreendi em conhecer mais uma autora nacional, e em gostar muito da escrita. Um romance psicológico bem desenvolvido mostrando o que uma mente inquieta é capaz de fazer com nosso corpo. Pensei em cinco finais diferentes, e não foi nem próximo do que imaginei. Não me agradei, mas pensando na época em que foi escrito me convenceu.
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Marina.Castro.F 25/08/2020

Um romance nacionalista
Com uma premissa incrível, a história acompanha a vida da jovem interiorana Marina que se casa com um homem rico da capital, Roberto, viúvo de seu primeiro casamento. Com um nacionalismo muito marcante, o livro parte de um dilema impensável é muito intrigante, mas não acredito que tenha tido um final digno. O final é fraco se comparado ao dilema proposto pela autora.
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Enimar 07/08/2020

Obra clássica brasileira, cheia de referências ao estilo de vida burguês do início do século XX. Esse livro da Nabuco está envolvido em uma polêmica literária. Ele teria sido plagiado por uma escritora inglesa cujo plágio foi adaptado ao cinema por Hitchcock com o filme Rebecca. A Netflix lançará um remake dele em outubro. No Brasil A Sucessora virou novela.
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Nine 02/07/2020

Simples....
É um livro com uma história interessante, sobre o psicológico, como podemos nos perder em nossa própria mente, mas achei uma leitura arrastada.
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Manuela.Caldas 29/06/2020

Sucesso?
A Sucessora fez sucesso na TV. É uma história interessante, de uma mulher que se vê ocupando o lugar de outra e se questiona a respeito disso todo o tempo. Porém, nada muito além disso.
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Raphael 23/06/2020

Troféu surpresa literária 2020
13° livro do ano: A Sucessora, de Carolina Nabuco.

Nota: 5,0/5,0.

Brasil, década de 1930. Duas fotografias: de um lado, um Brasil arcaico e patriarcal, que há pouco saíra formalmente da escravidão, com uma elite proprietária cuja ascendência com frequência remontava aos primeiros conquistadores; de outro, um Brasil que se queria moderno, industrializado, urbano e cosmopolita.

Marina é uma jovem inteligente e imaginativa, filha de uma tradicional família proprietária, nascida e criada na Fazenda Santa Rosa, no interior do Rio de Janeiro, sob rigorosa educação religiosa a cargo da mãe.

O viúvo Roberto Stein é um milionário cosmopolita, grande industrial estabelecido na então capital do país, dado a luxos e modas europeias. Os salões de sua mansão são dos mais concorridos entre a alta burguesia carioca, em reuniões que costumavam ser presididas por Alice, sua deslumbrante esposa, morta tão precocemente.

"A Sucessora", em certa medida, é a história do casamento entre esses dois Brasis, tão diferentes. Marina, nascida e criada naquele mundo rural, ao casar-se com Roberto, se depara com um mundo em que tem dificuldade de se encaixar.

Mais crucial. Marina se sente assombrada por um retrato de Alice, pintado por um grande artista francês, que faz com que ela sinta a presença da esposa morta de Roberto por toda a casa, sentindo em vários momentos a sua hostilidade. Alice paira onipresente sobre o casamento de Marina, transtornando-a, infelicitando-a. Inteligente, porém submissa, Marina se escraviza aos gostos e às relações do Marido e a todo momento sofre com a comparação com a antiga Madame Stein.

Um romance psicológico e intimista de primeira, que me arrebatou de um jeito que eu não conseguia largar o livro. Narrativa inteligente, reveladora de uma escritora de primeira grandeza, infelizmente esquecida durante tanto tempo. Fica fácil entre as três melhores leituras do ano.
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Adriana1161 17/06/2020

Caprichos
Gostei do livro!
É um romance psicológico, que apesar de escrito nos anos 30 do século passado, é bem moderno e atual.
A personagem principal, Marina, vai revelando seus pensamentos e angústias de forma bem natural e nos envolvendo no contexto da história.
Aborda o racismo, condenando-o. O pai da autora era Joaquim Nabuco, famoso abolicionista, que tem frases muito lúcidas como: "A escravidão permanecerá por muito tempo como a característica nacional do Brasil" e "O verdadeiro patriotismo é o que concilia a pátria com a humanidade".
Foi telenovela, adaptada por Manuel Carlos, em 1978/79. E eu assisti!
Personagens: Marina, Alice, Roberto, Germana, Vasco, dona Emilia, Laurita, Miguel, Adélia Isabel, Júlia
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pistouvi 17/06/2020

Fui atrás desse livro por causa daquele sentimento de "Hitchcock fez um filme de um plágio de uma autora brasileira??" e não me arrependo de forma nenhuma.

Com um enredo simples, a autora desenvolve sua personagem de uma maneira bem interessante e capturou minha atenção do começo ao fim. Acredito que essa deveria ser uma leitura muito mais difundida no meio da literatura brasileira, principalmente por ser mais um retrato interessante da sociedade da época.

