Não Verás País Nenhum

Não Verás País Nenhum Ignácio de Loyola Brandão




Resenhas - Não verás país nenhum


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Luciana 08/05/2023

A história até possui alguns elementos interessantes, a execução em si eu não gostei, narrativa se torna cansativa em vários momentos, Souza não é um personagem que cativa e no final já estava torcendo para ele se lascar no bolsão.

Fico com a sensação de que poderia ter sido muito melhor.
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Luciana 08/05/2023minha estante
??????




Rê Lima 05/05/2023

Eu estava gostando do livro, mas depois de uma certa parte começou a parecer um rolê aleatório e me lembrou "Noite" do Érico Veríssimo, que eu achei bem marromenos.
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Vanessa 02/05/2023

Perfeito!!
Simplesmente um dos melhores nacionais que já li. É uma distopia incrível, doido como eu nunca ouvi falar antes nesse livro.
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Alex690 02/05/2023

A ficção brasileira não tem o prestígio que merece
Se em "1984" de Orwell senti um baita sufoco, que dizer de "Não verás país nenhum"?
Ainda que um pouco exagerada, essa obra é extremamente assustadora; quando parava um pouco, fechava o livro e suspirava, sentia-me aliviado.
Arrepio na espinha imaginar a ignorância humana? Sim. Até que ponto nossa espécie comandada por líderes loucos e esfomeados chegará? O fim será lento e fedorento? Não existe mais a ciência dos fatos.
Esse cenário imaginado por Ignácio está tão distante? O mundo já não se enfiou em uma corrida armada cujo único benefício em vista é nosso próprio extermínio?
Se as árvores fossem inteligentes o suficiente, seríamos arrebanhados e mandandos direto para um holocausto, elas nos varreriam como as varremos a milhares de anos.
Ah Souza! não é apenas você que devaneia, somos os últimos loucos... o Brasil está em brasa, nossas mentes ardem em laberada. Que país é esse! Que humanidade é essa?
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Thaís Senra 17/03/2023

Não Verás País Nenhum
Não Verás País Nenhum é incômodo, é desconfortável e é desconforto.
Pensar que o livro foi escrito na época da ditadura militar e continua atual é no mínimo preocupante. Mesmo que as discussões sobre mudanças climáticas não fossem tão fortes quanto agora, Ignácio de Loyola já aborda o tema com muita precisão.
A obra é uma distopia e mesmo tendo lido outras distopias muito boas como 1984, Não Verás País Nenhum tem um "quê" especial: fala sobre o Brasil.
Ler distopias sobre outros países e regiões (como a Europa nazifascista e a Rússia stalinista de George Orwell) é sim muito legal! No entanto, reparar na realidade que estamos mais inseridos promove ainda mais a reflexão. O que seríamos sem as nossas florestas? Sem a nossa democracia? Sem a nossa diversidade?
Não digo que é um livro fácil de ser lido porque não é, ele é narrado em primeira pessoa, logo, sujeito a muitas subjetividades. As situações também são extremas. Como seria fácil ler sobre pesadelos com cabeças de crianças explodindo? Sobre um sol tão forte que mata qualquer um que não esteja protegido? Sobre a fome? Sobre o autoritarismo dos militares (e também sobre a sua burrice)?
Sobre esperança?
Porque Não Verás País Nenhum é um livro de esperança. Em sua forma mais singela. Debaixo desse Brasil, com tantas pessoas, o que sobra?
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Davenir - Diário de Anarres 07/03/2023

Distopia essencial para pensar o Brasil
"Não Verás País Nenhum" é um clássico das distopias e da literatura brasileira. Para um leitor brasileiro que gosta de distopias, esta obra é presença certa em qualquer lista decente sobre o assunto. A obra carrega os elementos mais comuns das distopias mas com uma profundidade e um conhecimento do Brasil excepcionais. Temos um Brasil corroído pela corrupção (ou apenas governado como o habitual?), para a dominação e não sob princípio do bem comum.

