Resenhas - Bartleby, o escriturário

Kiara D. 14/05/2024

"Eu prefiro não fazer isso"
"Bertebly, o Escrivão" é uma obra que mergulha nas profundezas da alma humana através das experiências de Bertebly, um personagem peculiar e intrigante. O autor apresenta uma narrativa rica em detalhes e nuances, explorando os dilemas morais e existenciais enfrentados pelo protagonista. No entanto, o aspecto psicológico de Bertebly não é tão aprofundado quanto poderia ser.

Bertebly é diligente em sua recusa em cumprir suas tarefas, repetindo incansavelmente "eu preferia não fazer isso", o que confunde e frustra tanto o narrador quanto os colegas de trabalho. Seu comportamento enigmático cria um mistério em torno de seu passado, deixando-me perplexa e repleta de questionamentos, assim como o narrador da história. A falta de respostas e a incapacidade de extrair qualquer coisa significativa do personagem geram uma sensação de impotência.

Além disso, Bertebly é retratado como um personagem melancólico, cujo destino trágico culmina em sua morte em meio à miséria e ao abandono. Esta obra multifacetada levanta questões profundas sobre o significado do trabalho e a apatia em relação ao mundo moderno, destacando a alienação no ambiente de trabalho e os transtornos depressivos dentro do sistema capitalista.

"Existem muitos Bartlebys por aí. Não apenas vagando pelo mundo real, com o olhar morto encarando a parede, mas também no plano das ideias."

Pr.Thiago 02/05/2024

BARTLEBY, O ESCRIVÃO
Eu poderia te contar sobre Bartleby, mas prefiro não. Anti-herói dos tempos modernos, o comportamento de Bartleby provoca reações de repulsa e indignação ? não por aquilo que faz, mas pelo que se recusa a fazer. Bartleby não gosta de trabalhar: não toma café ou se obriga a ser produtivo. Mas tampouco gosta de sair para se divertir ? não bebe cerveja ou puxa assunto com quem quer que seja. Bartleby é, acima de tudo, um homem de aspecto terrivelmente sedado. Publicado em 1853, Bartleby é uma obra breve de repercussão retumbante. Através da melancolia paralisante do protagonista, Herman Melville tece uma densa crítica à desumanização dos modos de produção vigentes. Desconectado de tudo o que é humano, Bartleby tem como única missão na vida copiar mecanicamente e sem erros documentos que servem apenas para multiplicar a riqueza alheia.

Fabio.Fatori 22/04/2024

Prefiro não
Personagem cativante, diferente, preguiçoso e encostado. HOje quem não tem? O problema psicológico é dado com pouca atenção. Livro engraçadot

Davi 19/04/2024

Bartleby, o Escrivão, é um conto de Herman Melville publicado em 1853. A história se passa em Wall Street, em Nova York, e narra a vida de um advogado, o narrador, que contrata Bartleby como escrivão. Bartleby, inicialmente diligente, logo começa a recusar-se a cumprir suas tarefas, respondendo apenas com a frase "I would prefer not to" ("Eu preferiria não fazer isso").

O comportamento enigmático de Bartleby intriga e frustra o narrador e seus colegas, que tentam em vão fazê-lo trabalhar. Bartleby se torna uma figura cada vez mais reclusa e melancólica, até que finalmente morre em meio à miséria e ao abandono.

Bartleby, o Escrivão, é uma obra complexa e multifacetada que tem sido interpretada de diversas maneiras ao longo dos anos. Alguns críticos o veem como uma alegoria da alienação e da apatia no mundo moderno, enquanto outros o interpretam como uma exploração da natureza do livre arbítrio e da obediência à autoridade.

O que torna Bartleby um personagem tão fascinante é sua recusa passiva em se conformar às expectativas da sociedade. Sua frase "I would prefer not to" é um desafio direto às normas e valores dominantes, e sua recusa em trabalhar levanta questões sobre o significado de trabalho, produtividade e propósito na vida.

bananamadeirachoco 12/04/2024

O que se torna a vida?
Deste livro, poderia escrever diversas coisas, sobre como achei seu final tão fundo em um abismo abstrato, ou sobre toda a personalidade de Bartleby, mas vou me abster de tudo isso, e declarar que o final de Bartleby foi o mesmo das cartas extraviadas de seu passado: sem remetente, sem destinatário, apenas restos e um passado misterioso.

