Delírio

Delírio Lauren Oliver




Resenhas - Delírio


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Blog MDL 13/09/2013

Lindo e profundamente tocante
Na cidade de Portland, estado do Maine, nos Estados Unidos da América. Uma garota chamada Lena espera ansiosamente o dia em que finalmente será curada da pior doença que a terra já viu: o amor. Ao contrário de muitos não curados, como sua melhor amiga Hanna, ela não tem dúvidas que a cura é a verdadeira salvação das pessoas. Afinal, o amor já havia destruído sua vida uma vez quando tirou a sua mãe de seu convívio, e ela não seria tola o bastante para permitir que a tragédia se abatesse novamente sobre ela. Não. Ela iria passar pelas avaliações, faria a intervenção, se graduaria e se casaria, conforme o que o governo mandasse, porque ela sabia que eles fariam apenas o que fosse melhor para toda a população.

Contudo, algumas semanas antes de sua vida tomar um caminho irremediável, ela conhece Alex. A princípio ela não acredita que está em perigo, já que tem sua vida completamente traçada. Mas ao conviver com esse garoto de opinião tão distinta da maioria a faz perceber que durante muito tempo sua vida não foi nada mais que uma mentira e que nem tudo que parece é. Agora ela tem que correr contra o tempo para viver intensamente cada segundo de sua vida, pois independente da sua escolha, o seu destino estará para sempre a mercê da morte.

Lauren Oliver é uma escritora sem igual, o seu texto transborda poesia mesmo sendo esse um livro de estilo prosa e isso se comprova facilmente com a facilidade que ela tem de mesmo nos momentos mais difíceis da personagem, ela conseguir lançar algo poético sobre aquilo que poderia ter sido apenas uma cena chocante. Sua fluidez de escrita é tanta que ela consegue fazer com que nós percebamos o amadurecimento da personagem mesmo que ela não conduza Lena a um tipo diferente de narrativa e que execute essa transformação apenas ao mudar as atitudes e pensamentos claustrofóbicos da personagem, em coragem e um amor sem igual que pode ser notado através de palavras delicadas e de descrições poetizadas de tudo que acontece ao seu redor.

E por falar em Lena, é válido dizer que é provável que o leitor se sinta um pouco estranho no início do livro, afinal, ela fala do amor de um modo tão frio que é natural sentir o choque da indiferença ao ler o quão doentio ela acha o fato de alguém sofrer por que ama e não é amado, ou porque perdeu alguém que lhe é importante. Mas devo dizer também que isso vai se modificando gradativamente no decorrer da história por que é através dos olhos dela que conhecemos Alex e notamos todas as suaves mudanças que ele exerce sobre ela, principalmente porque ao invés dele tentar conquistá-la através de declarações exacerbadas de sentimentos, ele tenta demonstrar a todo o instante o quanto ela é importante para ele. E acredito que é isso que o torne tão atraente, o fato de ele pensar nela e em respeitar as suas decisões, independente se concorda com aquilo ou não.

Confesso que fiquei tão encantada com ele que eu não pude evitar chorar compulsivamente com o final do livro. Sério pessoal, acho que não chorava tanto desde que li A Culpa É Das Estrelas e é por isso mal posso esperar para ler Pandemônio que com certeza, promete ser um livro de tirar o fôlego. E antes de me despedir, gostaria não apenas de indicar o livro, como também, de aconselhar para todo aquele que for lê-lo ficar próximo de uma caixa de lenços quando as últimas 50 páginas estiverem chegando, eu tenho a mais absoluta certeza que ela será necessária.

site: http://www.mundodoslivros.com/2013/03/resenha-delirio.html
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Thay Moreira 09/09/2013

O que a Bienal me trouxe #2: Delírio
No início esse livro me agradou, mas quando foi chegando no final... Bem, comecei a enjoar. Delírio conta a história de um Estados Unidos futurístico (e utópico) onde o amor é considerado uma doença gravíssima - deliria, como é chamado. Aos dezoito anos todos devem passar pela cura, e a partir daí a pessoa vive completamente imune ao amor sob qualquer forma. Amor de mãe, de pai, de amigo, namorado...

