Não Verás País Nenhum

Não Verás País Nenhum Ignácio de Loyola Brandão




Resenhas - Não verás país nenhum


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Léo 08/05/2024

Um tapão na cara
Livro forte! Se você não está bem, melhor fugir dessa obra. Talvez seja um retrato de um sociedade nem tão futura assim
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Tatiane495 27/04/2024

Obra prima
É, definitivamente, uma das grandes obras da literatura brasileira.

Diante de um futuro aterrador num Brasil distópico que parece não estar tão distante assim, vemos a miséria humana em diversas vertentes.

É visceral, perturbador, assustador. Há uma riqueza de detalhes que é quase palpável aos horrores que Souza vive durante sua luta pela sobrevivência num país desgovernado por uma ditadura, onde nada mais é certo, tudo é corrompido e nada faz sentido.

O mais intrigante é que, muitas coisas já podemos vislumbrar no nosso modo de viver atual, diante de descasos e políticas que contribuem cada vez mais para o empobrecimento, a precarização da vida humana e a banalização da barbárie.

É um clássico atemporal que conta o que o futuro nos reserva, mesmo tendo sido escrito num passado não tão longínquo assim.
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Thiago275 04/04/2024

Uma distopia diferente e bem brasileira
"Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
Criança! não verás nenhum país como este!"

Ignácio de Loyola Brandão foi cirúrgico e cortou ao meio o verso desse poema de Olavo Bilac para dar um título ao seu livro distópico Não Verás País Nenhum, publicado pela primeira vez em 1981.

Trata-se de uma distopia que se passa em um Brasil em que a Amazônia já virou um deserto, os rios secaram, as bolhas de calor matam qualquer um que entre nelas e existem fichas para as coisas mais simples, como obter água e passar de um bairro a outro da cidade. No entanto, o que mais me impressionou nessas páginas foi o tom intimista com que a história é narrada.

O livro é escrito em primeira pessoa, e o protagonista-narrador, Souza, conta sobre o emprego tedioso, o casamento que não anda bem, a frustração diante de tudo. Um tom melancólico que adoro - e que só encontro na literatura brasileira.

No entanto, é bom frisar que temos aqui um narrador não inteiramente confiável. Se podemos acreditar em seus relatos sobre o estado de coisas, sobre como o Esquema governa a tudo com mãos de ferro, nossa confiança deve se reduzir quando ele fala do relacionamento com a esposa e sobre os motivos pelos quais ela acaba por abandoná-lo. E não, não espere encontrar aqui um herói que vai lutar contra o sistema.

Apesar do final ter um toque de esperança, a atmosfera do livro é toda sufocante e fica a questão: qual foi o ponto de não retorno? O que poderia ter sido feito de forma diferente para não se chegar àquela situação?

Um livro profético, e que nos faz torcer para "não ver país nenhum" como o que é descrito nele.
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Rodrigo.Gibaut 30/03/2024

Uma ficção escrita nos anos 80, no contexto de final da ditadura militar, ambientada num futuro distópico,, que traz projeções assustadoramente coincidentes com o Brasil atual.
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Alex.Santos 24/03/2024

Gostei muito do livro, foi meu primeiro contato com o autor e senti um certo desconforto porquê não me parece que esta realidade esteja tão distante assim.
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Helo 11/03/2024

O autor construiu uma versão do futuro que é, ao mesmo tempo, surreal, satírica e perturbadoramente realista. Como pode uma distopia escrita em 1987 continuar tão relevante nos tempos atuais?
No mais, se você está acostumado com distopias jovens (como eu), prepare-se para algo completamente diferente. Aqui temos um protagonista de uns 50 anos sem a menor pretensão de derrubar o sistema, mesmo discordando dele. Na verdade, ele mais se deixa levar pelos acontecimentos do que faz acontecer e, às vezes, isso deixa a narrativa um pouco confusa e chata, mas a premissa é tão interessante que te mantém entretido na maior parte do tempo.
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Bruno Oliveira 03/03/2024