Bia 10/04/2024

Just love it! Melville?s writing is so good, I couldn?n stop until I finished this short story. Amazing how his portrait depression in a time that this word wasn?t even known yet.

renni 05/04/2024

DISRESPECT YOUR SURROUNDINGS ??????
Engraçado como essa história pode ser vista como a revolução das máquinas em um sentido.

O poder do "não" foi forte o suficiente para quebrar algumas paredes da Rua da Parede. A caridade do sistema capitalista não foi suficiente para fechar olhos que se abriram.

Leiturascomthays 01/04/2024

Uma leitura muito boa e confusa com o escrivão. Uma pessoa que não gostava de nada e só sabia fazer cópias e dizer não a tudo kkkk

Carlos.Junior 28/03/2024

6/10
Com um humor extremamente refinado, ácido e sarcástico temos a apresentação de um conto curto escrito por Herman Melville, autor de Moby Dick, que conta a história de um respeitoso advogado de New York que possui um leve imprevisto, seu novo funcionário chamado Bartleby que, educadamente, se recusa a realizar a tarefas que precisaria e que quando indagado responde com a mesma frase em todas as vezes: ?Eu preferiria não fazer?.
Criando uma esfera de humor/suspense temos um lastro de como o ser humano lida com os problemas, obrigações e, principalmente, com o trabalho. O texto faz você rir alto durante a leitura e o autor levanta pontos interessante durante a história, sua conclusão é fraca se comparada com a premissa e ideias desenvolvidas, mas cumpre seu papel de finalizar a história. Não chega a ser uma aula, mas sim um breve conselho sobre liderança, tomar as rédeas da situação no estado em que se encontra e tirar o melhor proveito disso.

Recomendação quase que OBRIGATÓRIA para gestores de equipe, principalmente os que são advogados.

Patricia Milani 26/03/2024

O escrivão Bartleby nos deixa perplexos com sua postura firme ao afirmar que "prefiro não fazer". É uma leitura interessante que pode gerar várias interpretações. Recomendo a leitura.

Oliveira208 25/03/2024

Mais moderno do que parece.
Bartleby refletiu tanto sobre o que fazia que parou de fazê-lo. Será que nós, após reflexão sincera sobre nossas atividades, não teríamos o mesmo ímpeto?

Carol749 23/03/2024

Livro que trata sobre capitalismo tardio e mecanização da mão de obra e precarização do trabalho, traz um personagem principal apático que por meio da sua recusa em participar do teatro da vida em sociedade como um todo expõe a fragilidade da mente dentro de um sistema falido como o capitalismo

Diogo518 17/03/2024

A história banalíssima é só a parte visível de uma narrativa divertida e muito bem escrita (na elegante tradução de Modesto Carone para a Ubu). O bordão de Bartleby - ?acho melhor não? - explicita a firme convicção do escrivão em não arredar pé, não se sabe a troco de quê, e vai desmoronando aos poucos a autoridade e até a sanidade do advogado-narrador. A resolução de Bartleby de levar sua obstinação às últimas consequências me lembrou a de Yeonghye em A Vegetariana, de Han Kang, com final igualmente trágico. Ótimo livro pra uma sentada no fim de semana.

Clarissa.Rodrigues 15/03/2024

Um escrivão diferenciado
Bartleby trouxe uma reflexão muito importante, mas prefiro não explaná-la! Kkkkk
Brincadeiras à parte, é um livro curto, porém curioso, por vezes engraçado e às vezes reflexivo. É de tudo um pouco.

Davi Teixeira 12/03/2024

Muito bom!
Uma novela que ao meu ver não cabe somente uma interpretação. Ao longo do texto foi aumentando a minha inquietação em relação as decisões de Bartleby em não fazer o que era parte de seu ofício. Senti o mesmo absurdo que o narrador sentiu. Fiquei sem respostas e com muitos questionamentos. O que Bartleby tinha? Estava cansado de tudo e desiludido? Era depressivo?
As respostas nem mesmo Bartleby tinha.