Beco da ilusão

Beco da ilusão Mallerey Cálgara
Nanda Cálgara




Resenhas - Conto de Fadas as Avessas


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Juju 25/12/2015

Surpreendente!
Um livro rico em detalhes e informações, mas nem por isso, o torna cansativo.
A capa é linda e a diagramação impecável! Com fotos da época da segunda guerra mundial e frases do Hitler, no início de cada capítulo. Escrito na terceira pessoa, e só um capítulo é narrado na primeira. Há também frases em alemão.
Conta a trajetória de uma família judaica que mudou de Karnobat para Berlim, depois que receberam uma gráfica de herança.
O foco principal da história é a filha do meio, Yiidish, que na época tinha apenas 9 anos. Uma garotinha sapeca e inteligente.
Assim que chega à Berlim, ela conhece o balé e se apaixona, e faz amigos, que serão para a vida toda, como Anton, que é o filho do zelador do prédio onde acontece as apresentações de balé, e o seu primo, Erdmann, um garoto alemão que está em treinamento para se tornar um soldado nazista.
A vida deles seria perfeita se a Alemanha não estivesse em crise, se o regime nazista não tivesse sido implantado e os judeus fossem um dos seus alvos. Hitler sobe ao poder e com ele, uma sucessão de eventos irá separar a vida dos três. O destino da pequena judia e de sua família é incerto, principalmente na noite dos cristais, quando os nazistas invadem sua casa e os separam. Yiidish é levada a vários campos de concentração, até chegar ao bordel, onde alguns acontecimentos passados são explicados e as pontas fechadas. A vida da personagem dá uma reviravolta.
Um livro emocionante, forte e ao mesmo tempo, singelo. Nos pensar em valores esquecidos por muitos, como família, amizade e amor. E até mesmo naquelas coisas simples, como a nossa cama quentinha ou o café que deixamos esfriar sobre a mesa e depois o jogamos fora, sendo que no passado milhares de pessoas se satisfariam com ele.
Chorei. Chorei sim, e não tenho vergonha de dizer isso. Impossível não derramar lágrimas.
Super recomendo para os amantes de história e de um excelente romance.

Frases interessantes..,

"Tudo o que a memória amou, já ficou eterno.
E entre tudo que você poderia ser para mim na vida,
a vida escolheu torná-lo saudade..."

"A liberdade é invisível e essencial como ar,
perdê-la é viver sem sentido.'

"Às vezes a vida nos mostra que devemos agir como o nosso mestre cameleão... Adaptar para sobreviver."

"É impossível não olhar para o passado,
ainda mais quando ele está tão presente."
Sabrine 25/12/2015minha estante
Oi Evandra!
Eu também gostei bastante desse livro. Comprei direto com a autora.

abs


Gutembergui 25/12/2015minha estante
Muito boa sua resenha, parabéns!
Brevemente estarei postando a minha.
Gostei bastante do beco da Ilusão. Como vc disse, ele e rico em detalhes e não ficou cansativo.
Indico tbem

abs


Amara.Liandra 27/12/2015minha estante
Ótima resenha e excelente livro! Vc disse tudo.
Recomendo também.




Driely Meira 30/03/2016

Repleto de sentimentos

Hoje não é um bom dia para morrer! página 65

Yidish vive com os pais e os irmãs na Bulgária, no ano de 1931, mas, pouco tempo depois, a família se muda para Berlim, pois o tio da menina havia falecido, deixando uma herança (uma gráfica) para o pai dela. Sendo assim, eles se mudaram para a capital da Alemanha, pouquíssimo tempo antes de a Segunda Guerra Mundial estourar. E eles eram judeus.

Yidish era uma garota energética, e com nove anos, descobriu que era apaixonada por balé ao encontrar pôsteres de espetáculos pela cidade, juntamente com seu amigo, Anton, e o primo dele, Erdmann. Aprontava como qualquer criança, brincava sem parar e lia para a irmã mais nova, enquanto pegava emprestado as roupas da mãe e dançava por aí, sonhando que um dia, seria ela nos palcos. Ela seria uma bailarina!

Berlim agora não era para mim só uma cidade encantadora, mas havia se tornado a melhor cidade do mundo. Ela havia me apresentado o balé. página 26

Mas sabemos que isso será difícil, não é? As coisas começam a ficar difíceis para a família de Yidish, e, quando estreitam de vez, ela e a família são retirados a força de casa, e levados para campos de concentração, enquanto todas as casas judias da vizinhança e do país eram arrombadas, saqueadas e queimadas. Naquele dia, não adiantou Yidish ter amigos que não eram judios, muito menos ter os cabelos loiros e os olhos azuis. Ela fora levada do mesmo jeito, e passou pelo pior que um ser humano poderia passar nas mãos de outro.

Eu fiquei completamente abismada com esse livro. Já tinha lido outros livros que se passavam durante a Segunda Guerra Mundial antes, mas não acho que tenha encontrado um tão rico e detalhado como este. A autora, além de nos apresentar uma história lindamente emocionante, também dá uma aula de história e de alemão! Eu, como sou apaixonada por ambos, gostei ainda mais do livro.

