Ulisses

Ulisses James Joyce




Resenhas - Ulisses


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Quelemem 15/09/2011

Certa vez...
... ouvi falar de um livro e da dificuldade de lê-lo. Aceitei isso como um desafio. Li - pensei, sofri, senti, amei, busquei, perdi, fui. No fim, olhei para o mundo e para o ser humano, e os vi mais vastos e nítidos.
Rafael 07/09/2012minha estante
Curiosidade sobre o autor:
http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/6-escritores-consagrados-que-nao-enxergavam-direito/?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_super


RegularJhon 03/04/2023minha estante
Caralho


JosA225 28/12/2023minha estante
Obra complicadíssima, sem as notas não consegue-se entender nada.


RAgia.Vilela 18/05/2024minha estante
Um livro p estudar, decifrar, amar, odiar? quebrando a cabeça mas tô indo. O Guia do Galindo ajuda bastante?




Didi 08/09/2011

A história é simples até demais. O modo como o livro foi escrito, não - e é aí que mora toda a magia e genialidade da obra.

Talvez a maior dificuldade que a maioria encontrou no livro foi a diversidade técnica utilizada por Joyce (vide o roteiro), uma vez que um capítulo é escrito/contado usando uma técnica totalmente diferente do anterior e do próximo. Fluxo de consciência, neologismos, referências das mais diversas, frases e palavras em outros idiomas e extenso vocabulário ficam em segundo plano. É um livro recheado de literatura, quase uma aula.

É um desses livros que eu leria novamente e novamente e novamente, que tomaria nuances diferentes a cada nova leitura. Abriu minha mente duma forma que eu não esperava - ah sim, sofri, senti e vivi o livro também...
Janaina 15/07/2017minha estante
Penso como você. Estou quase na metade do livro e estou encantada com a genialidade da obra.




Regina 26/08/2011

É preciso tempo e paciência para se ler Ulisses. Até consegui avançar um pouco, mas a cada página percebia, frustrada, que estava absorvendo pouco mais que a superfície dessa obra. Ainda vou voltar a ela, de preferência com um dicionário ou através de uma edição comentada.
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Caldeira Brant 10/08/2011

Gênio
James Joyce é James Joyce! Ulisses é uma obra na qual os autores brasileiros deviam se inspirar e procurar imitar. Pena que muitos, apesar de dizerem que o leram, sequer foram capazes de passar das primeiras páginas. Se o tivessem feito, saberiam como, quando e de que maneira escrever algo que acrescentasse e perdurasse. Imortal!
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gean 12/04/2011

Se puder, leia o original...
Tradução é missão difícil até para os grandes... Segue um pequeno exemplo que não tem o objetivo de julgar o trabalho do tradutor (o grande Antônio Houaiss), mas mostrar como as coisas podem ficar compicadas, mesmo em pequenos detalhes.

O personagem Leopold Bloom recebe na rua um folheto e, ao botar nele os olhos, tem a breve impressão de ver seu nome (Bloom).

Tradução:

Bloo-san... Eu? Não.
Sangue do Anho.

Original:

Bloo... Me? No.
Blood of the Lamb.

Embora tenha abandonado a leitura desta tradução (pelo menos a leitura "normal"), estou utilizando-a como referência para dirimir dúvidas relativas ao texto original.

Mas o texto possui outras dificuldades... Assim, comprei uma edição da Penguin com notas explicativas (Ulysses: annotated student edition). Além do mais, interrompi sua leitura para ler antes Dublinners e A portrait of the artist as a young man. Providenciei também um livro de referência (McKENNA, Bernard. James Joyce's Ulysses: a reference guide. Greenwood, 2002.).

Alguém poderia dizer: "Putz! Assim não é leitura... É estudo!"
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Jpg 31/03/2011

Quero ler de novo o livro antes de fazer uma resenha decente. Mas meus dedos coçam e minha mente não se conforma em esperar. Por isso só vou deixar uma nota à quem interessar.

Não posso dizer que sou um literato nem tenho nenhum tipo de formação em literatura e, com certeza, a tradução de Antonio Houaiss não é muito tragável, mas considero essa obra como uma "peneira modernista" - um filtro - que separa os amantes da linguagem e da escrita, dos simples amantes de historinhas. E é exatamente por isso que muitas pessoas não gostam dele, que o consideram ruim; e normalmente esses leitores são os mesmos que acreditam em vampiros que brilham, ou em algum tipo de mago da auto-ajuda.
Renan 25/07/2011minha estante
pô! depois dessa deu vontade de ler!!!!


