Bonsai

Bonsai Alejandro Zambra




Resenhas - Bonsai


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Aline T.K.M. | @aline_tkm 24/11/2014

Menos é mais, já dizia alguém suficientemente sábio.
Menos é mais, já dizia alguém suficientemente sábio. E é com uma simplicidade genial que Alejandro Zambra traz essa história de amor em que “há mais omissões que mentiras, e menos omissões que verdades, dessas verdades que são chamadas de absolutas e que costumam ser incômodas”.

Julio e Emilia protagonizam uma história que, segundo o narrador, é leve mas se torna pesada. Um casal que tem suas extravagâncias – sexuais, emocionais e também literárias –; ler juntos antes de "trepar" virou hábito, e não apenas como incitador erótico. Perec, Raymond Carver, Armando Uribe, e até Nietzsche foram parar em sua cama. Tchekhov, Kafka, e Proust com seu Em busca do tempo perdido – que ambos fingiam já ter lido anteriormente. Mas foi um conto de Macedonio Fernández, “Tantalia”, o que os impactou como nenhuma outra leitura.

No primeiro período da narrativa, Zambra trata de nos revelar a verdade doída: no final ela morre e ele fica sozinho. No entanto, a trajetória de Julio e Emilia é marcada por idas e vindas, e circunstâncias as mais variadas, que são exploradas de maneira direta, sem muitos rodeios. O autor usa de um minimalismo preciso, que envolve e entrega personagens bem delineados e livres de excessos. De excessos narrativos, que fique bem claro – Julio e Emilia, como já disse antes, são dados a extravagâncias.

Aqui, amor e literatura se confundem, se completam, e algumas vezes se repelem. Tamanho o poder de ambos. Para quem curte livros dentro de outros livros: Bonsai é cheio de referências, e a própria trama envereda por caminhos literários.

Nem tão explícita, a melancolia se faz muito presente. Aliás, se livros tivessem poros, diria que Bonsai exala melancolia pelos seus. Doce, perfumada; às vezes fria, ou então repleta de sensações em ebulição que pareceriam impossíveis. Mas, sempre, uma melancolia que toca fundo.

Um livro todo ele simbólico, Bonsai só poderia terminar de uma maneira e é assim que o faz: cortando-nos a respiração e arrancando-nos a capacidade da fala. Tudo isso numa simplicidade que só.

LEIA PORQUE...
É uma história de amor diferente das que estamos acostumados a ler. E triste, tão triste...

DA EXPERIÊNCIA...
Livro e autor que há muito moravam na minha wishlist, e depois migraram para minha fila de leitura. Então, eis que li Bonsai. Livrinho atrevido esse; me tocou, é tudo o que posso dizer.

FEZ PENSAR EM...
Antologia da literatura fantástica, de Borges, Bioy Casares e Silvina Ocampo. Leitura marcante para o casal de personagens, é também um livro que tenho na minha estante há meses, esperando para ser devidamente devorado – para quem não sabe, adoro literatura fantástica, realismo mágico e afins.


site: http://livrolab.blogspot.com
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MENINALY 28/09/2014

Sentimentos
Primeira leitura que faço deste autor e adorei. Escrita direta, mas cheia de emoção e sentimentos.
Uma estoria tão bonita que da pra ler em poucas horas.
Já estou providenciando outros livros do autor.
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Michele 11/09/2014

Bonsai - Alejandro Zambra
Fiquei impressionada com a escrita de Alejandro Zambra, um escritor chileno. Bonsai é o primeiro livro que leio dele, Zambra escreve sem muitos rodeios, de uma forma muito direta e sem firulas.
Bonsai é uma história de amor entre Emília e Júlio, a qual retrata o nascimento, o desenvolvimento e a morte desse amor, é uma narrativa às avessas, sendo que a primeira frase do livro é o desfecho da história, você pode pensar "que chato", mas aí que você se engana, o livro é recheado de surpresas.

