spoiler visualizarEmanuel261 26/03/2024
Duna: Frank Herbert muda Paul e muda você também.
Essa é a minha primeira resenha aqui, e provavelmente vai ser a mais longa.
faz cinco dias que eu terminei Duna, e eu não consigo descrever o que eu senti durante a leitura, e principalmente, depois da leitura.
desde que eu terminei, eu só penso em Duna. é bizarro como tudo que eu vejo eu lembro e faço alguma associação com Duna.
tentando explicar o que é esse livro, você tem dificuldades, por que ele é sobre muita coisa ao mesmo tempo.
eu já tinha tentado ler Duna em 2021, mas eu parei por que foi uma época que eu não estava conseguindo ler nenhum livro.
agora, em 2024, com mais empolgação e mais amadurecido, eu decidi que ia ler Duna.
e essa foi a melhor escolha que eu fiz na minha vida até agora.
Duna, te transmite muitas coisas no início, mas pra mim, me transmitiu paz.
Os capítulos do Paul simplesmente treinando, conversando, refletindo e aprendendo sobre a vida são relaxantes, e logo eu fiquei viciado no livro.
Quando eles partem pra Arrakis, se perde um pouco disso, mas o livro ganha mais ritmo e se torna mais interessante.
a partir da traição, Duna se torna um livro completamente diferente, até porque, a vida do Paul e da Jéssica se torna também.
No final do primeiro livro (do primeiro livro), você percebe o que realmente vai ser Duna, e fica assustado com a mudança do Paul.
Isso é uma coisa que durante o livro você vai pensar e repensar muito: sobre a mudança do Paul.
Após isso, entramos numa longa parte do livro que é focada à explicar a cultura dos Fremen. De cara, é tudo muito estranho, tanto pra você, tanto pra mãe e pro filho.
(Mas no final do livro você vai perceber que não é nada mais é estranho).
Essa parte de apresentação aos Fremen dura, e muito. E é muito necessária.
Depois que o Paul monta o verme, o livro acelera de novo completamente, e se torna frenético.
Duna é sobre isso, mudanças, imprevisibilidade.
Também pode ser sobre amor, amizade.
Ou traição é maldade.
Duna é sobre a natureza, sobre o natural.
Também é sobre a destruição da natureza, e sobre o sobrenatural.
O final do livro todo é uma poesia caótica, tudo se encaixa mas tudo se destrói.
Porém, no fim, quando Paul se torna imperador após uma sequência de 50 páginas de tirar o fôlego, você fecha o livro, e reflete sobre tudo.
A mudança do Paul, como vai ser o futuro, sobre como o livro mudou de perspectiva.
Eu já escrevi muito aqui, mas ainda sim, não citei nenhuma vez Lisan Al Gaib e a crença dos Fremen em relação à Paul.
Pois é, tantas e tantas palavras e eu não consegui explicar o que é Duna.
Enfim, estou muito animado para ler Messias de Duna