Lena é uma menina que está perto da intervenção e mal consegue esperar por esse momento - até conta os dias. Sua melhor amiga Hana, por outro lado, parece ter algumas dúvidas sobre quão bom é ser curado. Mas Lena tem seus próprios motivos para querer se livrar logo do amor: sua mãe havia se matado por causa da doença. Ela não queria ser como ela. Só que, é claro, tudo muda quando ela conhece Alex.

Eis a minha opinião: o livro tava ótimo até chegar mais ou menos a metade da história. Gosto de todos os personagens, mas a narrativa da Lena se torna um pouco entediante em certo ponto, muito enfeitado ao invés de ir direto ao ponto. Isso irrita às vezes. E depois de um tempo a história começa a soar muito clichê, o que também irrita. Bem, a história comenta sobre qualquer tipo de amor que vai ser afetado, mas o único que ganha destaque nessa história é o amor romântico. O fraterno, da Lena com a Hana, ficou meio evasivo (minha opinião) como se não fosse relevante. Não dizendo que não parecia que a Lena gostava da Hana, tem trechos que deixa isso muito claro. Mas podia ter sido mais explorado do que foi.

Além disso tudo, a história te deixa muito encucado. Ok, algumas histórias você precisa se desfazer dos detalhes. Mas algumas coisas também não ficam fazendo sentido. Tipo, o fato de continuarem tendo filhos, mas os pais não amam os filhos... Qual a lógica para um governo barrar o amor materno ou paterno? Logo esse que impede que os pais acabem com a raça do filho quando ele começa a fazer pirraça no mercado? E outra, por que o amor foi considerado uma doença? Só os exagerados que cometem aquelas coisas todas, suicídio e tal. Como tudo na vida, quando você exagera a coisa faz mal. O que quero dizer é que essas dúvidas ficam martelando na sua cabeça e torna a história surreal demais. Como se não fizesse sentido em várias partes.

Não sei se vão concordar comigo. A história é boa e quero ler Pandemônio porque não achei nada de Deus o que a Lauren fez no final, foi muito angustiante. Tipo, logo com o único personagem que eu realmente gostei e não tenho do quê reclamar. O trecho da continuação que tem no meu exemplar não esclareceu muita coisa. Mas continuando, apesar de querer a continuação, não estou louca de curiosidade. O livro não me cativou tanto assim.
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Angel Sakura 03/09/2013

Resenha retirada do blog Eu Insisto!
Para ver a resenha completa, por favor, visite nosso site.
http://euinsisto.com.br/?p=3081

"Amor, a mais mortal das coisas mortais: mata quando você tem e quando você não tem."

Esse foi um livro que eu demorei para ler, na verdade ainda que a capa fosse linda tinha algo que não me atraia no livro (sim, eu costumo escolher livros pela capa!!!). Eu pensei que seria mais uma história de distopia como tantas que eu tinha lido e eu tinha acabado de ler destino (resenha em breve) que tem uma premissa bem similar. Então dei um tempo nas distopias, mudei a leitura e quando me senti mais animada peguei o livro para ler e não me arrependi dessa espera: gostei, ainda que eu sempre estivesse querendo mais do que o livro me oferecia. Foi uma leitura meio morna, nunca quente o suficiente.

"Seres humanos em seu estado natural, são imprevisíveis, instáveis e infelizes. Somente quando seus instintos animais são controlados eles podem ser responsáveis, confiáveis e satisfeitos."

