Resenhas - Dôra, Doralina

Renally Couto 24/08/2024

Sofrimento com pequenas pausas de alegria.
Pra mim foi angustiante, porque sempre fiquei esperando uma emancipação feminina arrebatadora por pare de Dôra. Mas também sei que a vivência e a criação que ela teve foi a justificativa e o combustível pra tudo o que ela veio a viver, e considerando também o ambiente histórico-geográfico que a personagem viveu e suas influências, não podemos cobrar muito. Raquel é brilhante! Já é seu segundo livro que leio e ela tem o dom de nos envolver com os personagens e a trama!

Super recomendo!!!

Flavia Sena 07/06/2024

Gostei da linguagem, e acho que seja um dos trunfos do texto: a simplicidade e ao mesmo tempo complexidade na transmissão dos sentimentos da protagonista. Um retrato incômodo das questões envolvidas numa relação "padrão" entre homem e mulher, sendo também essa mulher de uma coragem que desafiava o que a sociedade imaginava pra ela.

Nado 03/06/2024

É um romance que acompanha a jornada de Maria das Dores, conhecida como Dôra, uma mulher que se cansa de tanta privação e busca a sua realização pessoal e amorosa. Viúva de um casamento infeliz, Dôra deixa para trás a sombra materna e uma vida de submissão ao se mudar para longeda propriedadeda família. Lá, ela descobre sua paixão pelo teatro e se une a uma companhia de teattro mambembe, viajando pelo Brasil e vivendo novas experiências.
É durante uma dessas viagens que Dôra conhece o Comandante, por quem se apaixona profundamente, levando-a a mudar todo o rumo da suavida. Esse amor intenso e transformador marca um ponto alto na vida de Dôra, oferecendo-lhe uma felicidade que poucos têm a coragem de perseguir.
Acredito que a trajetória vivida por Dôra é uma jornada de descoberta, amor e autoafirmação. O livro é um retrato sensível e poderoso de uma mulher que busca seu lugar no mundo.

Joaquim 16/05/2024

Meu primeiro contato com Rachel de Queiroz e gostei bastante do que li. Os personagens são interessantes e o enredo bem envolvente.

Fabricio268 15/05/2024

Raquel de Queiroz, gratidão!
Dôra, Doralina é aquele tipo de livro para ser lido lentamente, sem qualquer noção do tempo, apreciando cada palavra e frase, desfrutando todo o prazer que o texto tem a oferecer.
O livro é narrado pela Maria das Dores, e ela conta sua história desde a infância, quando vivia na fazenda Soledade com sua mãe (Senhora). Ela conta toda jornada da sua vida. A saída da fazenda, seu trabalho como atriz num teatro mambembe, a descoberta do seu grande amor.
Ambientado no Ceará no início do século XX, o romance acompanha a vida de Dôra em meios aos acontecimentos do Brasil e do mundo: a coluna Prestes, a II Guerra Mundial, a morte de Getúlio Vargas.
Dôra desafia as expectativas sociais da época e busca construir seu próprio destino, livre das imposições da família e da sociedade. Ao longo da narrativa ela aprende sobre si mesma e sobre o mundo, descobrindo sua força, coragem e capacidade de amar.
A obra apresenta um retrato vívido da cultura e dos costumes do Nordeste brasileiro.
Rachel de Queiroz usa uma linguagem rica e descritiva e utiliza recursos como o humor, a ironia e a poesia para criar uma narrativa envolvente e emocionante.
O livro ainda aborda temas relevantes como a emancipação feminina, a autodescoberta e a importância da cultura popular.
Desfrute você também dessa belíssima leitura.

João 03/05/2024

Que obra
Dôra, doralina é uma história linda, muito bem escrita, narrada, feita, uma viagem incrível que te deixa sem chão nos capítulos finais. cada citação linda que poderia fazer, mas acho que a mais bonita é a logo no começo e que acredito que rege a narrativa ?porque a vida toda é uma dor? e dói muito a história da dôra, mas ela é forte, resistente, jovem e sonhadora.

toda uma história sofrida até a sua viuvez, mas que depois desaba em aventuras, paixões, alegrias, encrencas. cada personagem rico em suas características e a linguagem muito particular da raquel. enfim grande obra!!!

Mirella193 02/05/2024

A narrativa flui muito rápido, sinceramente achei que encontraria páginas de descrição de paisagens, mas não, mergulhei na história de Dôra, quando percebi tinha terminado. A personagem principal foi muito bem construída.

Natália 14/03/2024

Um livro incrível
Finalizei a leitura de "Dôra, Doralina", o meu primeiro contato com a escrita de Rachel de Queiroz e a experiência não poderia ter sido melhor. Gostei muito e recomendo a leitura. Adorei a protagonista Dôra.

