flaflozano 28/07/2020
A litlle taste
Justice se banhou rapidamente no vestiário, se vestiu e acenou para seus amigos quando saiu.
Pegou as chaves, mas sabia que voltar ao escritório não ia acontecer. A luta ajudou, mas a raiva ainda queimava em sua alma. Estava zangado com a vida, com raiva por Jessie o ter expulso e que a tivesse perdido.
Pegou a estrada particular para sua casa, porque não queria ter que lidar com as perguntas dos policiais na entrada da seção das Espécies de por que estava em casa ao meio-dia.
Quando estacionou o veículo emprestado em sua garagem, um som o fez virar e viu com olhos apertados como Jessie se dirigia até a rua, estacionava ao lado e evitava até mesmo olhar na sua direção.
Ela o ignorou e ele se irritou. Hesitou e olhou em volta. Não havia ninguém à vista. Virou-se para vê-la passear na direção da porta. Moveu-se rápido, manteve o ritmo rápido e ela sequer o viu quando chegou atrás dela. Ela abriu a porta e entrou. Se virou e então o viu e seus olhos se arregalaram.
Entrou antes que pudesse reagir. Sua mão disparou para fechar a porta e manteve seu corpo entre ela e o alarme que alertava os funcionários para se apressar para sua casa. Ela não ia se livrar dele tão facilmente de novo.
— Precisamos conversar.
Seus olhos azuis brilharam com espanto, mas se estreitaram pela raiva rapidamente. Estava feliz por não assustá-la, o que não era sua intenção e se aproximou invadindo seu espaço pessoal. O cheiro dela o torturava. Seus lábios se separaram e seu olhar caiu lá. A vontade de beijá-la o agarrou fortemente e apertou suas mãos para impedi-las de envolver seu rosto.
— Não tem uma mulher Espécie para atrair e ser sua companheira? Devo arrumar minhas coisas logo, assim ela pode se mudar?
— Não estou à procura de uma companheira. — Sua ira se intensificou. — Tentei te dizer isso na noite passada.
— Quer me levar para jantar em algum lugar não privado? — Ela o estava atraindo.
— Sabe que isso não vai acontecer. Já passamos por isso. É perigoso para...
— Sua futura companheira Espécie pode descobrir sobre nós? Prejudicaria suas chances dela aceitar uma casa onde vivia sua ex-amante?
— Jessie. — rosnou. — Pare.
De repente, ela estendeu as mãos achatando sua camisa e o empurrou.
— Saia.
Ele a pressionou para trás, seu corpo preso contra a parede e as palmas das mãos pousaram sobre a superfície ao lado dela, a mantendo lá.
— Sinto sua falta. Não dormi na noite passada. Será que não podemos discutir isso
razoavelmente?
— Não. — Ela lambeu os lábios, chamando sua atenção novamente. — Não podemos. — Raiva, frustração e arrependimento arderam através dele e reagiu. Sua cabeça baixou, seus lábios selaram sobre os dela e quando ela engasgou, sua língua se aproveitou. Ela tinha sabor de café e chocolate quando a beijou. Ela ficou tensa e tentou se afastar de sua boca faminta, mas ele segurou o rosto dela para mantê-la imóvel.
Suas mãos apertaram a camisa dele, mas não empurraram. Ela respondia e ele rosnou quando a paixão substituiu tudo mais. Jessie era sua e seu pau estava cheio de sangue. Sua necessidade de mostrar a ela o quanto significava cancelou tudo e ele soltou seu rosto para tirar o casaco. O tecido rasgou, mas não deu a mínima.
Jessie alcançou os botões da camisa que voaram pela porta de entrada. Ela abriu sua camisa com força, sem tempo de desabotoá-los. As mãos dele deslizaram entre eles, agarraram sua blusa e facilmente a arrancaram.