O conceito da história com o amor sendo uma doença é fascinante e com um potencial enorme. Quem nunca sofreu por amor que atire a primeira pedra. E foi esse interesse que me manteve na leitura mesmo quando as coisas eram frustrantes e/ou confusas. Muitas questões ficaram em aberto o que me fazia questionar a realidade das coisas. Porém eu dei uma aliviada nisso quando percebi que delírio é basicamente uma história de amor e não tem muitas pretensões de ser algo mais do que uma luta pelo direito de amar.
Aos dezoito anos de idade, os cidadãos são obrigados a se submeterem a um procedimento cirúrgico que os tornará incapaz de amar alguém de novo, seja essa pessoa seu parceiro de vida (escolhido pelo governo), seus amigos ou sua família. Retratando na história uma sociedade restritiva e controlada através de várias formas. Momentos antes de ser “curada” nossa protagonista Lena é contaminada por Alex, e agora ela terá que ir contra o sistema que acreditava ser correto. Gostei bastante em como as relações são alteradas depois da “cura”, é realmente diferente se relacionar com as pessoas sem envolver sentimentos. O governo quer o povo indiferente e isso é bem profundo, quão perto da realidade é isso hoje? Algo a se pensar.

"É tão estranho como a vida funciona: você quer alguma coisa e espera por ela, espera, espera, espera, e parece que está demorando uma eternidade para acontecer. Então, ela acontece, acaba, e tudo o que você quer é voltar àquele instante antes que as coisas mudassem."

[...]

site: http://euinsisto.com.br/?p=3081
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Luciana 31/08/2013

Saudade...
Faz dois dias que terminei de ler esse livro. Já iniciei outra leitura mas a sensação que eu tinha enquanto lia Delírio ainda permanece em mim.
E o curioso é que, apesar de ter gostado de toda a história, da Lena, do Alex, da Hana...; das cenas que eu imaginei durante a leitura, o que mais me faz falta é: PORTLAND.
Não do modo frio e cruel como a cidade é comandada, claro. Mas sim, da beleza natural. Do modo como a Lena descreve o pôr do sol, as ruas, o mar, o calor e o frio, a praça, os pobres coitados dos habitantes, de quem eu senti dó uma porção de vezes durante a leitura e a Selva. Fiquei com saudade dessa Portland que eu criei na minha mente.
Eu sei, eu sou estranha. rs
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Luh 27/08/2013

Um livro apaixonante! Suspiros e mais suspiros.
Eu já havia lido bons comentários do livro, porém não cheguei a me aprofundar sobre o conteúdo lendo resenhas completas, então fui surpreendida, esse livro deixou saudade e fiquei com vontade de reler.

Delírio é mais uma distopia e como eu escrevi na minha resenha anterior do livro "Feios", costumo gostar de livros que eu possa ler nas entrelinhas e esse eu consegui enxergar muito romance e poesia, é o primeiro livro que leio da autora Lauren Oliver e me apaixonei pela escrita dela. Estou ansiosa para ler "Pandemônio" que é a sequência de Delírio e "Antes que eu vá" que já está esperando pela leitura um tempinho na minha estante, com certeza eu o lerei rapidamente.

Quando comecei a leitura já fiquei deslumbrada com as frases que tem antes dos capítulos e conforme eu ia lendo, a profundidade dos sentimentos da personagem Lenna me inundou e me deixou abalada, não sei se eu estava mais sensível que o de costume, porque cheguei a ficar sem fôlego e com dor no peito, me envolvi demais com a história e parecia que eu estava vivendo a dor e conflitos da personagem.

Nesta distopia o amor é visto como o pior de todas as doenças e a ciência encontrou uma cura e o governo impôs aos cidadãos que ao completarem 18 anos sejam curados. Todos os jovens são criados de maneira rígida não podendo ter contato físico com o sexo oposto e Lenna Haloway espera ansiosamente faltando poucos meses para ser curada e ela faz o tipo certinha, porém o que se pode esperar do inesperado? Lenna se apaixona! E realmente é apaixonante o personagem que ela se apaixona.

Tudo está encaminhado para o futuro de Lena, porque após a cura ela será encaminhada para uma faculdade e até o marido será designado de acordo com o perfil dela, porém após se apaixonar e descobrir algo o que ela pensou ser um fato verdadeiro que pode ser uma mentira, tudo pode mudar.

São tantos pensamentos, sentimentos e questionamentos revelados que a envolvem que para mim parece que nos tornamos amigas e como eu disse no começo, o livro me deixou com saudade. Adoro livros que trazem essa ligação com o personagem, de admiração e amizade. Acho que se você que está lendo minha resenha e já sentiu isso ao ler um livro, entende completamente, se caso ainda não sentiu torço muito para que encontre um livro que te traga essa carga de emoção.