Acompanhamos a história de Souza, que tem uma vida pacata num escritório, fazendo trabalho burocrático. Uma vida no trajeto casa-trabalho-casa, onde vive com sua pacata esposa Adelaide. Então, um furo surge em sua mão. Pausa para falar de que Brasil é este em que Souza vive: Basicamente a Floresta amazônica transformou-se num deserto e as consequências climáticas, para a metade sul do Brasil são as piores possíveis, afinal a Amazônia não é chamada de "Pulmão do Mundo" a toa. As bacias hidrográficas e biomas brasileiros secaram. O Brasil, outrora grande produtor da agricultura, passou a racionar água ao extremo, desenvolvendo gêneros alimentícios baseados em química para alimentar a população. O calor nunca mais abandonou o clima de São Paulo (local onde passa a história) onde os topos dos prédios calcinam qualquer coisas esquecida neles e grupos de andarilhos com a pele escamada vagam sem forças para correr atrás de água.

Voltando a Souza: Sua vida entra em uma espiral de queda, que o vai levar para uma jornada interna de autoconhecimento, autocritica, autocomiseração. Idas e vindas de um homem covarde que foi levado pelo tempo dele. Essa jornada tem probabilidades de ser bem cansativa para o leitor. Brandão, tem um estilo reflexivo de conduzir o livro. Souza está reavaliando sua vida a todo estante, relutando em tomar atitudes, mas há vários momentos interessantes onde conhecemos mais da paisagem devastada desse Brasil minguado, seco por dentro e por fora. Há cenas que destoam com uma crueza desconcertante e certamente vão ficar rodando na sua cabeça enquanto os monólogos de Souza dissecam o Brasil, com secura e ironia. É interessante ver o Brasil ser pintado nessas páginas como uma nova era de ditadura após um lapso de democracia. Vale lembrar que o livro foi escrito em 1981, em plena ditadura civil-militar, mas a história passada no início do século 21 soa hoje como um sonho estranho da nossa atualidade. Alías, toda boa distopia consegue capturar a essência podre e imutável dos piores momentos da modernidade, Brandão conseguiu capturar tudo isso no Brasil, montando um cenário completamente diferente e bizarro, que aos poucos vai ficando cada vez mais familiar. Essa familiaridade é o Brasil.

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2023/03/resenha-275-nao-veras-pais-nenhum.html
Gustavo 07/03/2023minha estante
Excelente resenha




Villanova 25/02/2023

O Brasil dos anos 80
Gostei da leitura e recomendo, pois mesmo no começo dos anos 80 o autor consegue ver ou prever como estaríamos hoje
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skuser02844 24/02/2023

Livro angustiante
Esse livro mim deixou completamente sem saber racionar direito depois de terminar de ler.
Acompanhar o Souza nisso e sua cabeça pensante foi muito interessante, O desenvolvimento lento e detalhado.
E me apaixonei pela a escrita desse livro.
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skuser02844 18/02/2023

Como é que nos salvamos?
Esse livro extremamente real, assustador e incrível. Ignácio foi brilhante e perspicaz ao ponto de 40 anos depois de escrever este livro ele ainda ser extremamente atual comparado com o mundo que estamos vivendo. O livro tem uma escrita um pouco cansativa por ter sido escrita a anos atrás, mas acho que não teria outra forma de descrever tal narrativa perfeitamente. Por isso considero esse livro incrível até em momentos desgastantes da escrita.
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Henrique Sanches 08/02/2023

...estamos fazendo nosso melhor pra acabar com tudo.
Resenha #008

Esta foi a primeira leitura do ano do Grupo Letras Cadentes, e foi minha oitava do ano.

Num pedaço da sinopse, temos:
"Não verás país nenhum", romance apocalíptico do fim dos tempos, é o maior sucesso de Ignácio de Loyola Brandão. Esta distopia convida o leitor a decifrar de novas maneiras uma situação que é mais atual do que nunca."

A história é de 1981, mas Loyola Brandão imaginou um cenário nacional tão atual... dá a impressão que estamos fazendo nosso melhor pra acabar com tudo.

Esgotamento dos recursos naturais, ar poluído demais, racionamento de água, reaproveitamento de urina (a urina de uma pessoa saudável vale muita grana, o difícil é achar alguém saudável física e mentalmente).

Uma sensação de inutilidade, de desperdício de tempo e de sanidade com tarefas repetitivas e sem utilidade, ciências desvalorizadas e marginalizadas, cientistas perseguidos...

Confesso que este livro estava na minha lista a um tempão e só furou a fila por causa da LC.

