No Jardim das Feras

No Jardim das Feras Erik Larson




Resenhas - No Jardim das Feras


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Gustavo 22/10/2019

O melhor livro sobre Hitler que já li
O escritor se superou na narrativa desse livro, entendemos os bastidores do nazismo de maneira fabulosa
Natália 22/10/2019minha estante
Uou!! me interessei.


Lucas 30/10/2019minha estante
Nunca tinha ouvido falar desse livro, fique curioso.




Valério 10/03/2014

Lições da história
O livro é todo baseado na experiência pessoal vivida pelo Sr. Dodd, professor universitário nomeado pelo presidente norte americano Roosevelt para ser embaixador americano na Alemanha, em 1933 - ano em que Hitler assumiu como chanceler - e sua filha Martha, de 24 anos.
Ambos mantinham não apenas diários, como se correspondiam bastante por cartas. Assim, todo o livro foi escrito baseado nas correspondências de ambos, em seus diários, e em matérias publicadas à época, bem como relatórios diversos dos governos norte americano e alemão.

O que mais salta aos olhos é que poucas pessoas vislumbravam os sinais de um temível ditador autocrático e totalitarista, indicando o que a história já comprovou várias vezes: Demoramos para perceber quando estamos nas mãos de governantes perigosos.
Muitas vezes, tentamos enxergar apenas o lado bom e a alegada boa intenção de um governante e, quando nos damos conta de que fomos ludibriados, é muito tarde.
Aliás, em um discurso, o personagem principal da história tenta fazer justamente este alerta: Vejamos a história do mundo para perceber que Hitler levará a Alemanha - e, em última instância, o mundo - ao colapso.
Que este livro ajude cada um que tenha acesso a aprender a enxergar quando estamos na mão de governantes populistas e pouco preparados, cujo objetivo é levar uma nação ao total domínio, utilizando toda uma nação para seu projeto de poder e não deixemos que erros crassos do passado se repitam.
Obviamente, nos dias de hoje as técnicas para isso são mais refinadas e não envolvem mais genocídio e/ou homicídios indiscriminadamente. Mas o controle de imprensa, o controle do judiciário e do legislativo, bem como a arregimentação da população humilde e de pouca educação, baseado em intensa propaganda estatal.
Por fim, afirmo que o livro compreende alto interesse histórico e me sentir como se estivesse vivendo a tensão pré guerra em uma Berlim com aparente tranquilidade.
Orochi Fábio 26/03/2020minha estante
Comecei a ler hoje...




Alan kleber 23/11/2023

Em primeira mão a formação das trevas do domínio de Hitler.
"No Jardim das Feras" de Erik Larson é como um passeio tenebroso pela Alemanha nazista, onde a inocência inicial do embaixador americano William E. Dodd se choca brutalmente com as maquinações sinistras de Hitler. Dodd, um acadêmico em um mundo de lobos políticos, é quase como se tivesse sido atirado aos leões, com sua visão inicialmente romântica da Alemanha sendo triturada pela realidade cruel.

E aí temos Martha, a filha rebelde de Dodd, jogada no epicentro de uma trama digna de um thriller, onde o perigo se mistura com a sedução. Ela é como um ímã para confusões, adicionando um toque de escândalo a uma história já repleta de intriga política e moralidade distorcida.

Larson não poupa detalhes ao pintar a Alemanha pré-Segunda Guerra Mundial, transformando o cenário em uma cápsula do tempo sinistra. A atmosfera é carregada com as tensões de um país à beira do abismo, e Larson nos leva pelas vielas sombrias do totalitarismo nazista.

A escrita perspicaz de Larson desvela os bastidores do regime, expondo os personagens reais por trás das máscaras políticas. "No Jardim das Feras" não é apenas um relato histórico, é um soco na consciência, desafiando o leitor a encarar as ambiguidades morais de um período sombrio.

Este livro é um mergulho profundo em uma época tumultuada, onde Dodd e Martha servem como guias por um labirinto de moralidade despedaçada e política impiedosa. Uma obra impactante que, mais do que simplesmente informar, incita uma reflexão dolorosa sobre a condição humana em meio à tempestade da história.
AndrAa58 26/11/2023minha estante
Bela resenha. Me deu vontade de ler.