A mensagem que eu posso tirar é que o ser humano é como um poço profundo, as vezes nem nós nos conhecemos de fato e a vida nos surpreende com certas revelações ou acontecimentos. Temos o bem e o mal dentro de nós e podemos fazer muitas escolhas, também podemos achar que escolhemos por quem e quando nos apaixonar e achar o que sabemos de fato o que é amar, porém é somente após sentir e viver na íntegra é que aprenderemos tomar de seu veneno ou de sua cura.

O direito do livro foi vendido e será transmitido em forma de série, não gostei nadinha da escolha dos atores, o importante é que na minha imaginação foi perfeito.

site: bisbiblogando.blogspot.com.br
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Bianca 23/08/2013

Lindo...
Vocês já tentaram imaginar o mundo sem o amor? ou que no mundo, cientistas descobrissem que o amor é um doença?
Bom foi isso que acontece.... Um mundo aonde o amor é uma doença e que para você encontra a felicidade você precise ficar banido desse sentimento, e se você não aceitar ficar sem o amor, poderá perder até a vida.
Lena vai completar o tão famoso e tão desejado 18 anos, que significa liberdade, independência e a cura da doença do amor. Cientistas constataram que o amor é uma doença, e desenvolveram a cura para essa doença, todos os adolescentes que vão completar 18 anos, no dia do seu aniversário é o dia da cura e a entrada de fato na sociedade.
Mas para Lena a chegado do seu aniversário tem um pessoa maior, que é limpar o nome da família, que ficou manchada por causa de sua mãe que está morta por tantas tentativas de ser curada.
Só que como a vida é uma caixinha de surpresa, alguns mês antes da sua cura Lena conhece Alex, que aparenta ser um curado – então não tem nada de mais conversar com um menino, ele é curado – pelo contrário... Alex veio da selva, a onde as pessoas que não querem ser curada fogem da sociedade, e tem um outro estilo de vida, com amor.
Bom vocês já sabem bem o caminho dessa história, Lena se apaixona por Alex e ele conta para ela toda a verdade sobre ele, além de mostrar o que é o amor e o seu significado. Desse modo Lena começa a questionar o mundo que ela vive, a manipulação da sociedade e começa a pensar como será a sua vida depois da cura, então ela fica com dúvida se vale apena ser curada ou se entregar a doença, ao amor.



site: http://www.encantoemfolhas.com/2013/08/resenha-delirio.html
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Ana Martines 18/08/2013

Delírio - Lauren Oliver
Lena é uma garota de 17 anos que perdeu sua mãe por causa do amor. Com isso, ela tenta se manter o mais longe possível de meninos e da possibilidade de ser contaminada por essa "doença", até aparecer Alex.

Este livro nos mostra o quanto a nossa realidade gira em torno do amor. Sem o amor não há mais conflitos e guerras, pois não há ódio, o mundo está finalmente em paz. Mas também não há mais carinho, preocupação com o próximo, sensibilidade.

Eles falam dos sintomas da "doença" por todo o livro, e como a população está sendo cega pela cura. É como se colocassem um véu no cidadão durante a cura, e a partir desse dia, ele não olha mais para o mundo do mesmo jeito. Suas lembranças se vão, seus melhores amigos são meros conhecidos, seus companheiros resignados são somente alguém para colocar dinheiro na casa.

Uma coisa que me emocionou muito nesse livro, foi ler um trecho onde um dos guardas da cidade mata o cachorro do vizinho de Lena, sem dó nem piedade, e seu dono larga-o em uma sarjeta sem se importar também.

Enfim, é um livro lindo, uma outra dimensão em que para nós parece bem possível de acontecer, mas não seria nada bom. Por um lado, não haveria sofrimentos, mas que graça teria?

“Eu amo você. Lembre-se. Eles não podem tirar isso de nós.”