Ler com outras pessoas é muito estimulante e enriquece muito a leitura. Conhecer outros pontos de vista durante os debates então, não tem preço.

Para ler ouvindo Distopia, Planet Hemp feat. Criolo!

Ps: a música tem uma mensagem de resistência, o livro não tem não...

É isso, boas leituras!

#leianacionais #ficçãocientífia #ficçãoPolítica #ficçãocientífianaional 

site: https://www.instagram.com/p/CoVsyxtLf-L/
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Milly 02/02/2023

Tragicamente real
Não tem como dar menos de 5 estrelas a este livro, isto porque o quanto ele è intrigante real e de certa forma , assustador, è incrível. Ler um livro Brasileiro que trata do país sob um olhar popular em uma realidade absurda e paralelamente tão real é gratificante. O livro não è perfeito, penso q certos desvaneios excessivos tornam a leitura em poucos momentos, cansativa, porém não consigo pensar em outra forma de se desenvolver um personagem de narrativa não tão confiável, sem esses momentos. Por isso o considero incrível até mesmo estes momentos de certo desagradáveis se tornam importante ao final
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Beatriz 02/01/2023

Distopia brasileira de tima qualidade
Souza desperta da letargia após um furo aparecer na sua mão e, entre delírios, desesperança, nostalgia, vamos conhecendo um Brasil devastado pelas ações do homem que acarretaram nas mudança climáticas. Um Brasil onde a seca, a fome, a desigualdade social extrema, o desamparo, a divisão, a indiferença são a regra, entrevemos muitas das medidas q ainda hj são adotadas em nossas políticas e seus resultados levados ao último estágio.
É uma história pra se pensar o presente e se mudar o futuro. Escrito em 1980, esse livro é muito atual e muitas vezes identificamos a atualidade no passado descrito.
A melhor parte deste livro é ser uma distopia brasileira, que todo ele é reconhecível, basta olhar pro lado e vemos um passo aí, um personagem acolá, não é necessária abstração, pq em 40 anos parecemos ainda ser os mesmos.
E o personagem Souza é algo inusitado. Um ex professor de história, q tenta entender o presente, então perdido na realidade acaba se achando.
Recomendo muito a leitura.
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Lurdes 27/12/2022

Li este livro a primeira vez nos anos 1980 e agora o releio nesta edição comemorativa aos 40 anos de seu lançamento.
Foi a primeira distopia nacional com a qual tive contato e me marcou profundamente.

O Brasil estava saindo de um período terrível de ditadura, censura, opressão.
Tínhamos esperança no futuro. O Muro de Berlim tinha sido derrubado e a Guerra Fria ia dando uma trégua.

Paralelamente outras questões passaram a preocupar a humanidade, como a necessidade de preservação da natureza e o temor das consequências de um cataclisma nuclear ou do esgotamento dos recursos naturais, pelo desmatamento e poluição.
Ainda nos anos 1980 acompanhamos a criação do Partido Verde, o acidente com Césio 137 em Goiânia, a explosão em Chernobyl, os alertas sobre o aquecimento global, reforçando a preocupação com o futuro do planeta.

Neste contexto o autor cria uma narrativa angustiante mostrando um Brasil distópico, caótico que, em seu subdesenvolvimento, carrega heranças do passado recente, dominado pelos militares, e de um futuro tenebroso, onde os recursos naturais se esgotaram tornando a vida um inferno de concreto, calor, poluição e falta de alimentos e de água.

A narrativa acompanha a vida de Souza, um ex professor de história, destituído de suas funções porque a história já não interessa e precisa ser constantemente recriada.

Souza e sua esposa Adelaide tentam sobreviver neste ambiente hostil à vida humana, ou qualquer vida, animal e/ou vegetal.

O "Esquema" é o centro do poder de um Brasil arrasado, dividido em pedaços. Sentimos uma aflição em toda a leitura, tristes demais com a população e toda a nação arrasada.

Não temos como não fazer paralelos frequentes com os tempos atuais, onde o desmatamento, as fake news, o uso indiscriminado de agrotóxicos, a perseguição aos professores e cientistas infestam as atitudes dos governantes.
Morte no lugar de vida.

Uma releitura necessária. Recomendo muito.
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