Lála 25/09/2012

No Jardim das Feras - Na Toca com a Coruja - http://www.natocacomacoruja.com/
Erik Larson ousou ao vasculhar uma história com final triste e conhecida mundialmente e nessa ousadia, o autor acertou em cheio!

No Jardim das Feras retrata a história de Dodd, um pacato professor americano de uma universidade em Chicago, que foi convocado para ser embaixador do consulado americano em Berlim, mais especificamente em 1930, ou seja, quando Hitler acaba de se tornar chanceler da Alemanha.

Havia pressão exercida sobre Dodd por todos os lados, como se ele pudesse modificar a cabeça de um homem que já tinha um ideal em mente. Um dos pontos mais interessantes na história é que, mesmo como embaixador dos EUA, Dodd era tão insignificante quanto aquele primo mais novo que damos o controle quebrado do videogame só para ele parar de encher!

Outra personagem importante na narrativa é sua filha Martha, uma mulher interessante, sábia e ao mesmo tempo inocente, que se relaciona com os mais diversos tipos de homens à sua volta: americanos, nazistas, comunistas, russos, italianos, muitas vezes com mais de um ao mesmo tempo (moça moderna, não?!). Apesar de sua vasta experiência e de ouvir muitos discursos de todos os lados, Martha acreditava que o ideal nazista era parte de uma revolução alemã que poderia construir um país melhor. Aliás, muitas pessoas ao longo da narrativa partilhavam da mesma opinião, afinal, ninguém sabia qual seria o final da história.

O livro se desenrola com uma tensão a ponto de acharmos que o final poderia ser diferente, na realidade torcendo para que fosse. Toda essa tensão pré Segunda Guerra Mundial é esmiuçada em citações de vários diários dos mais diversos autores dessa história. Há tantas citações que no final do livro há mais de 30 páginas referenciando cada uma delas.

Para os amantes de histórias sobre a Segunda Guerra Mundial é leitura recomendadíssima, praticamente obrigatória! O livro nos permite ter visões diferentes sobre vários pontos da História, revelando fatos antes desconhecidos ou abafados pelo tempo. Erik Larson nos mostrou que não foi só Hitler ou a Alemanha nazista os vilões, mas sim um apanhado de nações e emaranhados de interesses que foram responsáveis pela morte de milhões de pessoas.
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Tribo do Livro 09/07/2012

Resenha por Mirela Lisboa (Acid Burn)
Olá pessoal, estou aqui de novo tentando passar da melhor e detalhadamente forma possível a minha opinião sobre um livro. Confesso que tive um pouco de dificuldades em formular essa resenha, pois tenho tanta coisa boa a falar que nem sei por onde começar, por isso resolvi desta vez separá-la em tópicos. Se estão prontos, vamos lá!

Introdução
Este livro é um relato de não- ficção de um dos mais tristes episódios da nossa história, mas não pense que por isso é uma repetição do que você já esta cansado de saber ou que por não ser um livro de ficção é menos interessante e que não prende a sua atenção. Só não o devorei em poucos dias, porque queria ler cada nota biográfica, e aqui está o único ponto negativo do livro... Poxa não estou no Estados Unidos e por isso não tenho acesso as suas bibliotecas para conferir cada documento consultado pelo autor. Bom, mas também não ia adiantar muito, pois meu inglês não é lá essa maravilha :).

O Autor
Erik Larson, ganhou mais uma fã. É impressionante o seu talento em transformar em um livro de não ficção em algo tão atraente e instigante. Sua narrativa foi feita de fragmentos de vários documentos que não estão ordenados cronologicamente, mas mesmo assim é supreendentemente fluída e amarrada, o que faz você se perguntar: COMO ELE CONSEGUIU ISSO?! Uma das coisas que mais me impressionou em sua escrita é a sensibilidade de inserir numa narrativa ambientada em 1933 um trecho de um documento de 1976 sem perder a harmonia.

A História
Através da narrativa conhecemos intrigas políticas, descaso e uma antissemitismo oculto em outras nações mundiais. É pessoal, aqui você vai descobrir que esse preconceito odioso, não fazia parte somente do governo nazista, e que uma das maiores potências mundiais também tinha o que chamava de "problema judaico". Vemos também que a Alemanha da época era charmosa, atraente e fascinante para os estrangeiros que acabavam de chegar; que até mesmo muitos judeus não acreditavam que aquela política antissemita iria permanecer.