É um livro que nos faz refletir em como o amor é importante. e em como ele está presente até nas coisas mais fúteis da vida. E o final... ah, o final, rs. Nos faz querer muito ler o próximo, chamado "Pandemônio" (eu sei que estou muito ansiosa pelo menos)

O único defeito que eu colocaria no livro, é que o romance fica bem pro meio do livro, no começo ele enrola bastante, até mais do que precisava (na minha opinião) e também não prende tanto quanto certos livros, mas este detalhe não é tão importante.

A história é emocionante, eu recomendo para quem gosta de romance adolescente.

site: http://addictiononbooks.blogspot.com.br/2013/05/resenha-delirio-lauren-oliver.html
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P.S. 12/08/2013

DELÍRIO, DE LAUREN OLIVER
"Para todas as pessoas que no passado me infectaram com amor deliria nervosa — vocês sabem quem são.
Para as pessoas que me infectarão no futuro — mal posso esperar para ver quem serão.
E em ambos os casos:
Obrigada."

Essa é a dedicação de Lauren Oliver no início de Delírio. Linda, não? Sim, muito bonita.

"Noventa e cinco dias, e então estarei segura. Estou nervosa, é claro. Fico imaginando se a intervenção vai doer. Quero acabar logo com isso. É difícil ter paciência. É difícil não sentir medo sabendo que ainda não fui curada, apesar de até agora eu não ter sido acometida pelo deliria."

Lena conta ansiosamente os dias para sua intervenção. É quando finalmente estará imune à pior de todas as doenças: o amor. Nada é tão arrebatador quanto ele: você pode morrer de amor ou da falta dele. Com a intervenção, um processo cirúrgico — que deve cortar uma parte do cérebro do vivente, segundo eu entendi — que todos anseiam, as pessoas maiores de dezoito anos ficam livres do amor ou de qualquer outro tipo de emoção intensa, incontrolável, e até mesmo de qualquer tipo de sofrimento.

Delírio é uma distopia e distopias são uma coisa maravilhosa. Distopias mostram a nossa sociedade, mas com elementos negativos, como a interferência direta e decisiva do governo na vida das pessoas. Aqui, todos devem passar pela intervenção após completarem dezoito anos, queiram ou não. É o governo também quem decide outros aspectos, como sua carreira profissional, com quem irá casar ou quantos filhos irá ter. Tudo isso com base em um questionário feito no dia da avaliação.

Quem nos conta a história é a própria Lena. No início, ela me pareceu um pouco frágil, delicada, quebradiça. Até me lembrou um pouco Bella Swan, mas infinitamente mais inteligente. Me orgulho em dizer que Lena evoluiu muito nesse período de três meses de história. Há uma mudança muito grande de opiniões da própria personalidade da Lena, que antes, obviamente, acreditava no "sistema", no quanto elas estava exposta sem a cura, e no quanto o governo lutava para protegê-los.

Conforme as respostas que Lena dissesse no dia da sua avaliação, ela seria "pareada", isso mesmo, "pareada" como uma vaca no cio — mas nós não somos todos animais? —, com o "homem da sua vida". Eles iriam casar, ter a quantidade de filhos determinada, e ver seus dias terminarem em completa segurança. O casamento também é um fator importante na nossa sociedade, um medidor de sucesso, de merecimento e de "valor": arranje um bom partido e você vai valer muito! A avaliação era, para Lena. o dia mais importante da sua vida. O dia em que encontrarmos nosso grande amor não será o dia mais importante da nossa vida? Não acredito em dias mais importantes da nossa vida, acho que eles anulam os outros dias.

Lena se sente desajeitada, ainda mais quando está perto de sua amiga Hana, a linda e loira Hana. Acho que esse sentimento de "desajeitado", que também estava presente, mas de forma exagerada, na Bella, é um sentimento que, acredito eu, está sempre presente na maioria dos autores. Digo, dos autores como pessoas. Eu, Lucas, me sinto desajeitado e desadequado a este mundo. Essa sensação de não pertencer ao lugar onde se está é muito comum, tanto em personagens literários, como em pessoas físicas. É até um charme, uma característica de alguém frágil, delicado, sensível e romântico. Ou, ao menos, parece.