Por um momento achei que poderia ser feliz, esquecer o passado, porém as lembranças voltam[...] A felicidade não existe, é apenas uma ilusão. página 118

Outra coisa que me impressionou MUITO, é que a história é muito real! Tentava me lembrar o tempo todo de que não era real, a autora deixou isso bem claro no início, mas poderia ser a história de milhares de pessoas que passaram pela mesma situação de Yidish, e de milhões que não tiveram a mesma sorte que ela de sobreviver (não é um spoiler). Eu ficava abismada com os acontecimentos, vendo tudo o que Yidish estava passando, imaginava o que aconteceria com a mente dela, o psicológico. Ela era uma adolescente presa em campos de concentração, casas de prostituição e obrigada a ver coisas horríveis acontecerem com outras pessoas, além de ficar se perguntando o que acontecera com sua família e seus amigos. Ela os veria novamente?

A alegria em nossos corações foi reduzida, fazendo-me questionar se poderíamos ser felizes novamente enquanto vivêssemos. O que mais roubariam de nós? página 58

É impossível não sentir afeição pela personagem principal. Mesmo sendo tão jovem, ela é forte, determinada e solidária, mesmo tendo tão pouco para oferecer. Yidish é incrível, e eu torcia MUITO para que as coisas dessem certo para ela, mesmo em meio a tanta crueldade e morte. Anton e Erdmann também são personagens maravilhosos, gostei muito de ambos (mais ainda de Anton), mas Yidish é a verdadeira estrela da história. Ela é uma heroína, e eu fico imaginando quantas garotas foram heroínas durante o holocausto, alimentando a pouca esperança que lhes restavam e lutando para sobreviver.

Não havia um único olho marejado, ou demonstrando compaixão. Não havia quem nos ajudasse com alguma palavra de protesto, ou talvez, erguendo o punho em solidariedade. Estávamos completamente desamparadas. página 103

O final me deixou sem chão, e de primeira eu fiquei um pouco brava com a autora por tê-lo feito assim, mas entendo porque o desfecho foi esse, e não outro. Ficou incrível, lindo, emocionante e maravilhoso! Já consegui aceitar os acontecidos e o caminho que a história levou, mas ainda sinto um pequeno aperto no peito sempre que lembro dos personagens.

A única coisa negativa a respeito de Beco da ilusão, foram alguns errinhos que eu encontrei ao longo da narrativa. Foram poucos, não incomodaram nem atrapalharam a leitura, mas sempre é bom mencionar, né?

Enfim, o livro é simplesmente incrível, e eu o leria novamente sem pensar duas vezes. É uma obra incrível, e eu me sinto na obrigação de parabenizar a autora, Mallerey Cálgara, pela história maravilhosa que escreveu, e agradecer pela oportunidade que me deu de poder lê-lo. Muito obrigada, Mallerey :)


site: http://shakedepalavras.blogspot.com.br
Regina 02/04/2016minha estante
Este livro é incrível! Parabéns pela resenha!


Suelisa 02/04/2016minha estante
Eu amei esse livro também! Ele me emocionou bastante. Parabéns!


Carlinhos 02/04/2016minha estante
Estou lendo e já recomendo




Simone de Cássia 17/02/2021

Fraco. E  desjeitim eu continuo Malévola pelo visto.  Todas as resenhas falam que ele é maravilhoso, emocionante, que levou às lágrimas, enfim, que ele é top. O assunto é bom, claro, tudo que nos remete às atrocidades do nazismo merece atenção e respeito, e a historinha em si não é ruim, mas fraca. Tem muita exploração de sentimentalismo, às vezes, pelo contrário, mostra uma alegria  e uma camaradagem que não podiam existir ali, sem falar nas passagens românticas ... Tá, nesse quesito a culpa é minha que sou chatinha: não tenho paciência para suspiros dobrados em livros que não são do gênero (e os que são do gênero eu não leio. Ponto.) E o que mais me incomodou foi o que considerei "propaganda enganosa" : a sinopse deixa entender que o foco será a vida da protagonista no "Beco da Ilusão", a casa de prostituição. E não é.  Enfim, opinião de Malévola: não gostei.
Riva 17/02/2021minha estante
Não lê livros em que tem suspiros dobrados, mas ficou apaixonada por um tal ?Duque Caramelo? - kkkkkk!


Simone de Cássia 17/02/2021minha estante
É diferente...aquilo foi um atentato à minha integridade moral...kkkkkkkk


Riva 17/02/2021minha estante
Chorando de rir... atentado à sua integridade moral!!!! Só você para ter resposta deste nível.




Conchego das Letras 15/01/2016

Resenha Completa
Olá leitores,


O que falar de um livro que narra uma história marcante, que em vários momentos me fez refletir e chorar? Difícil...

Durante a leitura lembrei muito de o livro O Caçador de Pipas, do autor Khaled Hosseini (veja a resenha feita pelo blog clicando aqui). Eu lembro que pedi para Mariana fazer a resenha, porque simplesmente não teria condições emocionais para relembrar a história. Mas aí vem uma grata surpresa, leio Beco da Ilusão e me deparo com todas essas emoções retornando com força total.

Sério gente, isso não se faz!!! Quando digo que lembrei, não é uma adaptação, nada disso, mas a história se passa em meio a segunda guerra mundial, na maior parte na Alemanha, onde a autora mostrou com detalhes tudo que os judeus passaram. É uma narrativa rica em detalhes e nem por isso tornou-se cansativa. Eu lia e queria saber mais, muito mais.

