O Segredo de Jasper Jones

O Segredo de Jasper Jones Craig Silvey




Resenhas - O segredo de Jasper Jones


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Rafaela 17/05/2014

o segredo de jasper jones resenha.
Eu não gostei do livro, para não falar odiei. O protagonista e chato, a história não se desenvolve, não tem ação nenhuma, a capa não tem a ver com a história inicial (que na minha opinião, deveria ser a principal) a história ficou totalmente confusa, sem um foco e as opiniões do protagonista me deixaram agoniadas, pois o livro é em primeira pessoa e o Charlie está muito confuso.
A ideia de que as relações familiares podem influenciar muito na vida de uma pessoa foi reforçada, porém foi somente no final.
Lineker 15/06/2014minha estante
Achei o livro péssimo. O mistério principal do livro, que se enrola por 200 paginas sem nenhum desenvolvimento é desvendado em poucas paginas de forma decepcionante para quem gosta de ler investigações.


Jessica 17/02/2015minha estante
Não acho que o livro tivesse o propósito de ser uma história investigativa, e sim uma história para se pensar bastante e refletir. Creio que ele trate muito mais que o desaparecimento de Laura, ou o Segredo de Jasper. Pelo que entendi, ele trata da hipocrisia e discriminação de uma sociedade; do bullying que é levado como se fosse uma mera brincadeira. Pelo que vi, as pessoas teem de ter mente aberta para esta leitura.




Tharsila 25/06/2014

Mais do que o segredo de Jasper Jones
Me surpreendi com a história.

O compartilhamento de um segredo entre Charlie e Jasper é o enfoque, mas a trama torna-se bem mais que isso. Somos apresentados a personagens secundários que ajudam a entender a construção das relações naquela sociedade. O livro não é apenas sobre um segredo, é sobre dramas pessoais, amizade, laços familiares, perdas, traições, injustiças, sonhos.

O início da leitura, mais por curiosidade, levou-me a refletir a respeito dos valores que vão sendo moldados e aperfeiçoados conforme as condições do meio em que se vive.

Confesso que lá pela metade do livro já estava imaginando qual seria o desfecho da história, mas isso não diminuiu minha vontade de continuar lendo.

A narrativa é bem desenvolvida, e percebi o texto mais voltado para as emoções do que para as descrições. Ao terminar a leitura, fiquei com vontade de querer saber mais a respeito dos personagens, aquela sensação de "poderia ler, ainda, mais algumas páginas". E, como leitora, eu gosto muito disso.


E não tem jeito, foi inevitável imaginar como seria rodada esta história. Não sou entendedora de cinema, mas adoro cinema, e gostaria de ver esta história filmada. Nem sempre as adaptações resultam em bons filmes, mas um bom filme poderia ser construído com uma boa história como esta.









Lohan.Valerio 12/01/2015minha estante
Eu também não deixei escapar essa estória sendo rodada!




Má Contato 26/07/2014

Resenha do blog www.minhaalmapedelivros.blogspot.com
Até agora não consegui entender o que Craig quis nos ensinar com esse livro... mas, vamos lá!

A história começa com Jasper Jones (um garoto que vive às margens da sociedade) acordando Charlie (um garoto exemplo) e pedindo para que o mesmo o acompanhasse até determinado local. Ao chegarem no esconderijo de Jasper, Charlie se assusta com uma cena chocante: um cadáver de uma garota de sua escola, Laura. Jasper, então, pede para que Charlie o ajude a esconder o corpo, pois se este for encontrado neste local, todas as investigações cairão sobre ele. Para convencer Charlie, Jasper argumenta dizendo que é sempre o culpado por tudo o que acontece na cidade mesmo que nunca tenha tido nenhum envolvimento com o assunto, só porque é o garoto que tem um pai drogado e uma mãe morta. Enfim... ambos escondem o corpo da garota e aí começa as investigações e a procura da menina pela família e polícia. Com o sumiço de Laura, tudo mudou na pequena cidade. Os pais estão mais atentos, os policiais ficam rondando a cidade e um mínimo atraso vira uma turbulência... E é no meio desse caos que Charlie vive com seu peso na consciência, respondendo aos policiais e à mãe mandona. Outro ponto bastante marcante é que Charlie é apaixonado pela irmã da garota e não consegue encará-la sabendo o que fez... Talvez Craig queira mostrar aos seus leitores como ocorreu a perda da inocência de Charles e o que conseguimos perceber com clareza é a mudança da personalidade do garoto do início para fim do livro.