Resenha:
"Dôra, Doralina" é um romance escrito pela brasileira Rachel de Queiroz. Publicado em 1975, esse livro narra a história de Maria das Dores, conhecida por todos como Dôra, uma nordestina criada em uma fazenda, a Fazenda Soledade, no sertão do Ceará. Órfã de pai desde a infância, Dôra foi criada por sua mãe, Senhora, uma mulher controladora. Dôra casou-se com Laurindo, um primo distante, e viveram um casamento de conveniência. Viúva, Dôra resolve declarar sua independência, sair da sombra da mãe e viajar para a capital, Fortaleza. Em Fortaleza, Dôra passa a morar na pensão de Dona Loura, uma parente. Nessa pensão, Dôra conhece o Sr Brandini e sua esposa, Estrela, atores e diretores de uma Companhia de Teatro Mambembe. Dôra se encanta com o universo dos atores e aceita a proposta de Sr Brandini de ingressar como atriz da Companhia, viajando pelo país representando papéis teatrais. Um dia, conhece o Comandante, por quem irá nutrir um verdadeiro amor.

"Dôra, Doralina" traz uma protagonista forte e bem construída. É uma história interessante, que mostra a emancipação feminina através da protagonista, que sai da submissão em busca de seu próprio caminho, de poder ser o que ela quiser.
Apesar da busca pelo próprio caminho, Dôra ama um homem e aceita o homem amado do jeito que ele é: violento quando bebe, machista, ciumento, contraventor... Mas a autora deixa muito claro que Dôra não é cega, não romantiza essa relação, ela sabe exatamente como ele é.

geovana 13/03/2024

O seu mal é um só: foi eu ter nascido.
Essa história foi uma das melhores que eu ja li sobre solidão, uma solidão inexplicável e uma relação com a própria mãe que te deixa mais sozinha no mundo e uma aceitação de que a vida as vezes é vazia e melancólica e a gente só precisa ir levando.
A Doralina foi uma personagem muito boa de acompanhar, ela é simples no jeito de ser mas internamente ela é uma mulher forte e muito boa e que aguenta muita coisa.
Foi bem interessante ler sobre a companhia, o teatro e as festas deles, senti vontade de viver viajando e sendo uma atriz.


?Para mim havia só a horrível solidão, o vazio e o desespero; um vácuo por onde eu me sentia rolando, desabando sem encontrar fundo.?

?Se a menina que eu já fui faz mais de vinte anos e o retrato registrou, hoje está perdida, sepultada no tempo, tal como na morte ? sim, que dirá então quem já morreu??

PietA0 03/03/2024

Dôra, Doralina
Realmente não foi o que eu esperava. Tenho vindo de tantos livros ruins e entediantes que me deparar com um legal foi novidade. Dôra é uma mulher que não tentou nada da vida até seu marido morrer. O que me incomoda bastante é que ela conhece o Comandante e fica completamente à mercê dele. Ela não chega a viver por si mesma, é sempre pro "marido". Isso irrita bastante porque a premissa do livro é justamente a busca pela liberdade feminina, coisa que não vi na história.

@Matcholo 25/02/2024

Mais uma vez termino um livro da Rachel sem palavras. Escritora exímia sua capacidade narrativa é enorme, torna qualquer história interessante mesmo sendo sobre pessoas e situações totalmente distantes da vivência do leitor. Mais um grande livro para a minha lista de favoritos, junto com os outros dois que já li da autora. Recomendo demais a leitura dessa preciosidade.

Para mais resenhas me segue no Instagram @quedeusmelivre.

Amabile.Amorim 20/02/2024

Amei o livro, já li algumas vezes e pretendo reler novamente. A escrita é sem igual, e muito talentosa.

Caroline Vital 06/02/2024

Mais um romance excelente de Rachel. Escrita simplesmente perfeita, uma história sobre dor, sobre se tornar o que mais tememos e odiamos. Também sobre nossas escolhas e emancipação feminina. Perfeito.

pedro3660 13/01/2024

Terminei
Terminei dôra. muito fofo. parece q eu tava lendo um diário de uma menina. a narrativa é bem simples, inocente, e pra mim o livro é sobre a vida, suas etapas e substituições, pertencimento e fim. um testemunho da vida e da morte ao nosso redor.

Leitora 27/12/2023

Doer, dói sempre. Só não dói depois de morto. Porque a vida toda é um doer.
Acompanhar o crescimento de Doralina foi lindo...

Eis alguns excertos:

“deixaram o colégio antes de receberem o diploma – os noivos achavam que elas já estavam sabidas o bastante e, mesmo, para criar menino não se exige anel de grau

Mal sabia ela que a minha saída de casa não tinha sido um desgosto dosque passam. Que eu tinha cortado o cordão do umbigo que me prendia à Soledade para sempre e nunca mais. Da Soledade e a sua dona, euagora só queria a distância e as poucas lembranças