Vamos à resenha... Melhor!!!




Em Beco da Ilusão vamos conhecer Yiidish, uma garota com apenas nove anos, filha de um casal judeu. Por ganharem uma herança, mudam-se para Berlim e vão tentar uma nova vida.

Assim que chega na nova cidade, ela se depara com um cartaz de uma peça de ballet e fica encantada... É paixão à primeira vista. A partir daí, ela pensa em ser uma grande bailarina. Mas a vida nem sempre leva o rumo que queremos...

A pequena Yiidish terá como companheiros dois amigos, Anton e Erdmann. Juntos, vão passar por aventuras e descobertas, até o dia que os nazistas invadem a casa da família, e a pequena Yiidish é levada pelos soldados, separando-se das pessoas que amava.

Sinceramente, não sei como Hitler conseguiu transformar a mente de muita gente, levando o país em um caos e os judeus se tornando alvos dessas pessoas. Posso afirmar, junto com Yiidish passei por todos os seus sofrimentos. Mas ela tem esperança e eu, como uma fiel leitora, tenho que ter também. Ela nos mostra que em meio ao sofrimento ainda existe fé, amor e amizade.

A autora mostra em detalhes tudo o que Yiidish passa para sobreviver, e todos os seus pensamentos por cada situação vivida e a esperança em encontrar os seus amigos e familiares.

Se eu já choro por algo simples, imagina o que essa história fez comigo? Foi uma leitura que além das emoções, trouxe-me aprendizado. Mostra que um gesto simples para gente é algo majestoso para tantas Yiidish no mundo.

O livro é todo bem escrito e foi difícil parar para comer e dormir. rsrs. Mas o final foi sensacional, a autora conseguiu surpreender ainda mais. Virei fã e aguardo ansiosa suas próximas obras.

Não posso deixar de falar da diagramação do livro, que ficou linda, muito bem feita.

site: http://conchegodasletras.blogspot.com.br/2016/01/resenha-beco-da-ilusao.html#more
Ma 15/01/2016minha estante
Eu amei esse livro!
Adoro livros sobre a segunda guerra mundial e afirmo que este foi um dos melhores que já li. Chorei também (risos).
Ótima resenha! Parabéns


Beto 15/01/2016minha estante
Olá Daya! Muito boa sua resenha! Gostei bastente desse livro também....parabéns para a autora.




Cia do Leitor 18/04/2016

Beco da Ilusão
A Pequena Yidish mudara-se para Berlim aos 9 anos de idade e estava eufórica com a novidade. Seu pai que antes exercia o oficio de sapateiro, herdara os negócios da família e não podia recusar o ultimo pedido de um ente querido. A expectativa era boa, pois era uma cidade próspera, ótima para criar seus filhos. Tudo era novo, lindo, frenético. Afinal, Berlim era a capital do país, onde a modernidade e as noticias aconteciam primeiro por lá, para só depois se espalhar para o resto do pais.

Assim que chegou na nova cidade, Yidish deslumbrou-se com o prédio Ópera Estatal de Berlim, toda sua grandiosa beleza fez com que a menina disparasse para o local a fim de explorá-lo. E foi lá que se encantou com os diversos cartazes e monumentos dos artistas que por lá se apresentavam. Enquanto admirava, deparou-se com uma linda e requintada bailarina. Foi nesse mais singelo momento que a doce menina desejou ser como ela. E foi movida por esse sonho de um dia ser uma famosa bailarina que Yidish encontrou forças para o viria pela frente.

Conhecera com apenas algumas semanas de estadia, os primos Anton e Erdmann, do qual em pouco tempo criara um laço de amizade inabalável. Ambos sentiam muito carinho e respeito um pelo outro e juntos sonhavam em realizar o sonho da bela menina sapeca.

Apesar de muito esperta e curiosa, a inocente menina não tinha ciência da triste realidade que se escondia por trás das moradas germânicas. Realidade essa que envolveria o futuro de sua família e de toda uma nação judia.

Mas, sonhos podem ser destruídos pelas armadilhas que o destino nos prega.

No auge da insanidade humana, nazistas invadem sua casa levando toda sua família, inclusive Anton que esta com eles. Yidish foi separada de sua família e levada para um destino incerto, inseguro e extremamente cruel, um campo de concentração nazista. A cada mudança de lugar, um novo nome ela recebia, chegou a se perder por assumir tantas identidades diferentes. Mas lembrava-se logo quem era, quando um agressor trazia a memória o motivo de todos estarem naquele inferno.

Yidish agora com 14 anos, só tinha uma coisa em mente, sobreviver. Pois, tinha a esperança de um dia poder reencontrar sua família. Mas, pra isso ela teria que buscar forças dentro de sua alma e agarrar-se nas lembranças de dias melhores ao lado dos seus pais, irmãos e seus amigos Anton e Erdmann.

Judeus, comunistas, ciganos, homossexuais, negros, deficientes, para os arianos eram o lixo da humanidade. Ninguém seria polpado das garras nazistas, ninguém.

" - Tudo o que a memória amou, já ficou eterno. E entre tudo que você poderia ser para mim, a vida escolheu torná-lo saudade..."

Impressões:

Meu Deus do Céu, meu Deus!
Vou iniciar descrevendo em poucas palavras o que achei desse livro: Chocante, real, impressionante, emocionante, surpreendente e marcante.

