Claire Scorzi 06/05/2015
As aparências enganam
Uma ironia: estava lendo os livros dessa série e, depois do 2, fiquei tão desgostosa com o "herói" - um desbocado grosso insensível sem noção, que faz da heroína uma chorona (ela era forte, mas vai virando um traste por causa dele) que decidi pular esse volume aqui, o "Valiant", porque achei que se o "Slade" era medonho este aqui seria o mesmo ou pior; e fui ler o 4, "Justice", porque o personagem título fora bacana nos livros anteriores e estava ansiosa para ler a história dele - que conseguiu virar um babaca no seu próprio livro. Cruzes!
Daí, fui lendo os outros - e o 6, "Wrath", achei bem acima dos anteriores; dei uma chance pros outros (eu tinha desistido depois do 5 e da decepção com o 4). Li outros, sempre achando uns medianos, outros um pouco melhores - e li o 12, "Darkness", que é tão ruim quanto o 2. Um nojo!
Como só faltava esse aqui, o 3, resolvi dar uma olhada pensando que ele dificilmente seria pior que Slade e o Darkness - e qual não foi minha surpresa! O em que Justice começa bem e degringola, aqui é justo ao contrário: o primeiro contato de Tammy com Valiant é aterrorizante, mas não demora para percebermos que atrás da fachada assustadora e possessiva existe alguém muito afetuoso e vulnerável - e Valiant, o felino NE considerado "uma falha" dos laboratórios Mercile, nos conquista.
Assim como em Wrath (livro 6), Valiant realmente coloca Tammy em primeiro lugar; isso nem sempre é fácil, mas seu esforço é visível, Tammy realmente é o mais importante para ele (cansei de ver os outros protagonistas dizerem ou insinuarem isso sem ser verdade). As cenas de sexo são muito explícitas mas alguns romances brasileiros contemporâneos 'sérios' também as tem... A ação é frequente, e todo o conceito da série NE é bem aproveitado, avançando em algumas situações e personagens que irão aparecer em destaque em livros posteriores.
Enfim: Valiant, tão "feroz", é um fofo. E, como em "Wrath", aqui, LD também conseguiu acertar a fórmula.