A diagramação da Intrínseca é tão parelha, que me faz pensar em uma sala com pilastras de mármore, onde tudo é incrivelmente limpo e organizado.

Prestem bem atenção neste trecho:
"Foi quando ouvi. De algum jeito, sobre os roncos, tropeços e gritos, escuto uma risada acima de mim — baixa, curta e musical, como alguém executando notas em um piano.
A galeria de observação. Um garoto na galeria de observação assiste ao caos. E ele está rindo.
Assim que olho para cima os olhos dele se fixam em meu rosto. A respiração escapa de meu corpo com um ruído e tudo congela por um segundo, como se eu olhasse para ele através das lentes de uma câmera, com o máximo de zoom, e o mundo parasse por aquela fração de segundo entre a abertura e o fechamento do obturador."
Foi o que eu senti quando o vi pela primeira vez. Mas, no meu caso, essa sensação só me trouxe dor. Mas, se o amor acontece à primeira vista, deve ser assim, não? Foi muito legal ter essa sensação tão bem descrita na história assim.

Eu achava que Delírio era só um livro bobo sobre romances, estilo Bella Swan — não, eu não gosto dela —, mas eu me enganei. É uma história linda, irreal, real e extremamente apaixonante.

"Na maior parte do tempo, o governo é bem-sucedido. Não vemos uma guerra desde o fechamento das fronteiras, e quase não há crimes, exceto por incidentes ocasionais de vandalismo ou pequenos roubos. Não há ódios nos Estados Unidos, ao menso entre os curados. Apenas casos esporádicos de distanciamento — mas todas as intervenções médicas trazem certos riscos."

Isso explica minha ideia de que uma sociedade distópica é uma sociedade ideal. Tá, vamos deixar um pouco de lado a liberdade de escolha, expressão e o direito à própria vida. Não há crimes nessa sociedade ideal. Não assaltos, sequestros, assassinatos. Não há uso de drogas. Não há traições, insegurança, violência. Não há estupro. Eu sei que o que estou dizendo é bobagem, mas… uma sociedade sem estupros. Claro, há crimes de governo e tudo o mais, mas os índices de violência são mínimos. Eu fico me perguntando: será que não vale a pena? A intervenção pode resolver todos esse problemas, inclusive casos de homossexualidade. Eu volto a me perguntar: será que não vale a pena?

"E lembro a mim mesma que é capaz de eu ter imaginado aquilo tudo — a mensagem, o encontro. Ele deve estar sentado em seu apartamento em algum lugar, fazendo seus trabalhos acadêmicos. Provavelmente, já esqueceu as duas meninas que conheceu no complexo de laboratórios hoje. Provavelmente, só estava sendo gentil hoje, uma conversa casual.

É melhor assim. Mas, não importa quantas vezes eu repita isso, a sensação estranha de vazio em meu estômago não desaparece. E por mais ridículo que seja, não consigo me livrar da sensação persistente e aguda de que esqueci algo, deixei algo passar ou perdi algo para sempre."

Eu também digo isso a mim mesmo. Talvez essa sensação, de ter me enganado com um olhar — porque depois ele apareceu com uma namorada — me faz preferir a cura e uma sociedade ideal a qualquer traço de paixão e recusa.

Lena tem uma cor favorita meio… inusitada. Ela prefere o cinza, o cinza de logo antes do sol nascer, uma cor pálida que não é bem cinza, mas também não é outra cor. E, ao menos na minha cabeça, é essa cor que a capa traz, um papel brilhante, que, conforme a luz refletida, pode ficar azul ou cinza, igual a cor tão importante para Lena. Essa capa, mais a diagramação, fazem com que o livro seja um produto extremamente atraente, o que, salvaria caso sua história não fosse boa o suficiente, o que não é verdade. Eu tive a sorte de comprar Delírio em um sebo, ele está meio amassado, mas livros de sebos são românticos por si só, parecem trazer uma "história de vida" junto consigo. E diante de todo esse romantismo, ainda tenho a cara de preferir a cura do que a paixão.