Como disse na introdução, eu conheci Mallerey Calgára em 2011 através de seu livro de estréia, Anjo Negro, achei a obra fascinante e bem criativa. Mas, ao ler Beco da Ilusão, percebi como a autora havia amadurecido incrivelmente em relação a sua escrita. Bom, sabemos que o tema ajudou muito, o livro tende ser mais sério, mais intenso e a própria ficção misturada com fatos históricos fez desse livro memorável.

A obra é rica de informações e descrições, consegui visualizar bem o cenário, e a trama dos personagens fictícios mesclaram-se perfeitamente em toda a história real. Notei também que a autora mergulhou de cabeça nas pesquisas a ponto de escrever um livro tão detalhado que cheguei a devanear e questionar se a ela um dia vivera tudo que foi narrado.

Foi incrível e inesperado a forma como eu me envolvi com essa obra, como a história mexeu com os meus sentimentos. Me peguei diversas vezes chorando, chocada com as atrocidades cometidas contra uma nação. Contra pessoas que nada fizeram, nada além de existir. Elas nem tinham forças para lutar contra seus agressores, eram passivas! Me vi no lugar dessas pessoas e lamentei por elas, pela dor, pela humilhação, por suas perdas, por tudo. Então, pensei nos sobreviventes, eles levariam consigo pra toda a vida as lembranças de um pesadelo sem fim. Dificilmente eu conseguiria apagar da memória as imagens que eles presenciaram, lágrimas seriam pouco pra apagar o inapagável.

Mallerey construiu uma linda história em um cenário de terror, com personagens marcantes e carismáticos. Foi aí que me agarrei em Yidish, foi nela que depositei toda a minha esperança, sim ela é uma personagem forte, e eu precisava no meio de toda essa realidade encontrar uma luz.

Yidish tinha 14 anos quando foi capturada, tinha uma postura de guerreira, demostrou muita coragem, astúcia e obstinação. Agiu de forma brilhante em muitos momentos, e quase a vi fraquejar em outros, ela esteve no seu limite. Afinal todos nós sabemos das atrocidades que os judeus passaram nas mãos dos nazistas. Mesmo sendo a protagonista, ela não escapou dos sofrimentos físicos e emocionais. Mas, mesmo enclausurada com centenas de pessoas em um lugar gélico, sem estrutura alguma e muitas vezes sem ter o que comer, ela foi forte e solidária. Acompanhamos de perto toda essa transição de uma infância feliz para um amadurecer amargo.

Anton e Erdmann, são incríveis. Não falarei muito deles aqui, mas guarde bem essas palavras. Eles são mais que amigos de Yidish, são a luz. Anton um amigo fiel que prometeu protegê-la, Erdmann um jovem cavalheiro, que será primordial para sua sobrevivência.

Também não entrarei em detalhes a respeito do título do livro "Beco da Ilusão", pois estarei entregando parte da história se tentasse explicar. Apenas leia até o fim para poder compreender o seu significado.

O Livro tem uma linda capa, assim como o título é igualmente significativo, a diagramação está impecável, a obra foi escrita em primeira pessoa e apreciei demais o índice no final do livro com notas das quais explicam termos usados em alemão e acontecimentos históricos, facilitou demais a nossa compreensão. Os 18 capítulos são lindamente iniciados após uma página preta com fotos da época com frases do próprio Hitler. Já vi muitas dessas fotos na internet, mas são imagens que sempre me incomodaram, dói no fundo da alma. Por essa razão, a partir do oitavo capítulo eu passei a pular as páginas pretas. É pessoal isso, talvez você não se perturbe ao vê-las. No entanto, isso não me impediu de continuar a leitura, que a essa altura estava bastante envolvida com a trama e roendo as unhas de tanta aflição.

O desfecho...sem palavras.
Claro que do inicio ao fim do livro vivemos uma montanha russa de emoções, Yidish passa praticamente toda sua adolescência por trás dos muros de arames farpados dos campos de concentração. Presencia as piores atrocidades, atos desumanos que se não fosse pelas fotos, duvidaríamos que um dia aconteceu. Assim como tantas vítimas de guerra, ela pensou em diversas vezes desistir de lutar, entregar-se a própria derrota, mas, "alguém" não permitiria que sua vontade fosse realizada. Não a menina Yidish. Ela se perguntava, quem a protegia e porque ela? Perguntas essas que teriam respostas apenas no final do livro.

Não somos insetos para sermos descartados e esmagados sem dó nem piedade por ditadores endeusados e seu exército de covardes. Não somos. Mesmo que pequenos detalhes como cor, raça, religião, opção sexual e ideais, aos olhos dos ignorantes sejam motivos de preconceito e agressões físicas e verbais, ainda assim, somos todos iguais e merecemos viver em paz.

Ouso pregar uma frase clichê que definirá o que digo: O sangue que corre nas nossas veias é vermelho, todos temos o mesmo fim, a morte, então pra que tanto ódio? Não repitamos os erros de nossos antepassados, as crueldades que marcaram décadas e décadas as nossas vidas. Sejamos mais irmãos, mais sábios, mais humanos.