Outro personagem importante na história é Jeffrey Lu, o melhor amigo de Charlie. Sua família também é bem diferente: vieram do Vietnã e ainda estão em processo de adaptação na Austrália e com o decorrer do livro nos deparamos com alguns atos de preconceito de alguns personagens para com essa família.

Até então, a história estava boa. Um mistério, uma família diferente, um amor platônico... E aí começamos a pensar: o que aconteceu com Laura?! Como ela morreu? O problema é que, ao longo do livro, a resposta desta pergunta se torna totalmente previsível. E pra quem está acostumado com livros de suspense, isso é um grande problema. O que acontece na maioria das vezes (pelo menos COMIGO) é que, assim que nos deparamos com um crime, logo criamos em nossa mente todas as possibilidades de como ele ocorreu e, mesmo assim, queremos ser surpreendidos ao final. Em determinado momento, eu achei que uma pessoa X a tivesse matado e pensei: se for isso, vai ser muito bom! Só que... não. Sabe a história de sessão da tarde? hm :(

O que ainda salva o livro é a verdadeira história de Jasper Jones e os problemas familiares de todos os personagens da história. Simplesmente todas as famílias passam por algum problema e o o autor quis relatar estes problemas para nós, leitores. O casamento dos pais de Charles que não vai bem, o preconceito da família de Jeffrey, a ausência do pai de Jasper e os mistérios da família de Laura. As histórias de cada família realmente são um ponto forte do livro, pois todos os personagens são bem construídos. Só que aí sinto que o autor perdeu o foco na história, sendo que abandona a essência do livro (o crime em si) e parte pra um romance entre família. Nossa, confuso!

Quando finalmente terminei o livro, pensei: uma história que será lembrada pelos personagens e não pelo seu real tema: o mistério. Enfim, se você quer um romance e um livro fácil e rápido de ser lido, este se encaixa. Caso queira mistério, como o nome sugere, não vale a pena. Mesmo porque o grande segredo do Jasper eu já citei nesta resenha... Veja só!
Vitão 27/03/2015minha estante
Resenha cheia de Spoilers, sacanagem!




AmyLivros 21/10/2019

Irritante
Até demorei pra fazer essa resenha, porque não queria detonar o livro assim, mas vamos lá.
Em momento nenhum o personagem principal passa como um pré-adolescente de 13 anos. O personagem tem uma opinião toda filosófica sobre tudo, planos mirabolantes e afins, que nada bate com a idade que supostamente tem. A menina morta não é nem secundária na história, e as vezes você até esquece sobre ela, e aparentemente, os personagens também, já que em vários momentos eles agem normalmente, como se tivessem ''problemas maiores''. É tudo muito superficial, os relacionamentos, os problemas, as apresentações dos personagens e inclusive o final.
Outra coisa que me irrita plenamente, e me lembrou muito Cidades de Papel do John Green, é essa coisa de uma pessoa EXTREMAMENTE aleatória, que durante toda vida cagou pra existência do personagem principal, aparecer na janela dele pedindo ajuda, sem nem explicar o motivo, e o personagem principal simplesmente seguir o doido que invadiu a casa dele na madrugada.
Além de tudo isso, são quase 300 páginas que poderiam FACILMENTE virarem 150. O livro é dividido em apenas 9 capítulos e fica difícil acompanhar.
Para finalizar, o desfecho da história é resolvido e explicado de forma corrida, enquanto um jogo de críquete é escrito de forma extremamente detalhada.
Stephanie 30/07/2022minha estante
Siiiiim! Ele me deu a sensação das histórias daquelas pessoas que dão mil voltas pra falar algo simples




Pedro 12/08/2014

Glorioso pêssego.
Charlie Buckitin vive em uma pequena cidade da Austrália chamada Corringan. Ele é um adolescente nada popular considerado o segundo mais inteligente de sua escola, perdendo apenas para o seu melhor amigo, de família vietnamita, Jeffrey Lu que é apaixonado por críquete. Charlie é acanhado e um leitor assíduo - não poderia ser por menos: seu pai é professor de literatura. Certa noite, em suas costumeiras leituras antes de dormir, acaba ouvindo um barulho em sua janela. Quando presta mais atenção, percebe que na verdade chamam por seu nome, e quando ele confere, visualiza Jasper Jones pedindo desesperadamente sua ajuda. Só que para Charlie existem inúmeros "poréns". Por que ele iria ajudar alguém que, além de nunca ter se dirigido a ele antes, é considerado um verdadeiro marginal típico, um mau exemplo? Confuso, ele decide que sim, irá ajudar o jovem que é um ano mais velho que ele.