Ilu.

site: http://www.duasgotas.com.br/2013/04/delirio-de-lauren-oliver_19.html
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Nana 09/08/2013

Quem aqui já sofreu por amor?
Pois então... Esse sentimento danado que nos fere muitas vezes o coração e nos tira o sono e muitas outras coisas é retratado neste livro como uma doença.

A princípio, eu achei que esse livro falava apenas do amor que anda com a paixão entendem? Aquele cheio de romantismo, mas na verdade ele fala sobre todo tipo de amor.

Nossa mocinha é a Lena. Uma menina de 17 anos que vai passar pela intervenção dentro de 3 meses. É assim que começa a nossa história.

Como o amor é uma doença, as pessoas tentaram encontrar uma cura para ela. Como eles fizeram isso? Bom... Existe uma cirurgia no cérebro que eles chamam de intervenção que faz com que você reprima, ou deixe de ter, a maioria dos sentimentos comuns para o ser humano, menos o medo.
Mas tem um porém, essa intervenção só pode ocorrer quando a pessoa alcança os seus 18 anos, a explicação é que o cérebro da pessoa ainda não está maduro o suficiente para aguentar essa cirurgia antes disso e muito provavelmente se o procedimento for feito antes dos 18 anos, a pessoa corre sérios riscos de ficar com algum retardamento mental.

Agora vamos analisar. Eles tiram quase todos os sentimentos do ser humano, mas deixam o medo...
Eu refleti muito sobre isso depois de ler esse livro e cheguei as minhas conclusões...
Eles deixam o medo porque as pessoas precisam ter medo do governo, pois são constantemente vigiadas pela polícia para verificar se não estão manifestando qualquer tipo de afeto umas com as outras.
Acreditem em mim quando eu digo que se forem pegas demostrando algum tipo de afeto, as consequências são sérias.

O livro mostra também o que a falta de amor nos faz, como por exemplo: os pais brincarem com os filhos só porque há um manual de como ser pai que diz isso.
Agora... imaginem uma criança que não passou por aquela intervenção como os pais passaram e cresce totalmente desprovida de afeto... é triste.
O livro tem vários casos que ilustram esse tipo de coisa, mas eu não vou contar muito mais coisas por aqui para não estragar a graça da leitura.

Como em toda utopia, sempre há aquelas pessoas que são contra o sistema e começam a querer mudar as coisas.
Nesse livro isso não é diferente, existem pessoas lutando contra essa ditadura contra o amor e outras pessoas que mesmo depois de passarem pela intervenção não perderam a capacidade de amar.
A história delas é emocionante e vale a pena ser lida com carinho. Depois de ler esse livro você começa a dar mais valor a coisas e gestos tão simples do ser humano, mas que fazem toda a diferença.

Para ser muito sincera com vocês, eu não gostei muito da nossa mocinha nesse livro, acho que a Lena poderia ser bem mais interessante e menos monótona.
Como vocês devem imaginar, ela se apaixona antes da intervenção, se vocês lerem a parte detrás do livro vão perceber isso, então isso não chega a ser um spoiler.
Eu particularmente não gostei muito do romance desse livro, mas ele valeu a pena pelas reflexões e pelo final super emocionante e comovente que fez valer a pena toda a chatice da Lena durante o livro inteiro.

Eu achei o segundo livro da série, Pandemônio, bem mais interessante e em breve eu estarei fazendo uma resenha sobre ele também.
Quem já leu esse livro comente, eu estou atrás de pessoas que já tenham lido porque não conheço ninguém que leu e eu queria saber o que vocês acharam.
Principalmente o que acharam do final, eu vou dizer que chorei, mas vocês vão descobrir que não sou muito referência quando se trata de choro porque eu choro com facilidade quando leio rs.


site: http://letrasdanana.blogspot.com.br/2013/08/delirio-lauren-oliver.html
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Bella Swan 09/08/2013

eu gostei da historia, mas não gostei da narrativa
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Léo 31/07/2013

E se o amor fosse uma doença?
O livro tem como narradora a Lena. Ela tem 17 anos e faltam menos de 3 meses para receber sua intervenção, que seria a cura para o amor. Nessa distopia o amor é uma doença chamada 'Amor Deliria Nervosa' e a Sociedade encontrou a cura. Lena está super ansiosa para ser curada, mas o que ela não esperava acontecer acontece... Ela é "infectada" antes de receber a cura, se apaixonando por um garoto chamado Alex e é aí que a confusão começa.