Em suma, NÃO DEIXEM DE LER, em poucas páginas você nem se dará conta que está lendo um livro não fictício, apesar de alguns acontecimento serem tão absurdos que você deseja acreditar que foi pura ficção:(, e conhecerá mais fatos ocultos dessa triste passagem da humanidade.
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O Mundo da Mari 16/07/2012

http://www.marizoch.com/2012/07/resenha-no-jardim-das-feras.html

Vocês devem estar se perguntando porquê tem resenha desse livro aqui no blog, que não faz meu gênero, não é? Erro de vocês. Sou uma professora de história frustrada, que tem uma paixão emocional sobre a segunda guerra mundial – principalmente que meu avô participou dela e eu cresci ouvindo suas histórias – e choro copiosamente com todos os filmes, livros e contos que mencionam esse acontecimento histórico.

Quando recebi a sinopse, logo pedi porque precisava ler. Não comecei de imediato, além de ter outros livros na frente, precisava de um espaço maior na mente para me dedicar ao livro. E, cá entre nós, que livro!

Sempre me gabei por conhecer muito a história completa da guerra e que quase poderia escrever uma biografia sobre Hittler, mas isso não fez esse livro ser menos impactante e me ensinar infinitas novas coisas em outros olhares, principalmente que o contexto do livro foi construído através dos diários encontrados, de várias pessoas diferentes.

Uma coisa que sempre me entediou em livros de históricos – ou baseado em fatos reais – era que nós sabíamos o que ia acontecer. E isso sempre resulta em um ritmo tedioso. Nenhuma narrativa tinha dado a sensação de que não sabemos de nada na realidade passada ali. Erik conseguiu criar uma sensação de cegueira que foi como eu estivesse lá, com a família Dodd. Estrangeiros, deslocados e perdidos em uma nova cultura fria.

Durante minhas anotações, cheguei a um momento que estava torcendo por um final diferente. Gostei muito da ousadia do autor em ressaltar fatos que foram abafados com o tempo, de criar uma narrativa atemporal viciosa e causar um sentimento de angustia por todas aquelas pessoas que viveram e sentiram na pele a responsabilidade de milhões de mortes.

Aterrorizantemente real, No Jardim das Feras irá te proporcionar uma viagem pessoal sobre seus conceitos de vida.

@marizoch
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Literatura 09/08/2012

Sob o olhar da embaixada
O que acontece quando um professor de história de uma universidade americana, que se sente fracassado, é convidado para assumir - e aceita - o cargo indesejado de Embaixador dos Estados Unidos na Alemanha de 1933, quando Hitler acaba de sentar na cadeira de chanceler daquele país?

É isso que vamos descobrir em No Jardim das Feras, de Erik Larson (Intrínseca, 448 páginas). Primeiro quero dizer que demorei mais para ler este livro do que imaginava. É um conjunto de MUITA informação e uma fonte de média para pequena, que faz as páginas passarem surpreendentemente mais devagar. rs

Ao ler no Jardim das Feras (que eu passei a chamar de Tiergarten, depois de aprender o nome em alemão do parque que inspirou o título do livro), eu comecei a questionar qual é a linha divisória entre jornalista e historiador, na realidade. Apesar de Larson ser originalmente jornalista, eu diria que ele é ambos!

Devo dizer que Tiergarten (Rá!) é uma obra épica. É impressionante a quantidade de fontes das quais o autor se serviu para compor esta reconstituição - sim, uma obra como está é nada além de uma reconstituição histórica! Fez uso desde correspondência pessoal, governamental, confidencial e de diários de trocentas pessoas relacionadas diretamente à família Dodd, além de biografias de personagens chave na história, como Rudolf Diels.


O homem (refiro-me ao autor) reconstituiu os anos de serviço de William E. Dodd (o referido embaixador) e de sua filha, Martha Dodd, (cocote que está lá só pela aventura) de uma forma tão benfeita que é difícil você imaginar que as coisas não tenham sido bem assim... Porque digo isso?

