Resenhas - O Crime do Padre Amaro

Jaque.Reis 07/02/2024

Denúncia
Nesse romance, Eça de Queiroz crítica a hipocrisia social e religiosa presente na época, apresenta a imoralidade realizada pelos mesmos que exigem serem visto como os únicos donos e ditadores da moral e da ética.
É fantástico e surpreendente! Ao fim do livro me deu náuseas em relação a postura de Amaro com o fato ocorrido, seja por amor carnal ou divino, era esperado que ele a acompanha-se até o fim.

Mari 06/02/2024

Uma triste realidade
O livro é uma dura crítica ao clero e quando lançado a Igreja chegou a colocar entre os livros proibidos. Porém a leitura não me agradou, não me apeguei a nenhum personagem.

César Moura 29/01/2024

EU QUERO QUE ESSE PADRE QUEIME NO FOGO DO INFERNO
Acabei de ler e achei um livro 4 estrelas. Meus sentimentos em relação a Amaro também foram diversos porém o ódio predominou. Enfim que existiam amarras e obrigações que levavam a decisões impensáveis porém o caráter e a falsidade sempre predominavam. Não vejo ambos como inocentes porém senti pena da Amélia, tinha boas escolhas e terminou sem nenhuma, nem consigo mesma. Hipocrisia pura e pobre do João Eduardo, o único inocente da história.

Gabriela 28/01/2024

Romance inicial do Eça, valeu a pena
Li em alguma resenha sobre o sensacionalismo que a crítica aos sacerdotes da igreja católica poderia mostrar. Pra mim, a personagem do João Eduardo serviu para isso. Em alguns momentos senti um certo exagero no "coitadinho de mim". Entretanto, são válidos os apontamentos do autor.

O diálogo final, esbanja hipocrisia e realismo.

Sobre o crime em si, eu imaginei que seria uma coisa, depois esperei por outra e no final senti pena do Amaro.
Naquele momento, as amarras da religião martelavam na cabeça de Amaro, e acredito que em todo leitor que esperava um final mais agradável.
Meus sentimentos pelo padre oscilaram muito durante a leitura, e como estamos falando de realismo, achei valida a consternação.

Enfim, apesar de ser o primeiro do Eça, gostei mais que Primo Basílio

@limasamara__ 23/01/2024

Meio confuso no começo
Que sufoco pra terminar essa leitura, traz uma crítica ao clero devido ao romance de Amaro com Amélia, achei a escrita e leitura bem lenta.

Leitorconvicto 21/01/2024

Minha pergunta é...
Amaro é vítima ou não de um mundo de interesses? As contradições da sociedade da pequena cidade de Leiria são o pano de fundo de uma tragédia moral do protaginista

Déh 21/01/2024

Os Crimes do Padre Amaro
O Crime do Padre Amaro foi o primeiro romance realista de Eça de Queirós e ele conseguiu a façanha de logo no primeiro livro quase ser excomungado pela publicação, e não é pra menos, a crítica ao clero católico é explícita. Dois padres se envolvem intimamente com duas mulheres beatas, um manipula os ensinamentos da igreja católica para se divertir com o temor das devotas da cidade em atrair a fúria divina, o outro faz o mesmo mas para sustentar seu caso com a amante que tinha medo da punição que receberia após a morte, e ambos usam a devoção das pessoas para persuadirem as pessoas a fazerem o que eles querem. O crime do Padre Amaro é na verdade os crimes, tanto perante a lei como perante a verdadeira fé.

Samy 21/01/2024

As críticas elaboradas por Eça de Queiroz no Crime do Padre Amaro poderiam perfeitamente ser direcionadas a sacerdotes de outras religiões, caso o livro fosse escrito atualmente ou em outro contexto social. Contudo, há ali uma exacerbação das características negativas de Amaro e do clero português, pintados como exemplos de ganância e egoísmo, o que foi bastante criticada na época. Machado de Assis chega a pontuar, em crítica da época, do tom carregado das tintas e do risco do realismo de Eça resultar num sensacionalismo. É interessante observar como o relacionamento entre o personagem principal e Amelinha é abusivo e como as beatas que frequenta a casa da Sra. Joaneira são ridicularizadas pelos padres, principalmente na cena em que procuram objetos deixados por João Eduardo. Pelo que li, há mais de um final da obra, a depender da versão.