Indico essa incrível obra para as pessoas que gostam de se emocionar. É um romance de guerra que vai fazê-lo refletir por dias e vai te fazer desejar ser alguém ainda melhor. A vida é bela e preciosa, temos que zelar por ela e pelo nosso próximo. Esse livro tende a nos conscientizar somos falhos e se nos permitir viver na ignorância, intolerância e preconceitos, poderemos por tudo a perder... novamente. Então, sejamos melhores no presente, porque o nosso futuro à Deus pertence.

Recomendo, é uma das melhores histórias do gênero, eu garanto.

Parabéns Mallerey, você foi fantástica e louvo sua obra aplaudindo de pé. Bravo!

E as cortinas se fecham...

site: http://www.ciadoleitor.com/2016/04/resenha-beco-da-ilusao-de-mallerey.html
Renan Friedlaender 19/04/2016minha estante
estou lendo esse livro e antes de chegar na metade, já se tornou o meu preferido do gênero


Cia do Leitor 19/04/2016minha estante
Olá Renan.
Senti o mesmo, mas nem tinha iniciado a leitura! rsrs
Foi atração, amor a primeira vista, premonição, sexto sentido... Eu sentia que esse livro ia me arrebatar e emocionar.
Feliz por saber que você está adorando. Quero ler sua resenha, heim?!




Bru | @umoceanodehistorias 29/02/2016

Antes de começar minha resenha, quero esclarecer que essa é, sem dúvidas, a resenha mais difícil que já fiz em minha vida, por isso, peço desculpas caso vocês notem algum problema.

Conheci Beco da Ilusão em um blog e fiquei bastante interessada na história. Foi um imenso prazer receber o contato da autora oferecendo a parceria. Claro que não poderia não aceitar. Comecei a leitura no dia em que chegou, no dia 03 de fevereiro, e conclui apenas no dia 19 e, desde então, tento escrever essa resenha. Não vou mais enrolar, e vou apresentar logo a resenha para vocês.

Em Beco da Ilusão conhecemos a história de Yiidish, uma garotinha de apenas nove anos, filha de judeus. Seu pai acabara de ganhar uma herança e eles se mudam para Berlim, pouco antes de a Segunda Guerra Mundial estourar.

Assim que chegam na nova cidade, nossa pequena Yiidish conhece um local que apresenta ballet, ela fica encantadíssima e, por conta disso, mete-se em enrascadas. É nesse teatro que Yiidish conhece Anton, filho de um dos seguranças, e Erdmann, primo de Anton. A amizade entre os três é fascinante, apesar de Erdmann ser mais que um amigo para Yiidish.

“- Tudo o que a memória amou, já ficou eterno. E entre tudo o que você poderia ser para mim na vida, a vida escolheu torna-lo saudade... – A voz soa trêmula, suspiro ao deslizar os dedos sobre o recorte de jornal contornando o rosto de Erdmann.”

A vida deles ia bem, até os judeus começarem a ser caçados e coisas ruins acontecerem. Todos nós sabemos o que aconteceu na época, não é? A casa Yiidish foi invadida e, mesmo Anton e o pai de Erdmann (um oficial de alto escalão) tentando impedir, a Yiidish foi para um campo de concentração. A partir desse ponto ela se vê longe de todos que ama, em um lugar hostil e sem chances de alcançar seu sonho (ser bailarina).

“Rodopiava, rodopiava até cair sentada de tonta. Ria de satisfação para o céu que girava diante dos meus olhos. Nesse meu cantinho eu podia tudo, eu era tudo, até parar de rodar e voltar para a realidade estagnada. Sei que dessa maneira parecia estar construindo castelos de areia que seriam desfeitos com o mais leve sopro do vento, mas não podia evitar o prazer de criar asas e ser livre para voar.”

Não vou revelar muito mais da história, pois quero que ela surpreenda a todos. No começo da leitura, imaginei que seria um livro sobre a Segunda Guerra Mundial, triste que teria um final previsível, mas me surpreendi demais com o enredo que a autora criou. Sim, é mais um livro sobre a Segunda Guerra Mundial, sim é triste, mas não tem nada de previsível. Ao invés de apenas acompanharmos parte da vida da protagonista, a vemos evoluindo e passando por coisas que nenhum homem deveria passar.

Yiidish foi uma personagem muito bem criada, forte e determinada, ela aprendeu a viver em meio ao caos e, nem por isso, deixa de ajudar pessoas não as livrando do sofrimento, mas tornando-o mais brando. Anton foi um personagem muito importante, também, com uma sensibilidade sem tamanho. Erdmann foi um personagem apaixonante, mesmo não aparecendo muito. Ele foi capaz de cumprir as promessas que fez.

Beco da Ilusão, é um livro intenso que, até hoje, não consegui digerir, ele me rendeu uma baita ressaca literária. Apesar de intenso, posso dizer que ele é singelo também. Foi uma leitura dolorida e, por isso, não consegui ler muito rápido. As coisas que aconteciam com a personagem me impediram de prosseguir na leitura.

Outra coisa incrível no livro é a diagramação, está perfeita! Por fim, o livro é mais do que recomendado para todos e, posso afirmar com todas as letras, que você se encantará, chorará e se apaixonará.


site: http://mileumdiasparaler.blogspot.com.br/2016/02/resenha-beco-da-ilusao-mallerey-calgara.html
Sandra 01/03/2016minha estante
Eu simplesmente amei esse livro! Ele não se parece que nenhum outro que tenha lido sobre esse tema. Ótima resenha!