Ele avisa, no começo, que "tudo o que estiver entre aspas provém de carta, diário, texto biográfico ou outro documento histórico". Eu digo que em praticamente TODAS as páginas (vamos excluir algumas páginas que tem menos de 15 linhas) temos as tais citações entre aspas. Mas se você pensa que é uma obra chata, engana-se. Apesar de ser muito similar a uma tese de doutorado, tamanha a necessidade de dizer "essa informação não veio do nada, ela está contida no documento tal" (são 69 páginas entre notas, créditos de fotos, bibliografia e índice) , é um romance, com linguagem de romance.

Veja mais no Literatura de Cabeça:
http://bit.ly/NldoYy
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Barbara Sant 23/06/2012

Livro-Trauma #08 – Erik Larson – No Jardim das Feras
Oie Gente,
Já viram que hoje eu vim de Livro-Trauma, né?
Mas é um livro-trauma diferente dos habituais.
Normalmente eu pego um livro de ficção de um gênero que não faz o meu estilo habitual, mas dessa vez eu aceitei um desafio: vim de não-ficção: biografia, de alguém que vivem na “Alemanha de Hitler”.
Eu tenho uma dificuldade enorme com biografias de qualquer tipo.
Acho algo muito complicado de ler se não sou fã da pessoa, porque algumas das informações não são algo que vá fazer diferença para mim.
E apesar de não conhecer William E. Dodd, livros sobre a época do nazismo sempre me emocionam, então respirei fundo e comecei a ler.
Nossa, gente, foi difícil.
Não dá para dizer que as coisas que acontecem no livro são uma surpresa, porque elas não são.
Todo mundo sabe das atrocidades cometidas pelos alemães e, por mais que se diga que muitos estavam só cumprindo ordens, que não tinham outra opção, eu sempre vejo pelo fato cru e real: as pessoas optaram por fazer atrocidade com outras pessoas.
As que não estavam fazendo atrocidade achavam tudo àquilo normal e, das reclamações que poucos estavam fazendo, achavam um exagero.
Na página 65 existe um trecho que reflete isso muito bem:
Marha retrucou que a Alemanha estava em meio a um renascimento histórico. Os incidentes ocorridos eram, com certeza, apenas expressões fortuitas do intenso entusiamo que tomara conta do país. Nos poucos dias desde a sua chegada, não vira nada que confirmasse as histórias de Schultz.
É preciso ter em mente que apesar de ser uma história na “Alemanha de Hitler” e não sobre a Alemanha de Hitler.
Muitos dos capítulos são sobre a vida comum de Dodd, como a escolha da casa, as particularidades sobre sua família e coisas do dia a dia.
Eu não sou especialista em não-ficção e menos ainda em biografias, mas eu gostei bastante dela.
Tem todos aqueles detalhes de uma vida comum, mas também tem muitos questionamentos. Alguns exatamente iguais aos que eu faço aos meus livros de história quando estudo essa época da humanidade.
O complicado de ler um livro assim é saber que por mais que o tempo tenha passado nada mudou.
Apenas as figuras foram alteradas, mas maiorias ainda exterminam minorias.
Governos e governantes ainda assassinam populações ineitinhas por elas serem diferentes, terem religiões diferentes ou pelos assuntos mais imbecis.
Não é um livro para qualquer um, já que ele conta das opções que pessoas tomaram e que, mesmo não tendo sido a que determinou o extermínio, ajudaram a fazer isso.
Não esperem que apareça um heroi, porque ele não irá aparecer.
No “Das Vorspiel*” o autor diz o seguinte:
Não há heróis aqui, pelo menos daquela variedde que figura em A Lista de Schindler, mas há lampejos de heroísmo e pessoas que se comportaram com inesperada elegância. Já sempre nuances, embora por cvezes tenham natureza perturbadora. Este é o problema da não ficção. É preciso deixar de lado aquilo que todos nós — agora — sabemos ser verdade e tentar seguir meus dois inocentes pelo mundo tal qual o conheceram.

Mas de todos os acontecimentos, de todos os momentos relatados e vividos pelos personagens, os mais difíceis de acompanhar são os da imobilidade humana. Ver presidentes, Chefes de Estados e outras figuras históricas simplesmente não fazerem nada contra as atrocidades e os abusos apenas porque não eram com o seu próprio povo.
Realmente foi… aterrador.


