Resenhas - Death Note Black Edition #1

Luciano Luíz 25/06/2015

DEATH NOTE é sem dúvida um dos melhores quadrinhos japoneses de todos os tempos. Um suspense com base sobrenatural. Onde um Deus da Morte deixa seu Caderno da Morte cair no mundo dos humanos. E aí, nas páginas desse artefato ao escrever o nome de alguém (desde que visualize o rosto), a pessoa morre. Bom, Death Note é do cotidiano pop. Não tenho muito a falar com relação ao enredo que é fascinante. Uma limpeza de criminosos nas mãos de um jovem estudante que acaba se tornando um serial killer.
A série é recheada de de altas doses de inteligência, intuição e até algum humor. Vicia logo no primeiro capítulo. Toda a caçada pelo assassino que foi batizado de Kira (assassino em japa) é surpreendente.
Aqui no Brasil teve duas versões. A primeira com 12 volumes com média de 200 páginas e papel pisa brite (semelhante ao jornal).
A segunda, chamada de BLACK EDITION, é composta por seis volumes que tem 400 páginas cada (já que é uma fusão de dois volumes de 200 páginas...). O papel é melhor. Tem algumas páginas coloridas. A capa tem efeito de verniz e na lombada e contracapa é simples.
No entanto, a encadernação é uma vergonha. Como é grosso, facilmente as primeiras páginas descolam. Deveriam ter encadernado no formato “caderno” com costura. Mas, enfim...
Outro ponto negativo da versão Black é que as páginas de quadrinhos que eram originalmente coloridas, estão em tons de cinza, assim como na verão de 12 volumes.
As lombadas da versão em 12 edições tem pequenas ilustrações dos Deuses da Morte. Na edição Black, é tudo igual, com a numeração romana em uma caveira.
Mas, fora esses detalhes técnicos, é uma série que vale cada centavo, independente da versão.
O que também vale a pena conferir, é a série em animê. Um trabalho fiel em diversos aspectos com ótimas mudanças em outros.
Ah, tem também um volume 13, que na edição brasileira vem com sobrecapa e mais um segredo. Essa edição é apenas um manual que contém todo tipo de informação acerca de personagens, enredo, desenhos em si e muito mais.
Se eu fosse apontar algum defeito, é o fato de que a trama se estendeu tendo muitas repetições. Pois o que alguns personagens pensam é exatamente as mesmas falas. É como se eles pudessem ler a mente uns dos outros. O nível de dedução faz o Sherlock Holmes e Robert Langdon parecerem dois retardados...
O mais interessante, é que o leitor sabe desde o início quem é Kira. Mas ver como ele será investigado, é algo que muda tudo.
Portanto, DEATH NOTE é aquela estória para quem busca sentir na pele, emoção, ansiedade, o desejo de se assustar e sempre ter vontade de ir para o capítulo seguinte. Você se apaixona pelos personagens. Podem ser heróis ou mesmo os vilões. O carisma é um grande atrativo e te faz pensar e repensar na mentalidade do personagem principal que quer varrer o mundo da criminalidade, tornando-se um Deus.
Ah, além da série de TV, existem alguns filmes. E muito bons. São fiéis até demais ao mangá (no quesito visual e enredo). E tá pra sair mais um (que vai ser mais do mesmo).
E tem ainda um volume especial que conta uma aventura anterior a DEATH NOTE (mas esse não li e não posso comentar).
Corre atrás (de qualquer uma das versões em 12 ou 6 volumes) que vai ser uma de suas obras favoritas na estante.

Nota: 10

L. L. Santos


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