Jasper Jones guia Charlie até uma clareia, o local secreto onde ele passa boa parte do seu tempo (fumando/bebendo/fugindo do mundo), e Charlie dá de cara com uma cena que o deixa atordoado e sem palavras. Mas que mesmo assim, no fim, ele faz o que o Jasper pede e ambos voltam para a cidade. O que Charlie não imaginaria era que essa ajuda oferecida iria acabar deixando seus dias mais complicados, afinal, nem todos sabem como guardar um segredo a sete chaves.

Charlie, nosso narrador, vai contando suas trajetórias, e à partir daí, nos aprofundamos mais sobre a origem vietnamita da família do Jeffrey, refugiados na Austrália, e que por isso, sofrem preconceitos pelos nativos que acham injusto eles estarem substituindo os soldados australianos que foram à guerra. Conhecemos Eliza Wishart, filha do governador do Condado e que estão a procura da segunda filha, Laura Wishart, dada como desaparecida. Por se tratar da filha do governador do Condado, a pequena cidade se enche de autoridades em busca da moça desaparecida, deixando-a bem conturbada. Outro ponto do livro é o sentimento que há entre Charlie e Eliza, e ambos ao decorrer do livro vão desenvolvendo de forma sutil e nada apressada esse sentimento.

Na capa do livro temos um pêssego que, na história, é sinônimo de coragem e seus motivos são explicados ao decorrer do livro.

Craig Silver escreve de uma forma tão descritiva que as cenas surgem em nossa mente como em uma tela de cinema, tudo é aos poucos explorado, e apesar desse inicio focado nesses dois personagens, com o decorrer da leitura vamos percebendo que na verdade o autor não quer tanto se prender a eles, o que torna o livro mais interessante, com Silver criando vários núcleos dentro de uma mesma história e, claro, interligando tudo de alguma forma.

No final, temos um amontoado de problemas que o autor vai desenvolvendo para só no fim ir soltando aos poucos, como se fossem bombas programadas, revelações que mudam a vida de alguns personagens e que nos deixa chocado. O Segredo de Jasper Jones é um livro com uma história muito original e que dificilmente deixa o leitor com sensação de está lendo algo previsível; pelo contrário, o autor consegue nos surpreender e até nos deixar sedentos por mais.

O final não deixou a desejar, começamos a leitura com uma incessante vontade de descobrir mais sobre o os mistérios dessa trama e o autor consegue responder todas as nossas perguntas. No entanto, ficou aquela curiosidade de saber o futuro e o que se sucedeu a cada personagem do livro, coisa que, creio eu, todo leitor quer saber, mas que não tira méritos do livro.

site: http://decaranasletras.blogspot.com.br/2014/08/resenha-25-o-segredo-de-jasper-jones.html
Lohan.Valerio 12/01/2015minha estante
Livro que realmente encanta!




Amanda 22/05/2012

Um romance sobre a perda da inocência
"So sad, so sad/ Sometimes she feels so sad..." Another day, Paul MacCartney

Esse trecho da música ilustra bem a tônica do livro, como podemos perceber já pelo teor do primeiro capítulo. O segredo de Jasper Jones é principalmente um romance sobre a perda da inocência juvenil, em vários sentidos, que não compete dizer aqui para não estragar a leitura.
Adorei a capa minimalista, onde menos é mais, e nesse caso guarda uma relação bem íntima com o âmago no livro.
Gostei bastante também dos diálogos e personagens pitorescos construídos pelo autor, ilustram bem a maneira de falar ou mesmo o modo de agir de algum amigo/a que tivemos na infância/pré-adolescência... Além disso, é sobretudo realista: algumas coisas você espera que aconteçam, outras são uma surpresa de fato, mas nada que não seja plausível...Muito recomendado!
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Gabriela 24/01/2013

Pra se deparar de novo com as angustias da adolescência de modo inteligente e bem escrito, enquanto tenta-se entender os mistérios por trás da história.
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Mari Novaes 04/07/2013

Você já imaginou estar em sua casa, no meio da madrugada, lendo ou fazendo qualquer outra coisa e de repente te chamam do lado de fora? Poisé… Isso é o que acontece com Charlie Bucktin. Ele estava em seu quarto e ouviu alguém chamar seu nome. Quem chamava era Jasper Jones, o garoto que era mal visto por toda a cidade.