Ferreirinha 01/03/2016

Não tenho o hábito de fazer resenha, nem sei se posso chamá-la de resenha, mas não poderia deixar de dar a minha humilde opinião sobre esse livro.
Como o conheci: entrei na livraria para comprar um jogo e no caixa, peguei o marcador, assim como outros. Coloquei tudo na sacola e fui embora. Somente quando cheguei em casa é que fui ler a sinopse, para minha tristeza, arrependido amargamente de não tê-lo comprado.
No dia seguinte, voltei na livraria, que fica no mesmo andar onde trabalho no shopping. Eles não tinham o livro. Procuraram em outras lojas e também não tinha. Aí eu me desesperei. Mas, graças a internet, achei a autora e entrei em contato. Três dias depois, o livro chegava na minha casa.
A cada página lida, a capítulo terminado, eu queria ler mais e mais, saber o que iria acontecer com a personagem.
Beco da Ilusão, para mim, foi o livro que mais mexeu comigo emocionalmente. Eu o lia no meu intervalo de trabalho e no trajeto casa/trabalho. Me peguei enxugando os olhos dentro do ônibus e isso foi um tanto constrangedor. Sim, eu chorei, coisa que nunca aconteceu comigo antes, por isso senti necessidade de narrar.
Este é um livro que deveria estar nas prateleiras de TODAS as livrarias brasileiras, que deveria ser lido por muitas pessoas, ainda mais por ser de uma autora nacional. Um tema forte, mas escrito de forma singela e simples, que nos toca profundamente.
Peço desculpas por talvez ter falado mais dos meus sentimentos do que do próprio livro. Só posso dizer: leiam e não vão se arrepender.
Raul 01/03/2016minha estante
Muito boa, cara




Renata 05/10/2020

Que livro incrível! Que final surpreendente! Tão triste, mas que final lindo. Recomendo demais. Tenho certeza q quem ler n vai se arrepender
Rafa 04/11/2020minha estante
É um dos meus preferidos




Sandra 09/01/2016

"A saudade enlouquece, embriaga,
é um quebra-cabeça com peças faltantes e sua cura
só é possível estando ao lado de quem a causa."

"Asas... Nem todos nós temos,
mas existe algo em nosso íntimo que nunca para de voar,
os sonhos."

"A vida tem me tirado todas as pessoas que mais amo, justamente depois de eu aprender que seria quase impossível viver sem elas."

Um livro para ser 1...2...10 vezes. Perfeito!
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Thiago 12/01/2016

Que livro intenso!
Muito bem escrito, com muitos detalhes e personagens cativantes. Me prendeu do início ao fim.
Nota 5 para o enredo
Nota 5 para a capa
Nota 5 para a diagramaação
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12/01/2016

O que dizer desse livro? Foi um dos mais aguardados, desde que li a sinopse na página dele, há mais de seis meses. E agora, depois que acabei de lê-lo, sinceramente, não sei como descrevê-lo. Irei começar pela parte mais fácil; a capa é simplesmente linda. Toda preta com arames em volta. A diagramação é perfeita! Com imagens da época do nazismo, algumas me deixaram chocada. E em cada capítulo uma citação do ditador.
O texto é de uma linguagem simples, mesmo com muitos detalhes e explicações, mas que não confundem e nem atrapalham a leitura em nenhum momento. A personagem principal é quem é a narradora. Começa nos tempos atuais e depois ela volta ao tempo, quando tinha 9 anos, com a mudança de sua família para Berlim, por causa de uma herança que receberam.
Tudo muda em sua vida, literalmente. Ela se apaixona pelo balé, faz amigos com quem vive aventuras e se tornam inseparáveis, mesmo ela sendo judia e eles alemães.
Sua vida dá mais uma reviravolta quando os nazistas invadem sua casa e a separa de sua família, sendo levada para o primeiro campo de concentração, que não para por aí.
O livro é simplesmente lindo!
Fala de amizades, amor, esperanças em meio a dores e desesperos da época. Correspondeu a todas as minhas expectativas e mais um pouco.
Super recomendo!
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Adriana1037 23/01/2016

Cinco estrelas
Gostei bastante do livro. A edição está super linda, com um capricho e um cuidado especial. Gostei das fotos, das páginas em preto que "combinam" com a história narrada, das citações de Hitler, e da numeração das páginas (que achei super original). Gostei muito também das notas no final do livro que vieram acrescentar informações que são relevantes para melhor conhecimento da época histórica abordada no livro. A narrativa é super envolvente e possui algumas reviravoltas que me surpreenderam bastante. Gostei tanto que acho que o final poderia ter sido mais detalhado. O rumo dos personagens.... Me senti desamparada quando o livro terminou. Recomendado.
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Adriana 26/04/2024

Não podemos esquecer
É uma homenagem a todas as vidas perdidas.
NÃO podemos esquecer que o que houve foi real!!!!
Muitas vidas, muitas tristezas e muita insanidade....ainda bem que a autora não carregou demais na história e não trouxe aquela angustia que esse tipo de história trás
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Taty 06/04/2016

Beco da Ilusão | Blog Coleções Literárias
"Sonhos destruídos por causa de uma demência coletiva."

Sabe quando você ainda não terminou de ler um livro e já está preocupado em como fazer a resenha? Beco da Ilusão é um exemplo de livros assim, daqueles que se você não tomar muito cuidado acaba soltando spoiler.