Ela gemeu contra sua língua, o beijou loucamente e esfregou as mãos em seu peito nu. Ele
segurou os seios, rasgou o sutiã que o impedia de sentir sua suavidade e empurrou o bojo abaixo o suficiente para libertar seus mamilos. Os dedos e polegares encontraram as pontas esticadas, os beliscaram suavemente e ela gemeu.
Ele a soltou, freneticamente trabalhando para abrir a frente de sua calça e enfiou os polegares no cós, agarrando as tiras finas de sua calcinha. Ele interrompeu o beijo quando deslizou de joelhos, beijando o caminho de sua garganta até o seio e chupando um mamilo na boca. Seus dedos deslizaram em seu cabelo molhado, o seguraram com força e ele apenas empurrou sua roupa, a libertando de tudo da cintura para baixo. Seu joelho se moveu, pressionando para movê-los e ela empurrou seus pés para fora do emaranhado de tecido.
O cheiro de sua excitação o deixou insano. A queria e, a julgar pelo cheiro pesado do desejo, ela o queria da mesma forma. Ele não podia esperar mais. Suas mãos localizaram a frente da calça, apenas as rasgando, e libertou o pênis dolorido. Ele puxou sua boca longe e agarrou seus quadris quando ficou em pé.
Jessie sabia que devia parar com essa loucura, mas estava perdida. Seus pés deixaram o chão quando o grande corpo de Justice a apertou com força contra a parede, a prendeu lá, e levantou as pernas para envolver em torno de sua cintura. Ela não conseguia se alavancar — suas malditas roupas estavam no caminho, mas uma pequena rebolada diminuiu o espaço entre eles. Suas coxas encontraram pele enquanto seus quadris ficavam à mostra.
Ele moveu seus quadris, a coroa de seu pênis cutucando sua boceta, encontrando o ângulo certo e ela gritou quando ele entrou nela com um impulso líquido que quase a fez alcançar seu clímax.
Estava queimando viva, tão excitada que se perguntava se perdeu totalmente sua cabeça, mas a sensação dele era incrível.
Ele se retirou, quase deixou seu corpo e a boca esmagou a dela. Sua língua entrou para encontrar a dela enquanto seus quadris batiam para enterrar o eixo grosso dentro dela até o punho e as mãos garravam seu traseiro para esfregar a pélvis contra a dele. Ela gritou de puro prazer, mas seu beijo capturou o som, abafou, e ele a apertou com mais força contra a parede.
Os corpos se esfregavam enquanto a tomava fresca e suave contra a parede se alimentava
dentro e fora de seu corpo num ritmo rápido que a deixou numa névoa de felicidade. Ele se moveu para passar o braço sob sua bunda. A outra mão mexia entre eles, o polegar pressionando contra o clitóris e a fodeu ainda mais forte.
Ela agarrou seus ombros, puxou a boca longe antes que o mordesse e enterrou seu rosto contra o pescoço dele. Sua camisa ainda estava aberta, apenas o suficiente para que seus mamilos esfregassem a pele enquanto balançavam juntos e ela inalou o cheiro de sabonete e xampu vindo dele.
Ele revirou os quadris, descobrindo que esfregar determinado local com seu pau a fazia ofegar em assombro e continuou a golpear como se pudesse ler sua mente.
— Sim. — ela ofegou. — Não pare.
— Nunca. — rosnou.
As paredes vaginais apertaram com força, seu corpo tremia e sua barriga também. Ela estava presa, não podia se mover pela forma como ele a segurava e podia sentir como manipulava seu corpo.
O polegar acariciou seu clitóris, acelerando sua paixão e ela gritou quando atingiu o clímax, a rasgando.
— Jessie. — ele gemeu, os quadris sacudiram forte e sêmen quente a banhou profundamente por dentro quando ele começou a gozar.
Ele abaixou a cabeça, escondeu o rosto no ombro dela e gemeu mais alto. A acariciou mais
lentamente com seu eixo grosso, finalizando o ato de amor e, finalmente, apenas a abraçou enquanto tentavam recuperar o fôlego.