Gostei da história, é um livro bem fininho, li ontem à noite mesmo, uma leitura envolvente, pretendo ler outros livros dele.
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Fernanda 19/07/2014

até que...
Foi legal a jogada desse livro. O Bonsai é sempre podado as partes que "não interessam", sendo assim, ele faz uma referência a essa forma de podar. Conta no começo a historia de um casal apaixonado e já conta que ela morre. Assim por diante ele vai contando a historia de outras pessoas que tiveram a ver com a historia do casal, e logo depois corta essas pessoas do livro. Depois vai falando da vida dele depois dessa menina que morre e que ele fica sabendo bem depois de sua morte. Nada de emocionante nesse livro, mas gostei da relação da podagem do bonsai com a podagem da historia.
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aquamarinamelo 15/06/2014

Como é dito no prefácio, "O que acontece é que tudo em Bonsai passa pela literatura". Emilia e Julio são dois jovens estudantes de letras que gostam de ler trechos de livros antes de fazerem sexo (ou 'trepar', como ela prefere chamar), porque achavam que sempre havia algo nos livros que seria inspirador o suficiente. Essa é a parte leve do livro. O fim da relação dá início à parte densa, a parte perdida, que acaba encontrando o final. E até o final passa pela literatura.

site: http://do-fundo-do-mar.blogspot.com.br/2014/02/julgando-pela-capa.html
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jota 10/06/2014

Bonsai não sei
Bonsai é sobre amores (às vezes é mais sobre sexo mesmo), livros e autores. Também é sobre bonsai, claro. É um livro pequeno (ou curto), e nisso mostra ser coerente com o título.

Mas querendo ser sobre coisas tão complicadas ou extensas e fazendo com que a forma predominasse sobre o conteúdo, me pareceu que acabou não indo a lugar nenhum ou não indo muito longe, feito um bonsai.

Melhor: acabou não tendo muita graça, emoção ou humor, enfim acabou não sendo lá muito interessante para mim. E pensar que iniciei a leitura bastante entusiasmado pelo que tinha lido sobre Zambra e seu livro, críticas positivas, etc.

Aconteceu que no balanço geral da leitura apreciei apenas algumas partes ou ideias que ele lança aqui e ali, não o livro todo. Pareceu-me que a obra do autor chileno se assemelha a um grande caderno (como os que Julio preenchia) cheio de ideias para outros livros, não sei.

Lido em 08 e 09/06/2014.
thais791 08/12/2015minha estante
compartilho da mesma opinião ^^


Daniel 06/06/2023minha estante
Concordo. Faltou alguma coisa. Estava "preparado" para me emocionar, mas não rolou.




Ed Siqueira 02/04/2014

Um romance mínimo ainda é um romance?
Unidos, envolvidos e separados pela literatura.
Ela morre, ele continua.

Esta sinopse parece um "spoiler", mas não é, e deve ser tão curta quanto o romance, "Bonsai", do chileno Alejandro Zambra.

A narrativa, minimalista como o título, explora as conveções da literatura e demonstra que não basta dominar os recursos narrativos, é importante aplicá-los. Zambra, nesse caso, aplica-os em busca de um texto limpo, cultivado como a árvore do título, o mínimo do que se pode chamar de árvore no mínimo do que se pode chamar de romance.

"Bonsai" não é um livro para os ingênuos, mas para os exigentes, um livro curto, para ser relido, anotado, esgarçado e esquecido, depois retomado, pois o esquecimento enternece as memórias, ainda que no banco traseiro de um táxi sem destino.