O livro inicia em 1995, onde Sarah Wainness, uma senhora, começa a narrar sua história de quando ainda era Yidish, uma menina judia e sonhadora, que teve sua vida mudada completamente ao viver na época da segunda guerra mundial.

Yidish vivia em Karnobat na Bulgária com os pais e mais 4 irmãos, uma família de Judeus. O que sempre incomodou Yidish era sua aparência diferente dos demais membros da sua família, era a única loira de olhos azuis. Se passava tranquilamente por uma Alemã.

Ela tinha 9 anos quando sua família se mudou para Berlim, seu pai e seu irmão mais velho iriam trabalhar em uma gráfica de um tio distante, a mãe da menina era a única contra a mudança, mas não ousou reclamar.

Logo quando chegaram naquela cidade enorme e Alemã a família foi conhecer a gráfica e foi aí que Yidish adquiriu o sonho de ser bailarina. Próximo a gráfica ficava o prédio de opera onde havia apresentações também de balé.

Seu pai pagou aulas particulares para ela e a irmã aprenderem o idioma o mais rápido e assim irem para uma escola, Yidish logo aprendeu, pois era uma garota dedicada e observadora. Em pouco tempo fez amizade com Anton que era alemão, mas era filho de criação de um judeu. Erdmann (primo de Anton) também tornou-se amigo da menina, mas o sentimento que envolvia os dois estava mais para algo além da amizade.
Juntos se divertiam muito, mas foram proibidos de se verem quando resolveram sair anoite escondidos dos pais para assistir a uma apresentação de balé. O sonho de Yidish foi enterrado pelo pai que a proibiu de encontrar os amigos e de chegar sequer perto do prédio. Mas mesmo assim em seu coração ela ainda tinha esperança.

"Sentia-me como um pássaro de asas cortadas, que fica se atirando contra as barras de gaiola."

O que Yidish não esperava é que sua vida iria dar um salto e que ela chegaria no fundo do poço, nem imaginava que logo se sentiria perdida, sozinha e que passaria por coisas horríveis... Quando Hitler assumisse o poder.

Quando Hitler assumiu o poder tudo mudou de uma forma inacreditável, a cidade estava virando um caos, pessoas desempregadas, passando fome e os judeus passaram a ser vistos como ratos imundos. Quando tudo parecia não piorar, começaram as perseguições, foi aí que a casa de Yidish foi invadida por nazistas, sua família foi levada e ela foi "salva" pelo pai de Erdmann (um soldado alemão com um cargo um pouco mais alto que os demais). Ele deu uma identidade falsa para a menina e a livrou do futuro que levaria se todos soubessem que ela era uma judia. Era melhor ser uma alemã que cometeu um "crime" do que uma judia naquela época.

Yidish foi parar em um campo de concentração, onde havia muitas mulheres alemãs "impuras". Nesse ponto da história eu realmente fiquei cheia de dúvidas e cheguei a conversar com a autora, pois se a personagem estava se passando por uma alemã, por que então todas as alemãs naquela prisão sofria como se fossem judeus, então ela esclareceu minhas dúvidas... Os nazistas como todos sabem, desprezavam os judeus, homossexuais, negros, pessoas deficientes, sejam elas judias ou alemãs... E também desprezavam pessoas que nasceram na Alemanha, mas tinha descendentes por exemplo judeu, ciganos ou poloneses.

"Ninguém disse nada, Sem gritos, nem choro, nenhum gemido. Nada. Apenas a dor e rancor, materializados em um grito de silêncio.
(Andem rápido e vão para o trabalho. Hoje, vocês não receberão a ração.) - gritou um soldado.
Eles chamavam de ração uma mistura estranha e sem sabor que nos serviam duas vezes por semana, e que para o nosso azar, era aquele dia... "

Nesse campo essas mulheres trabalhavam como escravas, muitas eram feitas de cobaias por médicos loucos e doentes que faziam atrocidades, para eles, usar aquelas pessoas como cobaias era a mesma coisa que usar ratos de laboratório, e quando as coisas não corriam como eles esperavam assassinavam friamente aquela pobre pessoa inocente.

Por sorte Yidish acabou trabalhando na enfermaria, lá ela corria um risco menor, mas mesmo assim tinha medo, medo de morrer ali daquela maneira, de não poder realizar o sonho de ser bailarina... de nunca mais ver seus pais.

Daqui para frente não vou mais contar nada, mas saibam que acontece muitas reviravoltas. A leitura foi sofrida, demorei mais do que eu pensei que demoraria para ler o livro, pois realmente é daquele livro que você precisa parar um pouco e refletir sobre as atrocidades que foram feitas na época e quantas pessoas inocentes sofreram, até mesmo crianças.

A escrita da autora é fabulosa, ela descreveu muito bem cada cena, realmente eu consegui visualizar perfeitamente tudo o que lia, alias o livro é narrado em primeira pessoa por Sarah e logo no final tem um capitulo narrado por Erdmann.
Yidish, ou Sarah, ou tantos outros nomes que ela teve, é uma personagem forte, é impressionante como ela conseguia esconder seus sentimentos, como não se desesperava, aguentava firme mesmo vendo tantas coisas horríveis ao seu redor.
Erdmann é um personagem que eu realmente só consegui me simpatizar por ele já no final, já Anton é um amor, um amigo que qualquer pessoa gostaria de ter.

