spoiler visualizarbrinadonadon 20/01/2024
É possível amar duas pessoas ao mesmo tempo?
Já começo a resenha respondendo a pergunta que Tessa se fez durante o livro: não, não é possível. Mas se acalmem, eu no acho que ela não ame um dos dois, só acho que são amores muito diferentes.
Nesse livro, a Tessa se aproxima muito de Jem e com o seu jeito bondoso e atencioso, acaba roubando um pedaço do coração dela para si. Ela estava sofrendo pelo Will, pela forma como ele se aproximava, se mostrava vulnerável, a enchia de esperanças, para logo em seguida ser cruel e afastá-la.
A Tessa encontrou no Jem algo além de um amigo, mas um conforto para o seu coração machucado. Ele dava para ela, sem pedir nada em troca, o que ela gostaria de receber de Will e acho que foi ai que os sentimentos se confundiram.
Ao decorrer do livro, fica muito claro que, apesar dela se sentir atraída pelo Jem, ela está apaixonada pela forma como ele trata ela. Pela forma como ela a vê. Ela foi reduzida a nada pelo Will e o Jem colocou ela no topo. Ele a fez ser prioridade.
A única coisa que ela não contava é que, com o jeito torto de Will, ele também fez dela a sua prioridade e a amou o sufuciente para afastá-la porque acreditava fielmente que seu amor por ele seria sua ruína.
No momento em que ela descobre que o impedimento para estar com Will era uma maldição e que ele sempre a amou, ela começa repensar tudo - inclusive seu noivado repentino com o Jem.
A inquietude dela não era que ela também nutria sentimentos por James, mas sim que ela não queria machucá-lo quando sabe o quanto ela significa para ele. Não queria se colocar no meio da relação dele com Will porque por mais que Jem não os odiasse por se apaixonarem, Will jamais conseguiria viver com o fardo de ter partido o coração do seu melhor amigo - de ter roubado dele a pessoa que lhe devolveu a vida.
E então Will sacrifica a própria felicidade em nome da felicidade de Jem, porque ser parabatai significa isso: morrer e viver pelo seu irmão de alma.
Para mim, o verdadeiro amor da vida de Tessa é o Will e assim como ela diz no livro, por mais que ela tente esquecê-lo, um pedaço dela sempre vai pertencer a ele.
Além do desenvolvimento do triângulo amoroso, esse segundo livro foi repleto de emoções: a descoberta da maldição de Will; Magnus sendo o apoio que Will não podia buscar nem em seu próprio parabatai; Jessie traindo a sua família no Instituto por alguém que não ama nem a si mesmo; o aprofundamento na relação de Charlotte e Will; o envolvimento de Benedict com Mortmain; a família de Will viva!!!!
Estou ansiosa para saber o que Tessa realmente é, como o Will vai ficar agora que a Cecily está no Instituto e qual vai ser o final desse triângulo amoroso.
A Cassandra continua me surpreendendo e despertando a minha vontade de continuar embarcando na viagem pelo Mundo das Sombras.