A realidade penetrou lentamente. Ela acabava de ter sexo alucinante com alguém que jurou
estar fora. Podia culpar a raiva, que definitivamente desempenhou seu papel na sua ida do frio ao quente num flash, mas principalmente, tinha que admitir que era porque o amava.
Queria sexo com ela, a única coisa que aceitaria e ela deu a ele. Ele era muito sexy, seus beijos muito irresistíveis e sua boca devia vir com uma etiqueta de aviso, na sua opinião. Um beijo e podia fazer uma mulher perder a cabeça e sua calcinha.
Justice deu um beijo em sua garganta quando virou um pouco a cabeça e seu hálito quente e pesado fez cócegas no pescoço quando se moveu a sua espera novamente, puxando a mão por entre seus corpos para embalar a bunda com as duas mãos.
— Segure-se em mim. Vou levar você para a cama. Vamos comer mais tarde. Quero você d de novo.
A parte triste era que queria deixá-lo levá-la lá. Passar horas tocando e se perdendo em seus braços era tão tentador que machucava resistir. Não queria ser um capacho — a mulher com quem dormia até decidir que queria sossegar — e tinha que tomar uma posição. Não seria usada por nenhum homem.
— Coloque-me no chão.
— Você não é pesada. — Ele se afastou da parede e ela teve que segurar em seus ombros para permanecer em pé e não cair quando a puxou com ele.
Balançou freneticamente, se levantou pressionando os braços sobre os ombros dele e apertou os músculos vaginais. Isso forçou seu pênis ainda duro a deslizar para fora dela. No segundo que se separaram, ela soltou as pernas de sua cintura e o empurrou.
Tropeçou, mas não a deixou cair. Em vez disso, rosnou quando ela afastou a cabeça para olhar em seus olhos surpresos.
— Jessie?
— Me solte.
A confusão veio em seguida, a emoção relacionada. Ele a fazia se sentir assim, então era justo que sofresse também. Ele a desceu, mas não a libertou inteiramente.
— O que está errado?
Ela teria rido se não fosse tão triste.
— Isso não muda nada. Foi apenas uma despedida sexual.
— O quê? — Ele olhou boquiaberto para ela.
— Despedida sexual — repetiu. Soltou seus ombros para empurrar o peito. — Isso a acontece.
Temos algo entre nós, mas não era para ser. Você tem seus planos e não sou parte deles.
Justice foi rápido em rosnar.
— Não foi isso. Não estamos terminando. Vamos para a cama e conversar. — Tentou puxá-la mais perto. — Somos felizes juntos.
— Pareço feliz? — Ela olhou para o rosto dele. — Quero mais que apenas ser a mulher com
quem passa as noites. Gostaria de estar lá durante os dias também. Quero conhecer seus amigos e talvez até mesmo ver seu escritório. Quero sair com você, e se tiver que ir à Reserva por alguns dias,não temos que ficar separados. Que funcione. Isso é o que quero, Justice. Direitos plenos de namorada.
Outro grunhido retumbou dele.
— Não é seguro. Já falamos sobre isso.
— Sim, falamos. Você tem sua opinião formada e eu também. Sabe como isso é chamado?
— Teimosia de sua parte por não ver as razões lógicas por que seria ruim se alguém soubesse que estamos juntos?
Ela desejou poder sorrir, mas doía muito.
— Deixe-me ir, Justice.
Seus dedos flexionaram, mas ele aliviou o aperto até que suas mãos caíram dos lados.
— Aí está. Não vou tocar em você.
— Quero dizer, deixe-me ir. Não quer me machucar, certo? É tão paranoico sobre fazer isso.
Estar com você do jeito que estamos não funciona para mim. Não pode ou não vai me dar o que preciso. Isso está me machucando. — As lágrimas encheram seus olhos. — Você está me machucando.
Ele balançou a cabeça.
— Não.