Há um segredo que é revelado logo no final do livro, e por esse motivo o livro não ganhou 5 estrelas, pois realmente eu já tinha desvendado parte do segredo bem nas primeiras páginas, e antes da metade do livro já tinha revelado o restante, então não foi algo impactante. E também encontrei alguns errinhos de escrita durante a leitura, mas foram bem poucos e simples nada que atrapalhasse.

O final do livro, a ultima página literalmente, me deixou pensativa, pensei até mesmo que faltava páginas no meu livro, que alguém tinha arrancado de fato a ultima página, mas não... Aquele realmente foi o final, e depois de meditar um pouco percebi o que tinha de fato acontecido.
A diagramação do livro está impecável, em cada capitulo temos uma foto que retrata momentos da época e abaixo frases de Adof Hitler muitas delas repulsivas.

"Se você fica algum tempo com pessoas que falam sobre política o tempo todo, suas ideias impregnam de uma maneira no nosso corpo através dos poros e a mente fica remoendo aquilo"

Fiquei pensando muito durante a leitura, principalmente depois que Hitler assume o poder, na forma como rapidamente conseguiu fazer uma lavagem cerebral nas pessoas que o cercavam. Mas também aprendi muitas coisas, como por exemplo, que no meio daquela cena devastadora existiam soldados alemães que não eram nazistas, que as escondidas ajudavam quem podiam. Muitas vezes julgamos todos eles, mas ser alemão não significa ser nazista, eles estavam ali como soldados nazistas, pois não tinham outra escolha, ou aceitava ser soldado ou era mandado para a prisão e vistos como traidores, inimigos.

Gostei muito do livro e recomendo. É uma leitura mais pesada, mas o livro é muito bem escrito, detalhado e envolvente. Agradeço a autora por ter me dado a oportunidade de conhecer essa incrível história.


site: http://www.colecoes-literarias.blogspot.com.br/2016/04/resenha-beco-da-ilusao.html
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Ana Luiza 08/04/2016

Resenha do blog Mademoiselle Loves Books - www.mademoisellelovesbooks.com
A LEITURA: NARRATIVA E TRAMA
Comecei a leitura de Beco da Ilusão bastante ansiosa, especialmente porque tive muitos problemas com os Correios e a obra demorou para chegar as minhas mãos. Contudo, fui cativada assim que comecei. A narrativa em primeira pessoa de Cálgara é muito boa e consegue nos prender rapidamente, apesar de que um trecho ou outro o texto ficou um pouco confuso. A história é contada pelo ponto de vida da Yidish, mas amei a surpresa de ter encontrado, mais para o final do livro, um capítulo narrado por outro personagem bastante querido.

A trama do livro foi muito bem desenvolvida e, apesar de não ter conseguido me surpreender muito, a autora me impressionou com a ambientação perfeita. Cálgara consegue transmitir com exatidão e sensibilidade o período histórico em que Beco da Ilusão se passa e o livro se torna uma verdadeira aula de história sobre a Segunda Guerra Mundial, o Nazismo na Alemanha e resto da Europa e a terrível perseguição sofrida pelos judeus. Ao mesmo tempo em que nos ensina sobre aqueles tempos sombrios, Cálgara ainda consegue criar uma história única e cativante sobre a força de uma menina-mulher e sobre como, mesmo em épocas como aquela, a esperança nunca deve ser abandonada. O final da obra é perfeito e me deixou ao mesmo tempo de coração partido e de sorriso no rosto.

OS PERSONAGENS
É impossível não adorar a protagonista e narradora e torcer por ela do início ao fim. Acompanhamos Yidish da infância a velhice, a vemos crescer e amadurecer, deixar de ser uma criança sonhadora para se tornar uma mulher de força tamanha e personalidade incrível. A garota passa por terrores profundos e sua trajetória de sofrimento, mas também de esperança, é muito inspiradora e tocante. O livro ainda traz muitos outros personagens, todos com papel na trama e personalidades únicas. Nem preciso dizer que adorei Anton e Erdmann, dois garotos de personalidades diferentes, mas de muita coragem e bondade.

CONCLUSÕES FINAIS
Um drama histórico muito bem ambientado, Beco da Ilusão não é uma leitura fácil ou rápida, por causa das temáticas abordadas, mas é uma obra enriquecedora e necessária, pois, como a autora até comenta em uma nota, em um momento de tantos conflitos e crescente ódio como o nosso, precisamos nos voltar para o passado e lembrarmos como a intolerância, preconceito e alienação já ceifaram e destruíram muitas vidas.

Uma obra que merece ser lida e que cativa bastante, ainda mais por trazer uma personagem feminina forte e inspiradora, eu adorei o livro e fiquei feliz por tê-lo lido, além de agradecida pela oportunidade. Espero poder ler mais obras da autora em um futuro próximo. Beco da Ilusão está mais que recomendado para quem gosta de tramas que retratam períodos históricos e que nos dão muito o que pensar

QUOTE FAVORITO
Roubaram-nos a liberdade de expressão, tornando-nos fantoches na mão do estado. Não podíamos falar, nem escrever aquilo que pensávamos. Não podíamos ter uma opinião, ou pelo menos, ela não poderia se tornar pública, existindo apenas na nossa mente. Pág. 56

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