Em tempo, existe um filme homônimo, dirigido por Cristián Jiménez, baseado nessa história, cuja duração deve ser mais longa do que a leitura completa. Não o vi, mas parece partir de premissas secundárias. Em "Bonsai", o texto conta mais do que a história, por isso é melhor ler - várias vezes - antes de ir ao cinema.
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thaisameraki 14/01/2014

um livro sobre amor, livros ou um livro sobre quem ama livros?
um livro escrito sobre um livro que se está escrevendo, outros lendo, ou um livro pra se escrever uma (cinco) história (s) de amor? o chileno alejandro zambra, magistral e modesto, dedicou poucas (e densas) linhas (na edição brasileira: cosac naify, 64 páginas diagramadas em 92) a um romance feito por beiras, assim como a arte da poda, essencial no bonsai. maría, gazmuri, anita e andrés (miguel)aparecem, desaparecem, voltam e completam as páginas de julio e emilia.
são escritos, acima de tudo, pra quem compreende que amar dói, reconforta, faz desconfiar, acreditar, descobrir, inspirar e respirar. afoga. causa apneia e solidão. é o mundo, é ninguém. cotidianos complexos, rotina boa. distração, entusiasmo e destruição. afinal, "qual o sentido de ficar com alguém se essa pessoa não muda a sua vida?". se escrever é como a arte de fazer podas em plantas, viver um romance é como a busca das palavras que se encaixam. "Agora resta Emilia, sozinha, interrompendo o funcionamento do metrô".

"bonsai" é como o que queria ter escrito e que jamais chegarei próximo de fazer, infelizmente. e como a vida também pode ser justa, "bonsai" é algo que me faz ser melhor do que eu era antes.
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 09/01/2014

Alejandro Zambra - Bonsai
Editora Cosac Naify - 96 páginas - Tradução de Josely Vianna Baptista - Lançamento no Brasil em Maio de 2012.

O romance de estreia do premiado e jovem autor chileno Alejandro Zambra, publicado originalmente em 2006, parte da irresistível ideia de comparar literatura com a arte de cultivar um bonsai, já que como o próprio Zambra definiu em seu site: "escrever é podar os ramos até tornar visível uma forma que já estava ali". A comparação é perfeita e qualquer pessoa que já tenha passado pela experiência de desenvolver um texto e lidar com a eliminação de palavras, sejam elas substantivos, advérbios ou adjetivos, irá se identificar imediatamente com o paciente trabalho de criar uma réplica artística de uma árvore em miniatura.

A estrutura deste romance "miniatura" é construída sobre o intenso e breve caso amoroso de Julio e Emilia, que se relacionam tendo basicamente o sexo e a leitura como elo de ligação. O comprometimento de Zambra com a brevidade ou concisão da narrativa é tão firme que ele arrisca tudo já no primeiro e desconcertante parágrafo, oferecendo corajosamente ao leitor a própria conclusão do livro:

"No final ela morre e ele fica sozinho, ainda que na verdade ele já tivesse ficado sozinho muitos anos antes da morte dela, de Emilia. Digamos que ela se chama ou se chamava Emilia e que ele se chama, se chamava e continua se chamando Julio. Julio e Emilia. No final, Emilia morre e Julio não morre. O resto é literatura:"

Na verdade o argumento do romance é muito mais rico do que uma breve história de amor. Alejandro Zambra é um daqueles autores como Borges, Vila-Matas e outro chileno famoso, Roberto Bolaño, que sabem utilizar a literatura como personagem. Assim é que a aproximação de Julio e Emilia se dá através de Em busca do tempo perdido de Marcel Proust, romance que ambos fingem já ter lido; na cama os dois se esmeram para parecer Emma Bovary de Flaubert e a origem da separação do casal é o conto TanTalia de Macedonio Fernández — a história de um casal que decide comprar uma pequena planta para simbolizar o amor que os une, mas que percebe tarde demais que a morte da planta será também a morte desse amor.

"As extravagâncias de Julio e Emilia não eram apenas sexuais (que existiam), nem emocionais (que eram muitas), mas também, digamos literárias. Numa noite especialmente feliz, Julio leu, meio de brincadeira, um poema de Rubén Darío que Emilia dramatizou e banalizou até transformá-lo num verdadeiro poema sexual, um poema de sexo explícito, com gritos, com orgasmos. Então virou um hábito o lance de ler em voz alta — em voz baixa — toda noite, antes de trepar. Leram 'O livro de Monelle', de Marcel Schwob, e 'O pavilhão dourado', de Yukio Mishima, que foram razoáveis fontes de inspiração erótica para eles. Mas logo as leituras se diversificaram a olhos vistos: leram 'Um homem que dorme' e 'As coisas', de Perec, vários contos de Onetti e de Raymond Carver, poemas de Ted Hughes, de Tomas Tranströmer, de Armando Uribe e de Kurt Folch. Até fragmentos de Nietzsche e de Émile Cioran eles leram."