Mika 26/11/2011minha estante
gostei principalmente das últimas referências, apesar de ter lido e gostar no tempo que li desses vampiros, também sei admirar obras de verdade.


Lena 23/07/2012minha estante
Leio muito historinhas assim, Me dizem que não tenho idade p/ estas leituras... Mas quer saber?! Cou ler e ponto! kkkkk


Lena 23/07/2012minha estante
Leio muito historinhas assim, Me dizem que não tenho idade p/ estas leituras... Mas quer saber?! Cou ler e ponto! kkkkk


Márcia 31/07/2012minha estante
Também não tenho nenhuma formação em literatura, o que tenho é muita Paixão! Já tentei ler Ulysses 2 vezes mas com tradução do Antonio Houaiss, agora ganhei de presente com a tradução Caetano W. Calindo,sempre tive muita vontade de ler esse livro, sinto que agora vou conseguir.


Regina 04/10/2017minha estante
Deve ser a quarta vez que recomeço a leitura... Desta feita tenho esperança de chegar mais longe, porque também faço acompanhar a leitura da bússola do tradutor, Caetano W. Galindo - "Uma Visita Guiada ao Ulysses de James Joyce", e, de quebra, me delicio com as observações de Noga Sklar em "O Gozo de Ulysses". Torna-se mais longo o percurso, mas não me perco tanto com tais cicerones... Talvez eu morra tentando... Ou, quem sabe, venha fazer uma resenha antes de partir para o céu dos livros, sonhado por Borges. Foi Borges, eu acho, que sonhou um paraíso povoado de livros...




Joao 20/02/2011

Confesso que achei um exagero o que Paulo Leminski falou sobre James Joyce. Pensei que ele tinha exagerado ao afirmar categoricamente que Joyce é o maior prosador da história. Bem, uma coisa é colocá-lo como o maior experimentalista... e não me supreenderia se me falassem que ele se iguala à Cervantes, Tolstói, Sthendal, Proust, etc. e tal mas não levei a sério a ideia de considerá-lo como o melhor.

Hoje, depois de ter lido Ulisses, não considero nenhum absurdo a afirmação do Paulo (afirmação que me deixou curioso ao ponto de arriscar nesta leitura). Não que eu agora afirme que ele é o melhor, pois eu tenho minhas dúvidas. Mas, podemos afirmar que Joyce era muuuito excêntrico e que Ulisses não é um livro como qualquer outro(nem é igual a qualquer outro que seja diferente de quaisquer outros).

A tamanha excentricidade do autor e da obra já começa pela ideia de adaptar a história de Odisseu e todas as suas desventuras e atos de heroísmo em um dia da vida de Leopold Bloom, um simples cidadão irlandês. Estaria ele rebaixando os atos de Odisseu à algo mundano, ou elevando os fatos que uma pessoa comum enfrenta à atos de heroísmo?

E com isso, vamos nos afundando na cabeça de Bloom, durante seu dia. Enquanto Bloom fica perdido em pensamentos (consequentemente, nós também), caminhando pela cidade, vamos vendo os detalhes mais comuns do própio Bloom, das outras pessoas e de uma cidade (comum também). Percebemos o quanto tudo isso é humano. A forma narrativa faz tudo parecer humano, e acabamos simpatizando com Bloom diante de seus pensamentos (inclusive com suas ideias fixas e as coisas mais normais, mas que lhe chamam a atenção).

Outras coisas que deixam tudo mais excêntrico - e complicado - são as citações de fatos e/ou pessoas da qual nós nunca nem ouviremos falar novamente, as paródias à diversas formas de escritas e todo o experimentalismo que é comum no livro. Nada mais normal que seja uma leitura tão difícil (que Houaiss deixa mais complicada....).

O mais interessante a se pensar é: será que Ulisses seria tão bom, se fosse mais simples, comum? Não. É um livro excentricamente humano (ou humanamente excêntrico), e lhe tirando a excentricidade, o lado humano iria embora também.