UM ROMANCE SUFOCANTE
Não verás país nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão é uma distopia bem brasileira. Situada na cidade de São Paulo, acompanhamos o cidadão Souza na sua vidinha besta condicionada pelo grande Esquema que, duma hora pra outra, dá uma guinada total de proporções bem difíceis de prever o que vai acontecer a seguir com ele. Souza não é uma personagem fácil de acompanhar; ele fala demais, faz várias digressões, tem várias alucinações que podem afastar o leitor mais preguiçoso, contudo, quem persistir com ele, vai ver o balburdia que é esse futuro brasileiro atual imaginado lá nos anos oitenta (a primeira edição da obra é de 1981). Muita coisa do que vemos hoje foi meio que prevista pelo autor! E isso, por si só, já vale a leitura do livro. Entretanto, por ser um romance distópico, ele, infelizmente, cai naquela obrigação de explicar e reexplicar os fatos políticos e catastróficos que acometeram aquela realidade — faz parte, né? Ainda assim, leia-o! A nossa realidade não é tão assim uma mera ficção; é real, BEM real!! Um romance sufocante.
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rookvalente 01/02/2024

Falta muito pouco
Dois passos na direção errada e estaremos vendendo a urina para comprar o ar.

Uma ficção-alerta sobre como somos parte da natureza. Não existimos à parte dela.

E um romance sobre como um olhar apático, nos faz matar tudo que há de belo ao nosso redor.
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Itamara 24/01/2024

Não há tempo para cremar todos os corpos. Empilham e esperam
Distopia é um gênero que sempre me fisga, não lembro de nenhum que tenha lido e não gostado até hoje. Depois de muito tempo esperando na fila interminável de livros que todo leitor tem, essa foi minha escolha para iniciar o ano. E foi bem acertada! Enredo super atual e que me deixou sufocada. Incontáveis vezes parei de ler e fui levar um vento no rosto e beber água, tamanha agonia que ele me causou. É irônico, engraçado, triste e profético: tudo isso ao mesmo tempo. Gostei de muita coisa , mas principalmente das referências à ditadura, os momentos nostálgicos e lembranças de como toda a tragédia climática foi acontecendo, o que sempre rendia diálogos interessantes e trechos marcantes, além da personalidade do protagonista Souza (nome mais brasileiro impossível e na minha visão um rebelde conformado como muitos de nós), algo que é inclusive contraditório já que não consegui criar empatia por ele e por vezes senti raiva de suas atitudes. A animalização do ser humano e o desespero diante do caos são pontos bem trabalhados também. Quanto tempo falta para ?vivermos? o imaginado pelo autor?
Marcio.Caten 25/02/2024minha estante
Quando a gente concebe o ano em que foi lançado, fica ainda mais impressionante




Wasp 14/01/2024

Uma ficção não tão longe da realidade...
O enredo dói de tão real que é.
Uma história futurística que se passa no Brasil, mas sem carros voadores e alta tecnologia, e sim fome e miséria pelo erro do ser humano com a natureza, onde ter algo natural não é comum e sim um privilégio, que água potável é para quem tem dinheiro e o Sol castiga à todos chegando à ser mortal. Uma história fascinante que é atemporal.
Leitura necessário pelo menos uma vez na vida, talvez com pequenas atitudes mude o rumo do nosso futuro!
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Eliane406 01/01/2024

A probalidade é inefável
?Imagine-se em um mundo pos-apocalíptico, onde a água é racionada, e a maioria vêm de urina reciclada, um mundo desértico, sem plantas, sem animais, sem comida real, apenas a fabricada em laboratório e que destrói o organismo humano, um mundo onde não há cheiros agradáveis, não há diversão, onde se vive no controle e na reptição, em busca de uma sobrevivência miserável e ilusória, e o único alívio são os delírios refrescantes e as memórias guardadas em flashes de um tempo que não existirá.

A prosa de Loyola, hiperbólica, poética e racional, traz a tona um futuro previsível e um enredo político e social que permanece atual. Mostra extamente o estopim do fim do mundo, a ganância do ser humano em consumir a natureza de forma insensata, os caminhos que mantêm sempre em desvantagem as classes desfavorecidas.

?É uma leitura angustiante, sufocante e real!