Alejandro Zambra, nascido em 1975, já é um nome de destaque na literatura chilena tendo sido selecionado pela revista Granta para a edição especial dos melhores jovens romancistas em língua espanhola em 2010 e visitado o Brasil em 2012 quando participou da FLIP em uma mesa especial com Enrique Vila-Matas, segundo informações da editora Cosac Naify, Zambra também é crítico, professor de literatura e, como não poderia deixar de ser, um diligente leitor de manuais, revistas especializadas e livros técnicos sobre o cultivo de bonsai, nada mal para um jovem autor.
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Lacerda 28/11/2013

O romance é um bonsai. Dá pra ver o vaso, a semente, os arames, a planta crescendo, sendo podada, pegando uma praga e morrendo.

Zambra cortou o que excede e deixou o essencial - Julio e Emilia, 'um amor que prosseguiu, mas não continuou'.
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GilbertoOrtegaJr 20/10/2013

Bonsai - Alejandro Zambra
Bonsai - Alejandro Zambra

Não é apenas um livro, é uma planta, é isso que me deixou fascinado, esteve quase fora do meu alcance de compreensão, pois além de literatura tive que pensar o pouco que entendia de plantas, para ver o sentido do livro como um todo. A impressão que fiquei após ler as resenhas é que o livro é somente sobre Julio e Emilia, mas se eu afirmasse isso estaria também afirmando que um Bonsai é somente constituído pelo seu tronco, quando na verdade a árvore, ou neste caso a história como um todo, é importante.
O livro conta a história de Julio e Emilia, de quando os dois se conhecem até a morte de Emilia, mais precisamente até quando Julio passa a saber, que ela morreu. Eles se conhecem durante uma festa, na casa de uma amiga em comum, ambos estão estudando Letras, e dizem ter lido Proust. A partir daí surge um caso amoroso, que quando o leitor começa a leitura já sabe o final, já que a primeira frase do livro é: “No final ela morre e ele fica sozinho.”, mas o que conseguiu me manter interessado é como, se desenrola e acaba este caso de amor.
Como eu disse, em uma primeira olhada parece que o livro é sobre Julio, mas acredito que o caso de amor em si é que seja a parte mais importante do livro, afinal o autor dispõem personagens secundários ao longo do livro, somente para mostrar, o que vai acontecendo com Emilia e Julio após o fim do caso deles e de que forma ele descobrirá que ela morreu. Anita é além de uma personagem secundária um gancho, para através da sua amizade com Emilia ou autor conseguir mostrar ao leitor o que se passa com Emilia na infância e após o seu caso com Julio, e assim acontecem com outros personagens secundários eles são apenas extensões da trama, criada para mostrar as vidas de Emilia e Julio antes ou após o seu caso de amor.
É no quesito tamanho que Bonsai é maravilhoso, com menos de noventa páginas o livro consegue cativar e me manter plenamente interessado, nele encontrei não só uma união perfeita de estética e entretenimento, como também um livro para se pensar por dias e anos após ter acabado ele. É uma impressão de contemplar uma planta em toda sua beleza e complexidade.
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Lari 16/08/2013

Não sei.
“No final ela morre e ele fica sozinho”. Não isso não é um spoiler. Essa é a primeira frase presente no livro “Bonsai”, do autor chileno Alejandro Zambra. Bonsai conta a história completa de um amor. E não digo completa por conter os mínimos detalhes do relacionamento de Júlio e Emília, o que de fato não faz, mas sim por ser a história de um amor que nasce, vive, e morre. Não morre com a partida de Emília, morre muito antes disso. Morre porque o amor acaba.