Mesmo fazendo pouco tempo que terminei a leitura, gostaria de fazer uma releitura. Não apenas porque gostei e é bom, mas também pelo fato de que, com certeza, muita coisa me passou despercebido na narrativa e iria perceber com a releitura. Mas... reler um livro de mais de 800 páginas logo após sua leitura é para poucos. Não sou um desses.
Marta Skoober 16/06/2012minha estante
Muito quando um comentário nos faz aproximar de um livro...




Salek 15/11/2010

Cansativo
Já tentei lê-lo umas 4 vezes, mas não consigo chegar nem à metade. O problema é o estilo da escrita. A história pode ser interessante mas é escrita de uma forma que para mim é extremamente cansativa. Pretendo fazer uma nova tentativa (por isso não fui ao final do livro para ver como termina), mas ainda não tenho uma data.
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Biu.V 19/05/2010

Lí e não entedi, acredito que este livro seja intraduzível. É o primeiro livro que é considerado um Clássico e que eu não gostei tem alguma coisa errada com esta obra, ou comigo.
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valdir1 19/04/2010

Literatura...
Um livro desafiador... Que exige muito, principalmente atenção em suas mais de 900 páginas para não perdemos nenhuma inventividade linguística, nem referências que jorram abudantemente desta magnífica obra.
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Luiz C. Amorim 12/03/2010

O LIVRO ILEGÍVEL
Por Luiz Carlos Amorim (escritor e editor http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br - Http://luizcarlosamorim.blogspot.com )

Li recentemente Sambaqui, romance de Urda Alice Klueger, livro que recomendo, e depois acabei de ler 1808, livro do jornalista Laurentino Gomes, que tem o curioso subtítulo Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil. O livro é resultado de dez anos de pesquisa investigativa e resgata um pouco da história da corte portuguesa no Brasil, da verdadeira história, não aquilo que lemos nos livros didáticos, superficiais e vagos. Vale a pena ler o livro com suas 414 páginas, para saber como e porque a família real portuguesa fugiu para o Brasil e como foi o reinado de D. João VI, um rei gordo e comilão, ainda que bonachão, que tinha medo de tomar decisões, mas que se manteve no poder. E as transformações que o Brasil sofreu com a invasão dos portugueses, que culminaram com a nossa independência. É curioso, interessante e divertido. O autor conseguiu fazer com que uma narrativa histórica tomasse ares de romance, com um tom leve e agradável.
Antes de ler esses dois bons livros, já tinha começado a ler Ulysses, de James Joyce, mas como o livro havia se revelado hermético desde o início eu havia conseguido ler as primeiras cento e cinqüenta páginas, com muito custo resolvi me dar uma folga. Como prometi a mim mesmo que iria ler aquele livro até o fim, tentei retomar a leitura.
Tenho o livro há anos, mas como ele tem oitocentos e cinqüenta e duas páginas, só há pouco tempo resolvi lê-lo, porque afinal de contas, ele é um clássico. E me decepcionei. Já li outros tantos clássicos da literatura universal, como Germinal, de Zola, O Sol Também se Levanta, de Hemingway, As Vinhas da Ira, de Steinbeck, A Idade da Razão, de Sastre, A Peste, de Camus, O Precesso, de Kafka, e outros, mas nenhum foi tão difícil, tão ruim como Ulysses.
Depois de umas quantas páginas, ao perceber que não havia uma história, apenas um amontoado de trechos de conversas sem muito sentido e um emaranhado de descrições e narrativas enfadonhas feitas por narradores diferentes, sem linearidade, que mudam de repente e não se sabe quem está contando a história (história?), além de invenção de palavras, palavras valise, erros de composição, ausência de pontuação em muitos trechos, repetição à exaustão do termo no que, que poderia ser substituído por então, ao mesmo tempo e tantas outras expressões e muito uso de citações em línguas diferentes, resolvi pesquisar para saber o que diziam da obra.
Fiquei sabendo que o livro carrega, desde que foi publicado a primeira vez, a fama de não ter sido lido até o fim por ninguém. Antonio Houaiss tinha uma nova versão revisada da tradução de Ulysses, antes de morrer, sinal de que para ele fora muito difícil o trabalho de verter para o português um texto onde proliferam aglutinações de palavras (valises) e uso de outros idiomas, mais de vinte deles, além do inglês. Soube que há, ainda, outras traduções para o português, mas desconfio que parte da má qualidade do texto se deve às tentativas de verter tão complicado livro para a nossa língua. Como traduzir um texto tão grande, coalhado de palavras aglutinadas, outras inventadas, além de citações em outras línguas, sem cometer equívocos? Sem contar que o vocabulário era o do começo do século passado. Era uma obra diferente, difícil, sem qualquer possibilidade de prender o leitor, que revolucionou os meios literários da época justamente por quebrar todos os padrões literários então vigentes.
Fui ler a apresentação do romance no volume que tenho, publicado em 1983, para tentar descobrir porque ele é tido como um clássico literário. Lá encontrei que A ação de Ulysses transcorre em Dublin num único dia, 16 de julho de 1904. A divisão ternária, em perfeita simetria, evoca as significações cabalísticas do três. Estudos de lingüística, com auxílio de computador, dão Ulysses como a obra de estrutura matematicamente mais perfeita de toda a literatura. (Então por isso é um clássico? Como nós, leitores comuns, pobres mortais, poderíamos saber disso? E o que interessa isso para o leitor? Mas tem mais.)
A linguagem utilizada por Joyce, que vai do poema à ópera, do sermão à farsa, contém não apenas termos usuais da prosa clássica a mais grosseira gíria (de 1921?) mas também elementos criados pelo escritor com base em seus conhecimentos de latim, grego, sânscrito e mais dezenas de outros idiomas.
Apesar disso, acho mesmo que Ulysses é um clássico e continua sendo publicado porque Joyce pretendeu fazer um paralelo com a Odisséia de Homero, segundo consta da mesma apresentação, cuja parte transcrevi acima. As personagens centrais de Ulysses teriam correspondência com os protagonistas da epopéia grega.
Não pude comprovar isso, pois o texto é desinteressante, disperso, cansativo, o tipo da leitura que não desperta curiosidade nenhuma, não faz com que se tenha vontade de continuar lendo. A gente lê um parágrafo e quando começa o seguinte já esqueceu totalmente o que havia no anterior. O romance (?) não prende o leitor e estou fadado a não contrariar a fama do livro de não haver quem o tenha lido até o final. Tento ler mais, mas o progresso é lento e a esperança de que o texto melhore se revela vã. Serei mais um a engrossar as fileiras dos que não conseguiram terminar a leitura do calhamaço entupido de estilos e de pretensões diversos. Por falar nisso, o autor confessa que imita, neste livro, estilos de dezenas de grandes escritores da sua época e de antes dele.
Então leio mais algumas páginas e leio O Caçador de Pipas, A Menina que Roubava Livros e Crime e Castigo para compensar. Talvez ainda volte a ler mais algumas páginas de Ulysses. Nada me atrai para lá, mas quem sabe?