Eu li esse livro no ano passado. No começo eu gostei, mas depois ele foi ficando chato. O livro é muito parado e só começa a se animar mesmo nos últimos 10 capítulos, mais ou menos. Sem contar que Lena é super chata e muito medrosa também. Mesmo apaixonada pelo garoto, ela continuava a ter pensamentos chatos e dúvidas. Tudo bem que a vida inteira ela foi alertada sobre as consequências da doença, mas eu achei que ela estava sendo dramática demais, o que me irritava muito.

Eu gostei bastante da amiga dela, Hana, que era totalmente o inverso de Lena. O Alex é determinado e muito corajoso. Gracie, prima da Lena, me cativou bastante, mesmo dizendo uma ou duas palavras no decorrer do livro.

Outro fato que me espantou foi a frieza dos personagens curados. Tipo, eles foram curados do AMOR, então o que resta? São pessoas calculistas, que só se importam com a imagem deles na sociedade. Como isso pode ser bom? Como eles são felizes sem o amor? Isso me deixou com um pé atrás.

Percebi na narrativa de Lauren Oliver que ela AMA colocar detalhes de tudo e também acho que ela odeia diálogos, pois são bem poucos no livro. Senti falta de mais cenas entre Lena e Alex. A autora poderia trocar as cenas detalhadas sem necessidade por outras cenas mais interessantes.

Então, eu criei super expectativas para o livro. Não foi ruim, mas também não foi ótimo. É uma leitura boa a partir dos últimos capítulos, onde Lena deixa de ser chata, e eu recomendo sim. O final nos deixa muito curiosos a respeito da continuação.
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Ninah 24/07/2013

Romance distópico criativo
Confesso que me surpreendi do começo ao fim com esse romance distópico em que a personagem principal encontra-se no meio de um dilema entre obter a cura para amor ou viver refém dele. A personagem principal, Lena, não é a princípio muito carismática, mas conforme vamos conhecendo sua história, acabamos entendendo o motivo porque ela conta ansiosamente os dias para se erradicar de vez do vírus Delíria (amor). A verdade é que ela abomina o amor de todas as formas, uma vez que sua mãe (a quem amava muito) morreu por causa dele.

Nesse livro, o sistema de governo é rigoroso ao extremo ao determinar toques de recolher, educação diferenciada e em escolas separadas para homens e mulheres, a instituição de uma Bíblia que repele o amor e obriga o casamento entre compatíveis do sexo oposto. Mas Lena só percebe que vive em uma sociedade alienada pelo governo ao notar que existe rebeldes (os não vacinados!) vivendo entre eles e ao se apaixonar perdidamente por um deles.

Essa paixão leva Lena a loucura, quase que literalmente, pois seus dias estão acabando e ela esta cada vez mais perto de ser vacinada e depois que isso acontecer, ela vai esquecer totalmente do seu passado e do amor que sentiu um dia.

Ela também descobre porque o governo mantém a cidade envolta de muros protegidos por guardas, descobre mais sobre a sua mãe e consequentemente sobre seu pai, que até metade do livro é um mistério pra ela.

A criatividade da autora ao escrever esse livro me deixou muito curiosa para colocar essa trilogia na minha lista das favoritas. Sem falar que ela trata do amor como algo destrutivo e insano criando uma realidade paralela rodeada de mistérios, intrigas e aventuras.

Vale a pena ler o livro. Mega indico. De 0 a 10, dou 8,5, porque o final do primeiro livro deixou um pouco a desejar, mas depois que você pára para pensar em tudo que leu, acaba entendo a posição da autora que só quis deixar o leitor com o gostinho de quero mais.
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