Charlie é um ano mais novo que Jasper e os dois nunca tinham se falado. Por causa disso, ele ficou muito surpreso ao ver o garoto no seu quintal. Mas qual foi o motivo de Jasper ter ido na casa de Charlie tão tarde? Ele precisava de ajuda.

Mesmo com medo, Charlie foge da sua casa e segue Jasper até uma clareira, que é o lugar onde ele mais fica. Só que naquela noite não era apenas uma clareira qualquer. Ao chegar lá Charlie se depara com uma cena que ficará guardada para sempre na sua mente. A partir daquele dia ele e Jasper guardam um sinistro segredo.

Comprei “O Segredo de Jasper Jones” por R$7,90 na Fnac e acho que foi o R$7,90 mais bem usado da minha vida. Apesar de o livro ter esse título, o segredo não é apenas do Jasper, mas também é do Charlie e de outra pessoa (não vou falar porque é spoiler).

A história é narrada pelo ponto de vista do Charlie, que em algumas partes deixou a desejar. Fora isso, ele é um personagem bom de conhecer e maduro para a idade dele, que é 13. Conhecemos também o Jeffrey, que é o seu melhor amigo. O Jeffrey me ganhou, porque ele é engraçado, irônico e hiperativo. Apenas gosto de personagens assim.

O final é em parte previsível. Ao ir lendo o livro e prestando atenção, o autor dá pequenas dicas para o leitor chegar na conclusão certa. Eu cheguei em parte, mas o resto da trama foi surpreendente. Eu não imaginava um final como aquele. Para vocês entenderem um pouco, o mistério do livro é sobre uma morte (se vocês consideram isso spoiler, me desculpem).

O livro pode até entrar no gênero infanto-juvenil, mas a história é madura e boa o bastante para os mais amadurecidos gostarem. Minha nota para o livro, de 0 a 5, é 4.



site: http://desventurasembooks.wordpress.com/2013/07/04/resenha-o-segredo-de-jasper-jones-craig-silvey/
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Fabricio~Raito 11/11/2013

O Pêssego precocemente amadurecido
O Segredo de Jasper Jones é um livro que engana muito bem (no sentido positivo do termo): a capa e a indicação "infanto-juvenil". Quando você mergulha nas páginas, a história se revela em um nível incrível de complexidade, levando à indagações interiores.
Charlie Bucktin tem 13 anos e vive em uma pequena vila chamada Corrigan, na Austrália. O ano é 1965 e tudo é pacato demais para o adolescente. Até que certa noite, Jasper Jones bate em sua janela e diz que precisava de sua ajuda. Não fosse o fato de Jasper ser considerado o típico "mau exemplo" por todas as pessoas de Corrigan, Charlie titubeia na decisão mas resolve dar uma chance e fazer algo diferente. Infelizmente, o que esperava por Charlie era um crime que poderia colocar em cheque seus valores, sua forma de pensar e complicar ainda mais a fase de transição que estava vivendo.
Apesar de Charlie se mostrar claramente o protagonista, o leitor percebe que o fato é sempre colocado em dúvida ao se pensar em Jasper Jones (que poderia ser facilmente o protagonista, ou em outra forma de pensamento, o avesso do protagonista). Discriminado, Jasper é o típico "criança com corpo de adulto", também adolescente, com problemas em casa e de postura mais defensiva, que erroneamente é sempre julgada como agressiva pelos moradores de Corrigan. É injusto observar como o personagem é colocado em uma posição/rótulo que não condiz com sua essência, e Charlie parecia ter sido o único que conseguiu enxergar seu verdadeiro interior, resultando em uma amizade.
Charlie realiza, a todo instante, indagações pertinentes à sua idade, e que leva o leitor a também se perguntar as mesmas questões. Práticas, simples, mas sempre presentes. Percebe-se que o enredo traz uma faceta do "desenvolver precoce" da maturidade em um adolescente frente à um fato que exige uma postura/mente além de sua idade. Lidar com o medo, a culpa e a dúvida (todas derivadas do crime que evidenciou e claro, a própria puberdade) potencializa os questionamentos. Ressalto que tais fatos na leitura são pontos positivos.
Contudo, ao término da mesma, senti falta de algo palpável, ou de maior consistência. A escrita de Craig Silvey é muito boa, mas demasiada "pesada" em certas passagens. Senti falta de uma fluidez maior, condizente à passagem de tempo que ele circundou os personagens e fatos. A revisão da Intrínseca se mostrou boa (não ótima) e a capa, apesar de parecer meio deslocada (um pêssego) combina incrivelmente com o universo de Charlie e cia.
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Bruna 16/03/2014

