Victor 30/08/2022Good, but...Nesta bela obra, somos convidados a conhecer através da visão de Lewis, quatro maneiras de expressar o amor.
Afeição, onde tratará como surge e alguns exemplos. Achei interessante que esse tipo de amor acontece naturalmente, mesmo por alguém que nem mesmo projete ou queira. É quase como uma compaixão, admiração ou respeito.
Amizade, tão desgastada na contemporaneidade, que para muitos nós é difícil defini-la com precisão. O amigo não é só outra pessoa com quem compartilhamos momentos ou gostos similares, é encontrar no outro uma parte de nós.
Eros, o fogo, a paixão, o desejo, o querer além do prazer. Quando nossos pensamentos são unicamente aquela pessoa. Quando a consumimos em pensamento tanto que vai além da razão. Quem arriscaria definir o amor romântico?
Por fim, a Caridade. Aqui há um paralelo com o narcisismo. Dentre nós, existem aqueles que praticam o dar de forma genuína, de coração. E aqueles que ao partilhar, desejam expor esse momento, mostrar a terceiros o quão generoso é. Neste último, não mora a verdadeira caridade.
Deus nos fez a sua imagem e semelhança. Não fisicamente, mas dotados de dádivas, como os amores. É difícil manter um equilíbrio entre todos eles. Por muitas vezes, um deles sempre se sobressai aos demais. Cabe a nós, cultivar o amor a Deus. De devoção, de compreensão, de gratidão.
Daí, cultivar em equivalência o amor próprio e aos demais. Pois, só é possível amar verdadeiramente outros, se amando também, assim como ser amado é essencial.
Antes de começar os devaneios, quero deixar nesta resenha dois raciocínios finais sobre esse tema:
Leiam: Mateus 5:43-48
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Amar, significa amar o não amável. Perdoar, significa perdoar o imperdoável. E fé significa acreditar no inacreditável.
-- G. K. Chesterton