Texto retirado do In Death. Leia mais em: Livro-Trauma #08 - Erik Larson - No Jardim das Feras - In Death http://indeath.com.br/2012/06/livro-trauma-08-erik-larson-no-jardim-das-feras/#ixzz1ydOmbSll
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naniedias 30/06/2012

No Jardim das Feras, de Erik Larson
Em 1933 a Alemanha ficou sem embaixador americano em seu território. O presidente Roosevelt teve dificuldades para encontrar um novo representante para ser enviado ao país. Depois de alguns convites recusados, ele convidou o professor de história William E. Dodd - uma escolha inusitada para o cargo. Dodd não era dono de uma grande fortuna e deixou claro desde o início que iria viver apenas com o salário de embaixador - uma quantia considerada muito baixa para um representante americano que viveria na opulência da Alemanha nazista.
O jornalista Erik Larson, através de uma minuciosa pesquisa, traz ao leitor o relato da experiência de Dodd como embaixador americano em Berlim - dando ênfase à vida do diplomata e de sua filha, uma mulher fora dos padrões da época.

O que eu achei do livro:
O livro de Erik Larson é incrível! Apesar de ser um livro de não-ficção, a linguagem não é pesada e a leitura flui de maneira deliciosa. A história, entretanto, não é tão deliciosa assim. Mas não por ser ruim, muito pelo contário, No Jardim das Feras é um livro maravilhoso - um choque de realidade.
A maioria dos livros que já li sobre essa época, quase inteiramente histórias ficcionais, mostram principalmente o lado dos judeus e o seu sofrimento. Não há como deixá-los de fora, e No Jardim das Feras não faz isso. Entretanto, esse livro foca na parte diplomática da época e nos romances da filha do embaixador. Poucos foram os que enxergaram o que realmente estava acontecendo na Alemanha e principalmente quais seriam as consequências futuras. O próprio Dodd se recusava a enxergar com mais clareza, tendo visto as coisas apenas mais tarde, quando já deixava o posto.
Esse livro acompanha Dodd, o embaixador americano, enquanto ele esteve no cargo - começa um pouco antes e termina logo depois, com um enfoque maior nos dois primeiros anos - 1933 e 1934. Achei incrível a maneira como o autor explorou as relações diplomáticas - principalmente mostrando o quanto Dodd não era apreciado pela maioria dos políticos com quem tinha que lidar.
Martha Dodd, a filha do embaixador, também teve sua vida relatada nesse livro. Em alguns momentos eu me perguntei por que a vida da moça era tão citada na história, enquanto a de seu irmão e de sua mão ficaram na escuridão. São poucos os relatos que incluem a Sra. Dodd ou seu filho. Talvez por Martha ser uma mulher tão diferente das suas contemporâneas - mas, na minha humilde opinião, ainda assim muito fútil.
O subtítulo do livro, "Intriga e sedução na Alemanha de Hitler", diz respeito aos dois aspectos e aos dois personagens acompanhados pelo livro. Intriga na carreira diplomática de Dodd (na minha opinião, a parte que verdadeiramente vale a pena no livro) e sedução nas aventuras amorosas pouco ortodoxas de sua filha Martha (algo que, para mim, não acrescentou muito à história).
Esse é um livro cuja leitura irá acrescentar muito ao leitor, instruí-lo um pouco mais sobre um vergonhoso período da história da humanidade que não pode ser esquecido.

Nota: 8
Dificuldade de leitura: 7


Leia mais resenhas em www.naniesworld.com
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psyche 19/09/2012

Sob o olhar da embaixada
O que acontece quando um professor de história de uma universidade americana, que se sente fracassado, é convidado para assumir - e aceita - o cargo indesejado de Embaixador dos Estados Unidos na Alemanha de 1933, quando Hitler acaba de sentar na cadeira de chanceler daquele país?