Devastadoor!!
Ganehi sem nunca ter ouvido falar do Título ou do Autor.

A leitura foi desenrolando, e os fatos muito bem narrados trouxeram emoção à trama. Eu podia praticamente SENTIR o calor que Charlie descrevia.
A história se firma no conceito de esteriótipos, máscaras e fachadas, onde a protagonista Charlie descobre faces cruéis e repugnantes no ser humano. Esse livro também pode ser caracterizado como a perda da inocência.

O livro é envolvente, se você aceitar se entregar.

Recomendo, e desejo que vire um best-seller mais conhecido. Parabéns Craig Silvey :)
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Jessé 21/03/2014

O Segredo de Jasper Jones conta a história de Charlie, um nerd de 13 anos que vive na Austrália no ano de 1965. Ele tinha uma vida normal ao lado de seu pai, professor de literatura e escritor frustrado, e sua mãe, uma mulher bem nascida que rompeu os laços com a família para poder ficar com o Literato.
Tudo corria normalmente bem quando, numa noite atípica, Charlie ouve batucadas em sua janela. Ele larga o livro em que estava mergulhado e vai ver o que é, mas nada poderia tê-lo preparado para o que vinha a seguir: Do lado de fora estava Jasper Jones, o adolescente com a pior fama da cidade e aquele que os pais usavam como um exemplo a não ser seguido. Jasper o chama para adentrar a floresta e diz que tem que lhe contar algo muito sério e Charlie, sem saber o que fazer, acaba indo. Chegando em uma clareira que ninguém mais conhece, algo macabro se mostra a eles, seguido de uma história semelhantemente tensa contada por Jasper. Ele pede a ajuda de Charlie, e sem escolha, o envolve até o pescoço nesse mistério até então indissolúvel.
Depois dessa noite aterradora, Charlie volta pra casa e a partir daí sua vida toda muda. Será que Jasper falou a verdade e não tem nada a ver com o acontecido ou ele apenas precisava de alguém pra usar como álibi? Com o desenrolar da história, vemos a vida exigir de Charlie uma maturidade forçada a qual ele ainda não estava preparado para possuir. As tramas paralelas também afetam bastante a vida do protagonista, como o fato de seu amigo estrangeiro e sua família serem discriminados por causa da situação de guerra em que o mundo se encontrava. Tudo isso vai remoldando o caráter e a personalidade dele, fazendo nascer daí outra pessoa, que enxerga o mundo como ele realmente é e não enfeitado com laços e fitas como os adultos faziam-no crer. Essa coisa toda acontece de maneira rápida, mas isso não diminuiu a intensidade e a relevância com que atingem a vida de Charlie.
O final é bem imprevisível (pelo menos eu achei) e nos mostra o quanto as pessoas se escondem atrás de mentiras, mas quando a verdade vem cobrar seu preço, ela não tem piedade de ninguém.
No geral, é um livro muito bom, porém é carregado de uma dramaticidade profunda, pois o autor não mede esforços para fazer com que a gente sinta o que as personagens estão passando. Não foi raras as vezes em que eu me senti triste ao ler esse livro. Não obstante, achei desnecessária e até mesmo desrespeitosa em alguns casos a propaganda ateísta presente em alguns diálogos (digamos que o amigo do Charlie seja um pouco mal-educado), mas também entendo que isso serviu para a caracterização das personagens, que são cheias de dúvidas e bastante revoltadas com o mundo em geral.
Enfim, vale a pena ler essa obra e se deixar entrar na mente e no coração de um adolescente de treze anos que vê tudo aquilo que acreditava ser verdade despencar como um castelo de cartas. É bem interessante fazer essa viagem.