— Sim. — Ela puxou a camisa rasgada para cobrir os seios, desejando que fosse outra hora,
porque se sentia muito exposta naquele momento, tanto física como emocionalmente. — Por favor,saia, Justice. Se gosta de mim, vai pegar suas roupas, pular o muro e sair. — Ela se virou, não suportava o olhar torturado em seu rosto, e caminhou até a porta dos fundos. A abriu, se recusando a olhar para ele de novo. — Vá. Por favor! Não podemos fazer isso de novo. É muito doloroso.
- Eu machuquei você? Fui muito áspero? — Raspou as palavras, soando tão atormentado
quanto parecia. — Jessie? Olhe para mim.
Ela se recusou.
— Vá, Justice. Apenas... vá.
— Não posso. — sussurrou. — Penso em você. Eu...
Justice estava sem palavras. Desapareceram ao ver como Jessie parecia abatida. Seus ombros caíram e abraçava a camisa rasgada como se confortando de algo triste. Por que não podia encontrar as palavras certas para fazê-la entender o quanto era importante para ele? Escreveu discursos para enfrentar o mundo dos humanos muitas vezes, mas não conseguia encontrar uma forma de expressar seus sentimentos para a única deles que ganhou seu coração.
—Vá. — sussurrou, o som das lágrimas em sua voz. — Não me faça gritar ou apertar esse maldito alarme novamente. Isso me faz parecer uma idiota quando aparecem aqui e tenho que fingir que fiz por acidente. Preciso de espaço. Se você se importa, prove. Saia.
Agonia rasgou através dele quando se virou com as pernas dormentes, recolheu sua roupa e
hesitou ao seu lado.
— Jessie? Por favor, fale comigo. Não me faça sair. Quero ficar com você. — Estava tentado a agarrá-la, jogá-la por cima do ombro e amarrá-la na cama.
Podia fazê-la ver que se pertenciam, mas a dor o impediu. Vê-la dessa maneira o rasgava p por dentro.
— Jessie, eu...
— É o fim.
— Não aceito isso. — A raiva se agitou. Não tinha acabado. Não ia aceitar isso.
Ela virou e correu para a porta da frente. O movimento repentino o surpreendeu e demorou a
reagir, até que ela girou, voltou para a parede e levantou sua mão sobre o botão de alarme.
Ela encontrou seu olhar em seguida, com os olhos cheios de lágrimas.
— Realmente tenho que pressionar essa coisa de novo? Sério? Vá.
— Não.
Seu dedo o tocou levemente.
— Não vou pulverizar perfume desta vez para cobrir seu cheiro. Todos saberão sobre nós se eu pressioná-lo. Não vou te poupar. — Seu queixo se ergueu em desafio, a raiva brilhava em seus olhos.
— Não volte a menos que seja para me convidar para um encontro em público. Essa é a última coisa que tenho a dizer, exceto que tem cinco segundos para sair.
— Jessie, não faça isso.
— Um.
— Droga, mulher. Podemos resolver isso.
— Dois. — Suas costas endureceram e ela puxou ar.
A raiva tomou conta dele.
— Não vou ser ameaçado.
— Três e quero dizer isso, Justice. Em cinco vou pressionar esta coisa e deixá-los entrar na casa.
Não terá escolha depois. Todo mundo vai falar sobre nós e provavelmente até mesmo abrir caminho para a imprensa. Sabe que amam rumores suculentos e correm por eles.
Ela estaria em perigo. Rosnou.
— Quatro.
Ele girou, saiu de sua casa, e saltou sobre o muro. Queria rugir para ela. Queria destruir tudo. Ela
vai se acalmar. Vai sentir minha falta, tanto quanto eu a dela. Só precisa de tempo. Este raciocínio
ajudou quando entrou pela porta dos fundos e se atirou na cadeira mais próxima. Jogou suas roupas
no chão e fechou os olhos. Raiva e tristeza lutavam em seu coração e mente.