É isso que vamos descobrir em No Jardim das Feras, de Erik Larson (Intrínseca, 448 páginas). Primeiro quero dizer que demorei mais para ler este livro do que imaginava. É um conjunto de MUITA informação e uma fonte de média para pequena, que faz as páginas passarem surpreendentemente mais devagar. rs

Ao ler no Jardim das Feras (que eu passei a chamar de Tiergarten, depois de aprender o nome em alemão do parque que inspirou o título do livro), eu comecei a questionar qual é a linha divisória... (continue lendo em http://www.literaturadecabeca.com.br/2012/08/resenha-sob-o-olhar-da-embaixada.html)

Resenha publicada originalmente no blog Literatura de Cabeça. Todos os direitos reservados.
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Igor 22/08/2012

100% recomendado
Um dos melhores livros que já li. A história flui de uma maneira perfeita e te prende ao livro do começo ao fim.
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Luana 14/09/2013

Intriga e sedução na Alemanha de Hitler
O jornalista Erik Larson conta de forma instigante os primeiros tempos da Alemanha governada por Hitler através dos olhos de Willian E. Dodd e sua família, principalmente a filha Martha. Dodd, um professor de história da Universidade de Chicago, 64 anos, casado com Martha (Mattie), com uma filha de 24 também chamada Martha e um filho de 28, Willian Jr. (Bill), foi inesperadamente escolhido para assumir o cargo de embaixador norte-americano na Alemanha, chegando ao país em julho de 1933. A partir daí cartas oficiais, pessoas e diários são utilizados para reconstruir a difícil adaptação da família em Berlim até deixarem o país em 1938, às vésperas da guerra.

Um homem simples e modesto, Dodd era um ferrenho defensor da democracia norte-americana e do pensamento jeffersoniano, claramente sua indicação para o cargo foi totalmente inusitada, ocorrida por um acaso, depois de diversos candidatos considerados “mais adequados” recusarem a proposta. Com isso, Dodd já chega à Alemanha com um belo grupo de opositores no país e nos Estados Unidos. O autor o define como “diplomata por acidente”.

A narrativa toda se dá, em sua maior parte, pelo o que Larson encontrou nas cartas e nos diários de Dodd e de sua filha Martha, mas também nos escritos de outros funcionários do governo americano, de alguns nazistas e de amigos da família. É muito impressionante a riqueza de detalhes que o autor consegue proporcionar, deixando evidente que sua pesquisa foi minuciosa e atenciosa.

Basicamente o que nos é contada é a lenta submersão da Alemanha na histeria e no horror do nazismo. De início os Dodd ficam encantados com a calma e o charme de Berlim e seu povo simpático. Principalmente Martha, uma mulher à frente de seu tempo, que em uma época onde as mulheres ainda intensamente reprimidas exercia sua sexualidade com liberdade. Com os diversos romances da jovem podemos conhecer um pouco do íntimo de diversas figuras do nazismo.

A Alemanha não se parecia com o terror contado nos jornais norte-americanos, mas aos poucos os Dodd vão conhecendo o verdadeiro nazismo e percebendo as verdadeiras intensões de Hitler. Os frequentes casos de agressões e execuções de judeus e de opositores do regime são os primeiros exemplos. As intrigas entre os nazistas são outro destaque, mostrando que, pelos menos nos primeiros tempos, estavam longe de uma unidade. As brigas e conspirações são reveladas em toda a sua crueldade, assim como o modo com que Hitler foi aos poucos eliminando todos os aliados que pudessem futuramente se voltar contra ele. Culminando no massacre conhecido como “A Noite Das Facas Longas”, ocorrido entre 30 de junho e 1 de julho de 1934, quando Hitler caçou todos os membros das AS (Tropas de Assalto) que ele acreditava estarem tramando contra seu governo.

Dodd aos poucos vai se opondo cada vez mais ao regime publicamente, o que enfraquece ainda mais sua reputação dentro e fora do país. O embaixador tenta por diversas vezes alertar o governo estadunidense de que a situação na Alemanha perderia o controle e se tornaria um problema mundial, que os nazistas planejavam uma guerra. Porém, Dodd foi veementemente ignorado e rebaixado pela maioria de seus “colegas”, até por fim ser retirado do cargo no final de 1938.