site: http://letristaleitor.blogspot.com.br/2014/03/resenha-o-segredo-de-jasper-jones.html
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Laura Oliveira 25/04/2014

Extremamente envolvente
Achei uma história sensacional. Nos faz pensar em como julgamos os outros pelas aparências e no modo em que muitas vezes chegamos à falsas conclusões sobre muitos assuntos apenas por acreditar na maioria e não pesquisar os fatos mais a fundo. Adorei o enredo, pois durante todo o livro não há nada que entregue o seu desfecho "abertamente". Uma história intensa e envolvente. Gostei demais. Foram os melhores R$9,99 que já gastei em minha vida. Procurarei mas vezes a seção de promoções da Leitura, além de, é claro, outros livros desse autor.
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Alessandra @euamolivrosnovos 25/05/2014

Eu não conseguiria guardar este segredo!
Existem livros que você jamais imaginaria ler. Visualize então esta situação: você vai a uma bienal do livro e, dentre os muitos exemplares oferecidos por cada editora, se depara com uma mega promoção, oferendo diversas obras pela bagatela de R$10,00.

O que você faz? Bom, se você, assim como eu, é perdidamente apaixonado por um livro, provavelmente comprou tantos quanto pode. Foi assim com "O Segredo de Jasper Jones", que, para meu deleite, valeu cada centavo.

Craig Silvey escreveu essa obra para demonstrar a perda da inocência. Quando somo crianças, imaginamos um mundo onde as pessoas, todas elas, têm escrúpulos e se comportam em relação a diversas situações cotidianas da maneira mais justa possível.

Infelizmente, e assim como nosso querido Charlie Bucktin pôde perceber, nem tudo é um mar de rosas e, certamente, as aparências enganam.

Charlie, ou Chuck, como prefere seu querido amigo Jeffrey Lu, é um menino de 13 anos que sonha em ser escritor e, aconselhado por seu pai, lê insaciavelmente por horas a fio. Em uma dessas madrugadas Jasper Jones surge em sua janela, aos sussurros, pedindo que Charlie o siga sem mais explicações.

Eis então que nosso protagonista, ao chegar em uma clareira, descobre não o maior segredo da vida de Jasper Jones, pois este só nos é revelado ao final do livro, mas sim um fato que alterará o curso de sua vida e colocará Corrigan, sua cidade, de pernas para o ar.

Atordoado pelo que sabe, Charlie tenta viver sua vida sem pensar sobre o assunto. Porém, dada sua participação para encobrir os fatos do que presenciou aquele dia na clareira com Jasper, isso torna-se impossível.

Embora seu grande amigo Jeffrey esteja prestes a provar a todos que tamanho não é documento, com uma façanha memorável em uma partida de criquet, o segredo que compartilha daquela noite o assombra.

Não importa o quanto esteja desesperadamente atraído por Eliza Wishart, a qual vive um drama familiar em razão do sumiço de sua irmã, Charlie simplesmente tem medo de contar, e mais medo ainda de não contar a ninguém. Pior ainda seria descobrirem o grande segredo e algemarem ele e Jasper Jones.

É claro que não vou contar o segredo, apesar de estar me remoendo de vontade. Você precisa dar uma chance a Jasper Jones, e descobrir o quão obscuro a mente humana pode ser. Muitas vezes são as pessoas mais próximas de nós que nos surpreendem, noutras vezes são aqueles que não temos coragem de nos aproximar.

"O Segredo de Jasper Jones" é literatura obrigatória.
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Ingrid.Mayer 09/03/2024

Um livro bom ate, com um plot um pouco previsivel, uma historia leve de suspense fraco mas gostozinho.
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Raquel 16/06/2014

BLOG SWEET CORNER: O SEGREDO DE JASPER JONES, CRAIG SILVEY
Sabe aquela sensação de tristeza quando terminamos um livro bom? E que desejamos nunca terminá-lo e quando o fazemos desejamos um outro livro com uma continuação da história? É isso o que eu senti quando terminei de ler 'O Segredo de Jasper Jones'. E, sim, eu seguiria Jasper Jones.