O livro tem apenas 90 páginas. Com uma diagramação peculiar, o livro representa um vasinho de Bonsai. Na própria capa se percebe a relação borda/texto, as bordas largas funcionam como o vaso, e a pequena parte onde ficará o texto, representa a plantinha. Portanto, as margens são muito largas, e se diagramado da forma como estamos acostumados, o livro teria uma média de somente 40 páginas. A própria estética do livro já é uma metáfora. Com tão poucas páginas seria difícil não ter a preocupação de contar mais do que deveria sobre o livro, mas nesse caso esta preocupação é nula. Já sabemos desde a primeira página sobre quem é a história e como ela termina. Simples assim. Não existem surpresas.

Júlio se apaixona por Emília. Emília se apaixona por Júlio. Já tiveram outros relacionamentos, já amaram antes, mas nunca nenhum contentamento, e por consequência sofrimento, foi tão grande. Tudo que viveram antes de se envolverem foi uma mera imitação do que acontecia agora, e tudo o que aconteceu depois, foi uma busca pelo que tiveram. Não existe uma realidade antes ou depois de seu relacionamento. Nada nunca foi, e nunca será da mesma maneira. A relação que tiveram não é melhor ou pior que outras de suas vidas, ela é, simplesmente, incomparável.

Júlio e Emília iniciam seu relacionamento com uma mentira. Júlio diz ter lido Proust, apenas para mostrar-se intelectual e culto. Emília, intimidada, faz o mesmo. Pouco a pouco criam um hábito de leitura antes de dormir, leem um para o outro ; Leituras leves, livros, contos, crônicas. Houveram histórias que agradaram apenas um membro do casal, outras que encantaram os dois, e houve uma, que acabou com tudo. É essa história que faz o leitor pouco a pouco compreender o porquê do nome do livro, essa história que mostra que o amor pode acabar. E é essa história que de fato faz com que o amor acabe.

Não prolongarei os detalhes do envolvimento de Júlio e Emília. Se eu continuar, será mais rápido ler as 40 páginas de uma vez e descobrir a história completa. Li esse livro três vezes. Da primeira vez, odiei. Não entendi o propósito do autor, não conseguia entender porque fez o que fez, ou o que quis passar com a história. Resolvi dar uma nova chance, e me identifiquei com algumas partes, frases, acontecimentos. Essa identificação incomodou, não foi positiva. E, na terceira vez, resolvi escrever sobre o livro. Ainda não sei direito se gosto ou não dele. É impossível dar uma nota. É o tipo de livro que indico como “Lê e depois me fala o que achou”, não porque gosto do livro e quero receber um feedback positivo das pessoas, mas porque quero entender o que os outros irão sentir quando lerem. Então é isso: Lê e depois me fala o que achou.

site: http://somosletra.wordpress.com/
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Amanda 26/03/2013

Esta é a obra de estréia de Zambra e conta a história de amor entre Júlio e Emília. Eles se aproximaram em um grupo de estudos sobre síntexe espanhola e, a partir de então, tiveram um romance permeado de outros romances. Explico: ao mesmo tempo em que os amantes de encontravam eles liam várias obras e discutiam essas estórias. Passaram por Tchekhov, Zolla, Borges, Bioy Casares, Proust – e essas narrativas influenciaram a relação dos dois, como na parte em que discutem sobre Emma Bovary e concluem que ela “treparia” (sim, o autor usa essa palavra) muito melhor nos dias de hoje.

Porém, como nem tudo são flores, um belo dia se deparam com o conto Tantália de Macedonio Fernández que os deixou pensativos, além de ser a inspiração para o título do livro.

A escrita de Alejandro Zambra é direta, sem enrolação. Seu narrador é seco, não faz firulas e não se perde com detalhes insignificantes. É uma narrativa enxuta, assim como na jardinagem, o autor poda as partes desnecessárias e nos mostra somente o que interessa.

+ no blog: http://enlatadosliterarios.wordpress.com/2013/02/10/bonsai-alejandro-zambra/
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