Posso dizer que estou fascinada pela obra de Larson, ainda mais pelo brilhantismo de sua construção. A linguagem é leve e cativante, raramente se encontra um livro rico em detalhes que não seja cansativo. Vou levar como inspiração na minha vida de jornalista. É também chocante ver um povo inteiro ser levado à loucura por um governo ditatorial, uma nação ser envolta em clima de fanatismo e ódio, fazendo os apoiar os atos mais cruéis e horrendos que terminaram em uma das piores guerras já criadas pelo homem. É surreal, na melhor definição que consegui encontrar. Acredito que neste livro Erik fez justiça à memória de Dodd, um homem que foi “um farol solitário da liberdade e da esperança americanas numa terra onde as trevas se avolumavam”.

site: http://www.arraisbookreview.com/2013/09/no-jardim-das-feras-erik-larson.html
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Adriana 07/11/2013

Muito triste
O livro conta a história real de William Dodd , que em 1933 se torna o embaixador norte-americano em Berlim, durante a ascensão de Hitler ao poder. Sua família tem vários encontros com nazistas neste período, especialmente sua filha Martha, que se envolve em vários "romances", entre eles, com um agente da Gestapo e outro da KGB.

O embaixador Dodd, no começo, me parece um tanto ingênuo, se recusando a ver a situação real da Alemanha(1932) e se apegando a Alemanha(1897) de sua juventude, quando foi estudante na Universidade de Leipzig. Ele cresce no desenrolar da trama, sem o apoio do Departamento de Estado do USA, devido a boicotes de outros funcionários de estados que achavam que ele não era adequado ao cargo, ele consegue em algumas conferencias ser referenciado pelos alemães que não tinham uma voz contra o regime nazista.

"Para aqueles que conheceram Dodd em Berlim e que testemunharam em primeira mão a opressão e o terror do governo de Hitler, ele seria sempre um herói. Sigrid Schultz (correspondente americana em Berlim) dizia que Dodd foi “o melhor embaixador que tivemos na Alemanha” e respeitava imensamente sua disposição de defender os ideais americanos mesmo em face da oposição do seu próprio governo."

"E de fato temos que nos perguntar: para o Der Angriff (jornal Alemão) de Goebbels chegar ao ponto de atacar Dodd enquanto ele jazia prostrado num leito de hospital, teria ele sido mesmo tão ineficaz como seus inimigos acreditavam?"

O livro foi muito bem pesquisado, tendo trechos de cartas e documentos oficiais.Essa guerra podia ter sido evitada se as pessoas pensassem mais em vidas do que em ganhos. Muito triste. Vale conferir.


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jota 03/09/2014

Excesso de diplomacia...
William E. Dodd (1869-1940), um pacato professor universitário nos EUA foi embaixador de seu país na Alemanha, num momento crucial da história mundial: de 1933 a 1937. Ele é um dos personagens principais de No Jardim das Feras e mesmo não sendo tão conhecido, ocupa no livro muito mais páginas do que o execrável Adolf Hitler.

Através de cartas, diários e documentos diplomáticos de Dodd - e também de sua filha Martha -, temos aqui relatados alguns dos episódios mais lamentáveis do século XX: a ascensão de Hitler ao poder na Alemanha, a perseguição aos judeus e adversários do regime nazista, a eclosão da segunda Guerra Mundial.

Tudo isto visto em grande parte pela ótica do mundo diplomático de então, dominado basicamente por EUA, Alemanha, Rússia, França e Inglaterra – e nisso o livro de Erik Larson é diferente de outras histórias de não ficção sobre o período. Ao final da leitura vê-se que resta plenamente justificado o subtítulo do livro: Intriga e sedução na Alemanha de Hitler.

Mesmo que saibamos alguma ou muita coisa sobre o nazismo, pelo modo e pelo ângulo escolhidos por Larson para contar os fatos, seu livro se torna interessante do começo até o final. Nas relações entre as nações, muitas vezes questões humanitárias podem ser postas de lado sem pestanejar se forem prejudicar os laços econômicos que envolvem os países, claro. Caso da Alemanha então grande devedora de empresas americanas.

Como esta é uma obra jornalística baseada em profunda e extensa pesquisa (e com muitas notas) ela tem lá seus momentos um pouco tediosos. É quando a empolgação por novas revelações decresce um tanto, como ocorre em certos capítulos. Mas no mais o livro é muito bom, de fato.

Lido entre 24/08 e 03/09/2014.
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