Jorge Luiz da Silva 18/01/2024

Autor ameaçado de excomunhão
Foi considerado o maior escândalo literário em Portugal. A igreja católica reagiu ameaçando o autor de excomunhão e inclusão do seu nome no Index Librorum Prohibitorum, o famoso índice de livros proibidos pela igreja, ainda vigente naquela época.

Luan.NietzsChe 15/01/2024

Uma crítica ao clero
A estória, ela é muito bem feita, apesar de a escrita ser lenta e bastante cansativa. Uma clara crítica ao clero, Eça de Queiroz nos mostra certa dificuldade dos sacerdotes na vida clerical, onde devem abster-se do que, para eles, é mundano. Privar-se dos desejos naturais é uma das regras, e ela é quebrada pelo padre Amaro, ao se apaixonar pela Amélia e manter uma relação, obviamente, em segredo, aos maiores cuidados. Ora, ora, virar um padre faz você se abster, automaticamente, dos prazeres naturais? Claramente não, vêem apenas como uma obrigação, seus desejos não vão sumir num piscar de olhos. Portanto, os sacerdotes mantêm, lá no fundo, todos esses desejos ocultos... No fundo, eles querem! E às vezes fazem! Não continuarei a descrição, não quero falar nenhum spoiler.
Para mim, a escrita do Eça de Queiroz pecou bastante por ser tão, mas tão cansativa! Estória lenta, densa, para se ler devagar mesmo, mas, sinceramente, me cansava lendo-o e isso não me agradou. Mas, o que valeu quase suas quatro estrelas ? três e meia, para ser mais exato ?, sendo assim, considerado "bom", fora o enredo, que foi muito bem feito, tudo se ligando... Muito bem feito!

Luana 12/01/2024

Padre amaro deveria levar umas palmadas
A história inicial faz com que o leitor tenha apelo pelo padre, no decorrer da história, começa a torcida pra felicidade do padre com Amália, mas depois se vê que o destino e as circunstância nem sempre são como desejamos.

Bianca 10/01/2024

Fui ler esperando um romance proibido entre um padre e uma jovenzinha beata e realmente recebi, mas tbm teve relacionamento abusivo, critica social e politica afiada, fofocas deliciosas e ate uma revoluçao no final.

Caroline Vital 05/01/2024

Um dramalhão digno de novela muito bom, pautado na hipocrisia da igreja católica e da aristocracia. Cheio de reviravoltas, muito bem escrito. Amaro joga a merda no ventilador de Leiria e vaza de fininho.

Maria11360 03/01/2024

O crime do padre amaro
Amaro Vieira torna - se padre por conveniência, em si nunca houve vocação clerical. Na primeira oportunidade, empenha - se numa paixão egoísta e violenta para com Amélia. Esta, por sua vez, também entrega - se total e idolatricamente a ele. Mesmo havendo no texto uma crítica evidente ao procedimento católico por meio dos personagens dos padres que são devassos, glutões e vingativos, percebo que o que se crítica é justamente a vivência de uma fé meramente de aparências, ritualista, moralista e escrupulosa. Em contraponto, o Padre Ferrão representa a fé católica verdadeira, simples, realista, baseada no amor e nas virtudes, único que trouxe a Amélia alguma paz mais para o fim da história. O Padre Amaro, em seus desejos selvagens, nunca quiz Amélia por inteiro, apenas desfrutar dela, ter poder sobre ela, a possuir de corpo e alma. O desfecho, o crime ediondo, a desgraça, por fim, não poderia ser outra, mesmo o autor tendo esperançado o leitor algumas vezes. Foi uma leitura muito proveitosa, deveras pesada tanto pelo conteúdo quanto pelo descritivismo, mas marcante, reflexiva e realista.

Monique.Dias 27/12/2023

Nao gostei do padre
A questão geral do livro é questionar os valores da igreja. Achei interessante e a história beeem construída. Apenas nao gostei do padre Amaro e da forma como ele tratou Amelia em muitos momentos. Além disso, tinha outras expectativas com a história, principalmente se considerar o título.