?"A gente nem sempre faz as coisas que gostaria, mas termina se adaptando a elas. Desde que consinta. Pior é o consentimento. A aceitação passiva do princípio de "que nem tudo na vida é como a gente quer". Mas tem de ser."
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Joezer.Moreira 16/12/2023

Um dos meus livros favoritos, e Ignácio de Loyola Brandão é meu escritor brasileiro favorito. Uma história cada vez mais atual, ótima pra ser lida nestas épocas de altas temperaturas. Quanto mais alta a temperatura, mais real e imersiva se tornará a leitura kkkk
JurúMontalvao 18/12/2023minha estante
Kkkk




Jeffin_03 08/12/2023

Entretanto, move-se (A terra)
Aqui ninguém mais ficará, depois do Sol....

Cantou assim 14 bis. Muito interessante a narrativa de Inácio de Loyola, meu primeiro livro do autor, mas certamente não o último. O personagem principal, Souza, é um homem desconfiado, mas também apático ao que acontece a ele. Questiona demais, no entanto sem ação nenhuma.

Acho que o livro fala isto: " porque não nos unimos contra os opressores quando podíamos? Agora não tem mais volta. Não adianta falar, protestar com toda a sua voz,não adianta conhecer a causa, o culpado, a consequência, se nada se fez e não se pode mais fazer. Muitos personagens passam por Souza, nenhum sobra. No final será apenas o brilho da luz. Entretanto, a Terra permanecerá.
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Klelber 20/11/2023

Profético
Tem uma hora que o livro ficou cansativo, mas a mensagem dele é certeira, e a gente tá vendo certas coisas acontecerem. Ele deixa a gente com medo.
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Leila 15/11/2023

Ignácio de Loyola Brandão oferece aos leitores uma experiência única com sua obra distópica Não Verás País Nenhum. Este mergulho no universo brasileiro pós-apocalíptico revela um olhar sensível do autor para as possíveis consequências de um futuro sombrio. Embora tenha apreciado a leitura, devo confessar que, em alguns momentos, me vi cansada, sem conseguir precisar se isso se deu pela riqueza excessiva de detalhes descritivos ou pela extensão da trama.
A narrativa, habilmente construída por Brandão, apresenta uma visão perturbadora do Brasil em um futuro distante (será mesmo distante???), onde a sociedade desmoronou, deixando para trás uma nação em ruínas. As muitas descrições contribuíram para a imersão no cenário caótico, permitindo visualizar vividamente as paisagens desoladoras e sentir a atmosfera sufocante do enredo.
No entanto, é precisamente nesse ponto que encontro um dilema pessoal. A profusão de detalhes, embora enriqueça a ambientação, por vezes me levou a sentir uma certa exaustão. A complexidade da trama e a extensão de alguns trechos talvez pudessem ser alvo de uma edição mais concisa, tornando a leitura mais dinâmica e fluida.
Ainda assim, não posso negar a importância desta obra na literatura distópica brasileira. Ignácio de Loyola Brandão apresenta uma visão única e autenticamente nacional sobre o tema, proporcionando aos leitores uma oportunidade valiosa de reflexão sobre o futuro da sociedade. A pertinência da obra se destaca, e a experiência de explorar uma distopia que se desenrola em terras brasileiras é inegavelmente enriquecedora.
Apesar da minha chatice, reconheço a relevância de Não Verás País Nenhum e acredito que a leitura vale a pena para aqueles que buscam uma incursão distópica diferente, ancorada em elementos e nuances da cultura brasileira. Este livro nos desafia a considerar o que poderia acontecer em um futuro sombrio e, ao mesmo tempo, nos proporciona uma rica tapeçaria literária que ressoa com a realidade contemporânea.
Carlos Nunes 16/11/2023minha estante
AMO esse livro, mesmo tendo alguns problemas, como você apontou. Mas é perturbadoramente atual (alguém aí falou ondas de calor????).


Leila 16/11/2023minha estante
sim, meu amigo, é realmente perturbador, eu ainda tenho a edição que vc me presenteou lá atrás, lembra? essa veio num box que comprei do autor tempos atrás (numa promoção)




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