Depois de ler, obviamente, lá fui eu ver o tal filme Rebecca, que besteira eu fiz né? Tô cansada de saber que não é pra ir querendo comparar as obras em diferentes mídias, mas aquele cheirinho de fofoca e plágio me fizeram dar essa escorregada. Talvez eu desgostasse menos do filme se o tivesse visto sem saber desse rolê, somente por ser um filme de Hitchcock. É um filme bem dirigido, um típico Hitchcock, e tem seu apelo visual, mas a verdade é que eu gosto muito mais do rumo que a história toma no livro da Nabuco. A trama mirabolante e conspiratória do filme é bem diferente do uso que a autora brasileira faz de sua história e sua personagem para falar do Brasil e do papel da mulher naquela sociedade, e entre esses dois desenvolvimentos muito mais me interessa o segundo. Acho que é uma questão de gosto no fim das contas, mas o que fica de conclusão é que tanto gostei do livro que espero uma chance de comprar o outro livro da autora lançado por essa editora.
Gato Preto 08/11/2020minha estante
Outro dia vi um trailer, acho que foi na Netflix e minha mulher perguntou se eu sabia que esta estória era de um livro brasileiro, eu não acreditei. Agora, lendo sua resenha, vou colocar o livro na lista para 2021.


Monise Nunes 01/05/2021minha estante
E ainda há quem diga que A Sucessora é tbm um plágio de Encarnação de José de Alencar. Eu já li sobre o plágio de Rebecca de que Carolina Nabuco enviou a história pro editor de Daphne du
Maurier, e no ano seguinte Rebecca foi lançado (mas não sei se é real)


Jossi 28/10/2023minha estante
Resposta para Monise Nunes: Sim, é verdade que 'Rebecca' é um enorme plágio de 'A Sucessora'. Fiz uma boa pesquisa sobre o assunto e vi até uma entrevista da Sra. Carolina Nabuco para o Fantástico, da Globo. Essa entrevista é muito antiga, acho que dos anos 70, e nem está mais disponível no YouTube, mas ela afirmou que sim: Ela enviou o seu trabalho para um editor norte-americano, na esperança de ser publicada em língua inglesa. Alguns meses passaram, o editor deu a ela resposta negativa. 4 anos depois, Daphne du Maurier publicou "Rebecca", que virou filme. E Carolina, na entrevista, disse que não quis entrar com um processo por plágio... deixou por isso mesmo. O plágio é notório, se você ler ambas as histórias: Apesar de "A Sucessora" ser curto, tem todo um clima psicológico que envolve o palacete carioca em sombras e uma aura de perigo. O mesmo clima que envolve a mansão Menderley; Du Maurier vai ao cúmulo (pra mim pareceu até um deboche) de colocar no MORDOMO de Menderley o nome Robert (ou seja, esse é o nome do protagonista de Carolina, ROBERTO!) e a criada de quarto de Du Maurier chama-se Alice -- e a mulher do protagonista de Carolina também é Alice! E tem muitos outros detalhes no início da história que são similares. Um plágio descarado.




Heloísa 24/04/2020

Romance leve
Muito bom esse romance, escrito pela filha de Joaquim Nabuco e que acabou nas telas do cinema, após sofrer um plágio por Daphne Du Mourier, sob o nome de Rebecca. Neste livro, temos Marina, casada com Roberto, e assombrada pela falecida esposa dele, Alice, que é idolatrada por todos, ao contrário de Marina, que se vê como sucessora, porém uma sucessora que é o tempo todo julgada e comparada com Alice.
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Daiane 22/04/2020

Não conhecia a história por de trás do livro e fiquei chateadissima por uma escritora ter sido plageada e a história não ser mais divulgada.

A história do livro não trás muito surpresas, mas isso não tira o brilho do livro. A escrita é objetiva, sem muitos diálogos, não fica divagando em descrições intermináveis, o que eu gostei muito..
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Daubian 21/04/2020

Uma mulher inesquecível
Impressionante como algumas mulheres são deixadas de lado na história. Carolina Nabuco faz um trabalho excelente retratando a sociedade da época, mas criando um romance pautado por uma obsessão doentia aos modos de Morte em Veneza com umas pitadas de O retrato de Dorian Grey. A forma sutil de descrever a opressão sentida por Marina é feita de modo visceral e muito realista. É uma obra forte, mas muito delicada, assim como Marina. Esta história foi vergonhosamente plagiada em Rebecca, uma mulher inesquecível. Filme que até levou um Oscar. Também por aqui uma novela de sucesso foi feita. Tanto impacto de suas adaptações mostra o poder deste livro. É cada vez mais urgente reconhecer Carolina Nabuco como um expoente da literatura nacional e não esquecê-la jamais.
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