LMG 21/10/2011minha estante
Ainda bem que ninguém aqui é profissional.


Dave 17/01/2012minha estante
Não li o livro ainda, mas tenho de expressar minha opinião pelo que li sobre o livro desde que o descobri. Acredito que o nosso resenhista não tenha compreendido a grande riqueza deste livro. Pelo que percebi ele(o resenhista) gosta de livros que contenham um enredo, uma narrativa. Acontece que o que Joyce (e todos daquela época, isto é, início do século) queria era mandar a narrativa convencional (perdão pela baixaria) pra PQP. Ele queria mostrar o lado simples e rotineio, muitas vezes sujo e libidinoso, do homem moderno, que em nada se assemelha com o Ulisses de Homero, guerreiro, forte e digno.


LMG 26/02/2012minha estante
\/ Eh... Por aí, mas a comparação é mais com a estrutura da Odisseia do que com o herói em si. Da uma olhada no texto original do Homero e no esquema de Linati.


Luiz C. Amorim 26/02/2012minha estante
Meu caro Dave, você precisa ler o livro primeiro, para depois dar opinião. Aceito a sua opinião, desde que você tenha lido o livro. Todo. E eu falo, na resenha, mais da maneira de escrever, na misturança de estilos que ele faz, que não são nada simples nem rotineiros. Não falo da história em si.Lanço um desafio: leia o livro. Mas leia todo. Abraço do Amorim


Geovane 27/07/2012minha estante
Luiz, parabéns pela sua resenha sincera e corajosa!

Estou na segunda tentativa de ler o livro, acho que talvez consiga passar das primeiras 200 páginas dessa vez. Isso simplesmente porque minha determinação agora é maior, não porque a leitura seja de alguma forma prazerosa.