Charlie Bucktin é um garoto de treze anos que ama os livros e sonha com o dia em que escreverá uma história surpreendente, irá publicá-la e com isso conquistará a admiração de todos e receberá vários prêmios pelo seu feito. Porém, é numa noite no intenso calor de 1965 que a história mais surpreendente acontece de verdade na vida de Charlie. Jasper Jones, o garoto cujo nome é sempre o primeiro a ser mencionado quando algum problema acontece na cidade de Corrigan, bate na janela de Charlie implorando por sua ajuda. Mesmo sabendo que é um risco andar com Jasper, ele não consegue conter a curiosidade e a emoção de uma aventura, assim, ele segue Jasper Jones. Entretanto, quando chega em uma clareira de Jasper, deseja nunca ter estado ali, pois é lá que Jasper revela o grande mistério por ter procurado Charlie naquela noite, quando nem ao menos os garotos se falavam antes desse dia. E é lá, naquela clareira, que os dois criam um vínculo inédito e incomum, afinal Charlie deve guardar segredo sobre o que viu para proteger o mais novo cúmplice, pois agora sente que conhece Jasper Jones melhor do que qualquer outro da cidade que o acusam de tudo. Assim, acompanhamos, na narrativa de Charlie, os acontecimentos que sucedem esse dia e percebemos com o pânico do garoto que nem tudo o que está exposto é o que parece.

"Sinto-me estranho, como se presenciasse algo muito pessoal. Como se tivesse ido sorrateiramente até a janela do quarto de Jasper e bisbilhotasse algo íntimo ali dentro. Eu deveria virar o rosto e desviar o olhar. Não devo compartilhar aquilo. Mas estou misteriosamente preso". - Charlie

'O Segredo de Jasper Jones' é um romance que te prende do início ao fim, com uma história misteriosa e tensa, mas ao mesmo tempo relaxante. Craig Silvey, o autor, aborda o sentimento de medo, coragem e injustiça em uma história envolvente e bem humorada. Além de tratar de amizade e amor com precisão, nos fazendo acreditar que os personagens envolvidos são totalmente reais. A história nos faz refletir sobre todas essas coisas de uma forma leve e compreender que o mundo em que vivemos é hostil, e que ele pode nos meter em um pesadelo algum dia, ou talvez não.

"E observo Jasper esmagar os cascalhos do acesso, com a mão aberta arrastando as pontas de erva altar, enviando sementes para o ar. E não consigo deixar de sentir que é a última vez que o verei". - Charlie.

Eu entendi que o segredo de Jasper Jones mostra como mudamos diante de uma mentira bem intencionada, será que vale a pena não fazer o certo para ajudar uma pessoa? Ou o certo é realmente o certo a se fazer? Essas perguntas não são respondidas, pois são os leitores que devem tirar a própria conclusão e, desse modo, pensarmos no - ou até mudarmos o - conceito de certo e errado que temos. Como está na sinopse, não vejo a mentira bem-intencionada como uma maldição, mas vejo que a mentira e a verdade são relativas, pois em alguns casos (como no de Jasper) tanto a verdade quanto a mentira poderá dificultar um lado e independente da escolha que fazemos entre esses lados, ficaremos angustiados ou com peso de consciência com o resultado de qualquer uma.

"E os pêssegos fazem com que eu me sinta bem. Sinto-me orgulhoso em segurá-los, porque sei o que custaram e tive a sensação de que um peso foi aliviado, assim que os peguei". - Charlie.

Por fim, como edição não há o que reclamar. A capa é adorável e ilustra bem o que a história transmite, porque apesar de o livro dar um friosinho na barriga em alguns momentos e a ansiedade predominar em outros, ele ainda é uma trama adolescente em uma cidade agrícola no ano de 1965, com toda inocência jovem, a perda dela conforme crescemos e a coragem que adquirimos diante dos nossos pêssegos (o autor usou essa fruta como simbolo do medo). Pois é, a capa mostra tudo isso mesmo. Porém, como sempre há algo que nos incomoda em qualquer coisa, fiquei um pouco irritada com todos os palavrões que a autor colocou, achei exagerado em algumas partes, mas eu entendo o motivo de eles estarem lá, se tratando de personagens adolescentes, no entanto, não eram tão necessários. A diagramação da Intrínseca está perfeita, o tamanho da fonte e dos espaçamentos estão na medida, dando conforto na leitura. Nota 4/5 para o livro, por conta dos palavrões!

POSTAGEM COMPLETA NO BLOG SWEET CORNER:

site: http://morethanaworld.blogspot.com.br/2014/06/resenha-o-segredo-de-jasper-jones.html#more
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