Guilherme.Augusto 29/06/2022
A felicidade eterna
Sir Chesterton, o "gorducho glutão" (tomei posse de um amiga dessas bandas skoobianas) nos remete à história da humanidade, por assim dizer. Ele, com toda a sua maestria que já é por todos sabida, mostra o que é o Cristianismo (sua visão particular não é privada, é algo universal e certeira), muito em face do que - na época - os acontecimentos iam se suscitando para um descalabro.
Chesterton com sua calma, sagacidade e clareza no modo de nos desenhar suas ideias, não só convence, mas reafirma o tamanho e a importância do que é ser Cristão, do impacto do Cristianismo em cada ser racional. Não é privilégio desta época as afrontas e argumentos céticos em relação a Santa Igreja, naquele tempo do bigodudo os floreios e aconchegos neste caminho eram corriqueiros. Porém, como bem ele esmiuçou - daquele jeitinho "carinhoso" de que gostamos, os argumentos são plenamente refutáveis, visto que suas respectivas bases não são alicerçadas, pior, são falsas verdades. Digamos que os céticos, certos intelectuais, doutores espirituais e similares de então, supunham estar certíssimos. Em suas belas cabeçonas recheadas de luz interior se auto convenciam daquilo que menos sabiam, por que a ciência dizia ou, simplesmente, porque sim. O mundo era o que era porque tinha de ser, segundo eles, pois a natureza como mãe suprema ditou o curso das coisas. E o humano, pessoa racional e inteligente, na sua firmeza da razão e do concreto, através da história registrada, mostrou-se evoluído em suas certezas, por meio dos seus impérios magnânimos e a destreza de saber o que é certo e o errado.
Na contramão, claro, Chesterton explica pormenorizadamente que estavam errados, ou no mínimo equivocados, muito porque suas conclusões não possuíam um fim, mas na verdade incongruências,pregadas no vasto vazio da soberba. O Cristianismo é o sustento da realidade, mesmo sendo transcendental. É nele, e somente nele que temos o arcabouço da história. É através dele que o decurso das coisas se deram e se dão (basta pegar quaisquer livros históricos, filosóficos e afins e notarem para onde apontam).
O fundamental da vida é aquilo que não vemos, mas que cremos, na fidelidade frágil que a qualquer momento pode ruir na desgraça mundana, porque desde os primórdios nascemos dela. E justamente o que não vemos, mas sabemos, é o que nos espera para além deste plano, que nos conduz nos entremeios das dificuldades impostas, nas provações diárias, nas tentações visíveis e invisíveis. O alicerce intocável que vem do alto, revela-nos de primeiro momento por imaginação, pois, a verdadeira face não é para o mundo enxergar, tanto é que oculta está, devidamente guardada para o esplendor eterno.
Enfim, Gilbert na sua forma simples e direta de nos contar, entrega esta obra convincente e bela; alimento que não apodrece, sustenta as almas e nos faz termos a certeza de que a luz do mundo brilha em nós, e de fato a enxergaremos quando prontos estivermos.