Pretendo compartilhar minha experiência depois de avançar mais um pouco, veremos como será.

abs


Renata 21/01/2013minha estante
Não li o livro e nem tenho a pretensão de fazê-lo. Pelo menos não por enquanto. No entanto, gostei muito da sua resenha e devo dizer que estou ainda mais convencida de que não me trará qualquer prazer aceitar o desafio de realizar esta leitura. Digo isso porque tentei ler Virginia Woolf (ao que me consta sofreu grande influência de Joyce em seu estilo)e tive as mesmas impressões e sensações no que diz respeito ao estilo fragmentado. Enfadonho é a palavra que melhor descreve. Abraço.


Flávia 06/10/2014minha estante
Oi Amorin! Tenho o livro e tb a leve impressão de que dentro em breve estarei endossando a sua resenha!! Acho que todo leitor deve tentar ler Ulisses e fazer como vc: falar mal (ou bem?, vá saber!) com propriedade. Abs e boas leituras!


Igor Almeida 19/03/2017minha estante
Eu li o livro até o fim e concordo com você, demorei mais de um ano e nesse entremeio li vários outros livros. Tem partes interessantes, mas mesmo essas partes são difíceis de ler. Eu só conseguia ler com atenção 10 a 15 páginas por vez e o ambiente ao redor precisava estar bem silencioso.
Várias cenas fazem referência a Dublin, aos Irlandeses e a cultura vigente, inclusive tem um capítulo inteiro que é simplesmente uma discussão de amigos sobre as obras de Shakespeare, que eu não li, e por isso também achei enfadonho. Acredito que o livro era tragável em inglês para contemporâneos dele e que compartilhavam sua cultura, mas para a gente não.
Particularmente achei os capítulos finais mais interessantes, principalmente o último. Os primeiros também são relativamente bons de ler. Mas o meio é muito maçante.
Só aconselho a leitura a quem queira se desafiar, de conseguir ler um livro extremamente lento e longo etc. mas pela história não, tem outros livros que discutem os desafios do cotidiano melhor.




Gley 30/11/2009

Uma experiência de leitura.
Muito já foi dito e escrito sobre "Ulisses", e provavelmente é impossível acrescentar hoje alguma informação nova à discussão. Desta forma, o mais sensato é colocar aqui minha experiência pessoal.

Enquanto era estudante universitário, costumava freqüentar a livraria do Campus olhando tudo sem comprar nada, para me atualizar do mercado literário de novidades a que eu não tinha acesso e nem muito interesse (levando em conta que toda a minha leitura provinha da biblioteca do meu irmão, do meu pai e da universidade, e todas eram lotadas de clássicos).

Um dia, entretanto, folheando um lançamento comemorativo dos 80 anos de "Ulisses", resolvi ler as primeiras páginas. E não parei mais. Na própria livraria, neste mesmo dia, terminei a primeira parte (página 70) em pé. Alguma coisa ali continha que me cativou. Como não existia na biblioteca, e eu não tinha dinheiro para comprar o romance, retornei todos os dias à livraria até que comecei a ser mal visto. Mudei de loja e continuei nesse procedimento até o final da segunda parte (página 725). Infelizmente, por falta de tempo, tive de encerrar a empreitada sem ter terminado a história.

Anos depois, logicamente comprei a edição e o terminei, e desde então já adquiri outras traduções e li o original em inglês. O mais impressionante de tudo é que há tanta informação e subtexto que parece nunca esgotar o furor de abrir o livro novamente. O manejo das palavras e o estilo inconfundível de Joyce até hoje são considerados únicos por diversos críticos, e com certeza poucos são capazes de compreender a imensidão e variedade de "Ulisses".

Leia, depois pesquise, e volte a ler. Repito essa seqüência há anos, e um dia quem sabe eu consiga ler "Finnegans Wake", a obra definitiva do autor, uma verdadeiro "Ulisses extreme".
Quelemem 28/08/2010minha estante
Também corro atrás do Wake...


Menezes 04/09/2010minha estante
Adoro Ulisses mas o Finnegans me quebrou, ainda preciso comer arroz e feijão


formasfixas 26/04/2011minha estante
Ler de forma entendível o Finnegans Wake é impossível. O máximo que se pode fazer é estudá-lo. Leiam-no, riam de seus trocadilhos, de suas piadas. Sintam sua musicalidade. "É pura música", dizia Joyce.




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